Elisio Macamo
14 de outubro às 08:38 ·
Enquanto a Pérola do Índico perdia um dia inteiro de reflexão para discutir uma interpretação equivocada dum texto simples, imaginei-me a explicar o conteúdo ao meu netinho. Se mesmo depois disto o texto continuar inacessível vou admitir que eu sou imbecil.
N: Vovô Elísio, o voto na Renamo é voto imbecil?
E: Depende, filho. Qualquer voto é potencialmente imbecil. Na Frelimo, no MDM ou no PODEMOS. O voto imbecil é a combinação de duas coisas. Uma é o protesto contra quem está no poder por boas ou más razões. A outra é não se preocupar em saber se a potencial alternativa seria melhor. Portanto, filho, se a tua mãe está desapontada com a Frelimo e, por isso, não vota nela (abstém-se ou dá o seu voto a outro partido) sem se interessar em saber se o País estará melhor assim, ela está a dar um voto imbecil.
N: Mas, avô, se calhar a pessoa já está farta da Frelimo e acha que tudo seria melhor do que ela!
E: É legítimo pensar assim, filho. Está escrito no meu texto. A questão é se a pessoa considerou a alternativa?
N: Não precisa, avô. A pessoa não quer a Frelimo.
E: Queres dizer que essa pessoa aceita que o País se afunde desde que não seja com a Frelimo no governo?
N: Sim.
E: Então é voto imbecil, filho.
N: Mas, avô, que tal se essa pessoa achar que a Frelimo não vai perder só por ela não ter votado nela e que, talvez, haja mais equilíbrio no parlamento?
E: Filho, se essa pessoa fez esse cálculo, isso significa que ela pensou num cenário alternativo. Nesse caso, esse voto não é imbecil. É, talvez, irresponsável e arriscado, mas não é imbecil.
N: Mas não é assim que as pessoas votam?
E: Não, filho, só nos livros de ciência política que se lêem em Maputo. Não há nenhum camponês moçambicano que vai votar “estrategicamente”. As pessoas que dizem isso estão a fazer uma confusão entre racionalidade individual e racionalidade do sistema. Pode ser que a soma de muitos votos imbecis produza uma situação parlamentar de equilíbrio. Mas isso não quer dizer que foi resultado de voto “estratégico”.
N: Mas, avô, há algum critério para determinar se um voto é melhor do que outro? Se calhar, aquilo que o avô pensa ser imbecil é consciente para os outros.
E: Não, filho, honra o nome da tua família e pensa bem. A democracia é um sistema político que parte do princípio de que ninguém detém o monopólio da verdade sobre a melhor maneira de construir um País. Por isso, regularmente, fazem-se eleições em que aqueles que têm proposta apresentam-na. A tua mãe, eu e muitas outras pessoas em idade eleitoral temos a obrigação de avaliar essas propostas e decidirmos qual é a melhor. O critério de avaliação é o que é bom para o País. Então, se alguém vai votar o futuro do País na base de que candidato x é bonito, essa pessoa está a fazer um voto imbecil.
N: Mas, avô, em Gaza há pessoas que votam na Frelimo porque acham que a Frelimo é de Gaza. Há gente da Frelimo que não vota na Renamo porque acha que ela não presta. Essa gente também é imbecil?
E: É, filho, é. A não ser que o Gazense que vota na Frelimo por achar que a Frelimo é de lá pense também que só coisas da casa é que podem fazer o bem. Aí o voto já não é imbecil. É, talvez, irresponsável e arriscado. Igualmente, se alguém na Zambézia não vota na Frelimo por achar que ela é coisa de Matxanganas, essa pessoa está a praticar o voto imbecil. Mas se por detrás disso pensa que o voto étnico é o único que traz vantagens à sua região, então esse voto não é imbecil. É, talvez, apenas irresponsável e arriscado.
N: Mas, avô, nesse caso basta ter uma razão para votar de alguma maneira e aí o voto deixa de ser imbecil. Voltamos à estaca zero.
