Maputo (Canalmoz) – O recenseamento eleitoral ainda não arrancou em muitos postos montados para o efeito, ao nível do País. O Boletim sobre o processo político publicado diariamente pela AWEPA e CIP relata a situação inaceitável, se considerar que há 19 anos que Moçambique realiza eleições e ainda se debate com os mesmos problemas. Outra questão é que o recenseamento não está a acontecer precisamente nas zonas consideradas de influência da oposição. O mesmo problema de sempre… eis o relato do Boletim referido, na sua edição de ontem.
Em Nampula metade dos postos ainda não abriram
Na província de Nampula mais da metade dos postos de recenseamento ainda não estão abertos (ontem). Ao nível da cidade de Nampula até ontem quase que em todos os postos de recenseamento eleitoral as máquinas estavam avariadas ou falta de toner para impressão dos cartões.
No posto de recenseamento localizado na EPC Parque Popular, no centro da cidade de Nampula, não havia registado de único eleitor até ao fim do dia de terça-feira.
Na EPC 7 de Abril a situação não era das melhores. Muita gente voltou para as suas casas sem se ter recenseado.
O posto localizado no Malimusse, na rua dos Sem Medo, até a manhã de terça-feira não havia recenseado ninguém e, o fluxo de pessoas era maior, pois, algumas que desistiram da EPC Parque Popular dirigiram-se àquele posto, mas em vão.
Na cidade de Angoche, informações disponíveis indicam que o recenseamento eleitoral arrancou com indisponibilidade de material e, até segunda-feira quase que ninguém se tinha recenseado.
Os postos de recenseamento instalados na Escola Industrial e Comercial 3 de Fevereiro, Escola da Textáfrica, Napipine e Impuecha arredores da cidade de Nampula, se encontram vazios devido à falta de energia que provocou a paralisação das actividades.
No posto da Escola Secundária de Angoche muitos eleitores já se tinham deslocado para lá mas retomando as suas residências sem se ter recenseado.
O posto de recenseamento localizado em Namaripe, próximo ao quilómetro 13, não vislumbrava ambiente de acolher o recenseamento.
Cuamba: Falta de tinteiros condiciona o início tardio do recenseamento
No distrito de Cuamba, Niassa, até às 10 horas de hoje estava a funcionar um único posto de recenseamento. Ele está instalado no recinto do governo do distrito com uma fila de 35 cidadãos que aguardavam pela impressão do cartão.
E nos restantes 10 postos há falta de tinteiro até hoje (ontem).
O recenseamento eleitoral em Cuamba decorre com um reforço de 20 líderes comunitários contratados pelo STAE e formados para o efeito. Há queixas de que este grupo de líderes tem laços políticos com a Frelimo.
Questionado o director do STAE distrital, Guilherme Xavier, disse que esta é simplesmente a experiência de Cuamba, por ser este grupo como mais influente na comunidade.
Tete: Continuam encerrados a maioria dos postos
A maioria dos 32 postos de recenseamento eleitoral na cidade de Tete ainda continuavam encerrados.
A situação deve-se a dificuldades no equipamento de recenseamento. Numa ronda efectuada verificou-se também a ausência de funcionários nos postos de recenseamento, a avaria frequente de máquinas e falta de tinteiros. (Redacção/Boletim do Processo Político)
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