Nas redes sociais, tradicionais apoiadores do presidente Jair Bolsonaro se manifestaram a respeito da demissão do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que anunciou nesta sexta-feira (24/04) sua saída do governo de Jair Bolsonaro, após uma queda de braço com o presidente em torno do comando da Polícia Federal.
"Tenho que preservar minha biografia", disse o ministro em pronunciamento nesta sexta ao anunciar sua demissão.O agora ex-ministro justificou sua saída citando a exoneração do diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, e mencionou por diversas vezes a necessidade de autonomia para exercer suas funções.
A deputada federal Carla Zambelli (PSL) afirmou, em seu perfil no Twitter, que sente muito pela saída do ministro.
"Sinto muito pela saída de @SF_Moro do Governo. Não só por ser meu padrinho de casamento, mas principalmente pela sua conduta exemplar de cidadão, juiz e Ministro. Sempre terá minha profunda admiração, bem como a gratidão de todos os brasileiros de bem. Obrigada, Moro!", afirmou.
"O trabalho realizado sempre foi técnico. Durante a epidemia trabalhamos mais próximos, sempre pensando no bem comum. Parabéns pelo trabalho Ministro @SF_Moro. O país agradece! Outras lutas virão!", afirmou.
A declaração de Mandetta foi replicada pela líder do PSL na Câmara, a deputada federal Joice Hasselmann.
A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL) afirmou que "pelo país, preferiria que o Ministro Moro ficasse", mas compreende suas razões e reitera seu incondicional apoio a ele. "O Ministro provou todo seu valor na Magistratura e também na Pasta. Por breve período, o Brasil não teve um advogado do Presidente no MJ".
O pastor Silas Malafaia deu uma das declarações mais fortes contra o presidente. Disse que a saída de Moro é "INACREDITÁVEL" e se disse aliado do presidente, mas considerou o desfecho inadmissível.
"Sou aliado do presidente , NÃO ALIENADO! O maior absurdo e falta de habilidade política nessa hora .Sei que é atribuição do presidente nomear diretor da PF ( art 84 caput, inciso xxv da constituição art 2º-c lei 9266) SÓ Q ELE DEU A MORO CARTA BRANCA.INADMISSIVEL".
Minutos depois, publicou uma nova postagem, em que reiterou o apoio a Bolsonaro.
Allan dos Santos, apresentador no Canal Terça Livre, um dos mais populares sites bolsonaristas, destacou a comparação que Moro fez do comportamento de Bolsonaro em relação à ex-presidente Dilma Rousseff, desafeto político do ex-juiz.
"O @SF_Moro deixa o Ministério da Justiça, saiu atirando e entregando a cabeça do presidente @jairbolsonaro ao @RodrigoMaia (que estava prestes a ser enterrado politicamente). O MdaJ afirmou com todas as letras que o presidente fez pior que Dilma e Temer. Agora resta saber o que é ou não verdade", afirmou. "Moro dissolveu a base do presidente @jairbolsonaro. Atirou politicamente e lançou-se como "aquele que lutou contra o sistema" no momento em que Maia, Dória, Carlos Moisés e Witzel aplicam ditaduras estaduais e ninguém sabe quem mandou matar Bolsonaro".
Minutos depois da postagem, Allan amenizou o tom e republicou postagens que questionavam os argumentos de Moro contra o presidente Bolsonaro. Na visão republicada por Allan, trocar a diretoria da Polícia Federal seria uma atribuição do presidente.
O escritor Olavo de Carvalho, que já foi considerado mentor do governo Bolsonaro e que é muito respeitado pelo presidente por seus filhos, também se manifestou. "Se e fosse realmente o guru desse governo, nada dessa merda aconteceria. Até hoje me parece um absurdo que o Bolsonaro jamais tenha me pedido conselho, preferindo dar ouvidos a generais".
A ex-jogadora de vôlei Ana Paula Henkel, outra ativa apoiadora bolsonarista, disse que trata-se de um dia "Dia incrivelmente triste para quem torce pelo país. Não é só o governo que perde irremediavelmente hoje, é o Brasil. Sergio Moro é um gigante. Obrigada Moro. Este perfil sempre foi e sempre será #TeamMoro".
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