É possível dialogar com os insurgentes que aterrorizam Cabo Delgado, diz Muhamad Yassine, analista político
O analista político e especialista em relações internacionais, Muhamad Yassine, diz que as autoridades moçambicanas, podem, se tiverem vontade, conversar com os insurgentes que aterrorizam Cabo Delgado, desde 2017.
"O diálogo estabelece pontes" e as autoridades de Maputo precisam disso para resolver o conflito, diz o ex-deputado, que acredita que, havendo vontade, os serviços de inteligência podem contribuir para tal.
Yassine foi entrevistado pela VOA numa altura em que os líderes da África Austral realizam encontros para encontrar soluções para o conflito que provocou mais de 2.000 mortes e 800 mil deslocados internos.
Consta que uma ala defende a intervenção militar e outra quer que Moçambique realize conversações com o grupo associado ao Estado Islâmico.
Em relação a isso, Yassine diz que “Moçambique está num dilema (…) e cauteloso, porque não há lanches grátis (sic)”.
Acompanhe:
VOA – 12.06.2021
Posted on 12/06/2021 at 21:38 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Opinião | Permalink | Comments (0)
STV-Jornal da Noite 12.06.2021(video)
Posted on 12/06/2021 at 20:37 in RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
QUEM ARMAR A FRELIMO ESTARÁ A ARMAR OS REBELDES INDIREITAMENTE
Por Francisco Nota Moisés
O vídeo sobre o ataque de Palma(NY Times)
QUANDO A FRELIMO DIZ QUE ESTÁ A BATER OS REBELDES E NA VERDADE É ELA QUE ESTÁ SENDO BATIDA A VALER (Vídeo do YouTube colocado por Frank fornece detalhes)
Por Francisco Nota Moisés
STV-Jornal da Noite 03.06.2021(video) (5)
Frank said..."Segundo a notícia de hoje, a African Intelligence informa que Nyusi preparou uma lista de desejos para apresentar à França e Portugal na esperança de obter desses países o fornecimento de veículos militares.https://www.africaintelligence.com/eastern-and-southern-africa_diplomacy/2021/06/09/maputo-finalises-cabo-delgado-wish-list,109672096-art.
Que venham, pois os valentes rebeldes moçambicanos agradecerão.
O erro de análise que muita gente incluindo os frelimistas e os seus agentes e amigos da Renamo, principalmente o tal Ossufo Momade, e os poucos vociferadores pró-frelimistas em Portugal e algures na Europa, fazem é pensar que o que a Frelimo precisa são armas, que se deve armar a Frelimo e com armas ela levara a melhor para esmagar os rebeldes. Não existe uma maneira mais rata e barata de pensar do que esta.
Quando Mao Tsé-Tung disse que o factor decisivo na guerra era a determinação dos homens e não tanto de armas como tal, ele tinha muita razão. E isto viu-se na guerra do Vietname onde soldados americanos estavam engajados sem moral muito longe do seu país enquanto que os vietcongs e os norte vietnamitas estiveram convencidos que lutavam para proteger o seu país contra uma agressão imperialista. Nem os mais de 500,000 soldados americanos com o uso massivo de helicópteros, caças-bombardeiros, os bombardeiros B-52, armas químicas em certas circunstâncias, e da marinha ganharam a guerra. E isto apesar do apoio dos seus aliados da Coreia do Sul, Tailândia e Austrália que tinham corpos expedicionários no Vietname do Sul.
Nada alterou a situação e impediu a vergonhosa derrota que os americanos e os seus aliados sofreram no fim e ano cabo.
Os soviéticos contra os mujahidins e os americanos com os seus aliados da OTAN vieram mais tarde a ser derrotados pelos talibãs no Afeganistão que estiveram convencidos que a sua luta era justa contra os Farangi ou seja contra os infiéis cristãos no seu país.
