Elisio Macamo
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Sustentar o gigantismo
Já li elogios entusiásticos ao programa SUSTENTA oficialmente inaugurado há dias. Uma alma caridosa enviou-me uma brochura de 52 páginas (com muitas ilustrações e tabelas) que apresenta as linhas principais do programa. Não é por odiar o governo, como diz um bobo da corte, mas não fiquei impressionado. Pior, receio muito que, uma vez mais, tenhamos caído no erro do gigantismo que só vai terminar em lágrimas, infelizmente quando nenhuma dessas pessoas por detrás do programa estiver no poleiro para ser responsabilizada.
O programa SUSTENTA define como objectivo a melhoria da qualidade de vida dos agregados familiares (no documento a coisa está escrita assim: “O SUSTENTA tem como o [sic] objectivo melhorar a qualidade de vida dos agregados famílias [sic] rurais através da promoção de agricultura sustentável (social, economica [sic] e ambiental)”) através dum programa que procura integrar a agricultura familiar naquilo que se chama de cadeias de valor produtivas. Estas vão do produtor familiar, passam por integradores (chamados “empresas fomentadoras”) e de empresas âncoras (agro-indústria nacional) até ao consumidor. Ao que tudo indica o papel central vai para o integrador que vai receber crédito (na verdade, todos recebem crédito, embora o produtor familiar o receba em forma de insumos...) para dinamizar a coisa. O programa implica investimentos avultados e, segundo o documento, só está garantido um pouco mais de um terço desse valor. O resto virá, diz o documento, “... de um esforço de mobilização de outras fontes”.
Há várias coisas preocupantes no programa. A primeira é clássica, ainda que pareça mesquinha. O documento está cheio de erros ortográficos e de concordância. Não importa se o conteúdo for bom, dirão alguns. Discordo. O cuidado na elaboração do documento que apresenta o programa revela a atenção que se dá ao detalhe. Isso mostra seriedade. Se há dias o Presidente recusou inaugurar uma infra-estrutura por ter rachas (pelo que se diz), devia também ter recusado inaugurar o programa até apresentarem um documento devidamente editado. São 45 anos de independência, pessoal! Alguém foi pago para produzir aquele documento, como é que a gente espera que quem deixa passar algo de tão má qualidade linguística tenha zelo na implementação do programa?
A segunda coisa preocupante também é clássica, mas a culpa aqui é do nosso sistema político. Um programa desta natureza merecia ser discutido no parlamento para, pelo menos teoricamente, beneficiar do olhar crítico de quem não está apenas interessado em elevar o seu capital político. É uma grande intervenção social e, por isso, pode ganhar com a deliberação. Isso não significa que o governo contemple a possibilidade de desistir se houver muitas críticas. Não. Implica apenas que ele beneficia de outros pontos de vista que podem enriquecer o próprio programa. Só isso. Em nenhum outro país do mundo, talvez a China e a Rússia sejam excepções (mas também dispõem de outros recursos materiais e humanos), é tão forte o autismo governamental na elaboração de intervenções. Nos países do hemisfério onde vivo há décadas nenhum programa desta envergadura seria inaugurado sem ter passado por um debate amplo, tanto mais que para ser sustentável precisa de ser codificado, o que exige a sua discussão no parlamento.
A terceira coisa é a definição do problema e, consequentemente, do objectivo. Ao que tudo indica, o problema é a forte dependência dos moçambicanos da agricultura familiar que, por sua vez, não garante uma vida confortável. Por isso, o objectivo é melhorar a qualidade de vida dos agregados familiares rurais. Parece razoável, só que revela imediatamente as limitações do pensamento por detrás do programa. Chega até a lembrar a política de socialização do campo da Frelimo gloriosa, cujas fragilidades o livro “O Mineiro Moçambicano” tão bem expôs. O problema rural em Moçambique, e desde o período colonial, não é a qualidade da agricultura familiar. É o emprego! A forma mais eficaz de melhorar a qualidade de vida dos agregados familiares rurais não é a melhoria da agricultura familiar (à qual eles recorrem justamente por falta de melhor), mas sim a criação de empregos. Há uma parte do pensamento do programa que reconhece isto (ainda que de forma acidental) quando aposta na integração rural, só que sendo essa a aposta o programa precisaria de algo residual para lidar com as famílias que por razões estruturais vão continuar a depender da agricultura de subsistência (que é realmente o caso). Portanto, em minha oponião, o programa não está bem concebido ao nível da definição do problema e dos objectivos.
