terça-feira, 2 de abril de 2013

“Ninguém come carvão ou bebe gás natural”

“Ninguém come carvão ou bebe gás natural”
Pacheco defende maior produção de alimentos
José Pacheco, no âmbito do ProSavana, em Tóquio.
O ministro da Agricultura, José Pacheco, disse que as grandes potências mundiais, como o Japão, devem olhar para a agricultura como prioritária para os seus investimentos, referindo que, no final de cada dia, nenhum cidadão exige carvão mineral para comer, nem gás natural para matar a sede.
“Moçambique tem recursos naturais abundantes como o gás natural, em que o Japão tem um forte interesse. Mas, no final de cada dia, ninguém vai querer beber gás, nem comer carvão”, disse Pacheco, falando na reunião de alto nível sobre o ProSavana, que ontem decorreu em Tóquio, inserida na visita de trabalho que realiza ao Japão, desde a noite de sábado último.
Na ocasião, que contou com a participação de várias dezenas de pessoas, entre políticos e especialistas de diversas áreas directa ou indirectamente relacionadas com a produção agrícola em Moçambique, no Japão e no Brasil, Pacheco frisou que até os médicos aconselham os doentes a alimentar-se, de forma a que os medicamentos tenham o efeito desejado.
“Os medicamentos só funcionam positivamente num doente que tem disponibilidade de comida”, disse o titular da pasta da Agricultura, sustentando, claramente, a tese de que Moçambique e o mundo não devem ‘correr’ para recursos como gás e carvão, em detrimento da agricultura, que, no país, sempre foi a base de desenvolvimento económico.
No encontro de ontem, foram apresentadas e discutidas várias possibilidades de financiamento do ProSavana, um programa ambicioso de desenvolvimento da agricultura no corredor de Nacala, envolvendo as províncias de Nampula e Niassa, no Norte, e Zambézia, Centro de Moçambique, numa área de cerca de dez milhões de hectares.
Por outro lado, o ministro da Agricultura voltou a tranquilizar os receosos em torno do ProSavana, explicando que qualquer passo que se da é feito em estreita consulta aos governos, líderes comunitários e produtores locais.
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