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19/08/2022
Ainda sobre 50 Anos do Rev. Zedequias Manganhela e os 60 da FRELIMO(audio)
No périplo deparei-me com este áudio de 1961, em mp3 muito interessante, escute com muita atenção. Duas intervenções, o evento deu-se em Hlamankulo, Paróquia do Rev. Zedequias Manganhela:
A primeira é do Rev. Gabriel Macave que, no seu xithokozelo - poesia, recebe e agradece o Dr Eduardo Mondlane, dá-lhe a força e sabedoria, faz entender das espectativas que dele esperam.
A segunda, temos o próprio Eduardo Mondlane, temos ouvido a parábola da águia mas, o que me mais interessou, é a humildade do seu discurso, começa dizendo Mbilu yanga yi tala hiku tsaka ngopfu - o meu coração alegra-se o bastante - .
Sabendo da presença da PIDE no local, exorta para que não se preocupassem porque o discurso estava sendo gravado para permitir a fiabilidade.
Sente-se constrangido pelos elogios e agradecimentos porque eles mesmos são os que merecem, agradece a partir do Azarias Muhlanga que lhe tirou da pastagem para a escola dominical, aprendeu a escrever em tsonga e, dali avançou para os demais circuitos. Fala das suas experiências da vida estudantil e percebeu que, de facto, somos todos inteligentes e capazes, a diferença é apenas da côr da pele mas o sangue que corre nas veias é o mesmo. Fala de como foi expulso da universidade da África do Sul devido à sua inteligência, pode-se entender neste discurso que, os estatutos do movimento de libertação (FRELIMO) que veio a fundar é fruto das experiências por si vividas. Oportunidade para todos, sem diferença de raça ou origem étnica.
(Retirado do WhatsApp)
Posted on 19/08/2022 at 10:33 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
17/02/2022
DESMENTINDO A VERSÃO DE SÉRGIO VIEIRA SOBRE A MORTE DE MONDLANE NO ARTIGO “BOMBA FABRICADA NA BEIRA” DO SEMANÁRIO “DOSSIER & FACTOS”
Por Lawe Laweki
Num artigo intitulado “53 anos da morte de Mondlane: Bomba fabricada na Beira”, o Semanário “Dossier & Factos” publicou as mentiras de Sérgio Vieira sobre o assassinato do Presidente Eduardo Mondlane em Dar-es-Salaam, Tanzânia.
Importa realçar aqui que Sérgio Vieira não estava na Tanzânia quando o Presidente Mondlane foi morto a 3 de Fevereiro de 1969. Ele havia sido expulso daquele país em meados de 1968, tendo regressado três anos depois, em 1971, para ser preciso.
O suposto envolvimento do conhecido sacerdote belga, Charles Pollet, e de Uria Simango na morte do Presidente Eduardo Mondlane foi inúmeras vezes desmentido por este autor, bem como por Barnabé Lucas Ncomo, autor do livro “Uria Simango: Um homem, Uma causa”. Para quem ainda não teve a oportunidade de ler tais desmentidos, aqui vai este artigo esclarecedor.
Leia aqui Download DESMENTINDO A VERSÃO DE SÉRGIO VIEIRA SOBRE A MORTE DE MONDLANE
Posted on 17/02/2022 at 11:32 in Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Opinião | Permalink | Comments (0)
13/02/2022
Histórias Secretas da PIDE/DGS por Bruno Oliveira Santos(2000)(Pág. 108)
B.O.S.: Foram recuperados vários guerrilheiros da FNLA, do MPLA e da UNITA?
O.C.\ Sim, sim. Muitos dos terroristas andavam lá contrariados — eram obrigados a fazer aquela guerra para evitar que as famílias sofressem represálias.
B.O.S.: É verdade que Jonas Savimbi foi assistido por médicos do exército português no princípio dos anos 70?
- C.: É. A UNITA tinha sido abandonada pela China e sabia que não tinha quaisquer hipóteses de implantação em Angola sem o nosso apoio. Como aspirava a integrar um futuro governo de Angola, os seus guerrilheiros aceitaram colaborar com o exército português em diversas acções contra os outros movimentos. Vários portugueses com interesses económicos na zona do Luso, sobretudo os madeireiros, pagavam à UNITA para não serem molestados no transporte de mercadorias.
Isto ajuda a compreender as razões pelas quais Jonas Savimbi foi assistido pelo Serviço de Saúde Militar, no Luso. O oficial encarregado das ligações com Savimbi era o major Passos Ramos, da Zona Militar Leste. Foi ele quem tratou de tudo. Já não me recordo da doença de que Savimbi padecia... Julgo que era uma apendicite, mas não tenho a certeza...
B.O.S.: A PIDE teve alguma participação no assassínio de Eduardo Mondlane?
O.C.: A carta armadilhada que provocou a morte de Eduardo Mondlane foi preparada pelo Casimiro Monteiro, que era de facto um grande especialista em explosivos. Mas o Casimiro Monteiro não agiu sozinho, teve a colaboração do chefe de segurança do Mondlane, o Joaquim Chissano, actual Presidente da República de Moçambique. Portanto, esse trabalho foi feito com a própria Frelimo, que estava muito interessada em eliminar o Mondlane.
B.O.S.: Teve acesso aos relatórios sobre Wiryamu?
O.C.: Não conheço essa história. De resto, na província de Tete, que eu conheci bem, não existia nenhuma terra chamada Wiryamu. Nem existia em Moçambique nenhuma terra começada por W. Eu não gosto de falar sobre esses assuntos, numa guerra há sempre massacres... O que lhe posso dizer é que nas instruções das Forças Armadas, da PIDE e demais forças da ordem
108
PS: O destaque é do MOÇAMBIQUE PARA TODOS. "O.C" é o Inspector da PIDE/DGS Óscar Cardoso.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 13/02/2022 at 23:49 in História, Letras e artes - Cultura e Ciência, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
07/02/2022
Semanário Dossier&Factos 451 074.02.2022
Posted on 07/02/2022 at 20:10 in Informação - Imprensa, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
03/02/2022
Morte de Eduardo Mondlane 03.02.1969
Posted on 03/02/2022 at 15:23 in Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
20/07/2021
Sérgio Vieira em entrevista a O PAREDÃO 11.07.2021(video)
Posted on 20/07/2021 at 19:14 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
09/04/2021
Programa MUSSA AL BIQUE - OS ANOS CONTURBADOS DE EDUARDO MONDLANE(video)
Posted on 09/04/2021 at 11:58 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Musica, vídeo, cinema | Permalink | Comments (0)
24/02/2021
MEMÓRIAS DO SEMINÁRIO DE ZÓBUÈ E UM POUCO SOBRE DAVIZ SIMANGO
Por Francisco Nota Moisés
Se o malogrado Daviz Simango nasceu em 1964 como foi reportado, ele tinha apenas quatro anos quando o vi e vi o seu irmão em Dar Es Salaam em 1968. Aquele tempo eu era um jovem em folha e não um bengalense que sou agora, embora não acarrete e não me apoie numa bengala ainda. Já está perto e não muito longe para isto. Mas estou vivo, de boa saúde e com energia como o General Mariano Nhongo disse recentemente sobre si próprio quando se fez ouvir depois dum certo silêncio.
Estava ainda a crescer quando saí de Moçambique em 1967. Era ainda miúdo durante os 4 anos que estive no Seminário de Zobué. O ano que entrei no então seminário, era o menor de todos os rapazes. Havia dois rapazes com nomes de família Nota, um rapaz de Murraça em Sofala, maior do que eu, a quem todos os seminaristas chamavam Nota e eu era chamado Notinha por todos, que era para que os estudantes distinguissem que Nota, se um de nós cometesse uma malandrice ou asneira qualquer. Mas não havia espaço para malandrices ou asneiras no seminário onde existia uma disciplina de ferro de tipo espartano e passávamos a fazer vezes sem conta dia para além de ginásticas diárias por uma hora de tempo nas manhãs. De maneira que não havia nenhum gorducho, excepto caso genito, e barrigudos como a tropa de Felipe Nyusi está cheia deles e de barrigudas incluindo o próprio Nyusi que é o comandante em chefe deles barrigudos.
Nunca gostava de jogar o futebol e o seminário tinha três campos de futebol: um para os menores donde nunca saí para o campo seguinte durante a minha estadia naquela escola, o outro para os médios, e o terceiro para os grandes ou os maiores. Fingia não me sentir bem quando se tratava de ir jogar futebol e passava o tempo a ler. Era no campo dos grandes onde os mais crescidos jogavam. Era também lá onde desafios com equipas externas, geralmente dos soldados da tropa portuguesa e o seminário tomavam lugar. E às vezes quando uma equipa de futebol de Mwanza no Malawi vinha para desafios contra nós.
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Posted on 24/02/2021 at 22:40 in Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Opinião | Permalink | Comments (0)
11/02/2021
Mondlane não foi o nacionalista como a Frelimo conta (8)
Este é o último dos artigos sobre Eduardo Mondlane, o primeiro dirigente da Frelimo, que faço a pedido de pessoas que querem saber algo sobre o homem e sobre o chamado Triunvirato ou seja a liderança que devia ter sido de três dirigentes; Uria Simango, Samora Machel e Marcelino dos Santos. Como se sabe Uria Simango, um dos verdadeiros fundadores da Frelimo foi morto em 1977 por ordens de Samora Machel e dos seus colegas, Samora Machel morreu em Mbuzini na Africa do Sul quando o seu avião presidencial se despenhou depois de perder a direção para Maputo quando regressava depois duma reunião na Zâmbia com alguns dirigentes da África austral, e Marcelino dos Santos, o último do triunvirato em vida e na morte, desapareceu algum tempo atrás depois duma enfermidade degenerativa que o paralisou física e o emudeceu.
Alguns anos antes da sua morte, os seus colegas organizaram uma festa para honrá-lo. dos Santos, então numa cadeira de diminuído físico e incapaz de falar, chorou de alegria. Tive pena dele dessa vez, mas não me arrependi de tê-lo batido, pontapeado e picado com uma lapiseira em Dar Es Salaam devido à energia que tinha na altura como um jovem que batalhava contra um monstro.
Eu e outros jovens estudantes tínhamo-lo cercado depois duma reunião que terminou mal com os estudantes a cercá-lo a ele e Uria Simango* depois dos dois, enviados por Eduardo Mondlane, terem vindo ao então Instituto moçambicano para nos dizer que a escola estava fechada e que devíamos rumar para Nachingwea, o campo de treinos da Frelimo. Nenhum estudante acatou a ordem. Fomo-nos queixar ao vice-presidente da Tanzânia a quem dissemos que os lideres da Frelimo queriam nos matar.