A quarta coisa é a natureza complexa da sua implementação. Digo isto infectado pelo vírus guebuzista dos 7 milhões, para mim de longe uma das ideias mais brilhantes (para sossegar os ânimos: a ideia original não foi de Guebuza; já era praticada noutros países, por exemplo, no Quénia) jamais implementadas no País. O que quero dizer é que mesmo um programa teoricamente simples como aquele – que não envolvia muita burocracia – acabou sendo subvertido na implementação. Quanto mais este que confere a burocratas o poder de tomar tantas decisões! Aqui estamos perante um problema já conhecido, nomeadamente o problema de apostar nos resultados sem nos preocuparmos com a criação de condições para que as medidas tomadas sejam realmente eficazes. O principal calcanhar de aquiles do programa é a sua crença na capacidade estatal de o implementar. Vamos chorar juntos dentro de alguns anitos quando se multiplicarem os casos de desvios de recursos, incumprimento de metas, etc.
A quinta coisa complicada chega até a ser caricata. O documento faz referência levezinha à Covid-19, aos malfeitores em Cabo Delgado e aos homens armados no centro do País como potenciais obstáculos, mas logo de seguida prossegue com a sua narrativa gloriosa sobre os benefícios do SUSTENTA. Isto é problemático por duas razões principais. Primeiro, Covid-19 é assunto sério, já alterou significativamente o contexto dentro do qual o programa foi “pilotado” e, mais importante ainda, estamos à espera de ouvir que medidas serão tomadas para a “nova normalidade” que, potencialmente, podem alterar profundamente todos os pressupostos na base do programa. Não sei se alguém acha sério mesmo que dias antes de o governo se pronunciar sobre como será a nossa vida face a esta pandemia, o mesmo governo inaugure um programa que representa uma intervenção social tão significativa na nossa vida sem integrar claramente os elementos da estratégia que vem aí? Era sobre isto que eu falava ontem quando dizia que “temos Presidente!”. Segundo, Cabo Delgado não é brincadeira, mesmo que o governo se cale. Pode se alastrar, desviar recursos financeiros que vão fazer falta ao programa e, na pior das circunstâncias (como foi o caso com a bandidagem armada da Renamo), transformar potenciais problemas na implementação do programa em razões legítimas para a violência indiscriminada.
A sexta, e última, coisa complicada é que o programa foi inaugurado numa altura em que começou um processo de ausculta pública sobre a lei de terras. Mesmo partindo do princípio de que o governo já saiba o que essa lei vai ser, parece-me algo incauto não contar com a possibilidade de alterações de fundo que podem modificar os pressupostos na base do programa. É um pouco como inaugurar uma grande fábrica de pesticidas no mesmo momento em que você discute uma lei sobre a preservação do meio ambiente. Não me parece sério, mas prontos, o que é sério entre nós?
Enfim, passei duas horas de tempo a ler o programa, reflectir sobre ele e escrever este texto. Não ponho de parte a possibilidade de me equivocar em relação a vários aspectos também por falta de informação mais abalizada ou mesmo por falta do devido conhecimento técnico. Contudo, assusta-me constatar tantos problemas através duma leitura rápida e pergunto-me mesmo se esta maneira de elaborar políticas também faz parte de tudo que Moz tem para dar certo. Não sei. No País existem várias pessoas e instituições que se ocupam deste tipo de questões. Espero que algumas delas reflictam e partilhem o seu conhecimento com o governo. Esse hábito imbecil que anda aí de aplaudir coisas pelos resultados que prometem sem analisar de forma profunda o que se quer fazer vai nos matar mal.
