O Presidente recebeu, em audiência, na cidade de Chimoio, província de Manica, dois executivos seniores, nomeadamente, Vicki Hollub, Presidente e Directora executiva da OCCIDENTAL PETROLEUM e Patrick Pouyaanné, Presidente do Conselho de Administração e Director Executivo da TOTAL, para o anúncio da conclusão da venda dos activos da ANADARKO, no projecto da Área 1 da Bacia do Rovuma entre a OCCIDENTAL e a TOTAL.
Num comunicado publicado no facebook, penso-eu recebi no whatsap, informa que o país vai encaixar, desta transação envolvendo activos moçambicanos, 880 milhões de dólares e que o valor estará disponível no tesouro ainda este ano.
É uma boa notícia, sem dúvidas, que o país receberá dinheiro extra. A questão é como o valor foi calculado. No passado vimos uso de diferentes fórmulas para o cálculo das mais valias e o país nunca recebeu mais de 600 milhões de dólares numa transacção.
Concretamente, o que se tem de informar à sociedade é o valor dos activos da Anadarko em Moçambique. Esse dado é importantíssimo para podermos aferir se as mais-valias a serem cobradas são justas ou devidas.
Os activos da Anadarko nos 4 países foram comprados pelo Grupo francês Total, no valor de 8,8 mil milhões de dólares americanos. Não sei porquê, acho que houve sobrevalorização.
Ora, em 2013, a Anadarko vendeu só 10% da sua participação na Bacia do Rovuma por 2.64 mil milhões de dólares. E desta vez os activos da Anadarko em Moçambique teem mais valor porque já tem decisão final de investimentos de 23 mil milhões de meticais, tem acordos de venda já assinados e financiamento assegurado. Lembrando que ela detém 26.5% do consórcio da área 1.
Bem bem bem... só 8.8 mil milhões de dólares para a totalidade de activos em Moçambique, África do Sul, Argélia e Gana? Sério? Como é que a Oxy (Occidental) e a Total chegaram a este valor?
Fátima Mimbire
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