Pela tarde do mesmo dia, ouvimos na Rádio Tanzânia em Dar Es Salaam que o gabinete do Rashid Kawawa tinha anulado a ordem dos dirigentes da Frelimo, ordenando os estudantes a permanecer no instituto. Foi uma derrota dos líderes da Frelimo, depois de termos gritado, puxado, dado socos, porradeado e pontapeado Uria Simango e Marcelino dos Santos. Durante o cerco cada um dos estudantes em redor, puxava os para o seu lado. Os homens estremeciam. Um estudante retinha Uria Simango, retido pela barba por um estudante, implorava-nos, dizendo: "não me matem, não me matem" e Marcelino dos Santos rogava com muita nervosia e suor, dizendo: "deixem-me ir embora."
Quando em Julho de 1968, os líderes da Frelimo vieram a repetir a ordem para nos evacuar para Nachingwea, fizemos um protesto em frente do gabinete de Rashid Kawawa que ordenou a nossa detenção e encarceração na prisão central de Dar Es Salaam por três dias alegadamente "para a nossa proteção visto que o governo tinha informação de que a liderança da Frelimo tinha um plano para nos eliminar." Três dias depois, o governo nos transportou para o campo de refugiados das Nações Unidas de Rutamba no distrito de Lindi na província de Mtwara para o sul da Tanzânia que era para nos separar dos líderes da Frelimo que queriam acabar connosco e que nós também não os pouparíamos, se os pudéssemos capturar.
A guerra entre nós e os dirigentes da Frelimo estava declarada. E era uma guerra sem piedade.
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Posted on 11/02/2021 at 22:33 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Opinião | Permalink | Comments (0)
08/02/2021
Mondlane não foi o nacionalista como a Frelimo conta (7)
MONDLANE E A NÃO REALIZAÇÃO DO SEGUNDO CONGRESSO DEVIDO A UM BOMBARDEAMENTO PELA FORÇA AÉREA PORTUGUESA
... "Carecudo e com lábios grossos, Mondlane era um homem que se mantinha de boa saúde visto que fazia exercícios físicos quase que diariamente e gostava muito de marcha corridas na Praia de Oyster Bay onde vivia em Dar Es Salaam. A sua actividade física lhe serviu bem quando no segundo congresso da Frelimo no Niassa em Julho de 1968, aviões portugueses apareceram e obrigaram os congressistas a debandar com muito arrepio nos seus cabelos. A fuga precipitada do Mondlane e dos congressistas foi uma coisa que a Frelimo nunca anunciou."
Porque é que a Frelimo mente e mente em tudo? O próprio Eduardo Mondlane era um grande mentiroso. Nunca dizia a verdade. Fazia promessas somente para alegrar as pessoas e não as cumpria.
A Frelimo não admitiu o fracasso do tal segundo congresso donde o próprio Mondlane saiu a correr para o Rovuma antes de se enfiar numa almadia e atravessar o rio para a Tanzânia para salvar a sua vida enquanto que os outros guiados pelos guerrilheiros debandavam escondendo-se na floresta no seu esforço de fugirem para a Tanzânia enquanto aviões militares portugueses descarregavam bombas para tentar os eliminar. A debandada tomou lugar enquanto a reunião estava para começar.
Eles vieram a mentir mais tarde quando emitiram um comunicado para dizer que o seu segundo congresso tinha sido um grande sucesso e que os dirigentes da Frelimo tinham sido re-eleitos para as suas respectivas posições.
A verdade é que não realizaram nenhum congresso e muito menos eleições. E não era de admirar que a Frelimo liderada por Eduardo Mondlane tivesse mentido assim.
Julho, quando os líderes da Frelimo decidiram fazer o seu congresso no interior de Moçambique foi o mês quando eu e os outros jovens fomos exilados de Dar Es Salaam pelo governo da Tanzânia para o campo de refugiados de Rutamba depois de termos travado uma boa luta contra a ditadura e a tirania de Eduardo Mondlane na Frelimo. Estivemos, portanto, atentos as manobras dos líderes da Frelimo sem esperar nenhuma coisa positiva sair da sua reunião.
Alguns dias depois da data quando o tal congresso devia ter começado, um velho maconde que tinha uma loja no campo dos refugiados e que se tinha tornado meu amigo riu-se a bom rir quando me viu a entrar na sua loja. Eu não fazia ideia do que ele se ria antes dele surpreender com a informação que ele tinha a me dizer. Como eu, o velho maconde não gostava dos líderes da Frelimo
"Umesikia kwamba Mondlane na majambazi wengine kama yeye wamerudi Tanzania kama wanakimbia kwa sababu ndege za wareno zimewashambulia kali kabisa?" ele perguntou-me em Swahili para dizer: "já ouviste que Mondlane e os outros bandidos como ele regressaram para a Tanzânia a correr com os aviões dos portugueses a bombardeá-los fortemente?"
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Posted on 08/02/2021 at 15:20 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Opinião | Permalink | Comments (0)
07/02/2021
Mondlane não foi o nacionalista como a Frelimo conta (6)
Antes que proximamente aborde a questão do Triunvirato que sucedeu Mondlane depois da sua morte e que foi uma manobra para impedir Uria Simango que se tornasse o presidente da Frelimo, vou traçar um pequeno retrato sobre o primeiro presidente da Frelimo. Pessoas que nunca o viram, ou conheceram de perto, não podem fazer ideia da sua estatura física e da sua personalidade.
Mondlane era um homem gigante com uma altura muito elevada, para além de 2 metros e alguns centímetros. Com o seu grande corpo e altura comprida, pouco se assemelhava aos moçambicanos que em geral são duma altura média ou baixos -- e alguns um pouco como pigmeus.
No meio de africanos americanos, ele passaria muito bem por um africano americano com a sua altura como a de jogadores de basketball negros americanos.
Carecudo e com lábios grossos, Mondlane era um homem que se mantinha de boa saúde visto que fazia exercícios físicos quase que diariamente e gostava muito de marcha corridas na Praia de Oyster Bay onde vivia em Dar Es Salaam. A sua actividade física lhe serviu bem quando no segundo congresso da Frelimo no Niassa em Julho de 1968, aviões portugueses apareceram e obrigaram os congressistas a debandar com muito arrepio nos seus cabelos. A fuga precipitada do Mondlane e dos congressistas foi uma coisa que a Frelimo nunca anunciou.
Foram os guerrilheiros que lá estiveram como o malogrado Inácio Chondzi que vieram depois a nos contar o que aconteceu. Mondlane correu os poucos quilómetros do sítio da reunião para o rio Rovuma em pouco tempo, acompanhado e protegido por alguns guerrilheiros para quem correr era parte das suas vidas nas matas Moçambique.
O episódio foi na verdade a ironia do Mondlane que era considerado como agente dos portugueses a fugir de aviões portugueses cujas bombas podiam carbonizá-lo. Penso que os portugueses não pensaram nele ou queriam sacrificá-lo para os eliminar o bando dos lideres da Frelimo. Quando os portugueses souberam que a Frelimo tinha dito que iria fazer o seu congresso no interior, coisa que foi causado pela revolta contra a liderança da Frelimo em 1968, em vez de na Tanzânia onde queríamos que o evento tivesse lugar para nós os rebeldes participarmos, estiveram alertos com voos de aviões de reconhecimento mais do que nunca dantes realizados. Um avião de reconhecimentos detectou os congressistas, ou os terroristas segundo os portugueses, e não levou muito tempo antes de aviões de ataque aparecer em e atacar o lugar.
O Alto Comando das forças armadas portuguesas em Lourenço Marques assegurou ao governo em Lisboa que "os dirigentes terroristas não sairão vivos do território português." Eles queriam eliminar os dirigentes da Frelimo. E Mondlane também sabia que bombas largadas por aviões não haviam de o poupar e teve que cavalgar e as suas pernas compridas ajudaram-lhe a cobrir os três quilómetros do sítio do congresso para o Rovuma em pouco tempo antes de atravessar numa almadia para a Tanzânia.
Mas o curto Uria Simango, então barrigudo e obeso, que não podia correr, chorou enquanto gritando aos guerrilheiros: "ponha me palha na cabeça, ponha me palha na cabeça," que era para o camuflar dos aviões em cima deles que largavam bombas que produziam grandes covas nas quais mais tarde alguns guerrilheiros que tinham sido destacados para ficar e defender o lugar se metiam para se esconderem ou para a sua proteção quando os aviões regressavam.
Enquanto outros estiveram a se esconder debaixo de árvores frondosas, Samora Machel fez-se de palhaço quando se lançou para o chão e começou a rastejar e a disparar a sua pistola para o ar de qualquer maneira. Um guerrilheiro foi lhe puxar do lugar onde ele queria demonstrar que era o comandante supremo e lhe disse: "camarada chefe, o que você esta fazer vai atrair estes aviões em cima e vai nos por em perigo."
Quanto a sua personalidade, Mondlane era educado, mas nunca jamais o vi com um livro nas mãos. Ele não fascinava pessoas. Era na verdade odiado globalmente. Pessoas não gostavam dele em geral por causa das historias que corriam por ai que ele era agente dos americanos e dos portugueses.
Mas era um homem aberto e gostava de falar com as pessoas, mas as pessoas não gostavam dele, ao contrario do que acontecia com o Padre Gwenjere que era como uma luz no meio das trevas. A gente congregava-se em seu redor quando o viam para ouvi-lo falar. Militantes iam a ele para lhe informar sobre os crimes contra a humanidade e outros malfeitos dos líderes da Frelimo. Gwenjere era muito carismático enquanto Mondlane não era.
Numa eleição livre, onde Gwenjere, se participasse e se quisesse, Mondlane havia de perder sem forma para o Gwenjere. Mas a posição do Gwenjere era muito clara: ele era um homem de Deus. Não estava para o poder politico. Queria que as coisas andassem bem na Frelimo sem o terrorismo dos seus líderes e com liberdades e respeito dos direitos humanos dos militantes e do povo.
E Mondlane, infelizmente, metia-se em decisões sobre quem devia morrer como ele fez com Chissano, Machel e outros para a eliminação do comandante Felipe Magaia e de muitos outros.
