sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Renamo acusa Frelimo e Governo de perseguição e terrorismo

Dos seus mem­bros e ex-guerrilheiros.
A Renamo acusa a Frelimo e o Governo de terrorismo e per­seguição política dos seus mem­bros e ex-guerrilheiros.
“A situação política do país continua a deteriorar-se com re­torno a práticas terroristas que estão a ser levadas a cabo pelo Estado, a mando do partido Fre­limo e o seu governo”, disse Fer­nando Mazanga.
É desta forma que a Renamo caracteriza o momento político actual e chega a acusar o Gover­no da Frelimo de protagonizar actos de perseguição aos seus an­tigos guerrilheiros, que apoiam Afonso Dhlakama em Santun­gira. O porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, fala de ale­gados casos de captura, tortura e execução de seus membros.
Mazanga denunciou, assim, uma alegada tortura e assassina­to de um desmobilizado seu e a perseguição de outros 16.
Como exemplo disso, Mazan­ga acusou a polícia de ter “exe­cutado” o major Oliveira Maga­zinhica e de “desmoralizar” e intimidar os ex-guerrilheiros da Renamo.
“O major Oliveira Magazinhi­ca foi executado às 17h30 do dia 27 de Agosto, depois de ter sido seviciado e mantido no cativei­ro, de 25 a 27 de Agosto, altura da sua execução. O major fazia trabalhos no quartel-general da Renamo, em Santungira, Goron­gosa, e ter-se-ia deslocado a Nha­matanda, para visitar a família”, afirmou Mazanga, acrescentan­do que, “ontem, escaparam sete ex-guerrilheiros no posto admi­nistrativo de Muda e Bebedo, em Nhamatanda; quatro em Savane; cinco em Gondola, so­mando 16 que, neste momento, estão em fuga em parte incerta para escaparem dos esquadrões da morte a soldo da Frelimo”.
Para a Renamo, estes actos são atentatórios à paz e estabilida­de do país, uma vez que podem degenerar em violência e outras situações descontroláveis.
Fernando Mazanga conta que a vítima terá sido enterrada no mato e o seu cadáver descoberto por populares, tendo o partido tomado conhecimento do envol­vimento da polícia no alegado “assassinato” através de uma su­posta testemunha.
Assim, o partido de Dhlakama exige explicações da polícia e do Governo.
A Renamo não exibiu provas do que diz, mas garante que há vários cidadãos que testemunha­ram tal acto da polícia.
A FRELIMO JÁ REAGIU...
O secretário para Mobilização e Propaganda e porta-voz do partido Frelimo diz que as acu­sações da Renamo são falsas, in­fundadas e não têm razão de ser.
“A Frelimo lamenta e conde­na, veementemente, a postura da Renamo de tentar imputar acções sem provas nem razão de ser”, disse. Damião José diz ainda que, se houve algum assassinato, a própria Renamo é que deve sa­ber porque ela é que semeia ter­ror. “Se há algum guerrilheiro da Renamo perecido, a Renamo sabe o que terá acontecido para isso”.
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