Os rebeldes do Norte estão na mesma situação como os vietcongs, norte vietnamitas e talibãs. Estão convencidos que a sua luta é justa contra os homens armados da Frelimo vindos do sul com alguns chingondos do centro que estão desorganizados e desmoralizados e que não compreendem porque estão envolvidos numa guerra muito longe dos seus lares.
As armas que os rebeldes utilizam foram capturadas à Frelimo. E eles estarão na verdade alegres quando a Frelimo tiver armas de quem possa lhe dar visto que grandes quantidades de tais armas terminarão nas suas mãos viradas contra a Frelimo e contra quaisquer aventureiros que aparecerão em frente deles para ajudar a soldadesca da Frelimo.
A única pena é que a Frelimo virará certas dessas armas contra os civis desarmados.
Posted on 12/06/2021 at 18:50 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Opinião | Permalink | Comments (1)
A GUERRA - Um programa de Joaquim Furtado (RTP) - Episódio nº 42(video)-Último vídeo da série
as acções do MPLA e da FNLA, os portugueses procuram um novo acordo com a UNITA. Já depois do 25 de Abril, o movimento de Savimbi mata 17 militares portugueses, na sua mais violenta emboscada.
Posted on 12/06/2021 at 18:27 in A GUERRA de Joaquim Furtado(RTP) | Permalink | Comments (0)
A GUERRA - Um programa de Joaquim Furtado (RTP) - Episódio nº 42(video)-Último vídeo da série
as acções do MPLA e da FNLA, os portugueses procuram um novo acordo com a UNITA. Já depois do 25 de Abril, o movimento de Savimbi mata 17 militares portugueses, na sua mais violenta emboscada.
Posted on 12/06/2021 at 18:26 in A GUERRA de Joaquim Furtado(RTP) | Permalink | Comments (0)
Le Monde de 12.06.2021
Destaque
Sahel : Macron décrète la fin de l’opération Barkhane(Pág. 02)
NOTA: Uma possível intervenção estrangeira em Cabo Delgado não poderá também acabar assim: resultado palpável nulo?
Posted on 12/06/2021 at 18:00 in Informação - Imprensa, África - SADC | Permalink | Comments (0)
Le Monde de 11.06.2021
Posted on 12/06/2021 at 17:50 in Informação - Imprensa, África - SADC | Permalink | Comments (0)
Cabo Delgado: O Governo moçambicano é a causa e a chave do conflito
Nem o treino militar dos fuzileiros de Portugal e outros Estados nem as “boots on the ground” das forças especiais da SADC poderão compensar a negligência sistémica do governo de Maputo em relação a esta região do país. Em vez da resolução do conflito, isso conduzirá à sua escalada militar, à custa da população civil.
Por Michael Hagedorn
A pilhagem maciça que terá sido realizada pelo exército moçambicano após a recaptura de Palma lança luz sobre a decadência moral e ética não só do exército, mas também do governo de Maputo.
Mais do que nunca, coloca-se a questão: porque centrar-se em treinos militares como solução para o conflito?
Em vez de prioritariamente assegurar condições dignas aos 700.000 refugiados internos, o governo moçambicano, com aliados bilaterais e multilaterais, está a privilegiar uma resposta militar como solução para o conflito em Cabo Delgado – apesar do fracasso que este tipo de intervenção tem tido na África Ocidental e noutros locais.
Nem o treino militar dos fuzileiros de Portugal e outros Estados nem as “boots on the ground” das forças especiais da SADC poderão compensar a negligência sistémica do governo de Maputo em relação a esta região do país. Em vez da resolução do conflito, isso conduzirá à sua escalada militar, à custa da população civil.
Os recentes relatos inauditos de que, após a recaptura de Palma, as forças de segurança moçambicanas saquearam totalmente a cidade abandonada, fazem lembrar cenas de soldadescas saqueadoras durante a Idade Média (ver Carta de Moçambique).