Posted on 07/02/2021 at 11:39 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Opinião | Permalink | Comments (0)
03/02/2021
Mondlane não foi o nacionalista como a Frelimo conta (5)
É possível que a Radio Tanzânia transmitindo de Dar Es Salaam já tivesse anunciado a morte de Eduardo Mondlane antes das 20 horas do dia 3 de Fevereiro de 1969, quando ouvi aquela emissora em swahili com o anúncio da sua morte como a sua mais importante informação do dia com as seguintes palavras em Swahili:
"Dar Es Salaam -- Eduardo Mondlane, kiongozi wa chama cha wagombea uhuru Msumbiji ambacho kiko na macao chake kikuu hapa mjini Dar Es Salaam ameuwawa leo hapa Dar Es Salaam kutokana na mlipuko wa bomu ilikuwa kwa barua aliopokea kwa posta. Serikali ina chunguza kisa hicho ila ipate kujuwa zaidi (Dar Es Salaam -- Eduardo Mondlane, o líder da organização engajada na luta pela libertação de Moçambique com a sua sede em Dar Es Salaam morreu hoje duma explosão de bomba contida numa carta que ele recebeu nos correios nesta urbe. O governo está a investigar para apurar mais detalhes sobre o acontecimento.")
A informação paralisou-me antes de me perguntar a mim mesmo se estive a dormir e a sonhar ou se estive mesmo acordado e a respirar e se o que tinha ouvido era coisa real. Depois de me assegurar que não estive a dormir, tentei digerir o impacto da informação e fiquei assentado para ouvir o resumo das noticias no fim do boletim que repetiu a informação como acima dada. Respirei profundamente antes de sorrir visto que se tratava dum homem que eu não gostava e que não gostava de mim -- portanto dum meu inimigo.
Embora estivesse escuro fora da palhota onde ouvi a notícia visto que campo de palhotas não tinha luzes, fui na mesma a algumas palhotas onde alguns de nós exilados de Dar Es Salaam residiam e surpreendi-os com a informação que também não lhes entristeceu; e antes pelo contrário, o evento alegrou-nos até que alguns refugiados foram informar ao comandante tanzaniano do campo que alguns dias depois convocou uma reunião com alguns de nós para nos reprender severamente.
"Nunca na história da Tanzânia houve um incidente de uma bomba matar alguém e vocês se alegram com isto? O vosso comportamento é muito repreensível," disse o homem.
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Posted on 03/02/2021 at 12:55 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
02/02/2021
Morte de Eduardo Mondlane 03.02.1969
Posted on 02/02/2021 at 23:40 in Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
Mondlane não foi o nacionalista como a Frelimo conta (4)
Sabio said...”Através das suas publicações conhecemos melhor o que é a Frelimo. Não me admiro agora, vendo os jornais Notícias e Domingo a usar a plataforma MPT para tentar salvar a Frelimo. Mas como o povo já sabe que a Frelimo mente torrencialmente, esses medias estão a perder tempo. Duvido se uma pessoa sã na mente lê esses jornais.”
A Frelimo mente "torrencialmente." Não há melhor figura discursiva do que esta. Um amigo meu a quem liguei pelo telefone, e foi um dos meus companheiros de luta anti-mondlanista na Tanzânia no fim dos anos de 1960, gostou muito da expressão e fartou-se de rir. Rimo-nos a bom rir. A Frelimo mente para além de ser altamente deturpadora de factos.
Os que conheceram Mondlane, e o viram de perto e apreciaram as suas incapacidades, riem-se a bom rir quando ouvem tantas mentiras ditas sobre o homem, que não dizem a verdade.
Obviamente, nas mentes dos frelimistas não existe o que se chama o outro lado da moeda. As palavras são totalitárias. Basta ver os elogios intermináveis sobre Marcelino dos Santos depois da sua morte. Apresentaram o homem como alguém que foi o melhor do que tivesse existido. E de que Marcelino dos Santos falaram? Daquele homem que foi insensível e desumano com uma mente de assassino e que descreveu as matanças sem qualquer processo judicial de Uria Simango, da sua esposa Celina, de Paulo Gumane, Faustino Kambeu, mzee Lazaro Nkavandame, Basílio Banda, mzee Mutcheketcha, Casal Ribeiro, Joana Simeão, José João Nhaunga entre 600 indivíduos, que Samora Machel e ele Marcelino dos Santos com Sérgio Vieira agindo como juiz exibiram como "traidores" para os humilhar em Nachingwea entre 1974 antes de aniquilá-los, certos deles a gasolina e fogo em Mitelela no Niassa no dia 24 de Junho de 1977?
Obviamente, a Frelimo foi sempre o inimigo incarnado da liberdade e da democracia. Foi pena que a liderança da Renamo nunca conseguiu capitalizar nisto, e até hoje, não consegue digerir e entender isto por causa da sua incapacidade e falta de imaginação.
Quanto a Eduardo Mondlane, ele era um grande inimigo da liberdade apesar de ter vivido nos Estados Unidos durante 12 anos. Era um homem faminto de poder como qualquer outro autocrata e tirano. Nós que o confrontamos e o fizemos pela causa da liberdade e democracia que queríamos na Frelimo e para o futuro de Moçambique, sentimo-nos orgulhosos por termos travado uma boa luta. E isto explica porque nunca me afastei daquele espírito em troca de alguns vinténs do Chissano que conseguiu corromper alguns dos meus antigos colegas de luta que são todos defuntos hoje visto que Chissano os enganou com sorrisos e palavras dóceis como "hoje há democracia em Moçambique e podem regressar que nenhum mal vos acontecerá."
Chissano, o homem que perdeu o seu casaco aos atacantes macondes do escritório da Frelimo em Dar Es Salaam no dia 11 de Março de 1968 e o levaram como troféu da sua heroica luta nunca podia me enganar. Deus e os espíritos dos nossos antepassados estiveram ao lado dos assaltantes macondes. Depois de atacar o lugar, desapareceram como que por encanto. Nenhum deles foi apanhado e também parecia que as autoridades tanzanianas não estiveram interessadas em procurá-los para os apanhar para trazê-los à justiça.
Mondlane morreu na residência duma americana chamada Betty King em Dar Es Salaam e não no escritório da Frelimo que teria sido demolido, se tivesse havido uma explosão lá. Quanto às circunstâncias em que ele obteve a encomenda, há muitas incógnitas que os que investigaram a sua morte incluindo a Scotland Yard do Reino Unido, a Interpol e o próprio governo tanzaniano não quiseram revelar. O governo da Tanzânia pediu a Scotland Yard e à Interpol para não revelarem os resultados das suas investigações nem ele próprio revelou o resultado das suas investigações.
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Posted on 02/02/2021 at 12:29 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Opinião, Política - Partidos, África - SADC | Permalink | Comments (0)
31/01/2021
Mondlane não foi o nacionalista como a Frelimo conta (3)
“... Digo da luta da Frelimo visto que muito antes daquele dia de 25 de setembro de 1964, os militantes da MANU que não tinham aceite a integração da sua organização na Frelimo tinham desencadeado a sua luta durante a qual mataram um padre holandês em Cabo Delgado, coisa que se pode ver e ouvir num dos episódios da Guerra do Ultramar que aparece na internet (www.google.com). Um dos combatentes da Manu que foi capturado depois dos combatentes da Manu não terem mais munições para enfrentar o exército português foi Vasco Mbunde. Mbunde foi capturado e levado para prisão em Lourenço Marques. Num documento que escreveu em Nairobi e que circulou depois de chegar no Kenya depois da sua prisão em LM, ele disse que um dia quando ainda estava na prisão em LM o governador-geral português mandou chamá-lo. Trazido na Ponta Vermelha, o Vasco Mbunde quase que desmaia visto que vê Eduardo Mondlane, presidente da Frelimo, na companhia do governador- geral. E o governador-geral lhe diz: "Vasco nunca se deve brincar connosco. Nós temos amigos até na Frelimo, como podes ver. No documento que Vasco Mbunde pode ainda ter se ainda vive, ele disse que "quando Mondlane morreu, as bandeiras em Moçambique flutuaram a meio haste e os prisioneiros políticos como ele ficaram quatro dias sem serem alimentados e quarenta deles foram mortos pelas autoridades portuguesas” (Francisco Nota Moises, comentario, MPT, 27/03/2014.)
Antes de dizer algo sobre quem teria estado por detrás da morte de Eduardo Mondlane, destaco uma passagem do meu comentário no MPT do dia 27 de Março de 2014, como se pode ler em cima, que relata o episódio de Vasco Mbunde que ficou pasmado ao ver Eduardo Mondlane, então presidente da Frelimo, ao lado do Governador-Geral português em Lourenço Marques. Sei que a Frelimo falou duma encomenda que o malogrado padre belga Charles Pollet teria recebido do cônsul de Portugal em Blantyre, Malawi, e que teria trazido para a Tanzânia e entregue a Samuel Dhlakama que por sua vez a entregou a Silvério Nungu antes de chegar às mãos de Mondlane e ceifar a sua vida. A ligação do Nungu era para justificar porque a Frelimo o matou.
O Padre Pollet tinha sido corrido de Moçambique depois da morte do bispo Sebastião Soares de Rezende da Beira que o protegia, e também protegia o Padre Mateus Gwnejere, com uma nota que dizia que o belga não pisasse nenhum território português e o consulado no Malawi era território português. E mais: Pollet não podia ter saído de Moçambique, donde tinha sido corrido como um indesejável por Portugal, para entrar no Malawi, como Sérgio Vieira e Joaquim Chissano alegaram. Os dois não conheciam os factos históricos. Como mentirosos, não estavam interessados em fazer pesquisas, mas somente em fazer propaganda para incriminar o missionário.
Mas aquela alegacão cozinhada por Sérgio Vieira em coligação com Joaquim Chissano em 1996 apareceu muitos anos depois de a Frelimo ter responsabilizado a PIDE a seguir a morte de Mondlane em 1969. Os dois queriam justificar porque é que a Frelimo matou o padre Gwenjere visto que Pollet foi o professor de Gwenjere. Foi com o apoio decisivo de Pollet que Gwenjere se tornou padre.