56Ricardo Santos, Constantino Pedro Marrengula ve 54 diğer kişi
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Donaldo Tovela Impressionante a capacidade do Professor de trazer luz a um assunto bastante actual e importante para a vida de todos nós. Phambeni!!
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Elisio Macamo se houvesse mais seriedade na esfera pública, este assunto teria merecido, da parte da mídia, maior atenção com pessoas de sensibilidades diferentes a se pronunciarem. ao invés de mais um webinar sobre o radicalismo islâmico podiam organizar debates so…Daha Fazlasını Gör
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Stella Mendonça Elisio Macamo estou completamente de acordo com a sua reflexão profunda! Não sou especialista da agricultura, tão pouco dos diversos programas que protejam o meio ambiente... mais sinto-me concernida pelo pouco que sei, não estou segura que no ponto de vista de sustentabilidade e ecologia é a melhor escolha. Devemos garantir alimento hoje, amanhã e para as gerações vindouras! A parvoíce é de facto aplaudir por muita coisa que nunca nos interpele a pertinência da eficácia. Raramente nos perguntamos se é um programa que nos convém, em quase todas as áreas.. estamos longe duma democracia participativa!
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Elisio Macamo Stella Mendonça, também tenho esse receio.
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Donaldo Tovela Espero ansiosamente que os "bobos da corte" não disvirtuem o foco deste debate que se quer bastante abrangente...
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Elisio Macamo Donaldo Tovela, por estas alturas já fizeram screenshots...
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Donaldo Tovela Elisio Macamo
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Luis Mucave Ja ha muito que tinha deixado de me preocupar com o que esta aí,ppis ja tinha visto a grande fotografia,mas,quando me chegou o documento do sustenta,decidi ler com atenção.
A prineira constatação foi a má qualidade da redação,mas,também iaso é o novo normal.
Quando peguei o documento tinha como linhas de abordagem:
1.Sustenta ê um programa de tranaferencia de renda para os camponeses?
2Sustenta é um programa de metas?
3.Sustenta é um programa desenvolvimentista,do estilo PAC(programa de aceleração e crescimento?
Lendo de cabo a rabo ,descobri um híbrido de intenções do tipo muita espuma e pouco sabão,onde o estado terá o papél cemtral.
Confesso que tremi e fiz-me a mesma pergunta que tú: os idelaizadores disto vão usar o estado como fiador e no fim ja não estarão para serem responsabilizados.
As burocracias consultadoras,quais atravessasores,vão ficar com o pedaço de leão.
A pulga atrás da orelha ,foi a oportuna discussão da questão da terra no momento.
Bom,só apenas um curioso.
Mas rapidamente fui socorrer-me no livro nunca lançado do Professor José Negrão "Repensando a tetra e as modas dp desenvolvimento rural".
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Elisio Macamo estás a ver, não é? esse aspecto do estado como fiador parece-me muito importante!
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Stella Mendonça Luis Mucave isso! Estratégias repetitivas da mediocridade 🤷🏽♀️
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Tatiana Cabaco Luis Mucave não é por acaso que agora querem mexer na lei da terra. É a próxima bolada....
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Paulo Inglês O curioso é o anúncio bombástico sobre o resultado do programa ainda antes de ser implementado. Entre nós acontece o nesmo. Nisso somos primos.
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Elisio Macamo jão nem tem o nome de primo. somos cúmplices...
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Constantino Pedro Marrengula Prof, nem mais.
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Elvis Chauncy Chicoco Abordagem interessante, fez-me saber um pouco de um assunto que me escapava.
Nelson David Carvalho
Eis o texto que eu lia, no momento em que meteste o SUSTENTA na nossa conversa. Sugiro que leia até ao final, creio que lhe será proveitoso.
