segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Uma vida cheia de "sempre''

Uma vida cheia de "sempre''
Escrito por Juma Aiuba
É mais fácil ser sábio depois dos eventos, dizia um sábio. Agora é tudo fácil. É fácil encontrar bode-expiatórios. É fácil culpar as fraudes da FRELIMO. É fácil culpar a desorganização da RENAMO. É fácil culpar o Nhonao. É fácil culpar as querelas da oposição no seu todo. É tudo fácil.
A única coisa que tenho a dizer é que estas eleições aconteceram como sempre têm acontecido aqui. Nada mudou. O parlamento é o mesmo. Os partidos políticos são os mesmos. A Cê-Ene-É é a mesma. O STA.E é o mesmo. Os membros e simpatizantes dos partidos são os mesmos. Os candidatos, também, são quase os mesmos. A sociedade civil é a mesma. Os observadores são os mesmos. Os eleitores somos nós, de sempre.
Nada mudou. O parlamento faz as mesmas coisas. Os partidos políticos fazem as mesmas coisas. Os deputados continuam a gastar os seus tempos discutindo sexo dos anjos e se insultando. O STAE continua sendo rebocado pela Cê-Ene-É que por sua vez é rebocada pela FRELIMO. A sociedade civil continua a atacar as consequências e não as causas. Os observadores continuam a observar sem microscópio. Os doadores continuam a forçar conceitos e estratégias descontextualizada. E os eleitores continuam a votar por simples votar.
Nada mudou. E tudo uma continuação. Espanta-me, portanto, que a sociedade esteja a espera de alcançar
resultados diferentes quando ela só sabe fazer as mesmas coisas. O que é que fâzemos de diferente para esperarmos resultados diferentes? Porque é que estes resultados eleitorais deviam ser diferentes dos anteriores? Mudou algo na Cê-Ene-É? Mudou algo na FRELIMO? A RENAMO mudou alguma coisa? O Eme-Dê-Eme fez algo diferente? O povo-eleitor melhorou?
Filipe Nyusi ganhou as presidenciais. A FRELIMO ganhou as legislativas e as provinciais. Filipe Nyusi e FRELIMO ganharam como sempre vêm ganhando. A máquina funcionou como sempre funcionou. Os órgãos de gestão eleitoral estão a trabalhar como sempre trabalharam. A RENAMO
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Magazine CRV
1 h
Mz | Boletim "CIP Eleições":
HOUVE ENCHIMENTO
DE URNAS PARA NYUSI EM TODOS DISTRITOS
-- Pelo menos 282.000 votos falsos para Nyusi e, 25.000 votos da oposição invalidados
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------ >> Os resultados de apuramento distrital revelam que houve enchimento de urnas
generalizado em todos os distritos, tanto através da introdução física de boletins de votos extras nas urnas ou através da adulteração de editais de apuramento parcial, atribuindo a Filipe Nyusi mais votos do que os depositados nas urnas. E 19 dos 138 distritos tiveram uma afluência de acima de 75% e mais de 80% dos votos foram para Filipe Nyusi.
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De: "CIP -Eleições"[*] | Boletim n.º 84 | 21/10
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Beira (Magazine CRV) -- Em Gaza, muitos dos fantasmas votaram - houve assembleias de voto sem filas ao longo do dia, mas mostram altos índices de participação e quase todos votos para a Frelimo.
E em todo o país, há mais votos para Presidente do que para a Assembleia da República, e os votos extras são todos para Nyusi - provavelmente resultado de muitas pessoas em todo o país terem introduzido boletins de voto extras nas urnas.
Há pessoas que foram encontradas com boletins de voto extras e durante as contagens houve relatos de vários boletins de voto dobrados juntos, sinal de que foram introduzidos juntos.
Houve muitas formas de má conduta nessas eleições, agravadas por restrições ilegais à observação independente.