É elucidativo o comentário na mesma edição da CdM: “A pilhagem a Palma é uma consequência cruel do desleixo e do desgoverno que reina no Exército (no Estado e na Sociedade). Uma tropa sem moral, mergulhada na ladroagem. Não há pobreza que justifique esse comportamento. Como ganhar a guerra com este estado das coisas?”
E é preferível nem imaginar como este exército se comporta em relação à população civil que é suposto proteger.
715.000 refugiados internos e cerca de 2500 mortos foi até agora o resultado do conflito armado em Cabo Delgado, no norte de Moçambique. Quando estrangeiros que trabalhavam para o maior projecto de liquefacção de gás de África foram afectados, no ataque à cidade de Palma ocorrido no final de Março, o conflito chegou ao conhecimento do público internacional e aumentaram as vozes em favor de uma solução militar.
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Posted on 12/06/2021 at 16:29 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Opinião | Permalink | Comments (0)
O INTERNATIONAL CRISIS GROUP SÃO UNS INDIVÍDUOS IGNORANTES QUE NÃO ENTENDEM O QUE SE PASSA EM MOÇAMBIQUE
Por Francisco Nota Moisés
Cabo Delgado: ICG defende que solução passa também por "diálogo com insurgentes" (2)
' "International Crisis Group sugere que o Governo de Moçambique combine resposta militar, apoio às comunidades e diálogo com jihadistas. "É necessário pressioná-los à rendição, mas também lhes oferecer uma saída". Especialistas do International Crisis Group (ICG) divulgaram esta sexta-feira (11.06) um relatório sobre a crise de segurança em Cabo Delgado. Para a ONG internacional especializada em conflitos armados, o Governo de Moçambique deveria combinar uma resposta militar com apoio às comunidades frustradas e diálogo com o grupo armado em atividade na região." '
Foi me difícil de entender o que este grupo de ignorantes instalados em Bruxelas que se intitulam International Crisis Group ou seja Grupo para Crises internacionais. Tudo o que se diz como tendo sido dito por esse grupo que alega ser especialista em crises internacionais e nas suas resoluções indica que estes indivíduos não entendem aquilo que está se passar em Moçambique e não fazem menos do que regurgitar as palavras de algumas pessoas em Moçambique ou doutros ignorantes como eles no exterior.
A Frelimo pressionar os rebeldes do Norte à rendição? Como é que os coxos e aleijados da Frelimo que rebeldes bateram e continuam a bater podem pressionar os rebeldes?
Como se a sua suposição de que a Frelimo está a levar a melhor na guerra não fosse uma autêntica asneira que brada aos céus, esses homens de Bruxelas falam da necessidade de diálogo entre os terroristas da Frelimo e os rebeldes que eles apelidam de jihadistas. Qual diálogo? Alguns frelimistas como aquele líder religioso muçulmano que disse que não se entendia porque é que os rebeldes estavam a lutar em vez de apresentar as suas queixas à Frelimo para esta as revolver. Desde quando a Frelimo foi democrática e aceitou críticas e quis falar sobre o que não anda bem com seja o que seja? Outros frelimistas como Felipe Nyusi, Joaquim Chissano, Alberto Chipande, Omar Saranga, o tal porta voz da tropa da Frelimo, que apelaram aos rebeldes para negociar, eles o fazem visto que os rebeldes estão a chamboqueá-los.
Será que esses senhores teriam dito o que dizem se a Frelimo estivesse a ganhar na guerra contra os rebeldes? Se os terroristas da Frelimo estivessem a ganhar, estaríamos somente a ouvir vozes apelar a soldadesca terrorista da Frelimo para esmagar os rebeldes. E porque é que estes indivíduos querem que os rebeldes que estão a bater os seus homens armados da Frelimo negoceiem a sua saída do conflito com a Frelimo.
Não seria também digno e justo que os apoiantes dos rebeldes apelem aos rebeldes para esmagar os bandidos armados da Frelimo?
