11.10.2012, 13:57
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As autoridades francesas apreenderam a vários islamitas materiais para a fabricação de engenhos explosivos. "Estamos diante de um grupo terrorista que representa um perigo sério", declarouo promotor de Paris, François Molins.
As autoridades reconhecem
queos extremistas não
vieram do estrangeiro,ou
seja, são um produto da
sociedade francesa. Aliás, a própria
população
localé
alvo de manifestações racistas
por
parte dos imigrantes das antigas colônias,
afirmam alguns políticos franceses que
iniciaramo debate sobre este
tema.
Um dos participantes da discussão, Gilles
William Goldanel, advogado e
publicista, presidente-fundador daorganização Advogados sem Fronteiras, declarou queo
problema se coloca há
muito
tempo mas que
até agora tem
sido
envolvida em um véu
de silêncio.
O
advogado
tem a sua explicação para isso. A
Segunda Guerra Mundial eo holocausto
perturbaramosocidentais, uma vez que estes
crimes foram levados a
cabo
por europeus em nome da raça
branca. Isso levou a
queosocidentais tivessem uma
espécie de ódio
por si próprios e abriu
caminho àquilo
que Gilles William Goldanel chama "um amor pouco
saudável pelas diferenças".
Há dois anos, Thilo Sarrazin, político
alemão do
Partido Social
Democrata, publicouo
escandaloso
livro "A Alemanha se extingue a
si mesma", no qual descreveuo
mesmo problema
relativamente ao seu país. Depois
disso, foiobrigado a
abandonar a Junta Diretiva do
Deutsche Bundesbank, devido a acusações de racismo.
Naopinião de
Thilo
Sarrazin,os imigrantes muçulmanos,
mesmo
na segunda e terceira geração, na sua maioria
não
conseguem (e não
querem) integrar-se na sociedade alemã. Como
resultado, no
pano de fundo de
redução da natalidade entre a
população
alemã, a composiçãoétnica do
país vai mudando, levando à
redução do
nível intelectual dos habitantes da
Alemanha.
Alguns especialistas
consideram que a conceção
europeia de multiculturalismo
foi desdeo
início uma espécie de projeto
econômico.
No
fundo, ter-se-ia tratado de
uma espécie de acordo
tácito comos
imigrantes, chamados aocuparos
postos de trabalho
vagos na Europa. Em
troca
da lealdade ao país de acolhimento, foi-lhes
deixado conservaro
seu estilo de vida,os
seus costumes e rituais. Há que reconhecer
queos europeus
não
souberam prever todas as
consequências.
Os
imigrantes continuam a consideraros
seus empregadores como
"exploradores" e "opressores".
Consequentemente, aosolhos dos europeus,os
imigrantes são vistos como
"criados", como
passageiros "de segunda classe", tal como
escreveu Marx, agora em versão
politicamente correta.
Pelos
vistos,os
políticos da Europa (e
não
só eles) deverão corrigir
significativamente a sua política de imigração, tornando-a mais
aberta mas principalmente mais justa. Para começar, há que começar a
chamar as coisas pelos seus
nomes. A julgar por tudo,é
precisamente este primeiro
passo queos
europeus têm muita dificuldade em
dar.
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