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Eliha Bukeni O meu entusiasmo sobre o provavel sucesso do projecto Sustenta reside mais na confianca sobre as capacidades de implementacao de projectos de reforma do Ministro Correia, mas e claro que, por de tras de todos projectos estruturantes que envolvem elevados volumes de recursos existem agendas de aproveitamento desses recursos, porem, eu prefiro avaliar o resultado final. Sabe-se que, por detras da operacao tronco foram constituidas empresas dedicadas a producao de carteiras escolares que enriqueceram os donos dessas emprases, alias, algumas empresas apenas ganhavam os concursos para depois subcontratar as verdadeiras carpintarias, entretanto, dessa operacao foi estancado o corte desenfreado da madeira, foi criminalizado o corte ilegal da madeira, foi banida a exportacao da madeira em troncos e foram introduzidas taxas sobre a madeira exportada, do que resultou o crescimento significativo das receitas com expotyacao da madeira e milhares de criancas passaram a estudar sentadas nas carteiras. O projecto Sustenta iniciou a sua fase piloto em 2017, abragendo 10 Distritos das Provincias da Zambezia e Nampula com o financiamento do Banco Mundial. Os resultados no incremento da producao, produtividade e da renda dos camponeses e inquestionavel. A agricultura e uma actividade de mao-de-obra intensiva, por isso possui elevado potencial de criacao de emprego em toda sua cadeia de valor (producao, transporte, processamento, distribuicao e venda ao consumidor final). Agora o projecto vai ser estendido de 10 para 154 Distritos. O OGE passa a ter uma dotacao de 10% para o sector agrario, e o Ministro Maleane disse que isso equivale a cerca de 34 mil milhoes de Mts, isto e, cerca de 500 milhoes de USD. E muito dinheiro e o risco de haver desvios e enorme, entretanto, eu espero que tal como ocorreu na operacao tronco, os aproveitamentos nao comprometam o sucesso do projecto, para tal espero que o Ministro Correia promova todas as reformas necessarias nos processos, nas competencias e nos recursos e sobretudo mantenha o foco nos resultados. Os resultados do piloto sao bastante encorajadores. E claro, tal como o Prof. tambem estou mentalmente precavido de que podemos ter mais um fracasso como foi o projecto revolucao verde ou FDD dos 7 milhoes!
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Elisio Macamo traz aspectos muito importantes que eu não considerei na minha análise rápida. por exemplo, teria gostado imenso de ver estudos sobre a fase piloto para ver realmente que resultados foram obtidos. se souber onde posso obter esses estudos, agradecia que me desse uma dica. o problema aí, contudo, é que o contexto mudou completamente com a covid-19. não acho prudente ignorar isso da mesma maneira que não acho prudente não ter em conta o resultado final da auscultação sobre a lei de terras. uma outra questão que levanta, e que me parece também importante, é sobre a capacidade do ministro. também sempre tive essa impressão, mas mais na base do que oiço dizer e não de ter avaliado o que ele fez. e esse é um problema. a julgar pela qualidade deste documento, deixa muito a desejar. o programa é mau. e se a gente espera compensar deficiências num programa através da competência de quem o vai implementar, então "boa noite", tanto mais que ele não vai ficar a vida inteira lá. sobre a questão dos troncos penso que estamos a falar de algo radicalmente diferente. o problema parece ter sido melhor definido (por ser mais fácil) e os objectivos também (por serem menos ambiciosos). aqui também precisaria de estudos para avaliar pessoalmente.
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Pedro Júlio Dimande Vamos aguardando, Egídio vai dizer alguma coisa.
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Ivo Neto Costa Professor , não sei como com tanta gente brilhante , instituições " a crescer", juventude disponível..... continuamos a " fazer tão pouco" . O país tem capital humano, pará pelo menos " endireitar " o paper. .. Aprecio a maneira incisiva, clara como aborda o documento e respectivas recomendações. Bem hajam os sinais e alertas Professor Elísio
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Stella Mendonça Ivo Neto Costa quando não se usa o que temos é como se não tivéssemos!