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Posted on 31/01/2021 at 12:47 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Opinião | Permalink | Comments (1)
28/01/2021
Mondlane não foi o nacionalista como a Frelimo conta (2)
"E no dia 11 de Março de 1968, enquanto eu e outros jovens estávamos ainda em Dar Es Salaam, um grupo de macondes incluindo uma mulher com um bebé no colo e armados de catanas, paus e cornos, aproveitaram-se da ausência do Gwenjere que tinha indo em serviço pastoral a cidade de Morogoro para o noroeste de Dar Es Salaam e os desencorajava a não recorrer a violência contra os dirigentes da Frelimo, assaltaram o escritório da
Frelimo No Nkrumah Street. Agarraram no Chissano, mas o treinado da KGB, conseguiu sair das mãos dos assaltantes que tentavam o catanar quando o casaco que usava perdeu os seus botões e ele o retirou do seu corpo antes de correr pelas escadas abaixo para entrar e correr na rua somente de camisola. Sérgio Vieira meteu-se e fechou-se na latrina e os assaltantes não tiveram o tempo de quebrar a porta para cataná-lo e dar cabo dele antes de se retirarem e se dispersarem para não serem apanhados pela policia tanzaniana. Infelizmente, Sansão Mutemba, que dizem ter sido o pai da Josinha Mutemba, a namorada de Felipe Magaia, que Samora Machel veio a forçar a ser a sua esposa depois de organizar o assassínio do outro, foi agarrado e catanado na cabeça e veio a morrer no Muhimbili Hospital, hospital central de Dar Es Salaam, das feridas infligidas."
Ninguém pode dizer se o objetivo dos assaltantes macondes foi o de matar qualquer pessoa que encontrassem no escritório da Frelimo ou não. O certo é que o seu objetivo principal era o de matar Eduardo Mondlane, se o tivessem encontrado ali. O grupo foi invadir o escritório visto que Gwenjere, o deus deles, não estava em Dar Es Salaam. É como que se dissessem que o padre Ngwenjere, como o chamavam, "não está nos arredores para nos reter. Aproveitemo-nos da sua ausência para fazermos aquilo que ele nos proíbe fazer. Quando ele regressar, encontrara que já fizemos o que vamos fazer e não haverá nada que ele poderá fazer para desfazer o que faremos."
Na verdade, quando Gwenjere regressou, ficou muito triste e chorou por causa daquilo que os seus amigos tinham feito, sem os condenar. Gwenjere queria mudanças na Frelimo sem violência, mas que ele subestimava a natureza da ditadura da Frelimo e a tendência dos seus lideres para se manterem no poder, custasse o que custasse.
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Posted on 28/01/2021 at 17:39 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
27/01/2021
Mondlane não foi o nacionalista como a Frelimo conta
Filho do régulo Monjana (Mondlane foi a forma aportuguesada que ele adoptou.) Há Monjanas nas terras dos Changanas e isto de pessoas se chamarem Mondlane é recente. O padre Gwenjere que tinha vivido la no sul de Moçambique aquando dos seus estudos no Seminário Maior de Malhangalhene e que tinha aprendido e falava o changana ou ronga nunca se referia a Mondlane como Mondlane. Ele sempre dizia Monjana, mesmo falando a Mondlane a quem ele um dia: "Tu és um traidor."
Lamentando-se sobre isto, Mondlane veio mais tarde a dizer na minha presença: "Que eu respeito muito o padre Gwenjere. Ele é um homem muito educado, mas não gosto das suas atitudes." Gwenjere, um grande filósofo envergonhava todos eles, que se estremeciam perante ele. Daí que o odiaram com toda a força da sua vontade.
Quando Mondlane se descreveu como nacionalista, ele fê-lo mentindo, sabendo muito bem que de nacionalista nada tinha. Ora vejamos para esta mentira que se revela nas suas contradições. Mondlane alega ter estado na University of the Witwatersrand, Johannesburg e disse que os bueros correram com ele por ele ter manifestado o seu nacionalismo contra Portugal. Custa acreditar que os bueros, os amigos dos Portugueses na luta contra o nacionalismo dos pretos na Africa do Sul e em Moçambique, não alertaram aos portugueses sobre o perigo politico que Mondlane representava contra Portugal, se o que ele dizia era verdade.
E isto não é tudo. Depois de ter alegadamente estado na Africa do Sul como estudante da Universidade de Waterswitsrand, Mondlane parte para ir estudar em Portugal. E nunca disse em que universidade. Pelo menos o amigo dele Chissano disse que estava na Universidade de Lisboa a estudar a medicina onde fez o primeiro ano antes de "fugir" para a França antes de se ir integrar mais tarde na Frelimo no Tanganyika.
E de Lisboa, Mondlane parte para os Estados Unidos com um passaporte português e como cidadão português. Talvez o único das colonias a fazê-lo enquanto todos os outros, principalmente do Centro, e basicamente produtos do Zobué, saíram de Moçambique secretamente para o Malawi com a ajuda do malogrado padre belga Andre de Bels que morreu de demência em Maryland nos Estados Unidos alguns anos atrás, deixando uma viúva e um filho.
Até à altura da formação da Frelimo, ninguém conhecia ou tinha ouvido falar de Mondlane, mas quando Julius Nyerere, um homem da origem sena,* fazia esforço para obter a independência do Tanganyika como território mandatado da Liga das Nações sob a tutela da Grã-Bretanha cujas tropas partidas do Quénia pare expulsarem os alemães daquele pais durante a Primeira Guerra Mundial, encontrou-se com Mondlane que trabalhava como delegado português no programa de descolonização da ONU. Segundo Nyerere, o jovem Mondlane lhe impressionou muito como um homem inteligente e aberto.
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Posted on 27/01/2021 at 17:19 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, África - SADC | Permalink | Comments (0)
10/12/2020
STV-Entrevista a Severino Ngoenha 09.12.2020(video)
Posted on 10/12/2020 at 17:13 in Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Opinião, RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
27/11/2020
Resumo das conversas travadas com Simone Aly Makaba em 1963
Elemento da Frelimo em declarações sobre a mesma. Cópia com qualidade deficiente mas que dá para ler, com explicações de como a Frelimo se movimentava e implementava após a sua formação.
Leia aqui
Posted on 27/11/2020 at 20:31 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
25/09/2020
Guebuza confessa mortes no seio da Frelimo(Repetição)
...Mas porque passaram a vida a mentir que eram os colonialistas portugueses que 'limparam o sarampo' a Mondlane, Kankhomba e ao Muthemba e tantos outros?
In http://dedemoquivalaka.multiply.com/journal/item/119/Guebuza_confessa_mortes_no_seio_da_Frelimo
Leia a notícia completa em:
Posted on 25/09/2020 at 10:24 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
07/09/2020
Uma Carta de Eduardo Mondlane 07.09.1960
Redigida há precisamente 60 anos, a carta de Eduardo Mondlane é endereçada a Adriano Moreira. Trata dos preparativos da visita que planeia fazer a Moçambique, acompanhado da esposa e filhos. Remetente e destinatário estão conscientes do significado da visita.
Eduardo Mondlane tem um plano delineado. Antes da visita participara no intrincado processo de descolonização dos Camarões, marcado pela guerra e por divisões decorrentes da colonização britânica e francesa. Aposta numa solução diferente para Moçambique, que visa evitar a repetição do processo da independência dos Camarões. Para tal, está disposto a seguir a via da transição – pacífica, moderada e acima de tudo apaziguadora – , que assegure a integridade do território.
Portugal, um país que não quer descolonizar por saber que não tem capacidade para recolonizar. Um país atrasado da Europa. Atrasado economicamente e na maneira de pensar e agir. Vai perdendo oportunidades, umas atrás das outras. A oportunidade criada pela visita de Mondlane uma delas. Mesmo um ano após o início da luta armada da Frelimo, Mondlane apresenta a Salazar a criação de uma comunidade lusófona, da qual a questão da independência das colónias portuguesas não é condição.
Salazar vê em Mondlane mão americana. A mesma mão por detrás da tentativa de golpe palaciano do ministro da defesa, Botelho Moniz, que Salazar faz abortar por decreto. Não aceita o direito dos Estados Unidos se imiscuírem na política ultramarina portuguesa. Por não terem legitimidade para defender os interesses dos povos africanos, pois na terra de Kennedy os afro-americanos são alvo de discriminação racial. Nas escolas que construímos em África, argumenta o regime de Salazar, alunos de todas as raças frequentam os mesmos estabelecimentos ensino; nos Estados Unidos é o próprio Kennedy a ameaçar o governador de Alabama de que não hesitará em desdobrar a Guarda Nacional para assegurar que um estudante negro possa frequentar uma universidade só para brancos; onde activistas de direitos humanos ainda dizem «ter um sonho de que os filhos um dia possam viver numa nação em que não sejam julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu carácter»; e que Portugal tem direitos a possessões ultramarinas da mesma forma que Hawaii é parte da federação americana.
A retórica de Salazar não aborda a questão concreta com que Portugal se debate em África. Quem o substituiu anos mais tarde, vai dar «continuidade» ao sistema, se bem que de forma «evolutiva». Mas há também uma evolução no pensamento de Mondlane, como concluiria depois Adriano Moreira. E depois da morte de Mondlane, a evolução da Frente que ele dirigiu é marcante, mais profundo o distanciamento com Portugal e em relação ao próprio Mondlane. Se o primeiro presidente da Frelimo, entre outras coisas, defendera a criação de uma comunidade lusófona, não deixando por isso de ser reconhecido como herói nacional, outros moçambicanos foram condenados por traição por defenderem, não a comunidade proposta em 1965, mas a autonomia progressiva enunciada por Caetano; o direito a um governo democrático consagrado no primeiro programa da Frelimo, foi depois considerado de heresia e os seus defensores igualmente punidos. Com a ajuda dos que sucederam a Caetano e que se diziam seguidores dos ideais e princípios da democracia. Esta seria adiada – e sistematicamente negada aos moçambicanos.
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Foto cedida pelo Sr. Luis Nhachote, membro do Partido Frelimo
In https://www.facebook.com/100004203158470/posts/1699047430245346/?sfnsn=mo&extid=pDWVNufaraYDuraM
Posted on 07/09/2020 at 15:45 in 25 de Abril de 1974, História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Portugal | Permalink | Comments (0)
21/07/2020
O verdadeiro pensamento do Dr. Eduardo Mondlane(Repetição)
Posted on 21/07/2020 at 13:09 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Política - Partidos | Permalink | Comments (1)
10/07/2020
"The Future of the Portuguese Territories in Southern Africa" por Eduardo Mondlane(1968)
Discurso do Dr Eduardo Mondlane em 07 de Março de 1968 na cidade de Londres.
Leia aqui
Download Mondlane-The future of Portuguese territories_1968
NOTA: Sem comentário, intencionalmente. Fica para aqueles que se dizem "historiadores". Interessante quando fala em auto-determinação. Porque não aconteceu?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 10/07/2020 at 12:32 in 25 de Abril de 1974, História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
23/06/2020
40(Agora 45) ANOS DE INDEPENDÊNCIA - DO QUE SE NÃO OUVIRÁ FALAR(Repetição)
Certamente será uma festa linda, não estando em causa a INDEPENDÊNCIA!
Com lindos e patrióticos discursos e apelos à PAZ.