E: Não, filho. Essas razões têm que ser boas e resultarem de um processo de reflexão. O voto emocional muitas vezes não se sustenta em razões reflectidas. É por isso que é emocional. Costuma ser invenção de analistas em Maputo para racionalizarem o comportamento eleitoral. É assim, há gente que rouba. Se tu perguntares a essas pessoas porque roubam, vão te explicar isso. Mas tu não és obrigado a aceitar essas explicações como sendo boas. Se tu um dia te interessares pelas ciências sociais e quiseres fazer carreira nessa área, uma das coisas que vais ter de aprender é essa: explicar não é racionalizar, muito menos justificar. Respeitar o direito que alguém tem de ter uma opinião (ou explicação para o seu comportamento) não é aceitar essa opinião. Tu és livre de considerar essa opinião imbecil.
N: Mas as pessoas estão a dizer que o avô diz que elas são imbecis só porque têm outra preferência política. No nosso grupo do Whatsapp lá na creche só se fala disso.
E: Filho, no texto em causa escrevi o seguinte: “Atenção que não estou a dizer que quem não votar na Frelimo e em Nyusi é um imbecil. Estou a dizer que não votar neles sem também ter boas razões para achar que um outro governo possa ser bom para Moz é votar de forma imbecil.”
N: Ya, é diferente. Porque as pessoas não gostam de ti, avô?
E: De mim? Tu gostas de mim, isso é suficiente para mim. Mas também não é isso, filho. As pessoas não precisam de gostar de mim. As pessoas só precisam de ler com cuidado e discutir os assuntos.
N: Mas o avô quer dizer que professores doutores não lêem com cuidado? Isso é arrogante!
E: Filho, este jardim que Deus criou está cheio de todo o tipo de animais. Quando as pessoas só estão preocupadas em proteger as suas convicções, tudo o que lhes aparece pela frente e contraria as suas convicções, é perigoso e tem de ser abatido. Confundem divergência académica com divergência política e ideológica e colocam-se na defensiva, mas atacam. Como sabem que eu tenho um fraco pela Frelimo, pensam que tudo o que eu digo é sempre em defesa da Frelimo, por isso, não se interessam em saber o que eu realmente disse. Não preciso que esse tipo de gente goste de mim, filho. No fundo, o problema é que essas pessoas não concordam com a leitura que faço dos problemas do País. É natural que assim seja. Mas entre não concordar e ter uma abordagem diferente sólida e coerente há um grande fosso. O mais fácil é lançar impropérios, pôr em causa as minhas credenciais académicas e o meu compromisso com o País.
N: As titias lá na creche dizem que és intelectual Guebuzista.
E: Sim, filho, sou. Ninguém é perfeito.
N: Vais votar em quem?
E: Não tenho intenção de voto imbecil.
103Lazaro Bamo, Francisco Wache Wache e 101 outras pessoas
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Comentários
Francisco Wache Wache Está bem explicado ho o que é um voto imbecil. O problema são os mafiosos que querem empurrar as pessoas a depositarem um voto imbecil, já que a campanha toda foi feita nesse sentido!
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Dadivo Jose Litsecuane Combane Mas sabem ...
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Gitandra Valoyi 🤣🤣🤣
Crescemos sempre, mesmo que tendamos a legitimar as insuficiências iniciais.
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Francisco Wache Wache A conversa com o seu neto é formidável, estou a ler pela 3 vez e a me colocar no lugar do seu neto😁😁😁😁😁
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Egidio Matsinhe #votoimbecil
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Luis Baptista Eu ainda estou reflectindo em quem e em que partido votar. A campanha me pareceu pobre de ideias, sem projecto de governação clara. Fica difícil... e mesmo assim tenho medo do voto imbecil
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Elisio Macamo se está a reflectir esse voto não vai ser imbecil. há gente que decidiu, e anunciou, não votar na frelimo porque "é demais". esse é voto imbecil.
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Chacate Joaquim Nós há muito muito tempo chamávamos a isto, desenhar para tornar a coisa inteligível embora seja difícil para quem a moralidade lhe abafa a dor. É impossível pensar zangado se não muitos de nós votariamos na FRELIMO.
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Dereck Mulatinho Parabéns avô, percebi todas as vezes.
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Elisio Macamo eu sei, meu defensor oficioso!
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Sancho Alfredo Belo diálogo entre avô e neto.
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Jorge Saiete Professor, deixa ver se entendi. Se eu colocassem as coisas de como vem a seguir, estaria correcto na percepção do que é um voto imbecil?... "NÃO VOTAR NA RENAMO E NO ISSUFO SEM TAMBÉM TER BOAS RAZÕES QUE UM OUTRO GOVERNO (DA FRELIMO OU MDM) POSSA SER BOM PARA MOZ É VOTAR DE FORMA IMBECIL"
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Dadivo Jose Litsecuane Combane Jorge Saiete ,sim. Pode ser imbecil para qualquer dos lados, desde que não haja razão.
