sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Frelimo e Renamo de mãos dadas na crítica à gestão de Daviz Simango na Beira

Na 23ª sessão ordinária de AMB
As bancadas queixa­ram-se das condições das estradas, falta de limpeza nas drena­gens, imundície pela lavagem de viaturas, instalação de barracas para venda de bebidas alcoólicas e refeições, entre outras coisas
A gestão de Daviz Simango na frente da autarquia da Beira foi ontem fortemente criticada pela Frelimo, Renamo e PIMO, que acusaram o líder de não respeitar o código de postura da urbe. Den­tre várias coisas, aqueles partidos queixaram-se das condições de estradas, falta de limpeza nas valas de drenagem, imundície nos luga­res públicos causados pela lavagem de viaturas, instalação de barracas para venda de bebidas alcóolicas e refeições, aumento de vendedores ambulantes, tudo em locais ina­propriados, assim como atribuição de terreno para construção de in­dústria nos lugares de machambas.
Estas críticas foram feitas duran­te a XXII sessão ordinária da As­sembleia Municipal da Beira.
Noé Marimbique, chefe de ban­cada da Renamo, disse que o trata­mento que o CMB tem vindo a dar à população das zonas suburbanas ao retirar-lhe as suas machambas para dar lugar a construção de industrias não tem obedecido aos trâmites legais, pois não são com­pensados.
“Este procedimento não obede­ce à lei em vigor no país e permite a transação fraudulenta da terra. Muitos titulares não são regista­dos e não recebem compensão e outras pessoas, com ajuda de se­cretários das zonas, são infiltradas como titulares e recebem individa­mente”, disse.
Mais adiante, Noé Marimbique lançou críticas à Frelimo dizendo que os governantes perderam a noção da responsabilidade com o povo, porque o “carvão mineral ocupou a cabeça dos membros do partido no poder. O Governo recusa alterar a Lei Eleitoral para acomodar a paridade na Comissão Nacional de Eleições, porque tem medo de sofrer uma derrota re­tumbante”, disse Marambique.
Enquanto isto, José Raimundo, chefe da bancada da Frelimo, re­correu a exemplos nas suas acusa­ções a Daviz Simango. “Na avenida Armando Tivane, já não há pas­seios, porque podaram as árvores e não recolheram as estacas. Os passeios foram todos ocupados pelos vendedores informais assim como em alguns prédios se encon­tram oficinas instaladas. Portanto, a postura de cidade está sendo vio­lada com olhar impávido e sereno dos homens de direito”, afirmou.
Outro que se queixou da edi­lidade foi o membro de partido PIMO, Cândido Vaja, para quem há necessidade de se reabilitar as estradas esburacadas para permi­tir transitabilidade.
Respondendo a estas questões, Daviz Simango lamentou as críti­cas dirigidas à sua gestão e disse que os que as fazem não têm a no­ção de elevado custo de vida. Re­feriu que algumas actividades que violam a postura da cidade estão ligadas ao esforços que os municí­pes têm empreendido para a sua sobrevivência.
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