Posted on 12/06/2021 at 13:00 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Opinião | Permalink | Comments (0)
NOTÍCIAS de Maputo 12.06.2021
Posted on 12/06/2021 at 12:06 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
11/06/2021
"Troika" da SADC decide no dia 23 ajuda a Moçambique no combate à insurgência
O Presidente da África do Sul revelou que a cimeira da troika da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) reúne-se no dia 23 em Maputo para decidir sobre “a resposta regional apropriada” em apoio ao Governo de Moçambique na luta contra o terrorismo na província de Cabo Delgado.
Questionado no Parlamento, Cyril Ramaphosa disse que o seu Governo está a “trabalhar dentro dos sistemas da SADC para fazer face à desestabilização de Cabo Delgado e para estabelecer a estabilidade política em Moçambique”.
Entretanto, o Grupo Internacional de Crise, uma organização não internacional especializada em temas como resolução e prevenção de conflitos armados internacionais (ICG, na sigla em inglês), e com sede em Bruxelas, defendeu que o Governo de Maputo deve combinar a sua resposta militar com um forte investimento nas comunidades e no diálogo com os insurgentes.
Num relatório divulgado nesta sexta-feira, 11, o grupo destaca "o conjunto de factores locais que estimularam... os insurgentes à batalha", a fim de conter a violência.
Os jihadistas ligados ao Estado Islâmico têm vindo a aterrorizar a província de Cabo Delgado desde 2017, pilhando aldeias e cidades.
O conflito já custou mais de 2.800 vidas, metade das quais civis, e forçou mais de 700 mil a abandonarem as suas casas.
Os insurgentes conhecidos localmente como Al-Shabab lançaram um ataque à cidade de Palma em Março que sobrecarregou as Forças de Segurança e Defesa (FDS) e obrigou o gigante francês da energia Total a suspender os trabalhos do seu megaprojecto de explorou de gás natural em Cabo Delgado.
No ataque, dezenas de pessoas foram mortas e 67 mil foram deslocadas, no que foi considerado um dos maiores ataques de radicais islâmicos na África Austral e que suscitou preocupação internacional.
O ICG insta Maputo no seu relatório a "usar a força sabiamente", aceitando ofertas externas de assistência militar, mas concentrando-se em conter a expansão dos insurgentes e proteger os civis deslocados.
"É necessário que haja um nível adequado de apoio militar para pressionar este grupo... a considerar a rendição, mas também para lhes oferecer um caminho de saída", disse à AFP o principal autor do relatório, o especialista em África, Dino Mahtani.
Para o conseguir, segundo Mahtani, o Estado deve utilizar o dinheiro dos doadores para financiar iniciativas de desenvolvimento que possam "acalmar as tensões locais" e proporcionar meios de subsistência alternativos àqueles que estão a considerar integrar-se na insurreição, bem como àqueles que já se juntaram às suas fileiras.
Mahtani acrescentou que a ajuda abriria a possibilidade para um diálogo urgente com os jihadistas e prepararia o caminho para discussões sobre uma potencial amnistia.
Até agora, o Governo de Moçambique tem concentrado a maior parte da sua atenção numa resposta militar.
O ICG insta o Presidente Filipe Nyusi a aceitar uma intervenção externa "medida" para apoiar e treinar tropas locais, evitando um "destacamento pesado" de militares estrangeiros.
"Isso poderia acabar por ser apenas um pára-raios para os jihadistas internacionais virem combater uma intervenção internacional", advertiu Mahtani.
Refira-se que Nyusi tem recusado uma força estrangeira, até agora, tendo optado por negociar apoios com países e grupos privados.
Na sua intervenção no Parlamento sul-africano, o Presidente Cyril Ramaphosa lembrou que uma missão de peritos da SADC propôs um apoio às Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, sem dar detalhes.
A proposta, conhecida em Abril, incluiu o envio de uma força de três mil homens e equipamentos pesados.
