sábado, 23 de novembro de 2013

Arábia Saudita irá responder ao Irã com a sua própria bomba nuclear

     

Arábia Saudita irá responder ao Irã com a sua própria bomba nuclear

O príncipe da Arábia Saudita Turki al-Faisal advertiu que o seu país pode começar a desenvolver um programa de armas nucleares. A decisão de criar uma força de dissuasão  nuclear será tomada se o Irã obtiver armas nucleares.

 O príncipe da Arábia Saudita Turki al-Faisal advertiu que o seu país pode começar a desenvolver um programa de armas nucleares. A decisão de criar uma força de dissuasão nuclear será tomada se o Irã obtiver armas nucleares.
 Isto pode causar uma reação em cadeia na região, considera o diretor do Centro de Pesquisas Sócio-Políticas, Vladimir Evseev.
 A Arábia Saudita não tem infra-estruturas adequadas. Portanto, possuindo enormes recursos financeiros, ela irá procurar um país onde se possa criar uma bomba. Como uma das opções é considerado o Egito, lá há uma infra-estrutura. Tudo isto é extremamente explosivo. As decisões de Riad são atentamente acompanhados em Ancara. Se a Arábia Saudita decidir desenvolver armas nucleares, a Turquia também pode ir por esse caminho.
 O especialista do Centro russo de Segurança Internacional, Piotr Topychkanov, concorda com seu colega. Mas ele acrescenta que a retórica agressiva de Riad exige um novo olhar sobre as formas de resolver a questão nuclear iraniana.
 Se o Irã  passar o limiar nuclear, isso irá causar um efeito dominó. As sanções não podem parar o programa iraniano. É necessário tomar outras medidas, um conjunto de medidas, incluindo uma maior confiança e normalização das relações entre Washington e Teerã, o que agora não acontece. Sem isso, as sanções serão percebidas pelo Irã como politicamente motivadas e não relacionadas com seu programa nuclear.
 A ameaça de aparecimento de armas nucleares na Arábia Saudita pode ser um dos argumentos dos Estados Unidos nas negociações com a Rússia e a China. Moscou e Pequim, como se sabe, não apoiam sanções anti-iranianas. No entanto, de acordo com o especialista Vladimir Evseev, mesmo nesta situação é pouco provável que Washington alcance os resultados desejados.
 Os Estados Unidos usam diferentes oportunidades para exercer pressão sobre a Rússia e a China. Dizem, por exemplo, que se as sanções não forem reforçadas, em seguida Israel vai atacar instalações nucleares iranianas. É de facto uma chantagem. Os EUA deveriam procurar um forte argumento para fazer com que a Rússia coopere com eles para resolver a questão nuclear iraniana.
 A iniciativa do príncipe Turki al-Faisal é perigosa também porque é capaz de enterrar o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. E então haverá muito mais potências nucleares. O efeito dominó é desvantajoso tanto para os EUA como para a Rússia e a China e os outros membros do clube nuclear.

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