Será que também se falará de:
-CAMPOS DE REEDUCAÇÃO
-OPERAÇÃO PRODUÇÃO
-LEI DE FUZILAMENTOS E DO CHAMBOCO
-GUIAS DE MARCHA
-SIBA-SIBA MACUACUA
-BANCO AUSTRAL
-GILLES CISTAC
-PRESOS POLÍTICOS DESAPARECIDOS E OS RESPONSÁVEIS IMPUNES E ABERTAMENTE ACIMA DA LEI
-UMA CLASSE DIRIGENTE QUE SE AFIRMAVA PRIMEIRA NOS SACRIFÍCIOS E HOJE É A PRIMEIRA NOS BENEFÍCIOS
-A PROMISCUIDADE ENTRE O ESTADO E O PARTIDO FRELIMO E OS SEUS AGENTES
-ANTIGA COLÓNIA HOJE MACHAMBA DE UMA MINORIA ASSUMIDAMENTE PLUTUCRATA E CLEPTOCRATA
-VENDA ILEGAL DE TERRENOS
-ESTUDANTES NO CHÃO E AO AR LIVRE
Recorde aqui Samora Machel em https://www.youtube.com/watch?v=z49X_dx5XO0
Igualmente, recorde o pensamento de Eduardo Mondlane expresso no 1º Congresso da Frelimo:
…” Dr. Mondlane era um homem brilhante. Ele afirmou muito claramente que a FRELIMO não era um partido político, mas uma Aliança. Partidos políticos seriam formados após a independência e iriam participar nas eleições. Sua ideia era que a FRELIMO seria exibida em um Museu como um símbolo do respeito e da vitória contra os portugueses. Ele estava muito certo de que a FRELIMO iria ganhar. Eu gostava dele e respeitei o conhecimento que ele tinha e o respeito que ele tinha para outras pessoas. Ele foi preparado para sacrificar tudo para as pessoas de Moçambique e na verdade, ele fez isso. O que nós falamos sobre como foram as promessas que ele fez para as pessoas durante o Congresso da FRELIMO.
Na Tanzânia, testemunhei o primeiro Congresso do Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), que marcou a sua formação. Muitos homens e mulheres jovens reunidos para o Congresso. Foi um grande Congresso. Dr. Mondlane tinha reunido três movimentos clandestinos que estavam lutando contra os portugueses, ou seja, UNAMO, UDENAMO e NAMU. FRELIMO começou quando os três movimentos se juntaram.
O discurso que Dr. Mondlane fez nesse Congresso foi muito sensível e encorajador. Sentiu que havia uma necessidade de lutar contra os colonialistas. Ele afirmou muito claramente que a FRELIMO estava disposta a partilhar o poder com os portugueses, mesmo se eles fossem derrotados.”
In In The Life and Walks of Dr. José C. Massinga (1930-2010), de Solomon Mondlane
NOTA: Devido ao COVID-19 não deverão haver manifestações, mas os discursos não faltarão.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 23/06/2020 at 18:16 in 25 de Abril de 1974, História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
22/06/2020
Nyusi falou da governação transparente, inclusiva e sem ganância
Centenário natalício de Eduardo Mondlane
No dia em que o País parou para celebrar a vida e obra de Eduardo Chivambo Mondlane, primeiro presidente da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e arquitecto da unidade nacional, o Presidente da República, Filipe Nyusi, pediu que todos os moçambicanos se abraçassem na promoção e implementação dos valores nobres defendidos por Mondlane.
Para Nyusi, este é que é o caminho para que Moçambique continue a enfrentar, com sucesso, os desafios da actualidade, nomeadamente a luta Centenário natalício de Eduardo Mondlane Nyusi falou da governação transparente, inclusiva e sem ganância contra o terrorismo, a erradicação da pobreza e de várias doenças, incluindo a covid-19.
Nisto, Filipe Nyusi, apontou a necessidade da promoção da unidade nacional, a democracia, a cidadania, a governação transparente e inclusiva como práticas necessárias para melhor recordar-se Eduardo Mondlane.
De acordo com Filipe Nyusi, para que sucessos sejam logrados não pode haver espaço para ganância e egoísmo. Os preceitos listados por Filipe Nyusi, em recordação do legado de Eduardo Mondlane, continuam, entretanto, a escassear muito nos dias que correm, realidade, aliás, apontada como razão de fundo para a prevalência de muitos desafios na actualidade.
E, publicamente, tem prevalecido a mensagem de que a Frelimo, de que Mondlane foi co-fundador, esteja na linha da frente da não promoção dos ideais de Eduardo Mondlane.
Ou seja, que a Frelimo continua, no discurso a falar de uma coisa, mas na prática a promover a exclusão, a governação sem transparência, a ganância e o egoísmo.
O terrorismo em Cabo Delgado é, igualmente, apontado como estando a ser lubrificado por factores internos profundos, relacionados com a não distribuição ou redistribuição equitativa da riqueza nacional, deixando muitos jovens sem qualquer tipo de expectativa na vida.
MEDIA FAX – 22.06.2020
Posted on 22/06/2020 at 12:48 in Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
20/06/2020
Celebram-se hoje 100 anos de nascimento de Eduardo Mondlane
Mwadjahane a terra natal de Eduardo Mondlane foi palco hoje de uma cerimónia de Estado dirigida pelo Presidente da República para marcar a passagem do 100º aniversário natalício do fundador da Frelimo. Devido às restrições impostas pelo Estado de Emergência a cerimónia foi concebida para família, alguns membros do Governo e direcção do partido Frelimo.
Na ocasião, o Chefe de Estado lembrou o percurso de Mondlane e descreveu-o como um grande patriota que soube sacrificar seus interesses pessoais a favor dos interesses do povo moçambicano. Recordou a sua expulsão da África do Sul pelo regime do Apartheid e a perseguição pela PIDE em Portugal que mais do enfraquecê-lo aumentaram a sua determinação em cumprir o mandamento da sua mãe que antes da sua morte, que aconteceu quando ele tinha 13 anos, de que tinha que estudar muito para dominar o feitiço do homem branco.
Filipe Nyusi chamou ainda a capacidade de diálogo de Mondlane que através da sua capacidade argumentativa conseguiu unir os três movimentos nacionalistas existentes até então para formar a Frelimo, destacando que só unidos os moçambicanos teriam capacidade para enfrentar o colonialismo e desenvolver o país.
Por outro lado, Nyusi recordou o trecho de uma carta que Mondlane escreveu para a sua esposa, em que dizia que se ele fosse esquecido passados 10 anos após a sua morte, então a sua luta não terá valido a pena, para dizer que 51 anos depois o país e até acadêmicos nacionais e estrangeiros continuam a estudar e a interpretar os seus pensamentos.
Para Nyusi, Eduardo Mondlane estaria hoje feliz ao olhar para Moçambique porque o seu sonho foi cumprido, o país está independente, há milhares de moçambicanos que estão formados e a educação, a saúde e outros serviços essenciais são de acesso universal, não obstante prevalecer o desafio contínuo de melhorar as condições de vida da maioria da população em Moçambique.
O PAÍS – 20.06.2020
Em tempo: Leia aqui LUTAR POR MOÇAMBIQUE de Eduardo Mondlane
Posted on 20/06/2020 at 12:14 in Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
19/06/2020
LUTAR POR MOÇAMBIQUE por Eduardo Mondlane(1968)
Posted on 19/06/2020 at 13:02 in Letras e artes - Cultura e Ciência, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Política - Partidos, Portugal | Permalink | Comments (0)
15/06/2020
STV-Jornal da Noite 15.06.2020(video)
Posted on 15/06/2020 at 22:23 in Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
03/02/2020
Dia dos Heróis: Nyusi convida moçambicanos a reflectirem sobre a necessidade da paz
Passam hoje 51 anos do assassinato de Eduardo Chivambo Mondlane, por uma bomba disfarçada em livro. Em homenagem ao então presidente e um dos fundadores da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), a cada 3 de Fevereiro celebra-se o Dia dos Heróis Moçambicanos.
Pela efeméride, o Presidente da República convida os moçambicanos a reflectirem sobre a necessidade do envolvimento de todos na luta pela paz e diz que os ataques armados no centro e norte do país não devem distrair a população do trabalho com vista ao desenvolvimento.
“Celebramos hoje o 3 de Fevereiro, dia consagrado aos heróis de Moçambique. É uma data em que todos somos chamados a reflectir não somente sobre a contribuição dos feitos dos nossos heróis, mas também sobre o contributo de cada um de nós sobre o contributo de Moçambique. É uma celebração que simboliza a vitória do querer, da disciplina, da coragem e do sentir da pertença perante todo o tipo de impossibilidade”, afirmou Filipe Nyusi depois da deposição de uma coroa de flores na Praça dos Heróis Moçambicanos, em Maputo.
A efeméride coincide ainda com um ano em que Eduardo Mondlane, “o herói da nossa pátria e arquitecto da unidade nacional”, completaria 100 anos a 20 de Junho deste ano.
Segundo o Chefe de Estado, hoje foram relembrados os heróis que “nos ensinaram e mostraram que com a unidade, o empenho e o sacrifício podemos defender o interesse colectivo e vencer quaisquer desafios”.
Entretanto, as celebrações acontecem numa altura em que, mais uma vez os moçambicanos são atentados com “actos hediondos na província de Cabo Delgado. Os malfeitores financiados por forças internas e externas estão a assassinar as populações e destroem habitações e outras infra-estruturas”.
Nyusi disse que lamenta o facto de, depois da assinatura do Acordo de Paz, em Agosto de 2019, “estar-se a observar ataques perpetrados por moçambicanos que se dizem dissidentes da Renamo, que reclamam vantagens internas no seio daquela organização, optando por atacar as populações inocentes”.
Mas “com a mesma inspiração e espírito” da data em que foi instituído o 3 de Fevereiro, como dia dos heróis moçambicanos, “continuemos a apoiar a acreditar nas Forças de Defesa e Segurança” para conter os desmandos no centro e norte do país.
“Estamos em diálogo, mas aqueles que matam os moçambicanos continuaremos a persegui-los em todos os cantos do nosso país com vista a responsabilizá-los pelos crimes que cometem contra o Estado moçambicano”, afirmou Nyusi.
Participaram na deposição da coroa de flores na Praça dos Heróis Moçambicanos titulares de órgãos de soberania, as Forças de Defesa e Segurança, os membros do Governo e corpo diplomático acreditado no país, combatentes da luta de libertação nacional, entre outras entidades.