VOA – 11.06.2021
Posted on 11/06/2021 at 23:10 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
STV-Noite Informativa 11.06.2021(video)
Posted on 11/06/2021 at 22:59 in Opinião, RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
Semanário Savana nº 1431 de 11.06.2021
Posted on 11/06/2021 at 22:22 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
STV-Jornal da Noite 11.06.2021(video)
Posted on 11/06/2021 at 21:27 in RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
OMR-Destaque Rural Nº 119: Dinâmicas e desafios na integração socioeconómica de populações deslocadas
A intensificação do conflito em Cabo Delgado gerou um desastre humanitário traduzido em centenas de milhares de famílias deslocadas, que procuram, em função das suas condições de deslocação, locais mais seguros de integração. As famílias com maiores recursos económicos e contactos familiares deslocam-se para zonas mais afastadas. As restantes permanecem em zonas mais inseguras, vulneráveis a ataques e a recrutamento. Uma ampla ajuda humanitária foi constituída para assistir estas populações, tendo exercido um efeito paliativo em termos socioeconómicos, mas ainda sem capacidade de promover a reconstituição de actividades económicas geradoras de renda e de auto-suficiência alimentar, permanecendo centenas de milhares de indivíduos dependentes de assistência externa.
Neste Destaque Rural pretende-se descrever os movimentos migratórios no Norte do país e reflectir sobre as dinâmicas geradas sobre a assistência humanitária. Num segundo momento pretende-se descrever as condições de reintegração socioeconómica das populações, em termos de condições de habitação, saúde (incluindo acesso a água, saneamento, apoio médico e alimentar), de educação e de reconstituição de actividades económicas. Num último momento pretende-se reflectir sobre as expectativas das populações em relação ao futuro, apresentando-se um conjunto de recomendações.
Para baixar este Destaque Rural na página web do Observatório do Meio Rural clique no link:
https://omrmz.org/omrweb/publicacoes/dr-119/
Posted on 11/06/2021 at 17:28 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Letras e artes - Cultura e Ciência, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
1891-2021 Moçambique nasceu há 130 anos
Por António Francisco
No dia 11 de Junho do corrente ano, Moçambique completa 130 anos que nasceu com a configuração territorial que caracteriza o país até hoje graças ao Tratado Luso-Britânico da 1891 que ratificou o acordo assinado a 28 de Maio desse ano; entre Portugal e Grâ-Bretanha. Volvidos vários séculos de indefinições fronteiriças e prolongadas disputas e negociações, um novo Estado emergia - do Rovuma a Maputo, do Zumbo ao índico - conjugando uma complexa diversidade de influências positivas e negativas na África Austral.
Depois do tratado luso-britânico de 1891, várias disputas pontuais ainda ocorreram tal como persistem até hoje indefinições, principalmente em relação às fronteiras marítimas No entanto em 1890-91 se bem que o palco territorial do novo Estado tenha sido estabelecido, a colónia de Moçambique não apresentava quase nenhuma das características de um estado moderno, mas também não fora uma criação completamente aleatória Para isso contribuiu, entre outros factores, cinquenta anos de soberania em Gaza que criou uma espécie de unidade no sul do País (Newftt 1997:321),
Quem diria, há 130 anos atrás “… que semelhante esboço tão grosseiro pudesse passar no teste do tempo e não ser revisto decorrido pouco tempo e com maior frequência depois" (Newitt. 1997: 321}? Essa passagem no teste do tempo foi possível, malgrado as enormes diferenças entre os regimes políticos a que Moçambique tem sido subordinado (colonial monárquico ou republicano; pós-colonial, monopartidário ou multipartidário). Todos eles partilharam a mesma motivação: a defesa da integridade geográfica e fronteiriça fixada pelo tratado luso-britânico de 1891.
