Timor.
Estou a acompanhar um descontraido dialogo que o Sergio Inacio iniciou num outro forum, onde nos revela que Timor-Leste se dispoe apoiar a Guine-Bissau na organizacao do processo eleitoral.
Mas o que gostei mesmo de ler foi o comentario de alguem, que sintetizou nestas palavras:
"Tens de te deixar de espantar com fenomenos desses, o grande problema aqui ( Africa) e meramente ausencia de seriedade. Em entao pouco tempo, o Timor, comprou parte da divida de Portugal, apoiou a Cabo Verde no desenvolvimento agricola(auto sustento na produracao de Arroz) e suporta a Guine Bissau numa percentagem significativa do seu orcamento de estado. E preciso lembrar que maior parte deles (os quadros timorenses) formaram-se em Mocambique."
Confirmo. O Alkatiri, Ana Pessoa e outros deram aulas na Faculdade de Direito durante muitos anos, entre outras coisas. Alguns dos seus descendentes, hoje mocambicanos, destacam-se tambem num extenso rol de actividades da engenharia ao desporto.
Todos formados em Mocambique. ENFATIZO!
Mas ha ainda tres coisas interessantes sobre Timor-Leste, que lhe colocam na mesma matriz que Mocambique:
1- Conquistou a independencia apos sangrenta e desesperada luta de libertacao nacional;
2- Possui uma jazida impressionante de hidrocarbonetos ao largo do Mar de Timor;
3- Possui um vizinho poderosissimo do ponto de vista militar, economico e ate religioso. Que tambem escreveu a letras sangrentas uma ocupacao militar de 25 anos.
Mas as respostas dos seus dirigentes e que foram DIFERENTES!
1- No lugar de vendettas e perseguicao aos antigos colaboradores indonesios, promoveu-se a sua integracao na nova nacao maubere;
2- No lugar de contratos de exploracao marejados de secretismo bacoco, pediu ajuda tecnica a Australia para criacao de um Fundo Soberano para o Petroleo, como primeira medida do Governo surgido da independencia em 1999;
3- No lugar de hostilizar os vizinhos, responsabilizando-o na totalidade pelos seus problemas internos, convidou-os a investir ainda mais em Timor, a expandir ainda mais o Bahasa, que adoptou igualmente como lingua oficial. Poderia nao te-lo feito. E ficado com o Tetum (lingua de Timor), ou eventualmente, o Portugues e o Ingles (ja que havia uma grande diaspora falante dessas linguas). Nao. Realistamente, compreenderam os dirigentes mauberes que o Bahasa tambem era um patrimonio cultural importante para a coesao inicial do pequeno Estado.
Isso e o que eu chamo de VISAO DE FUTURO!
E tudo isto foi feito, com muita e apaixonada discussao. Rebelioes. Tentativas de assassinato do Chefe de Estado e muito mais. Nada disso retirou dos olhares de timorenses de extrema-esquerda, democratas-cristaos ou mesmo pro-indonesios, a visao do BEM-COMUM. O Futuro.
Hoje, Timor ainda e um pais subdesenvolvido. Mas e cada vez mais diferente, para melhor. Zero de divida externa. Bons indices de produtividade. Exemplar no cumprimento das leis e regras do bom convivio democratico.
Agradece hoje, com exportacao do conhecimento e ajuda financeira, a todos os paises que um dia acolheram o seu sonho de se tornar numa Nacao.
Disse.
Estou a acompanhar um descontraido dialogo que o Sergio Inacio iniciou num outro forum, onde nos revela que Timor-Leste se dispoe apoiar a Guine-Bissau na organizacao do processo eleitoral.
Mas o que gostei mesmo de ler foi o comentario de alguem, que sintetizou nestas palavras:
"Tens de te deixar de espantar com fenomenos desses, o grande problema aqui ( Africa) e meramente ausencia de seriedade. Em entao pouco tempo, o Timor, comprou parte da divida de Portugal, apoiou a Cabo Verde no desenvolvimento agricola(auto sustento na produracao de Arroz) e suporta a Guine Bissau numa percentagem significativa do seu orcamento de estado. E preciso lembrar que maior parte deles (os quadros timorenses) formaram-se em Mocambique."
Confirmo. O Alkatiri, Ana Pessoa e outros deram aulas na Faculdade de Direito durante muitos anos, entre outras coisas. Alguns dos seus descendentes, hoje mocambicanos, destacam-se tambem num extenso rol de actividades da engenharia ao desporto.
Todos formados em Mocambique. ENFATIZO!
Mas ha ainda tres coisas interessantes sobre Timor-Leste, que lhe colocam na mesma matriz que Mocambique:
1- Conquistou a independencia apos sangrenta e desesperada luta de libertacao nacional;
2- Possui uma jazida impressionante de hidrocarbonetos ao largo do Mar de Timor;
3- Possui um vizinho poderosissimo do ponto de vista militar, economico e ate religioso. Que tambem escreveu a letras sangrentas uma ocupacao militar de 25 anos.
Mas as respostas dos seus dirigentes e que foram DIFERENTES!
1- No lugar de vendettas e perseguicao aos antigos colaboradores indonesios, promoveu-se a sua integracao na nova nacao maubere;
2- No lugar de contratos de exploracao marejados de secretismo bacoco, pediu ajuda tecnica a Australia para criacao de um Fundo Soberano para o Petroleo, como primeira medida do Governo surgido da independencia em 1999;
3- No lugar de hostilizar os vizinhos, responsabilizando-o na totalidade pelos seus problemas internos, convidou-os a investir ainda mais em Timor, a expandir ainda mais o Bahasa, que adoptou igualmente como lingua oficial. Poderia nao te-lo feito. E ficado com o Tetum (lingua de Timor), ou eventualmente, o Portugues e o Ingles (ja que havia uma grande diaspora falante dessas linguas). Nao. Realistamente, compreenderam os dirigentes mauberes que o Bahasa tambem era um patrimonio cultural importante para a coesao inicial do pequeno Estado.
Isso e o que eu chamo de VISAO DE FUTURO!
E tudo isto foi feito, com muita e apaixonada discussao. Rebelioes. Tentativas de assassinato do Chefe de Estado e muito mais. Nada disso retirou dos olhares de timorenses de extrema-esquerda, democratas-cristaos ou mesmo pro-indonesios, a visao do BEM-COMUM. O Futuro.
Hoje, Timor ainda e um pais subdesenvolvido. Mas e cada vez mais diferente, para melhor. Zero de divida externa. Bons indices de produtividade. Exemplar no cumprimento das leis e regras do bom convivio democratico.
Agradece hoje, com exportacao do conhecimento e ajuda financeira, a todos os paises que um dia acolheram o seu sonho de se tornar numa Nacao.
Disse.
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