O Boletim, na sexta-feira, escreveu sobre o papel do "controlo descentralizado e da intimidação"; Um importante líder da sociedade civil foi assassinado pela polícia; líderes do partido da oposição foram mortos a tiros e, A União Europeia falou de "clima de medo".
As leis foram violadas e a intimidação foi intensificada, começando com o recenseamento, que incluía eleitores fantasmas em Gaza e limitações de recenseamento na Zambézia.
As restrições ilegais à credenciação da observação e os delegados dos partidos tornaram muito mais difícil monitorar a votação, a contagem e a movimentação dos boletins de voto para os distritos.
Os delegados dos partidos foram detidos por reclamar sobre o enchimento das urnas ou intimidados para permanecer calados.
O enchimento das urnas é apenas uma pequena parte de uma fraude generalizada e que teve muitas formas.
No entanto, as nossas tabelas de 138 dos 160 distritos apresentam uma ideia sobre fraudes que é significativamente grande e permitem fazer uma estimativa inicial do impacto de enchimento das urnas.
Estimamos que houve pelo menos 282.000 votos falsos para Filipe Nyusi introduzidos nas urnas.
Ressalvamos que estes são apenas os aspectos que são imediatamente notáveis nos números e não minimizam outras formas de fraude que também possam ter aumentado o número de votos para Nyusi.
Um relatório mais detalhado e abrangente será publicado no final da semana, mas publicamos uma estimativa rápida aqui, com base na análise de três fontes diferentes que deram votos falsos a Nyusi, nomeadamente: mais nas eleições presidenciais do que nas eleições legislativas, distritos com afluência impossivelmente alta e número de Eleitores fantasmas de Gaza que realmente votaram.
Votos a mais para Presidente: nossa primeira verificação foi onde havia votos a mais nas urnas, porque as pessoas introduzem votos extras com pressa e a prioridade é garantir mais votos para o presidente, deixando para o segundo plano os votos para as eleições legislativas.
Os dados de 138 dos 160 distritos mostram que Filipe Nyusi obteve 267.000 votos a mais nas eleições presidenciais do que a Frelimo nas eleições legislativas.
Mas também observamos que havia 147.000 votos em branco e inválidos nas eleições legislativas, sugerindo que essas pessoas podem ter votado no presidente, mas colocando um voto em branco ou inválido na urna das legislativas.
Restam 120.000 votos (cerca de 1% do total) não contabilizados, o que sugere que sejam boletins ou votos adicionados ao total presidencial, sem adicionar os mesmos para as legislativas.
Mas isto deixa de fora aqueles casos em que houve adição de votos tanto para a Frelimo como para o seu candidato presidencial.
Afluência muito alta: existe apenas um distrito com uma participação inferior a 30%. A participação nacional é de cerca de 52% e a votação geralmente tem o que é chamado de "distribuição normal", o que significa que a participação deve mostrar a mesma distribuição acima e abaixo 52%. Portanto, qualquer distrito com uma participação acima de 75% é suspeita.
Um número incrível de 19 dos 138 distritos tem uma participação acima de 75%, e Nyusi ganhou em todos estes distritos com mais de 80% para Nyusi.
Os oito distritos com maior participação são os mesmos que tiveram enchimento de urnas nas eleições passadas, 6 em Gaza e 2 em Tete.
Em Gaza, são Chigubo (97% de participação, 100% para Nyusi), Chicualacuala (96%, 99%), Mabalane (92%, 99%), Mapai (91%, 99%), Guijá (90%, 98%) e Massingir (88%, 99%).
Em Tete, os dois distritos notórios são Zumbo (91% de participação, 89% para Nyusi) e Changara (86%, 96%).
Outros com mais de 75% de participação incluem KaNyaka na cidade de Maputo, Funhalouro em Inhambane, Muanza em Sofala e Tambara em Manica.
Se assumirmos que todos os votos acima de 75% da participação são enchimento de urnas para Nyusi, o total é de 46.000 votos de enchimento.
Fantasmas de Gaza: a verificação a seguir é sobre os eleitores fantasmas em Gaza.