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Stelio Simoes Elisio Macamo, não li o documento o que per si, constitui uma fraqueza para uma análise profunda dos detalhes como fazes, entretanto, felicito tanto o Governo, por ter aberto esta janela de oportunidades agrícolas, como a sí pelas observações que faz, que a serem válidas, apreciaria que fossem tomadas em consideração. Parabéns.
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Elisio Macamo que janela de oportunidades?
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Stelio Simoes Elisio Macamo , oportunidades geradas pela cadeia de valores do SUSTENTA.
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Elisio Macamo mas se diz que não leu o documento, como sabe que o programa de facto criou essas oportunidades?
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Stelio Simoes Não li o documento, entretanto, ouvi o Ministro do pelouro falando/apresentando o programa. Pude perceber que há muitas oportunidades na cadeia de valores. Os detalhes, como dissera, só lendo o documento.
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Elisio Macamo parece-me pouco como base para felicitar o governo. a minha impressão, depois de ter ouvido o presidente, o ministro, várias pessoas e lido o documento, é de que o programa não traz nada de novo nesse capítulo. o mérito que vejo, e esse é grande, é de colocar o assunto na agenda nacional. isso é bom.
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Stelio Simoes Elisio Macamo , de facto, colocando na agenda Nacional, cria oportunidades para os diversos actores envolvidos.
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Wa Ka Mabjaia Quero acreditar que antes de se estruturar este programa tirou-se lições sobre o que falhou com o PROAGRI (houve I, II... não me lembro se mais), do GPZ, do Pro Savana, só para citar alguns exemplos. De transformação mesmo, não vejo nada. Talvez seja cego ou míope...
Não quero, contudo, dizer que desta vez também não vá/possa ser diferente, mas as experiências passadas sugerem que este é apenas mais um projeto, um slogan que ficará nas intenções, apenas. Mas não custa tentar (do lado dos mentores), e... esperar para ver.
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Elisio Macamo pois, essa é a outra questão que não levanto na reflexão, mas é pertinente. o que há de fundamentalmente diferente neste programa? penso que os pesquisadores moçambicanos deviam estudar estas coisas e partilhar os resultados.
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Samora Machel Jr. Wa Ka Mabjaia houve análise do SUSTENTA implementado em alguns distritos de Nampula e Zambézia?
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Elisio Macamo Samora Machel Jr., pois. o Eliha Bukeni sugere que sim, mas eu também nunca vi isso. estou agora à procura...
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Samora Machel Jr. Elisio Macamo falta transparência e responsabilidade nestes actos
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Stelio Simoes Samora Machel Jr. , ilustre, qual é, realmente, o cerne da questão neste programa?
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Euclides Matusse Epha esta tudo doido, essa coisa de dirigentes estarem em frente da parte tecnica acabam atravessando os conceitos tecnicos do agronegocio isto mostra a partida a preocupacao com relatorio em relacao a implementacao do programa. A cadeia de valor parece ser a palavra ordem no discurso sem concordancia no pronunciamento, hora com Mozambique que mal vive de Pecuraria e Agricultura rural falar de cadeia de valor sem industrializacao e um insulto carregado de angustia. Para mim o documento deveria ser suscinto devido em tres pontos principais a implementacao da estrategia: Antes porteira (campo, insumos, tecnologia etc), na porteira (agricultura de fato) e pos perteira (distribuicao, industria, comercializacao...) nao consegui destinguir as estrategias para cada fase me parece o texto cheio de esperancas e resultados sem estrutura de leitura vertical para atingir objetivos; este documento tenta saltar quatro a cinco paragrafos e continua a leitura garanto que ficaras perdido. Desejo do governante empacotamento e distribuicao na porteira isso mostra a fragilidade do programa ou conhecimento da cadeia de valor na agricultura digo agricultura para nao misturar Agronegocio. No documento nao consegui elementos para dignosticar como sera o criteiro ou estrategia de alocacao de credito agricola a familias rurais existe um estudo no sentido, eish para por aqui como disse o Luis Mucave utilizar o estado como fiador... a MADER no seu melhor agricultura nao e brincadeira nao.
