ESTATÍSTICAS ELEITORAIS
Foram estimados em cerca 17.000.000 (dezassete milhões) de eleitores registados, que podem ser números maquinados, tendo-se como exemplo os dados forjados sobre a província de Gaza que, contestados por Rosário Fernandes, levaram Filipe Nyusi a demiti-lo mas, nunca nenhuma instituição do Estado nos veio provar que Rosário Fernandes estivesse equivocado.
9.000.000 (nove milhões) de eleitores não quiseram perder tempo em ir votar porque sabem que o seu voto não tem nenhum valor pois, em última instância, os Membros das Assembleias de Voto, os Secretariados Distritais de Eleições e a Comissão Nacional de Eleições é que escolhem quem deve ser o vencedor e com que números ou seja, que percentagem deve ser atribuída a cada partido ou candidato.
300.000 (trezentos mil) eleitores saíram de casa e foram às Assembleias de Voto somente para irem dobrar os bolentins de voto, depositarem-nos nas urnas (votos em branco) e pintar o dedo, de modo a não serem mal vistos ou serem censurados pelos seus correligionários nos serviços e outros locais partidários.
Dos pouco mais de 7.000.000 (sete milhões) de eleitores, cerca de 1/4 (um quarto) é produto de enchimento de votos que é feito aos olhos de toda gente, feito por determinados membros de certos partidos, pelos MMV's que se oferecem para tomar parte no processo eleitorar, como membros do STAE, fervilhando, dentro deles militância partidária ou em troca de dinheiro que, determinados partidos políticos distribuem.
O dinheiro não é distribuído a quem vai votar, como seria o mais lógico ou expectável. O dinheiro é directamente distribuído a quem dirige o processo eleitoral, num estilo de vício de origem, contaminar a fonte.
Depois da Campanha Eleitoral, a lei concede 2 (dois) desnecessários dias para reflexão.
Reflexão para quê se, à partida, há um programa de governação e respectivos executores, antecipadamente escolhidos para serem impostos aos demais cidadãos?
São 45 dias de supostamente campanha eleitoral que se revelam totalmente desnecessários. Gasta-se muito dinheiro público, os funcionários deixam de ir trabalhar, para tomarem parte em desnecessária campanha eleitoral, os professores abandonam literalmente as escolas durante quase 2 meses, para se entregarem em campanha eleitoral, os quais se mostram inúteis e desnecessários.
Nestas eleições, achei estranho que até pessoas ligadas ao Partido Frelimo que, sendo o partido que governa o país há 50 anos, não tenham ido votar, justificando-se que não querem perder tempo com isso porque já sabem quem é o vencedor.
No meio de órgãos e processo eleitoral totalmente contaminados, à partida, a questão que se coloca é: ir votar para quê?
As eleições só se tornam interessantes quando delas não se sabe quem será o vencedor entretanto, no caso moçambicano, vai-se à votação sabendo-se quem é ou deve ser o vencedor, com que percentagem deve vencer, por um lado e, por outro, dentre os concorrentes, há quem não quer perder, independentemente do voto popular depositado nas urnas.
Estes, são dentre tantos, os factores que, de ano para ano, tornam os nossos processos eleitorais totalmente desinteressantes e, de certa forma, desnecessários.
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