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Escrito por Redação |
Quarta, 10 Abril 2013 16:03 |
“Nunca vai haver mais guerra, só poderá continuar a haver esses desentendimentos, atacado bofetada, sentir doer e também esticar (gesto de murro)”, afirmou o líder do maior partido da oposição em Moçambique, que acrescentou que foi pressionado a ordenar o ataque pelos seus homens, segundo ele mais de 35 mil em todo o país, que estão descontentes com várias questões já apresentadas e que não tem obtido respostas por parte do Executivo de Armando Guebuza. "Se recebe biliões de Guebuza demita-se e vai comer com ele lá em Maputo (…) eu disse arranjem maneira, desenrasquem, vocês fizeram a guerra sabem onde vão apanhar armas respondam! E autorizei, porque disseram se o Senhor não nos autoriza ou hoje demita-se ou também vamos assassina-lo”. Entretanto o líder da Renamo disse que não foi dele a ordem para atacar o autocarro de passageiros e dois camiões, no passado sábado (6), contudo não colocou de parte a possibilidade de terem sido homens do seu partido. "Sabe que até agora estão a chegar os comandos de Maputo, com cães especiais, então alguém em resposta pode atacar (...) já não usam carros militares, viajam a civil e só põem fardamento quando chegam a Muxúnguè, então estou a dizer (...) foi por um acidente, não é um alvo aquilo”. Dlakhama lamentou a perda de vidas humanas sem necessidade, apenas devido a arrogância do Governo, após 20 anos de paz “... lamentar as mortes, são mancebos, miúdos mal treinados a maioria vem do sul, são postos nos blindados e chegam aqui e levam porrada”. Segundo Afonso Dlakhama o Chefe de Estado moçambicano terá enviado uma mensagem a pedir a cessação das hostilidades a qual o líder da Renamo respondeu com um pedido da retirada dos blindados e dos polícias e militares que estão em Muxúnguè. “Se ele não retirar a partir de hoje e amanhã (quarta-feira e quinta-feira) e eu verificar que estão aqui a aproximar mando atacar. Porque se eu não mando atacar o primeiro obus vai matar-me e eu já não posso responder”. O Presidente da Renamo afirmou ainda que não quer encontrar-se com o Presidente de Moçambique, Armando Guebuza, pois nada do que foi colocado na mesa, no encontro anterior entre ambos, teve desenvolvimentos positivos. “Parece que estou a ir pedir dinheiro (…) neste momento não está claro eu encontrar-me com Guebuza para dizer o quê? Para vocês (jornalistas) escreverem que o Dlakhama calou a boca porque foi receber mais dinheiro”. Sentado sozinho, perante um batalhão de jornalistas que se deslocou a Gorongosa a propósito da Conferência de Imprensa por ele convocada, Afonso Dlakhama reiterou que não vai haver eleições enquanto a Lei eleitoral não for revista para garantir a paridade na representação dos partidos políticos na Comissão Nacional de Eleições e a despartidarização dos restantes órgãos eleitorais. “Porque um partido tem mais deputados na Assembleia então tem mais ali (referindo-se aos órgãos eleitorais) para serem árbitros. Se é assim já não vale a pena fazer as eleições porque sabemos que a partida aquele tem a maioria para defende-lo”. Sobre a presença da Sociedade Civil nos órgãos eleitorais Afonso Dlakhama não tem dúvidas que enquanto o patrão continuar a ser o partido Frelimo, que também é Governo, ela não existi “não é porque não reconhecemos a Sociedade Civil, não há condições para a Sociedade Civil porque todos para viver o patrão é sempre a Frelimo. Ainda é cedo para a Sociedade Civil em Moçambique, talvés daqui a 20 ou 30 anos quando começarmos a ter as indústrias independentes, privadas, para também empregarem os intelectuais”. Refira-se que esta semana foram empossado os membros das Comissões Provincias Eleitorais e verifica-se que muitos dos membros da Sociedade Civil que estão presentes tem ligações umbilicais com o partido no poder, a Frelimo. O líder da Renamo deixou claro que o objectivo da sua luta é por um Moçambique melhor e pela democracia, não o dinheiro, tendo apontado o dedo aos intelectuais que alinham no discurso do Governo a troco do vil metal. “Os que estudaram em Moçambique é que estão a cometer o crime, um intelectual estar ao lado de uma ditadura a defender coisas porque ganham 30 mil meticais? É preferível andar pé descalço. Se eu quisesse dinheiro já teria abandonado, se calhar seria o mais rico de Moçambique (…) quero morrer e deixar esperança para futuras gerações. Quero ser o melhor de África e do Mundo" concluiu. |
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