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Yaqub Sibindy O Natercio Lopes Tuessa é PIMO e o PIMO é o povo e o povo é o dono do Projecto NOVO MOÇAMBIQUE, roubado pela Frelimo!
Assim como a Frelimo também roubou ao Dlhakama, o Projecto da Democracia Multipartidária!
Frelimo roubou o Projecto da Economia Capitalista ao Partido Renamo! Isso não vai terminar por bem! Morreram um milhão e quinhentos mil moçambicanos durante a guerra de 16 anos porque à Frelimo não queria ouvir nada do sistema da Democracia Multipartidária!
Frelimo fuzilou opositores de M'telela, sem nenhum julgamento em Tribunal porque Khavandame defendia a introdução da economia capitalista em Moçambique e o Reverendo Urias Simango e a Joana Semeão foram fuzilados acusados de terem cometidos crimes de criação sos seus próprios partidos políticos!
Estamos cansados com a gatunagem governamental da Frelimo!
Frelimo e o finado Apartheid quem é mais humano?
Apartheid condenou o Nelson Mandela à Prisão Perpétua e mais tarde quando os valores morais universais dos Direitos humanos, venceram contra o sistema segragacionista do Apartheid, Nelson Mandela foi libertado e concorreu eleições multiraciais, vencendo eleições! Tornou-se no Primeiro Presidente negro da África do Sul!
Frelimo condenou à morte desuhumana, aos prisioneiros de M'telela que lutavam verbalmente pelas liberdades políticas e económicas!
No fim ao cabo, a verdade venceu quando o General Afonso Dlhakama assinou o Acordo de Roma que mudou a Constituição Frelimista Monopartidária, introduzindo a nova Constituição Multipartidária!
A Frelimo não apresentou nenhum prisioneiro de guerra, neste caso seriam os mártires de M'telela que teriam pena Suspensa porque finalmente a Democracia multipartidária venceu!
O mundo não condenou a fascismo da Frelimo, pelo contrário admitiu para esses assassinos tornarem se parte das vitórias que eles recusaram aos moçambicanos num passado recente, desde de 1975/1992!
Hoje, é a mesma Frelimo que simula falsas mudanças, impondo com arrogância aos moçambicanos um perdão sem reconciliação! Por motivos de orgulho, Frelimo não quer pedir desculpas ao povo por causa dos crimes que cometeram e ainda continuam a cometer impunentemente, com esquadrões da morte totalmente bem identicados nos autos de Anastácio Matavel e baleamento ao Agostinho Vuma, como fuzileiros políticos do antigo Partido Único!
Como não bastasse, é a mesma Frelimo, inimiga do sistema eleitoral multipartidária que hoje já se tornou o dono dos resultados eleitorais, mesmo recorrendo aos crimes de fraudes eleitorais!
A Frelimo já é campeã da Democracia, democracia essa roubada ao verdadeiro e legítimo defensor Afonso Dhlakama!
A Frelimo, cara sem vergonha, já é o dono do sistema Capitalista, pela qual sentenciaram à morte ao Khavandame, "o símbolo da economia capitalista", defendida por Afonso Dhlakama! É a Frelimo que actualmente já se apoderou de todos os recursos minerais e económicos que o Machel tinha dedicado como espólio da guerra anti-colonial a favor do Povo, representado pela Aliança da Classe Operária e Camponesa!
O PIMO, partido político com a gênese da justiça social, defendida pelos valores morais de servir o povo conquistados na Escola da Luta de Libertação Nacional. Valores esses que nortearam à mensagem da luta de libertação nacional até à Independência!
