Serviços Secretos Portugueses fornecem dados de Angola aos EUA
A denúncia é revelada na edição deste sábado do semanário português 'Expresso' que cita fontes seguras.
Embaraço com a revelação do 'Expresso' que poderá provocar reacções dos três PALOP (Países Africanos de Língua Portuguesa), o Governo português tentou desmentir afirmando que não existe colaboração institucional do SIS e SIED com a agência norte americana de Segurança NSA, numa nota enviada à imprensa pelo gabinete do Secretário-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP).
O gabinete do Secretário-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), Júlio Pereira, 'reitera de forma peremptória que não existe qualquer cooperação institucional através do SIS e do SIED com a National Security Agency (NSA), tal como já foi referido por diversas vezes e por diversos meios', diz a nota.
Trata-se de primeira vez que o SIRP se pronuncia sobre o caso de uma eventual colaboração entre os serviços secretos portugueses e as agências norte americanas de informação.
A nota do gabinete de Júlio Pereira explica ainda que 'os serviços de informação portugueses agem no rigoroso cumprimento da Constituição, das normas legais que os enquadram e das diretivas aprovadas pelo Conselho Superior de Informações, sendo acompanhados pelo Conselho de Fiscalização do SIRP, eleito pela Assembleia da República'.
Depois do desmentido do SIRP, a Direção do 'Expresso' também emitiu uma nota reafirmando a veracidade da notícia. 'O Expresso reitera integralmente a notícia publicada este sábado sobre a partilha de informações com a NSA, podendo garantir que essa partilha foi regular e teve como principal objecto os PALOP, entre outros assuntos'.
De acordo com fontes do semanário, a colaboração com a NSA não envolvia partilha de dados provenientes de escutas nacionais, que, de resto, os serviços de informações portugueses não estão autorizados a fazer.
A NSA (Agência Nacional de Segurança americana) está envolvida no escândalo conhecido como 'caso Snowden', de escutas telefónicas nos Estados Unidos, na Europa e no mundo.
Na sua edição de 31 de Outubro passado, o jornal luso 'Diário de Notícias' informava que Portugal constava de uma lista de 20 países, quase todos europeus, que partilhavam dados com as agências norte americanas.
Lisboa - O SIS (Serviços de Informações de Segurança) e SIED (Serviço de Informações Estratégicas de Defesa) de Portugal colaboraram regularmente com a agência norte-americana de segurança NSA (National Security Agency) na partilha de dados sobre assuntos africanos, nomeadamente sobre Moçambique, Angola e Guiné-Bissau.
Fonte: Lusa
Fonte: Lusa
A denúncia é revelada na edição deste sábado do semanário português 'Expresso' que cita fontes seguras.
Embaraço com a revelação do 'Expresso' que poderá provocar reacções dos três PALOP (Países Africanos de Língua Portuguesa), o Governo português tentou desmentir afirmando que não existe colaboração institucional do SIS e SIED com a agência norte americana de Segurança NSA, numa nota enviada à imprensa pelo gabinete do Secretário-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP).
O gabinete do Secretário-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), Júlio Pereira, 'reitera de forma peremptória que não existe qualquer cooperação institucional através do SIS e do SIED com a National Security Agency (NSA), tal como já foi referido por diversas vezes e por diversos meios', diz a nota.
Trata-se de primeira vez que o SIRP se pronuncia sobre o caso de uma eventual colaboração entre os serviços secretos portugueses e as agências norte americanas de informação.
A nota do gabinete de Júlio Pereira explica ainda que 'os serviços de informação portugueses agem no rigoroso cumprimento da Constituição, das normas legais que os enquadram e das diretivas aprovadas pelo Conselho Superior de Informações, sendo acompanhados pelo Conselho de Fiscalização do SIRP, eleito pela Assembleia da República'.
Depois do desmentido do SIRP, a Direção do 'Expresso' também emitiu uma nota reafirmando a veracidade da notícia. 'O Expresso reitera integralmente a notícia publicada este sábado sobre a partilha de informações com a NSA, podendo garantir que essa partilha foi regular e teve como principal objecto os PALOP, entre outros assuntos'.
De acordo com fontes do semanário, a colaboração com a NSA não envolvia partilha de dados provenientes de escutas nacionais, que, de resto, os serviços de informações portugueses não estão autorizados a fazer.
A NSA (Agência Nacional de Segurança americana) está envolvida no escândalo conhecido como 'caso Snowden', de escutas telefónicas nos Estados Unidos, na Europa e no mundo.
Na sua edição de 31 de Outubro passado, o jornal luso 'Diário de Notícias' informava que Portugal constava de uma lista de 20 países, quase todos europeus, que partilhavam dados com as agências norte americanas.
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