DE - 11.06.2021
NOTA: Caro Professor: O grande mal de África é que as actuais fronteiras dos seus países não foram "conquistadas" pelos povos nativos. Estes tiveram que se "encaixar" obrigatóriamente nas fronteiras deixadas pelos colonizadores europeus. Parece impossível como o "pequeno" Portugal deixou países da grandeza do Brasil, Angola ou Moçambique.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 11/06/2021 at 17:12 in História, Nacionalidade-Cidadania - Direitos Humanos, Portugal | Permalink | Comments (1)
NOTÍCIAS de Maputo 11.06.2021
Posted on 11/06/2021 at 16:25 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
Militar desaparecido(73)
Nome militar desaparecido | Stelio Muthombene |
Unidade Militar | Regimento de infantaria motorizada |
Naturalidade(Distrito) | Xai-xai |
Zona provável de desaparecimento | Muidumbe |
Pedido de familiar ou amigo? | Amigo |
Sem notícias desde | Novembro de 2020 |
Email(opcional) | simbinegs90@gmail.com |
Posted on 11/06/2021 at 12:21 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Militares desaparecidos | Permalink | Comments (0)
Cabo Delgado: ICG defende que solução passa também por "diálogo com insurgentes"
International Crisis Group sugere que o Governo de Moçambique combine resposta militar, apoio às comunidades e diálogo com jihadistas. "É necessário pressioná-los à rendição, mas também lhes oferecer uma saída".
Especialistas do International Crisis Group (ICG) divulgaram esta sextda-feira (11.06) um relatório sobre a crise de segurança em Cabo Delgado. Para a ONG internacional especializada em conflitos armados, o Governo de Moçambique deveria combinar uma resposta militar com apoio às comunidades frustradas e diálogo com o grupo armado em atividade na região.
A organização com sede em Bruxelas disse que Moçambique precisaria de resolver "o conjunto de fatores locais que estimulam militantes ao conflito" a fim de conter a violência. O ICG insta Maputo a "usar a força sabiamente", aceitando ofertas externas de assistência militar, mas concentrando-se em conter a expansão dos jihadistas e proteger civis deslocados.
"É necessário que haja um nível adequado de apoio militar para pressionar este grupo […] a considerar a rendição, mas também para lhes oferecer uma saída", disse à AFP o principal autor do relatório, o especialista do ICG Africa, Dino Mahtani.
Recursos de doadores
Para ter sucesso nesta iniciativa, o ICG considera que o Estado deveria utilizar recursos de doadores para financiar projetos de desenvolvimento que pudessem "acalmar as tensões locais" e proporcionar meios de subsistência alternativos para aqueles que estão a considerar participar na insurreição, bem como para aqueles que já se juntaram às fileiras terroristas.
Os especialistas da ONG dizem que fatores sócio-económicos desencadearam a insurreição. A pobreza e as restrições económico geraram sentimentos de alienação entre os jovens, explica o relatório A frustração cresceu quando as comunidades locais foram deixadas de fora de vastas descobertas de gás natural e rubi, empurrando rapazes desencantados para se rebelarem contra líderes islâmicos na província de maioria muçulmana.
Os jihadistas que fugiam da repressão na Tanzânia agarraram-se ao movimento, que também foi alimentado por divisões étnicas e envolto no tráfico de droga. Mahtani disse que a ajuda abriria um "canal-chave" para um diálogo urgente com os jihadistas e prepararia o caminho para discussões de amnistia.
Até agora, o governo de Moçambique tem concentrado a maior parte da sua atenção numa resposta militar à crise. Mas o Presidente Filipe Nyusi parece receoso em aceitar a assistência dos vizinhos regionais e dos países ocidentais. O ICG instou Nyusi a aceitar uma intervenção externa "ponderada" para apoiar e treinar tropas locais, evitando um "destacamento pesado" de tropas estrangeiras. "Isso poderia servir simplesmente como uma fator que atrairia jihadistas internacionais para fazer frente a uma intervenção internacional", advertiu Mahtani.
DW – 11.06.2021
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