O PAÍS – 03.02.2020
NOTA: Eduardo Mondlane não foi fundador da Frelimo. Até quando esta mentira?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 03/02/2020 at 11:21 in Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
02/02/2020
A Morte de Eduardo Mondlane a 03.02.1969 - Para recordar
Posted on 02/02/2020 at 12:48 in Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
Subsídios para a Historia da UDENAMO e FRELIMO: Da fundação e dos planos de fusão da UDENAMO e MANU à revolta da base da UDENAMO em Junho de 1962 e o resurgimento deste partido em 1963
Resumo
O objectivo deste esboço é de comentar, numa abordagem sociológica, fontes e alguns aspectos da história política e social dos grupos que se formaram para lutar pela independência de Moçambique. Focam-se, entre outros, a) o papel da UDENAMO como ponto de cristalização, motor accelerador, mas também de frustração da organisação dos nacionalistas e da luta pela libertação em 1960-62, b) a figura de Adelino Xitofo Gwambe como autor de uma visão global de Moçambique e da necessidade de uma luta armada. Presentamos dados que explicam tanto a formação da Frelimo como o reaparecimento dos partidos cuja fusão completa havia sido prevista. Como fontes foram utilizadas algumas indicações da bibliografia mais antiga e recente, dois livros não publicados e informações orais de Fanuel Guideone Mahluza, S. Brito Simango e Priscilla Gumane, bem como na revisão final, a intervenção de Joaquim Chissano na reunião dos antigos combatentes em Março de 2002 e alguns elementos em depoimentos de Alberto Chipande, R. Pachinuapa, Marcelino dos Santos e outros em 2003/4 sobre a vida de Samora Machel (e Eduardo Mondlane) e a biografia de Uria Simango de B. Ncomo.
Leia aqui Download Da_Udenamo_a_Frelimo 2005
Posted on 02/02/2020 at 11:34 in História, Letras e artes - Cultura e Ciência, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
01/02/2020
VERDADEIRA ORIGEM DA FRELIMO “Mentiras não Fortalece uma Nação”(Repetição)
Por causa das dúvidas e falta de leitura por parte das pessoas, resolvi hoje dia 24 de Julho de 2019 acordar o meu dossier que guardo desde 2014 mais com fontes que venho recolhendo desde o ano 1990.
Este artigo ou livro envio a todos os meus seguidores da Página do Facebook: RESPEITEM MEUS PENSAMENTOS, acerca dos acontecimentos inerente às verdades do Partido FRELIMO.
Não sou contra a FRELIMO, mas contra história mal contada neste país, onde os cegos sempre dizem yah.
Com isso quero agradecer algumas pessoas que já há 29 anos tem me ajudado na recolha do material. Dizer que não é fácil falar a verdade neste país.
Leia aqui
Download VERDADEIRA ORIGEM DA FRELIMO
In https://www.facebook.com/respeitemmeuspensamentos/?ref=br_rs
PS: Repito esta entrada para que algumas mentiras que dia 3 vão ser ditas, como seja ser Eduardo Mondlane fundador da Frelimo, logo sejam reconhecidas como tal.
Posted on 01/02/2020 at 23:37 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
28/08/2019
Chissano pede perdão para Uria Simango(Repetição)
“Não era só a Mondlane que queriam matar”
Mas, ciente de que os homens, filhos de Deus, cometem pecados muito graves, peço a Deus que o perdoe e que a sua alma descanse em paz
Tal como o fizemos na nossa edição da semana passada, no âmbito da publicação de dossiers que retratam acontecimentos que marcaram a história do País, na presente edição trazemos depoimentos de Joaquim Alberto Chissano, outra figura emblemática e incontornável desta odisseia que levou o país à independência nacional do jugo colonial português. Chissano, é uma das pessoas que trabalhou com Eduardo Mondlane, fundador da FRELIMO, até à sua morte a 3 de Fevereiro de 1969. Foi secretário do então Presidente da FRELIMO e responsável pela segurança, na altura da Luta de Libertação Nacional. Esta entrevista foi extraída do livro “Memórias da Revolução 1962-1974”, uma colectânea de entrevistas com diversas personalidades. De referir que, até finais do mês de Fevereiro próximo, mês dos heróis moçambicanos, o Dossiers & Factos, dedicará páginas de entrevistas a alguns heróis da pátria.
Leia tudo em Download Dossiers e Factos_n63_ JoaquimChissano
Posted on 28/08/2019 at 11:44 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Uria Simango | Permalink | Comments (0)
28/07/2019
VERDADEIRA ORIGEM DA FRELIMO “Mentiras não Fortalece uma Nação”
Por causa das dúvidas e falta de leitura por parte das pessoas, resolvi hoje dia 24 de Julho de 2019 acordar o meu dossier que guardo desde 2014 mais com fontes que venho recolhendo desde o ano 1990.
Este artigo ou livro envio a todos os meus seguidores da Página do Facebook: RESPEITEM MEUS PENSAMENTOS, acerca dos acontecimentos inerente às verdades do Partido FRELIMO.
Não sou contra a FRELIMO, mas contra história mal contada neste país, onde os cegos sempre dizem yah.
Com isso quero agradecer algumas pessoas que já 29 anos tem me ajudado na recolha do material. Dizer que não é fácil falar a verdade neste país.
Leia aqui
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In https://www.facebook.com/respeitemmeuspensamentos/?ref=br_rs
Posted on 28/07/2019 at 12:50 in História, Letras e artes - Cultura e Ciência, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
20/07/2019
Aspectos mal contados da História Moçambicana (Repetição)
Por quê não são publicados os relatórios da Interpol e da CID tanzaniana, sobre o caso para que todos nós estejamos sossegados?
Lawe Laweki
Quando em 1969 morreu o Dr. Eduardo Mondlane, referência máxima da FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) e que estivera à frente dos destinos do movimento durante 7 anos, os militantes viveram um elevado sentimento de orfandade, tendo em conta que, no pico da revolução moçambicana, o movimento sofreu uma viragem ideológica.
Após 30 anos de guerra (colonial e civil), estamos hoje a viver em paz, com a ideia de que somos todos irmãos, apesar de termos opiniões diferentes. Chegamos a uma altura em que é possível concentrarmo-nos no desenvolvimento do nosso país. No entanto, há pessoas que persistem em minar a paz, adoptando uma postura demagógica que visa castigar, embora por meio de palavras, a chamada “linha reaccionária”, e continuar a fazer sofrer as demais entidades étnicas moçambicanas.
Até há pessoas que procuram fazer valer o seu passado de luta de libertação nacional, um passado recheado de contradições e de manchas. Neste momento de democracia e de liberdade de expressão e de informação, temos um compromisso para com a reconciliação nacional. Assim, procuraremos contar a verdade e desmentir as inverdades que saem daqueles que insistem em condicionar a história de Moçambique.
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Posted on 20/07/2019 at 23:17 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
09/02/2019
“Marcelino dos Santos e os donos da situação é que mataram Eduardo Mondlane”(Repetição)
'Josina Machel era uma mulher como outras. Foi uma combatente comum. Tornou-se importante porque casou com Samora Machel"
'As matanças a que assistimos hoje são a continuação da cultura de assassinatos dos comunistas que tiraram a vida de pessoas como Uria Simango e Joana Simeão"
Por André Mulungo
Chama-se Artur Lambo Vilankulo, é moçambicano, e actualmente vive nos Estados Unidos da América. Artur Vilankulo foi locutor fundador do programa ”A Voz da Frelimo”, na Radio Tanzânia, durante a luta de libertação nacional.
Durante uma das suas visitas a Maputo falou ao “Canal de Moçambique", tendo dito que Marcelino dos Santos e "os donos da situação” são os responsáveis pela morte de Eduardo Mondlane. Artur Vilankulo diz que a História não pode ser branqueada. Afirma que Mondlane não é fundador da FRELIMO e que Josina Machel era uma mulher combatente comum que se tornou importante por ter casado como Samora
Descreve as matanças que acontecem na actualidade, incluindo os atentados contra Afonso Dhlakama, como a continuação da prática de assassinatos que caracterizou a Frelimo antes e depois da Independência Nacional.
Artur Vilankulo viveu na casa "Changombe”, na Tanzânia, juntamente com Samora Machel. Joaquim Chissano. Armando Guebuza, João Munguambe, Mariano Matsinhe, Lopes Tembe, Marcelino dos Santos, Jorge Rebelo, Óscar Monteiro, Artur Murupa, Gabriel Simbine e José Moiane.
Acompanhe; a seguir, a entrevista a Artur Lambo Vilankulo.
Canal de Moçambique (Canal) — Não pegou em armas mas através do seu programa na rádio contribuiu para o processo de libertação do pais. Depois de libertarem o país, viveram o que sonharam durante a luta contra o colonialismo?
Posted on 09/02/2019 at 15:42 in 25 de Abril de 1974, História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Morte Samora Machel - 19.10.1986, Política - Partidos, Uria Simango, Vidas | Permalink | Comments (1)
03/02/2019
STV-Jornal da Noite 03.02.2019(video)
Posted on 03/02/2019 at 20:27 in Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, RADIO - TV | Permalink | Comments (1)
Morte de Eduardo Mondlane - 03.02.1969
Saiba aqui tudo sobre a morte de Eduardo Mondlane
https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/morte_eduardo_mondlane_03021969/
Posted on 03/02/2019 at 11:06 in Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
26/08/2018
"Na Frelimo era norma fuzilar", Mariano Matsinhe em 04.09.2009(Repetição)
No contexto da Revolução “Na Frelimo era norma fuzilar pessoas”
Por Francisco Carmona e Emídio Beúla
Fotos de Naíta Ussene
Mariano Matsinhe (72anos), um dos símbolos da gesta de 25 de Setembro, confessa que não lhe agrada ouvir falar de órgãos de comunicação independentes. Para a velha guarda da Frelimo melhor se a designação passasse para órgãos independentes da Frelimo. Porque, acredita, dependentes o são de alguma coisa. Mas nem com isso, o homem que abandonou a engenharia civil (cursava o segundo ano) em Portugal para se juntar à Frelimo em 1962, não se coibiu em conversar com o SAVANA por quase uma hora, revivendo um percurso político sempre em reconstrução. Pelo caminho disse, entre outras revelações, que havia uma certa precipitação (necessária?) na tomada de decisões, que os campos de reeducação não foram um erro e que, volvidos quase 45 anos após o início da luta, não se arrepende de nada. Nem dos fuzilamentos, apesar de reconhecer alguns excessos do SNASP, um órgão do regime e de triste memória.
Acompanhe alguns extractos da conversa mantida última sexta-feira em Maputo.
