Discurso de fim de ano do Presidente da República
Luanda, 27 de Dezembro de 2012
Nesta ocasião, as minhas primeiras palavras são de conforto e de solidariedade para com todos aqueles que, por razões de saúde e outras, não podem comungar connosco este momento de celebração e alegria.
SENHOR VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA,
ILUSTRES CONVIDADOS,
CAROS COMPATRIOTAS,
Celebramos há dias a Festa da Família. Vamos entrar agora num
Novo Ano, que espero seja bom para todos.
Nesta ocasião, as minhas primeiras palavras são de conforto e de solidariedade para com todos aqueles que, por razões de saúde e outras, não podem comungar connosco este momento de celebração e alegria.
Dirijo-me também ao Senhor Vice-Presidente da República
para agradecer a mensagem que me transmitiu, em seu nome pessoal, em nome dos
presentes nesta cerimónia e em nome de todo o povo angolano, sublinhando os
nossos êxitos, dificuldades, preocupações e desafios.
Não pretendo alongar-me, porque são sobejamente conhecidos
o rumo que escolhemos e as promessas que fizemos ao povo angolano nas últimas
eleições gerais.
Neste contexto, já apresentamos à Assembleia Nacional as
nossas propostas de Plano Nacional e de Orçamento Geral de Estado para 2013, a
fim de cumprirmos as referidas promessas e de resolvermos os principais
problemas nacionais.
Reafirmamos a orientação no sentido de dar prioridade à
nossa acção que visa obter uma crescente melhoria das condições de vida dos
angolanos.
No Orçamento Geral do Estado para 2013, o sector social
terá direito a um terço do total das verbas previstas.
Essa aposta no sector social representa um acréscimo de
quase cinquenta por cento em relação ao ano de 2012 e destina-se à educação, à
saúde, ao ensino de base e superior, à habitação e à protecção social.
Reafirmamos também a necessidade do reforço do crédito e da
bonificação de juros para os empresários nacionais que dinamizem iniciativas que
levem ao aumento da riqueza nacional e à criação de mais empregos.
Definimos políticas para a formação, capacitação e
valorização do capital humano, porque um capital humano de excelência é
indispensável para o salto em frente que Angola precisa de dar.
Calculamos metas altas com um crescimento económico
sustentável, sem comprometer a melhoria do ambiente e a adopção de políticas de
adaptação às alterações climáticas.
No mundo actual, e mesmo na nossa sociedade, em que o valor
da vida começa infelizmente a ser avaliado por considerações puramente
utilitárias e materialistas, o Estado deve adoptar políticas de serviço social e
resgatar o espírito de solidariedade que sempre caracterizou o nosso povo.
Quem tem muito deve ajudar aqueles que têm muito pouco ou
quase nada, tendo presente na sua consciência que a solidariedade fortalece a
coesão social.
O Estado e a sociedade devem realizar acções destinadas a
atender às necessidades e preocupações das crianças, das mulheres, dos
portadores de deficiência, dos ex-militares deficientes e dos antigos
combatentes e veteranos de guerra.
A sociedade deve também zelar cada vez mais pela
estabilidade no seio das famílias, combatendo com firmeza a violência doméstica
e todas as formas de agressão sexual, em especial aquela que atinge crianças e
jovens.
Muitas vezes são os próprios progenitores ou familiares
próximos que praticam esses actos condenáveis, que levam à destruição da célula
mais importante da nossa sociedade, que é a família.
Temos de combater energicamente este fenómeno, com fortes
campanhas de educação cívica, para a prevenção, e com medidas judiciais severas
que responsabilizem os seus autores.
É necessário continuar a proteger a família como o núcleo
social onde se transmitem em primeiro lugar os valores éticos, culturais e
morais mais importantes da sociedade. Que cada família se constitua num lugar de
serenidade, de paz, de diálogo e de partilha de afectos.
É também no seio da família que os jovens podem encontrar a
confiança necessária para encarar o futuro com esperança e sentido de
responsabilidade.
O país conta mais uma vez com a força e o empenho da
juventude angolana para vencer os desafios do presente e do futuro.
A juventude deve ter sempre como referência o bom exemplo
dos jovens que no passado tudo sacrificaram para tornar possível a Independência
do nosso país e defender as conquistas nacionais do povo angolano!
Vivemos hoje um momento histórico especial, em que o nosso
país reúne as condições essenciais para se desenvolver e resolver os problemas
económicos e sociais e se tornar numa referência em África e no mundo.
A nós, líderes políticos, religiosos, cívicos, empresariais
e de associações culturais, cabe-nos, pois, nestas circunstâncias, canalizar a
generosa energia de todo o nosso povo para a construção de uma Angola moderna,
democrática e próspera, tendo por base os valores do trabalho, da liberdade, da
justiça, da paz, do respeito mútuo e da fraternidade.
Desejo a todos Festas Felizes e um Ano Novo de renovadas
esperanças e prosperidade!
VIVA ANGOLA!
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