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Elisio Macamo Dadivo Jose Litsecuane Combane, obrigado.
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Constantino Pedro Marrengula Elisio Macamo, prof, a conversa foi bem mais esclarecedora. Falta um dia. Vamos reflectindo. Sinto que chegamos a um ponto em que a vontade de vingança é bem mais forte.
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Elisio Macamo sim, muito forte. este é o cenário que eu previa há algumas semanas quando os "críticos" se queixavam da "fraqueza" da oposição e eu lhes dizia que não vai ser isso que vai decidir as eleições. agora, se o pior acontecer, o mundo não vai ruir. o país vai sofrer um retrocesso, mas vai continuar a existir.
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Constantino Pedro Marrengula Elisio Macamo, sim, prof. Lets wait to see.
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Bartolomeu Tome Obrigado Prof. Esta ecplicacao esperada. Ajuda, e muito, para que amanha, pelo menos naquele efemero momento, o cidadao escolha entre lucudez e imbecilidade. Tanks!
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Nelson Alicene Duas observações, ilustre. No referente a abstenção sou da opinião que há muitos motivos que fazem com que alguém não vote, que fique na 'casota' ou 'gaiola' e não vá votar no dia da decisão. Para alguns, a maior inbecilidade pode ser mesmo ir votar, as vezes os motivos pessoais de fome, miséria, desemprego, profunda desgraça, ilimitada decepção pela política pode justificar aceitavelmente a abstenção. Sabe, ilustre, a pobreza não é apenas o número estatística ou uma retórica por aí que as vezes espreita nos referidos manifestos dos políticos. A pobreza é algo que se vive dramaticamente e é mensurável. Eu entendo os políticos, os académicos, os intelectuais que vivem à custa da retórica. Uma vez eu escrevi assim: Bem - aventurado os que andam em carros de marca Peugeot, estes não sabem a erosão da vida. Outro reparo, felizmente escreveu que alguém na Zambézia pode votar ao partido M por pensar que o partido L é dos matxaganas. Não sei com que motivos o ilustre diz isso, mas eu nasci lá e lá vivi os meus mais de 20 anos. As vezes os motivos que fazem com que os parte dos eleitores votem na oposição ou preferem abstenção são maiores que o regionalismo, talvez o regionalismo fomente isso, talvez o regionalismo no fundo seja um dos vários motivos que cria condições para tal cenário. Mas os reais motivos sejam maiores que o regionalismo, etnia, seja o que for. O desemprego, a pobreza, a tremenda exclusão económica e a inaceitabilidade da vida dos políticos e governantes podem concorrer para o voto à oposição ou abstenção. Quando (eu) estava na 11 Classe vivia uma realidade em que os filhos da directora provincial da educação estudava numa escola privada. Na altura já lia os filósofos Kant, Sócrates, Descartes; Tomás More, Tomás Kampanela entre outros socialistas utópicos de uma obra de pequena lombata 'Nomes no Obelisco.' cedo percebi que a propriedade (o Estado) é um roubo. Cedo percebi que alguma coisa estava mal.... Obrigado por criar condições para partilhar o meu ponto de vista.
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Elisio Macamo não duvido que tenha lido esses autores. duvido apenas que os tenha entendido. se mesmo um diálogo simples como este se furta ao seu entendimento. grave. nunca ouviu falar de exemplos quando se escreve alguma coisa? e o que é que as suas motivações para o voto têm a ver com o meu texto? são estes comentários soberbos que me fazem perder a paciência.
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Pedro Guiliche Elisio Macamo , kkkk... Imagino como te deves sentir. Abrc
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Paulo Guambe Ficaria feliz com o diálogo se o avô fizesse uma separação do voto arriscado e voto irresponsável. Considero uma forte possibilidade o voto imbecil,; mas acredito tambem num voto arriscado, seja para qual candidato ou partido for. Não existem razões qu…Ver Mais
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Elisio Macamo sim, essa distinção não está feita de forma clara no texto. mas está subentendida. e pode ter a certeza de que tomar a decisão consciente de arriscar não constitui voto imbecil.