O PIMO inspirado pela justa luta travada por Afonso Dlhakama com vista a doar as liberdades políticas, económicas e sociais aos cidadãos, criou o Projecto de Desenvolvimento e Planificação "NOVO MOÇAMBIQUE", como um sistema científico que visa a distribuição de oportunidades de acesso a todos os cidadãos dos recursos detidos pela terra, libertada pelo sangue e finalmente pertença do Povo moçambicano!
O Projecto NOVO MOÇAMBIQUE é um sistema de desenvolvimento da nova Nação Independente que permite a partilha dos recursos económicos/minerais entre o Estado e o Cidadão por intermédio da FAMÍLIA! Família essa que deve beneficiar-se de um sistema de Educação empresarial - UNIVERSIDADE NOVO MOÇAMBIQUE, com objectivo de formar no mínimo um membro de cada Família em matéria de gestão das Terras, Gestão das Águas e Gestão da Agricultura com vista a atribuir o Estatuto de Empresa por cada família, onde poderão introduzir três campanhas agrícolas anuais, nas suas fazendas de 10 hectares, devidamente equipadas com energia, água e vias de comunicação - estradas, à título permanente!
O PIMO criou um sistema financeiro - representado por um Banco, pertencente às famílias moçambicanas, famílias essas que vão gozar do Estatuto de Accionista Bancário do BDF - Banco de Desenvolvimento da Família!
É o PIMO que criou a filosofia da instituição de um Ministério das Terras e do Ministério das Águas, com vista a suportar a economia Doméstica, Economia Empresarial e Economia do Estado, nova estrutura do sistema da Economia da República de Moçambique!
O PIMO, vítima de promessas falsas da Frelimo, entregou "ingenuidamente" de boa vontade o seu Projecto de Governação NOVO MOÇAMBIQUE, e não só....como também participou na campanha eleitoral à favor do manifesto da Frelimo, prometendo aos moçambicanos que votar no Guebuza e mais tarde no Nyusi, era o sinónimo de votar na implementação do Projecto NOVO MOÇAMBIQUE!
O Nyusi, veio com mais uma artimanha, para enganar os incautos, prometendo no seu emocional discurso de tomada de posse, no primeiro mandato : "no meu governo, vou valorizar e promover às boas ideias sem cores partidárias"!
No início do sistema multipartidária, a Frelimo, apelidou aos partidos políticos da oposição como centros de refúgos de marginais, desprovidos de sanidade cerebral para conceber e desenhar um Projecto de Governação exequível na República de Moçambique!
O PIMO sentiu-se muito ofendido com esse discurso de desvalorização aos outros moçambicanos! Foi à partir daí queo Partido PIMO, na sua qualidade de de Partido Inteligente de Moçambique, decidiu como agenda primordial, desenhar um Projecto de Governação denominado NOVO MOÇAMBIQUE! À título de experiência, tínhamos que testar os efeitos positivos deste projecto, tendo o PIMO decidido usar a Frelimo como agentes da sua testagem. Chissano engoliu à isca, tendo credenciado o Sibindy como Diplomata de Negócios dos interesses do Estado, junto dos parceiros financeiros internacionais que tivessem interesses de investir em Moçambique! O PIMO colaborou e ficou satisfeito quando viu Moçambique, como membro da OCI, Banco Islâmico de Desenvolvimento e finalmente estabelecimento de relações diplomáticas com diversos Estados Islâmicos, membros das Nações Unidas!
O que não achamos justo, é à Frelimo continuar a desprezar o papel político dos partidos da oposição no processo de desenvolvimento da Nação, apelidando os mesmos partidos de marginais sem agente credível para o bem de Moçambique!
Se o PIMO não é nada, porquê é que o Nyusi e o seu Celso Correia, absolveram o Projecto da Governação NOVO MOÇAMBIQUE, como à sua Bússola de Governação?
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Raul Junior Vou procurar o documento para fazer o trabalho cívico e patriótico de correção linguística. Assim que o tiver juro por minha honra que estará limpo.
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