Elisio Macamo escureceu um brilhante artigo no qual, basicamente, defende que, no nosso ambiente intelectual, o conforto da opinião da maioria, que se confirma pela emoção, parece ser a rota mais segura do conhecimento. Apoiando-se na filosofa Hannan Arendt, ele sugere que o que podemos saber sobre o mundo nao se pode confirmar apenas pelos sentidos, mas sobretudo pela razão.
Elisio afirma no seu... texto que tem mais medo dos "novos democratas" do que daqueles que nos governam mal hoje (aqui inclui-me, suponho). Sao vários os factores que ele alinha para justificar este grande medo que sente: queimar autocarros, mutilar pessoas e matar indiscriminadamente em nome da luta pela democracia; aplaudir a morte de agentes da lei e ordem em nome do combate á arrogância do governo; a intolerância que hoje se infere nos posts e artigos e que, se apoiada pelo acesso ao poder, pode vir a recair sobre todos os que pensam diferentemente, com implicações trágicas para o país. Com efeito, quem aplaude o assassinato de policias, só porque isso embaraça o Governo, pode nao ter pejo de serviciar dissidentes, se vier a ter possibilidades para tal.
O foco de Elisio era o ambiente intelectual, embora se tenha referido também a esta intolerância (dos diferentes activistas, desejosos de "mudanças"). Trata-se de uma intolerância que acompanha a defesa e proteção de zonas de conforto ideológico.
O que o sociólogo foi fazer!!! Foi violentamente atacado em posts e comentários subseqüentes, prenhes das adjetivações e insultos de que ele tanto deplora no seu texto. Ataques protagonizados nao por intelectuais, que esses entenderam a sua salutar "provocação". Foi-o sim por uns pretensos activistas, conhecidos pela sua intolerância ao pensar diferente. Trata-se de um ataque tão vil que, inclusivamente imiscui-se na vida pessoal deste intelectual moçambicano. A produção intelectual de Elisio Macamo ee reduzida ás sovinas proporções de um expediente para aceder a cargos públicos, na esfera governativa mocambicana.
Conheço Elisio desde os fins da primeira metade da década 70 do século passado. Fomos contemporâneos no ciclo preparatório, na então pequena vila de Xai-Xai. Posso testemunhar sobre o grande apego que ele tem pela vida acadêmica, sobretudo nas condicoes excepcionais em que ele a exerce, primeiro na Alemanha e, agora, na Suíça. Estou convencido de que nada o faria mudar essa escolha da sua vida. Nem tachos, nem sinecuras, nem dinheiro distribuído, ao gosto de alguns activistas. E nao ee que propostas tentadoras nao lhe tenham sido feitas. Recusou-as todas.See more
Elisio afirma no seu... texto que tem mais medo dos "novos democratas" do que daqueles que nos governam mal hoje (aqui inclui-me, suponho). Sao vários os factores que ele alinha para justificar este grande medo que sente: queimar autocarros, mutilar pessoas e matar indiscriminadamente em nome da luta pela democracia; aplaudir a morte de agentes da lei e ordem em nome do combate á arrogância do governo; a intolerância que hoje se infere nos posts e artigos e que, se apoiada pelo acesso ao poder, pode vir a recair sobre todos os que pensam diferentemente, com implicações trágicas para o país. Com efeito, quem aplaude o assassinato de policias, só porque isso embaraça o Governo, pode nao ter pejo de serviciar dissidentes, se vier a ter possibilidades para tal.
O foco de Elisio era o ambiente intelectual, embora se tenha referido também a esta intolerância (dos diferentes activistas, desejosos de "mudanças"). Trata-se de uma intolerância que acompanha a defesa e proteção de zonas de conforto ideológico.
O que o sociólogo foi fazer!!! Foi violentamente atacado em posts e comentários subseqüentes, prenhes das adjetivações e insultos de que ele tanto deplora no seu texto. Ataques protagonizados nao por intelectuais, que esses entenderam a sua salutar "provocação". Foi-o sim por uns pretensos activistas, conhecidos pela sua intolerância ao pensar diferente. Trata-se de um ataque tão vil que, inclusivamente imiscui-se na vida pessoal deste intelectual moçambicano. A produção intelectual de Elisio Macamo ee reduzida ás sovinas proporções de um expediente para aceder a cargos públicos, na esfera governativa mocambicana.
Conheço Elisio desde os fins da primeira metade da década 70 do século passado. Fomos contemporâneos no ciclo preparatório, na então pequena vila de Xai-Xai. Posso testemunhar sobre o grande apego que ele tem pela vida acadêmica, sobretudo nas condicoes excepcionais em que ele a exerce, primeiro na Alemanha e, agora, na Suíça. Estou convencido de que nada o faria mudar essa escolha da sua vida. Nem tachos, nem sinecuras, nem dinheiro distribuído, ao gosto de alguns activistas. E nao ee que propostas tentadoras nao lhe tenham sido feitas. Recusou-as todas.See more
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