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Orlando Bila Bem esclarecedor o professor é.
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Alvaro Simao Cossa Muito bem reflectido.
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Ser - Huo Melhor continuar a conversa com o netinho. Como se diz, show de conversa.
Ler sem o devido cuidado e intolerância é o nosso maior problema, e isso perpassa nossos graus.
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Cristiano Daniel Rosario Naene Kikikiki. Meu vetusto avo, estamos "escarlecidos" como diria o defunto "rider". Creio que de resto, é "chover no molhado", toda gente com dois pares de dedos de testa, entendeu o primeiro post, mas querem sempre polemizar e dar uma de moralistas sem "mural"
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Paula Martins Este Avô é novito ainda!
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Coumba Ndoffène DIOUF J'aime ce dialogue notamment à ce point précis: "N : mais, grand-Père, y a-T-il des critères pour déterminer si un vote est meilleur qu'un autre ? Peut-être que ce que grand-Père pense être bête est conscient pour les autres.
Et : Non, fils, honore le nom de ta famille et réfléchis bien. La démocratie est un système politique qui part du principe que personne n'a le monopole de la vérité sur la meilleure façon de construire un pays. C'est pourquoi il y a régulièrement des élections où ceux qui ont une proposition la présentent. Ta mère, moi et beaucoup d'autres personnes en âge électorale avons l'obligation d'évaluer ces propositions et de décider laquelle est la meilleure. Le critère d'évaluation est ce qui est bon pour le pays. Donc, si quelqu'un va voter pour l'avenir du pays à la base de quel candidat x est beau, cette personne fait un vote ridicule."
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Elisio Macamo une très belle traduction!
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Coumba Ndoffène DIOUF Merci
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Alcídes André de Amaral Professor tem muito trabalho a se dar, Não sei se isso é bom. Explicar um texto simples a pessoas grandes, não sei, parece-me, no fundo, uma falta de respeito segundo, como se diz, a nossa "cultura africana". Mas força. Talvez dar-se um pouco mais de trabalho para explicar esta passagem "Não, filho, só nos livros de ciência política que se lêem em Maputo. Não há nenhum camponês moçambicano que vai votar “estrategicamente”. Não para mim, mas para a "creche". É que suponho que não vão entender o porquê de colocar a palavra "estrategicamente" assim mesmo entre aspas quando se trata dos camponeses uma vez que se luta pelos oprimidos camponeses. Aliás, não vão entender o porquê de colocar estrategicamente entre aspas. Aliás, não vão se querver esta palavra entre as aspas. Não vão ver as aspas. E outra coisa: ainda pela "cultura africana" sugeriria que não colocasse "netino" e colocar pelo menos "Neto". É que fica parece que estás a apequenar os que já são, do ponto de vista inteletual, pequenos. É só isso, avô. (risos)
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Antonio Gundana Jr. Alcídes André de Amaral, depois o professor vai ter que escrever outro texto a explicar o voto irresponsável e arriscado. Quer dizer, escrever outro texto a dar explicação da explicação😂
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Alcídes André de Amaral É verdade. E evitar restringir o exemplo concreto... Há pessoas com pedras nas mãos apesar de falarmos de paz.
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Mussá Mohamad Ibrahimo Chama, primo Ndimande, para "dzenhar".
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Gina A. Si
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Pedro Comissario Belo. Parece ter sido extraído dos Diálogos socráticos!
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Antonio Gundana Jr. Euridse Guilhermina
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Filimone Manuel Meigos Esta é uma das vantagens da leitura, a intertextualidade!
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Flavio Atanasio Chongola Vovô Elísio: e eu que não concordo com todos sistemas de governação que privilegiam partidos políticos, em seguida grupos chamados da Sociedade Civil, sobretudo aqueles que nem abrem espaço qualquer para permitirem candidaturas individuais a Assembleias. Eu que advogo que uma maior liberdade individual não corporativizada pode significar um novo reequilíbrio contra os comodísmos dos grupos hegemônicos - no meu país os partidos RENAMO e FRELIMO -. Eu que pensando essas pequenas coisas depois tenho que ir às urnas escolher entre um partido e outro, aquele que para mim for o melhor para o país dentro das actuais Rules of Game, meu voto é imbecil e/ou circum-gradeado?
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N. B. : Não vi, nem li o seu texto anterior. Logo apenas estou provocando uma outra pergunta.
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