Sr. General, passam 34 anos após a proclamação da independência nacional. Este Setembro comemoramos 45 anos após a insurreição armada e 35 anos dos acordos de Lusaka. Quando olha para trás, que balanço faz deste Moçambique?
Recorde aqui Download Mariano-matsinhe--na-frelimo-era-norma-fuzilar-pessoas
Posted on 26/08/2018 at 22:50 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
03/02/2018
Já não é segredo. O que escreveu a CIA sobre Mondlane e o movimento nacionalista?
Comemora-se hoje o Dia dos Heróis Moçambicanos, efeméride que também assinala o aniversário do assassinato de Eduardo Mondlane, a 3 de Fevereiro de 1969. Durante anos, os serviços de inteligência dos Estados Unidos, a CIA, redigiram diversos documentos internos sobre a “insurgência nacionalista” em Moçambique e o fundador da Frelimo. Nos últimos 20 anos, vários desses textos deixaram finalmente de ser secretos. Eis o que diziam alguns deles.
Num dos documentos, datado de 1 de Julho de 1964, a CIA, os departamentos de Estado e da Defesa dos Estados Unidos, assim como a Agência de Segurança Nacional, fizeram uma análise onde estimam, para o curto-prazo, as probabilidades de sucesso dos movimentos nacionalistas em Moçambique e Angola.
“O principal movimento nacionalista em Moçambique é a Frelimo de Mondlane”, começa por salientar o texto, na secção que versa sobre o país. “O movimento ainda não avançou até ao ponto de conflito aberto, embora alguns raides e incursões no Norte, com base em Tanganica [actualmente, faz parte do território da Tanzânia], sejam prováveis por volta do próximo ano”.
Ainda segundo a análise feita pelos norte-americanos, “os serviços militar e de segurança portugueses aparentam ter o controlo da situação”, com “o movimento nacionalista moçambicano” a mostrar ser “mais importante em termos da política africana que uma ameaça física”.
Posted on 03/02/2018 at 10:52 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Portugal | Permalink | Comments (0)
10/03/2017
A verdade ainda poderá ser contada(Repetição)
Sobre o verdadeiro local da morte de Mondlane
As autoridades da Educação aventam a hipótese de corrigir o local da morte de Eduardo Mondlane nos manuais de história, apurou o «Canal de Moçambique» junto do director do Instituto Nacional de Desenvolvimento Escolar (INDE). Joaquim Chissano, ex-presidente da Frelimo e da República de Moçambique, Janet Mondlane, viúva do primeiro presidente da Frente de Libertação de Moçambique e Feliciano Gundana, actual ministro dos Assuntos dos Antigos Combatentes e também ele proeminente figura da luta de libertação nacional, todos eles confirmaram ao «Canal de Moçambique» que Eduardo Chivambo Mondlane não morreu no seu escritório em Dar-es-Salaam mas em casa da americana Betty King que era secretária de sua mulher.
O director do Instituto Nacional do Desenvolvimento de Educação (INDE), Abel Assis, organismo do Ministério da Educação e Cultura (MEC), que tem por vocação elaborar os curricula escolares, disse ao «Canal de Moçambique» que não está posta de parte a hipótese de nos novos manuais de História, do ensino secundário, a vigorarem a partir de 2008, vir a “estar detalhado” o verdadeiro local da morte de Eduardo Mondlane, primeiro presidente da Frente de Libertação de Moçambique.
No entanto, o director do I.N.D.E., relativamente à supressão da inverdade relativa à morte de Mondlane que até hoje consta dos livros das 4.ª e 5.ª classes do ensino básico, foi evasivo. Isto porque, os livros deste grau de ensino, terem sido recentemente revistos e estarem a ser ainda distribuídos gradualmente, não se sabendo quando voltarão a sê-lo. Apesar desse contratempo Assis adiantou que talvez venha a ser julgado improcedente o argumento de que a história está a ser ensinada de forma falsa aos alunos do ensino básico. Ainda vai carecer de discussão se será pertinente a correcção ou não, alega Abel Assis. “Temos que nos perguntar até que ponto isso é relevante para alunos do ensino primário”, concluiu o director do INDE.
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Posted on 10/03/2017 at 00:11 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
03/02/2017
Nyusi anuncia nova fase do diálogo político-militar
PR falava durante cerimónia alusiva ao dia dos Heróis
O Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou hoje o início de uma nova fase do discurso político-militar entre o Governo e a Renamo. Nyusi, que falava esta sexta-feira nas cerimónias centrais do Dia dos Heróis, apelou a disponibilidade dos mediadores para a nova etapa com vista ao restabelecimento da paz.
“Brevemente, deverá dar início uma outra etapa de diálogo, para qual gostaríamos de solicitar que se mantenham disponíveis, caso Moçambique assim considere necessário”, fez saber.
Nyusi aproveitou a ocasião para agradecer aos mediadores pelo contributo dado na busca da reconciliação entre o Governo e a Renamo.
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Posted on 03/02/2017 at 11:00 in Eleições 2014 Gerais, História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
02/02/2017
DIA DOS HERÓIS/FRELIMO APELA À REFLEXÃO EM TORNO DA PAZ
O partido Frelimo (no poder) apela ao povo moçambicano a reflectir sobre os desafios e perspectivas que têm marcado a consolidação de um Estado de direito democrático no país.
Segundo o porta-voz da Frelimo, António Niquice, o partido pretende que os moçambicanos e qualquer um que reside no país desfrutem de uma paz efectiva, circulando e desenvolvendo as suas actividades livremente, com as crianças a estudarem sem qualquer intimidação.
Por isso mesmo que a paz é uma condição sine qua non para o desenvolvimento sociopolítico e económico do nosso país. O Dia dos Heróis é uma data que remete aos moçambicanos a uma reflexão profunda sobre os desafios e perspectivas do país, disse Niquice, falando em conferência de imprensa havida hoje, em Maputo, por ocasião do Dia dos Heróis moçambicanos, efeméride que se assinala a 3 de Fevereiro.
Na ocasião, a Frelimo saudou os esforços incansáveis do Presidente do partido e da República, Filipe Nyusi, na busca da paz efetiva em Moçambique.
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Posted on 02/02/2017 at 17:36 in Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
29/06/2016
FUNDADORES DA FRELIMO – Quem são?(Repetição)
Por António Disse Zengazenga*
0 quadragésimo sexto aniversário do desencadeamento da luta armada em Moçambique trouxe muita euforia aos ânimos de militares e civis no nosso país e muita amargura na memória dos que deviam fugir da libertação da Frelimo. Naturalmente, não podia não suprefaciar o nome do fundador da tal Frente Libertadora.
Segundo o Moçambique Para Todos de 26/9/2010 na pág.3/4, Marcelino dos Santos é o fundador da Frelimo (1 ) .
Conforme o mesmo Weblog de 28/9/2010 na pág.4/7 Mondlane é o fundador da Frelimo (2 ) .
Qual dos dois afirmantes diz a verdade? Não querem dizer ambos que não só Marcelino dos Santos mas também Eduardo Mondlane foram uns dos fundadores, uns dentre muitos, dentre tantos fundadores que houve na fundação da Frelimo?
Como espero reacções dos autores dessas afirmações, vou definir o que quer dizer fundar, descrever o processo que decorreu até à fundação da Frelimo, onde Marcelino dos Santos e Eduardo Mondlane estiveram durante todo esse tempo.
0 que quer dizer fundar? Fundar significa pôr os primeiros e principais elementos materiais ou morais duma construção; estabelecer as bases de uma nova ordem ideológica; lançar os fundamentos de uma nova instituição moral, politica, religiosa, comercial, recreativa, etc.
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Posted on 29/06/2016 at 10:06 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (0)
30/04/2016
"Na Frelimo era norma fuzilar", Mariano Matsinhe em 04.09.2009(Repetição)
No contexto da Revolução “Na Frelimo era norma fuzilar pessoas”
Por Francisco Carmona e Emídio Beúla
Fotos de Naíta Ussene
Mariano Matsinhe (72anos), um dos símbolos da gesta de 25 de Setembro, confessa que não lhe agrada ouvir falar de órgãos de comunicação independentes. Para a velha guarda da Frelimo melhor se a designação passasse para órgãos independentes da Frelimo. Porque, acredita, dependentes o são de alguma coisa. Mas nem com isso, o homem que abandonou a engenharia civil (cursava o segundo ano) em Portugal para se juntar à Frelimo em 1962, não se coibiu em conversar com o SAVANA por quase uma hora, revivendo um percurso político sempre em reconstrução. Pelo caminho disse, entre outras revelações, que havia uma certa precipitação (necessária?) na tomada de decisões, que os campos de reeducação não foram um erro e que, volvidos quase 45 anos após o início da luta, não se arrepende de nada. Nem dos fuzilamentos, apesar de reconhecer alguns excessos do SNASP, um órgão do regime e de triste memória.
Acompanhe alguns extractos da conversa mantida última sexta-feira em Maputo.
Sr. General, passam 34 anos após a proclamação da independência nacional. Este Setembro comemoramos 45 anos após a insurreição armada e 35 anos dos acordos de Lusaka. Quando olha para trás, que balanço faz deste Moçambique?
Recorde aqui Download Mariano-matsinhe--na-frelimo-era-norma-fuzilar-pessoas
Posted on 30/04/2016 at 22:56 in 25 de Abril de 1974, História, Justiça - Polícia - Tribunais, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink | Comments (1)
03/02/2016
FILIPE NYUSI VISITA JANET MONDLANE
O Presidente da República, Filipe Nyusi, efectuou hoje em Maputo uma visita de amigos a Janet Mondlane, viúva de Eduardo Mondlane, por ocasião do Dia dos Heróis Moçambicanos (03 de Fevereiro) que é assinalado em todo o território nacional.
Antes de deslocar-se a residência de Janet Mondlane, Nyusi, acompanhado pela primeira-dama, Isaura Nyusi, dirigiu as cerimónias centrais alusivas a efeméride na Praça dos Heróis e contou com a presença de diversas individualidades incluindo do corpo diplomático acreditado no país.
A visita, que durou pouco mais de meia hora, está inserida nas festividades do dia dos heróis, aliás foi nessa data, em 1969, que Eduardo Mondlane, considerado arquitecto da Unidade Nacional, perdeu a vida na sequência de um atentado bombista havido em Dar-es-Salaam, então capital política da Tanzânia, donde a Frelimo coordenava a luta de libertação nacional.
No termo da visita, Eddie Mondlane Júnior, o mais velho dos três filhos da família, disse que o Chefe do Estado foi visitar a sua mãe no dia que representa, à família, uma tragédia devido ao acontecimento sucedido, mas foi pretexto para ver a senhora Janet Mondlane radiante.
