Nos 240 filmes analisados, as mulheres negras, em especial, praticamente não apareceram: elas representam MENOS DE 1% dos roteiristas e diretores e apenas 4% do elenco. A maioria das personagens interpretadas por elas foram reduzidas ao trabalho doméstico, a personagens extremamente sexualizadas ou com postura raivosa, o estereótipo da “negra barraqueira”.
Não que a situação dos homens negros seja muito melhor. Eles representam 13% dos personagens na soma geral. O único ano em que essa categoria alcançou os personagens brancos – e ainda assim, as mulheres brancas, ainda sub representadas frente aos homens brancos – foi 2002. Coincidentemente, o ano de lançamento do filme "Cidade de Deus", onde 53% do elenco é de homens negros e 13% de mulheres negras. Não precisamos nem comentar qual é o tema e como o negro é representado no filme. Mais um que reprova no nosso teste – e por isso o nomeia.
Ao excluir mulheres e homens negros da direção, a indústria do cinema apenas ajuda a reproduzir o racismo nosso de todo o dia. O mesmo acontece com a falta de negros roteirizando e interpretando personagens que vão além de estereótipos . A "mulata" e o "pivete" são alguns exemplos sobre como é possível apagar, ainda que simbolicamente, a humanidade de alguém. Você já parou para pensar como a figura da "mulata" reduz a mulher negra a uma posição hipersexualizada e de subserviência?
Como ver sempre a criança negra como como "pivete" no cinema e na novela faz nossas crianças crescerem sem se verem representadas? Mudar isso é uma necessidade – e também um papel do governo. A indústria audiovisual do Brasil sempre foi muito dependente do estado, seja via isenção fiscal, seja através de financiamento. Isso torna o estado diretamente responsável pelas imagens que os filmes nacionais difundem. Não que Bolsonaro e sua turma estejam muito interessados nesse tema. A comissão de diversidade da Agência Nacional de Cinema, a Ancine, por exemplo, foi extinta e não parece existir a menor intenção de
mudar esse cenário. Anteriormente, os últimos 15 anos de governo PT também não fizeram muita coisa para melhorar a situação do cinema brasileiro.
Apesar disso, existem muitas pessoas negras no audiovisual demonstrando que equipes com proporcionalidade racial e múltiplas narrativas são uma possibilidade, não uma utopia. A maioria dos cineastas negros, infelizmente, está no circuito independente e lida com orçamentos precários. Sem incentivo estatal é mínima a chance de que venham a rodar nas telonas do país. Isso faz com que, em grande parte, a realidade do Brasil não seja retratada no cinema nacional. E os estereótipos que desumanizam homens e mulheres negras sigam sendo propagados. No geral, nosso cinema é nota zero no Zé Pequeno.
Com o fim do mês da consciência negra, essa também é a última news de sábado do #TIBnegro. Ao menos por enquanto. Espero que vocês tenham curtido ler tanto quanto nós curtimos escrever! E que a gente não passe apenas um mês por ano refletindo o quanto o racismo nos ferra e atrasa enquanto sociedade. Para quem quiser ficar afiado no teste Zé Pequeno, segue a lista com o top 10 filmes mais vistos no país desde 1995 (ficaram de fora documentários, animações e filmes infantojuvenis):
Nada A Perder
Os Dez Mandamentos - O Filme
Tropa de Elite 2
Minha mãe é uma peça 2
Se Eu Fosse Você 2 Minha Vida Em Marte
Dois Filhos de Francisco: a História de Zezé Di Camargo & Luciano
De pernas pro ar 2
Carandiru
Minha mãe é uma peça
Até a próxima! Wakanda forever!
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