Estimamos que 235.000 dos eleitores fantasmas - pessoas a mais recenseadas acima do número de adultos em idade eleitoral - estavam em quatro distritos: Bilene, Chibuto, Chókwè e Mandlacazi.
Em Chókwè, a participação neste ano foi a mesma de 2014, por isso assumimos que a mesma proporção de fantasmas votaram. Mas nos outros três, a participação foi significativamente baixa, muitos fantasmas não votaram. Estimamos que nesses quatro distritos 118.000 fantasmas votaram.
Combinando as três fontes de enchimento de urnas, votos a mais para Nyusi nas assembleias de voto, mais de 75% de participação e os eleitores fantasmas em Gaza, estimamos que houve pelo menos 282.000 votos extras para Nyusi - 5% do total dos votos.
25.000 votos da oposição invalidados
Finalmente, analisamos votos inválidos. Os boletins de voto de oposição geralmente são inutilizados com uma marca de tinta ou impressão digital extra para torná-los inválidos. A porcentagem média de votos inválidos nos 138 distritos é de 3%.
Portanto, presumimos que qualquer distrito com 6% ou mais de votos inválidos tenha visto uma fraude significativa.
Dos 138 distritos, 20 têm 6% ou mais de votos inválidos, chegando a 11% em Nacala-a-Velha (Nampula) e N'gauma (Niassa).
Se assumirmos que votos inválidos acima de 3% nesses distritos foram roubados da oposição, o número de votos roubados é de 25.000.
>>> Apuramento distrital das eleições legislativas e presidenciais agora disponíveis em https://www.cipeleicoes.org/
Temos disponíveis os resultados oficiais de 138 dos 160 distritos.
Faltam resultados de 10 distritos da Zambézia devido ao banimento da observação independente nesta província.
Em outros 12 distritos a informação está incompleta. (CIP // M-CRV)
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[*]Publicado por CIP -Centro de Integridade Pública, Maputo, Moçambique, 21 de Outubro de 2019
- eleiçoes@cipeleicoes.org
https://cipeleicoes.org/
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" Boa tarde mano. A PRM braço armado da FRELIXO continua intimidar pessoas na cidade de Angoche , violando gravemente os direitos humanos.
Hoje torturaram uma cidadã de nome Atija Ussene no bairro do Inguri-Boleia , por causa da ausência do marido que era procurado alegadamente que era delegado de candidatura da RENAMO em Namaripe enquanto na verdade foi afectado na Epc da Boleia."
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Por Gilberto Correia
GLORIOSA VITÓRIA OU VITÓRIA SEM GLÓRIA?
Sinceramente, o número de indícios de irregularidades e de ilícitos eleitorais que vão chegando ao domínio público começa a ser preocupante.
Mais preocupante é constatar, nas hostes vencedoras, total silêncio sobre esses elementos pouco abonatórios, indignos e ilegais que vão sendo publicamente revelados.
Como dizia Martin Luther King Jr, o que mais assusta é o silêncio dos bons, ou melhor, daqueles que deviam ser bons.
Este clima de vale tudo, de que os fins justificam o emprego de quaisquer meios, é assustador, quer quanto ao nosso presente como Nação, quer quanto ao nosso futuro.
Era preciso que, ao invés de aplausos ruidosos para calar a voz interior da nossa consciência cidadã, pudesse haver um consenso geral de que todos os indícios que obscurecem ou criam duvidas sobre o mérito e a correção da vitória fossem devidamente investigados e apurados até ao total esclarecimento.
Qualquer sociedade sã, qualquer Estado normal, assim o faria.
Qual a vantagem dessa suspeição que vai crescendo dia após dia? Qual a lição que daí retiramos? Com estes exemplos o que estamos a ensinar aos nossos filhos? O que estamos a construir para o nosso futuro colectivo?
