Jair Bolsonaro representa enorme risco para a preservação da Amazônia, como já ficou claro em seus primeiros meses de governo e em diversos de seus posicionamentos públicos.
O Intercept publica hoje uma reportagem exclusiva mostrando como fazendeiros, grileiros, madeireiros e mineradoras que se opõem ao modelo sustentável de ocupação da área ganharam força com este governo.
Encorajados pelo presidente e contando com a leniência do ministério do Meio Ambiente, do Incra, da polícia e até do Ministério Público esses grupos avançam cada vez mais contra os Projetos de Desenvolvimento Sustentável, criados pela missionária americana Dorothy Stang. Os PDS, como são conhecidos, são assentamentos que garantem renda para famílias pobres, desde que elas preservem a floresta.
Os PDS de Dorothy são descritos por moradores locais como um cinturão verde em meio à devastação que avança sobre a área. “Eles são como uma espécie de portal que funciona como uma proteção. Se invadidos de modo definitivo, a floresta inteira vem abaixo”, me descreveu um morador local que pediu para não ser identificado por medo de ameaças.
Os assentamentos agora correm sério risco de colapso pela falta de apoio dos órgãos que têm a obrigação legal de protegê-los. A situação piorou muito com Bolsonaro, que vem desmontando os sistemas de proteção da floresta. É a segunda morte da missionária americana que perdeu a vida lutando pela floresta e pelos agricultores.
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