sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Guebuza acusa Renamo de dificultar encontro com Dhlakama

Tensão política no país
Apesar da disponibilidade que o Chefe do Estado diz manter para se encontrar com o líder da Renamo, Armando Guebuza alerta que deve ser um encontro que produza resultados para não frustar as expectativas dos moçambicanos
O Chefe do Estado voltou a abordar, com frontali­dade, a actual situação política que se vive no país, du­rante o balanço da sua Presidên­cia Aberta e Inclusiva à província de Inhambane.
Segundo o Presidente da Re­pública, o único obstáculo que impede o encontro com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, é a própria delegação da Renamo, na mesa negociar, pois, sempre que o Executivo mostra disponi­bilidade do Chefe do Estado, a contraparte coloca novas impo­sições.
“Aquilo que o Governo preten­de é que haja, realmente, esse encontro com a minha pessoa e o senhor Dhlakama. Temos dito isso há muito tempo, muitas vezes e quero acreditar que também acreditam que, sempre que pos­so, me encontro com ele. Aliás, já fiz isso. Já dei esse gesto no passa­do. Também expliquei, numa ou­tra ocasião, que o meu encontro com o senhor Afonso Dhlakama não podia alimentar expectativas que não sejam totalmente satis­feitas. Porque isso ia dar um sinal muito forte, não pelo encontro, mas porque, depois de nos en­contramos num dia, no outro, as pessoas voltam a frustrações. Mas devem dar esperança dos proble­mas que vão ser resolvidos. E qual é a esperança. É que, depois do encontro, as pessoas se sintam mais livres, as pessoas possam falar à vontade como têm falado até agora e sem receios de serem ameaçadas ou intimidadas”.
Armando Guebuza diz ainda que o encontro deve permitir que as pessoas possam voltar à sua vida normal, participando nos actos políticos que o país tem em liberdade. Quanto à sua disponi­bilidade, acrescenta o Chefe do Estado que as rondas negociais tinham ou têm em vista preparar os aspectos a debater e que po­derão permitir que, no encontro com Afonso Dhlakama, seja pos­sível tratar de assuntos ligados à segurança. Porque o povo mo­çambicano não pode continuar a viver intimidado, pois é um povo com liberdade e, por isso, a liber­dade que tem não pode ser ame­açada.
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