O ASSASSINATO DE ELVINO DIAS E O SUMIÇO DO "PORTA-VOZ DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E DO GOVERNO"
É ele que se fez, que se faz ou é feito de porta-voz do Governo e do Presidente da República.
É ele que normalmente nos anuncia em primeira mão os principais eventos que envolvem o Presidente da República.
É ele que nos anuncia das vagens do oficiais do Chefe do Estado, das inaugurações que vai fazer;
É ele que sabe mais das agendas do Presidente da República do que a esposa deste, sabe mais e, em primeira mão, das sínteses das reuniões do partido.
Foi ele que anunciou, em primeira mão, a morte de Mariano Nhongo, a morte de Bonomade Machude Omar, o líder dos terroristas que actuam nas matas de Cabo Delgado;
É ele que, substituindo-se aos inexistentes porta-vozes do Ministério da Defesa Nacional, normalmente anuncia os resultados operacionais das Forças Armadas conjuntas de Ruanda e Moçambique; é uma pessoa que, deturpando e subvertendo o funcionamento normal de um Estado normal, tem acesso a informações privilegiadas e classificadas relacionadas com o actual governo.
É um homem-estrela a quem o governo em exercício confia mais do que nas suas próprias instituições e funcionários.
Na noite de Sexta-feira, na esquina entre as Avenidas Joaquim Chissano e Rua da Resistência, houve um evento na Cidade de Maputo que, pelas piores razões, está a colocar Moçambique como manchete dos principais órgãos de Comunicação Social do Mundo.
Todos estão a falar de Moçambique, desde governos, organizações, até o Secretário-geral das Nações Unidas veio a terreiro se pronunciar, entretanto e estranhamente, o bem informado "porta-voz" do governo, aquele que a tudo tem acesso privilegiado, desta feita foi transformado ou transformou-se no pior desinformado do Mundo. Até parece estar a fingir demência.
Custa crer que o homem dos acessos privilegiados às informações presidenciais e do governo, desta feita lhe tenham atrasado transmitir-lhe a notícia. Ainda não tomou conhecimento daquilo de que todo o Mundo sabe e está a falar.
Só espero que, tal como a chuva, que se faz de escassa e, no dia que regressar ou entender "chover" não venha com a sede de causar mais angústia e luto à já martirizada e enlutada família moçambicana.
COMPAREMOS,
Israel, com o beneplácito incondicional dos EUA está a matar palestinos, "todos os dias desde 1948" entretanto, no lugar de resolver o problema que julgava poder resolver com as matanças, no lugar de retrair os palestinos, está a endurecer cada vez mais aquele povo, de tal forma que hoje, qualquer criança palestina sabe odiar qualquer israelita e, só para recordar, desde 7 de Outubro de 2023, não há dia que não tenham morrido dezenas, senão centenas de palestinos mas, nem com isso se consegue quebrar a determinação do povo mais bloqueado do Mundo. Quando se recorre à violência para conter a vontade de um povo, normalmente, os efeitos pretendidos, são reverso.
JÁ AGORA,
Alguém sabe dizer quantos milhares de moçambicanos endureceram ou radicalizaram os seus corações, da madrugada de Sábado até está Segunda feira? Alguém já imaginou no perigo que isso representa?
ELVINO DIAS,
Fazia uma guerra jurídica, guerra de esferográfica e de computador, guerra dos códigos e das leis, guerra de retórica, guerra em instituições da cidade, em suma, ele fazia uma guerra civilizada. Alguém preferiu trocar a guerra civilizada que ELVINO DIAS fazia, por uma guerra de armas.
Só vou rezar para que, não nasça quem também queira ripostar com armas àqueles que se socorreram das armas para imporem as suas vontades perante ELVINO DIAS, como um aviso ao povo, para que este não ouse falar ou reclamar a arrumação social vigente.
Ontem, por comportamentos similares, em 1976, fizeram nascer um André Matsangaissa que iniciou uma guerra que custou vida a mais de um milhão de moçambicanos e deixou a economia de rastos e, mais de 30 anos depois, o país ainda dela se ressente por um lado e, por outro, muitos se refugiam nela para justificar fracassos no seu desempenho.
Por motivos ainda não muito determinados, em 2017 fizeram nascer terroristas em Cabo Delgado e o pais inteiro está a dançar ao som da " música" imposta pelos terroristas em apenas alguns distritos de Cabo Delgado.
Estamos em 2024 parece que há gente que não aprendeu das lições do passado.
Por atitudes irracionais de alguma gente analfabeta mas com diplomas, por tão pouco, um dia poderemos acordar com o país envolto em mais uma fratricida guerra.
Depois precisaremos de cientistas políticos, sociais e especuladores para estudarem as causas, tal como ainda se está a estudar indefinidamente as causas do conflito de Cabo Delgado.
Há quem embriagado pelo poder e pelo medo de viver fora do poder, não percebe ou finge não perceber que a República está um verdadeiro barril de pólvora mas insiste em aproximar perigosamente com palitos de fósforo e isqueiros.
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