Há coisas que acontecem nesta nossa “ pátria amada” que fariam corar de pudor o próprio Nicolau Maquiavel. Não devemos nos orgulhar disso. Nem sequer aceitar a ideia que o recurso a meios ilegítimos nos permite conseguir fins legítimos.
Espero que quem de Direito venha explicar o que de facto são esses indícios que estamos a tomar conhecimento, dia após dia, e que não só nos perturbam como assustam.
Todos merecemos ficar esclarecidos, para encararmos o futuro sem reservas e nem dúvidas perturbadoras.
As vitórias eleitorais devem ser formais, seguramente, mas também, e sobretudo, materiais.
Elucidem-nos, por favor, foi uma gloriosa vitória ou uma vitória sem glória?
Só assim é que poderá dar certo!
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  • Alvaro Frank Poyo Autentica vitoria sem groria.
    1
  • Ricardino Jorge Ricardo O conselho que deixo para o governo do dia é este: Que vale mais voltar a financiar outras eleições do que custear uma nova guerra e nem novos acordos.
    3
  • Stg Vnhv Nevenha Estamos perante dos que deviam ser os bons e vitoriosos sem glória.
  • Pedro Ginaio Estamos com espada contra parede nestes eleicoes sem piedade,mas a espertesa tem pernas curtas,cadada cabeca é consiencia ,lamento

1 comentário:

  1. CONTRA FACTOS NÃO HÁ ARGUMENTOS
    A FRELIMO TRANSFORMOU AS MESAS DE VOTOS EM CAMPOS DE BATALHAS
    1 Na segunda metade do seu mandato, Filipe Nyuse substituiu o fardamento da polícia pelo fardamento militar. Isto revela que estava a planificar o uso disfarçado dos militares na eleição de 15 de Outubro.
    2 O silêncio absoluto do Presidente da república perante assassinato do observador eleitoral Anastácio Matavele em Gaza, nas vésperas das eleições, realizada por cinco polícias transportados no carro do presidente do Município de Chibuto, viatura de marca Toyota, com matricula ADE 127 MC. No carro dos assassinos foram encontradas 4 máscaras.
    O presidente da república devia mandar prender o ministro do interior, a governadora de Gaza e o comandante provincial da polícia para responderem em tribunal, mas nada fez. Ficou mudo como se nada tivesse acontecido. Isto revela que os assassinos cumpriram as ordens do presidente da república.
    O mesmo comportamento foi repetido em quase todas as mesas de voto por polícias e militares disfarçados em polícias.
    a)Porque o presidente Nyuse substituiu o fardamento da polícia pelo fardamento militar, para usar os militares nas eleições de forma disfarçada?
    bPorque o presidente Nyuse deu ordens aos polícias e aos militares para matar cidadãos por motivos políticos?
    Cá está a resposta!
    O Senhor Nyuse usou o dinheiro das dívidas ocultas na criação da empresa pro-indico onde ele entrou com 60%. Tem medo de ser julgado. Por isso sequestrou o Estado para usá-lo em sua defesa. É por isso que a todo custo faz pressão para impedir o julgamento de Chang. Assim toda a Nação e todo o Estado estão sequestrados por Nyuse e seus lacaios.
    Temos que nos libertar.
    Propostas
    1 – Exigir anulação dos resultados das eleições e, esperar o fim do mandato do presidente Nyuse para se formar governo de unidade Nacional, para vigorar a partir de 1 de Janeiro, com a missão de preparar novas eleições.
    Se a Frelimo não aceitar esta proposta, toda a Nação deve se preparar para insurreição geral armada para transformar Moçambique numa República Federal em que as Províncias são estados. Para isso necessitamos que os soldados da Renamo preparem Exércitos com certa autonomia em todas províncias.
    44 anos de humilhação e de miséria, basta! Temos que fazer de armas as nossas mãos!
    Moçambique tem muitos jovens prontos para lutar para a sua liberdade.
    Basta estarmos a vergar perante gente assassina, degradada e sem moral.

    pesço publicação

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