Posted on 03/02/2016 at 12:34 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
23/01/2016
Pensando no caminho para o 3 de Fevereiro
Houve um caminhar, muitas vezes doloroso para atingirmos a libertação nacional, nesse percurso de sofrimento o 3 de Fevereiro de 1969, quando uma bomba assassinou o Presidente Eduardo Chivambo Mondlane.
Cada um da geração dita do 25 de Setembro percorreu diversas vias.
A minha via e de alguns outros companheiros assentam nas decisões que tomámos já estudantes universitários em Portugal, sobretudo em Lisboa.
No ano de 1961, a 4 de Fevereiro, o MPLA iniciou a lutar armada contra o colonialismo português, a todos indicando qual a única via possível no combate contra o colonial-fascismo português o seu chefe autista Salazar.
Pouco depois em Março a UPA (União das Populações de Angola, antes UPNA – União das Populações do Norte de Angola) desencadeou algumas acções sobretudo contra os civis brancos do Norte de Angola. As ambições de Mobutu do Zaire apadrinhavam e fomentavam Holden Roberto e a sua organização. Rapidamente e após a debandada dos civis brancos e das populações que embora africanas provinham de outras regiões de Angola sobretudo do Centro e Sul, a guerra e a sanha de Mobutu e Holden viraram-se contra os combatentes do MPLA que tentavam atravessar o Zaire e as regiões em que a UPA possuía forças.
O imperativo da luta armada, da unidade nacional e da indispensável união dos partidos saltou para a consciência de todos nós estudantes moçambicanos em Portugal.
Numa reunião em Genebra do Conselho das Igrejas (protestantes) as igrejas americanas declararam que queriam tirar de Portugal os estudantes protestantes para se juntarem à UPA.
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Posted on 23/01/2016 at 23:57 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Opinião | Permalink | Comments (7)
29/11/2015
Assassínio de Eduardo Mondlane ( Moçambique 1969 ) (video) - Recordando
Posted on 29/11/2015 at 12:23 in História, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Musica, vídeo, cinema | Permalink | Comments (1)
28/10/2015
ZECA CALIATE - VOZ DA VERDADE (25)
OS FACTOS IMPORTANTES QUE OS MOÇAMBICANOS DESCONHEÇEM DA VERDADEIRA HISTÓRIA DA FRELIMO
Eu Zeca Caliate, conheço melhor que ninguém a verdadeira história da Frente de Libertação de Moçambique, Frelimo, tão bem como a palma das minhas mãos e por isso, irei continuar a divulgar a realidade vivida e o percurso daquele Partido Frelimo, desde o princípio da luta armada pela Independência Nacional, que teve início no dia 25 de Setembro de 1964 nas quatro Províncias de Cabo Delgado, Niassa, Zambézia e Tete, até ao ano de 1967. Parecia que tudo decorria normalmente, quando de repente, verificàmos uma inesperada e súbita tenção que alterou o bom funcionamento do quotidiano, situação essa criada pela Teia dos Renegados, que se haviam infiltrado no seio da organização que lutava pela Independência, sem que ninguém se apercebesse.
Como resultado, o pior aconteceu quando o Presidente da Frente de Libertação de Moçambique, Dr. Eduardo Mondlane, se deixou manipular por essa Teia de Deuses conterrâneos, naturais da Província de Gaza, autorizando-os a atuar livremente dentro da organização. Mais tarde, o grupo viria a transformar-se num bando de assassinos que desgraçaram vidas de muitos compatriotas. Esse grupo altamente perigoso, tinha duas ramificações, uma com ligações no exterior ou seja com o mundo marxista-leninista, outra tinha ligações fortes com alguns comandantes no interior do País, que pertenciam à facção de Samora Moisés Machel. Este ultimo grupo, com autorização do próprio Presidente Dr. Eduardo Mondlane, conjurava e preparava a supressão do comandante supremo Filipe Samuel Magaia, chefe dos Departamentos de Defesa e de Segurança (D.S.D.), por quem não depositavam confiança, nem nos seus quadros mais chegados. A intenção era assassinálos, causar o pânico no seio da organização para depois tomar o controlo, após liquidarem os membros principais e Fundadores do Partido Frelimo. Aniquilaram o antigo Comité Central (CC) e por fim, executaram com sucesso o Dr. Eduardo Mondlane. Ficou assim decidido o que viria a ser um futuro incerto para os Moçambicanos até aos dias de hoje.
A partir de 1969 para diante, Samora Moisés Machel e a sua seita, receberam muito apoio material e moral do Governo Tanzâniano, liderado por Júlios Kambraji Nyerere Presidente de Tanganiyka, pois o golpe final, havia sido consumado dentro da Frelimo. Será que os Moçambicanos se deram bem conta de isso??? Foi assim que os ventos de Liberdade, mudaram de uma vez por todas até a Independência!!! O que eles vos contam, não é verdade, apenas querem cobrir o mal que fizeram ao longo da história. Por isso, aqui publico uma lista nominal dos principais autores de muitos assassinatos cometidos no seio da chamada Frente de Libertação/Liquidação de Moçambique, que são os seguintes:
1- Em 1969, Samora Moisés Machel, proclamou-se Unilateralmente Presidente da Frente de Libertação de Moçambique, após ter assassinado o seu chefe Filipe Samuel Magaia, com consentimento do próprio Presidente da Frelimo Dr. Eduardo Mondlane, que mais tarde viria a ser também vítima de assassinato sem que ninguém assumisse culpas, para se salvaguardarem e culparem a PIDE/DGS Portuguesa. Não é verdade, é tudo falso, foram eles mesmos os autores das mortes de Magaia, Modlane, Simango, Nungu etc.
Posted on 28/10/2015 at 16:23 in M'Telela - Niassa e outros, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Morte Samora Machel - 19.10.1986, Opinião | Permalink | Comments (0)
13/10/2015
ZECA CALIATE - VOZ DA VERDADE (23)
A Frelimo...querem saber!?...devia estar já depositada numa gaveta do museu Histórico de Moçambique
Pela primeira vez, oiço um dirigente da Frelimo, o ex-presidente de Moçambique Joaquim Alberto Chissano, falar de reconciliação de todos os Moçambicanos, para se alcançar a paz pretendida no País. São verdadeiramente estranhas tais afirmações de Chissano. Então não se recorda que ele foi dos elementos da Teia Renegada que desprezou as outras forças políticas que existiam no País?? Este facto, é do conhecimento de todos. Enquanto na vizinha África do Sul, após a guerra, houve entre o regime do Apartheid e o ANC e as outras forças políticas, um convénio de forma que a seguir á Independência do País, se constituísse uma comissão para a reconciliação Nacional, sem olhar o passado, salvaguardando negros, brancos, mestiços etc. Em todos os Sul-Africanos criaram um sentimento e um clima de confiança, unindo-os num esforço comum para o desenvolvimento do País.
A Frelimo, não quis nem aceitou sentar-se à mesma mesa da auto-critica, com os outros partidos, quando chegou ao poder. Tomou todos os demais como 100% reaccionários e inimigos da Pátria. Razões egoístas e de oportunidade política, desde logo quiseram monopolizar o Poder e dividi-lo entre eles, não obstante o País não ser propriedade exclusiva de um só grupo de Moçambicanos. O Dr. Eduardo Mondlane, primeiro Presidente da Frente de Libertação de Moçambique, em várias ocasiões nas suas conferências quando em vida, se lhe perguntavam qual seria o futuro da Frelimo após alcançar a vitória final, dizia sempre que a Frelimo, era apenas um movimento que lutava pela liberdade e Independência Nacional. Depois de alcançada a vitória, iria ocupar um lugar no Museu da História de todos os Moçambicanos, do Rovuma ao Maputo e de Zumbo ao Oceano Índico. Significava esta afirmação que os Moçambicanos poderiam livremente formar os seus Partidos e disputar eleições livres e democráticas. O vencedor formaria governo e naturalmente não devia excluir a presença e a actividade da oposição. Eu, assisti a vários discursos do Presidente Dr. Eduardo Mondlane, em Bagamoyo, Kongwa, etc. Estive na sua residência em Oster-Bay como segurança e via jornalistas entrarem e saírem, mas nunca ouvi da boca do Presidente, dizer que depois de Portugal descolonizar Moçambique, seriamos nós Frelimo, que continuaria-mos a colonizar ou escravizar os Moçambicanos.
Posted on 13/10/2015 at 13:38 in História, M'Telela - Niassa e outros, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969, Morte Samora Machel - 19.10.1986, Opinião, Uria Simango | Permalink | Comments (0)
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Peço desculpas a todos, mas tenho que compartilhar isso para ajudar uma ou duas pessoas por aí. O que mais posso dizer sobre ele, hoje sou igualmente muito grato ao Dr. Water, pois finalmente estou curado da doença do HIV que me consumiu por mais de um ano e 6 meses. Depois de procurar por diferentes meios para me curar, mas nada parece funcionar, eis que hoje posso ficar de pé com ousadia e testemunhar ao mundo em geral que, com a ajuda da fitoterapia, me encontrei de volta aos meus pés e saudável novamente em algumas semanas depois, entrei em contato com um grande fitoterapeuta, através da ajuda em um blog que fala sobre a cura do HIV. Algumas semanas atrás, eu vi um artigo de uma senhora explicando como ela foi curada depois de usar alguns medicamentos fitoterápicos que lhe foram enviados pelo Dr.Water. Então, decidi dar uma chance a esse grande homem, entrando em contato com ele por e-mail e número de celular. Expliquei a ele qual era o meu problema e ele me prometeu que tudo ficaria bem quando eu terminasse de usar o remédio. Eu só tinha que acreditar nele, o que eu fiz. Baixo e eis que hoje estou muito feliz. Foi tudo como mágica quando minha amostra de sangue deu negativo. É por isso que vim aqui para testemunhar ao mundo em geral e também para compartilhar minha experiência, porque sei que há muitas pessoas por aí que também estão procurando a cura para uma doença ou outra. Você também pode entrar em contato com o DR.WATER agora para seus medicamentos fitoterápicos, através de seu WhatsApp +2349050205019. Escreva para ele hoje, acredito plenamente que ele será capaz de curar seu próprio HIV/AIDS e também pode curar todas essas doenças: HEPATITE B, VERRUGAS DE HPV, CÂNCER, VÍRUS HERPES SIMPLEX, ELA, DIABETES TIPO 1 e 2, INFERTILIDADE EM TANTO MASCULINO QUANTO FEMININO
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