- 24 Abril 2013
- Opinião
Luanda - O Secretário de Estado da Administração do Território de Angola, Senhor Adão Almeida, na Conferência sobre a experiência que o Brasil tem sobre o Poder Local e que ontem se realizou em Benguela, disse não haver condições para a implantação das Autarquias em Angola nos próximos tempos. Fico sem saber, se foi por causa da má experiência Brasileira nesta matéria, ou porque a experiência Brasileira é tão boa, que ele receia que as Autarquias em Angola, virão a condicionar largamente os resultados eleitorais do MPLA, nas previstas Eleições Autárquicas em 2015, como os Angolanos querem.
Fonte: facebook
Segundo o Senhor Adão Almeida, os quadros Angolanos não estão preparados, as atuais estruturas Municipais também não, as infra estruturais locais são precárias e a Democracia e Autonomia local, nomeadamente na cobrança de futuras receitas fiscais está em causa. Assim, vamos percebendo o discurso incoerente do Executivo Angolano, que para a propaganda do “ crescer e distribuir melhor” do MPLA, que suporta o atual Executivo, nada tem haver, com a realidade angolana.
Como o Senhor Secretário de Estado do MAT saberá, as condições estruturantes do Poder Local em Angola criam-se, desde que haja vontade política para o efeito e ela não existe por parte do Titular do Poder Executivo Angolano. Ao contrário, os Partidos da Oposição já vieram reafirmar que pretendem dialogar e pressionar o Executivo Angolano, para que as Eleições Autárquicas se realizem em 2015.
A Oposição Angolana deve passar das palavras a prática e começar a negociar entre si, uma plataforma política abrangente no que diz respeito as Autarquias em Angola. Está a vista de todos, que o Titular do Poder Executivo Angolano receia o Poder Local a ser exercido pelas Autarquias conforme a Constituição Angolana, devido a proximidade que o povo terá com estas instituições, que serão geridas por homens e mulheres eleitas para o efeito e não por pessoas, que bastam ser militantes do MPLA, para estarem a frente das Comunas, Municípios, Províncias e serem membros do Executivo Central.
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