Sobre a renúncia de Chang: é pura brincadeira e nossas instituições à reboque!
Tendo em conta o número 2 do artigo 6 do Estatuto do Deputado, o deputado Chang deveria apresentar um documento de renúncia com assinatura reconhecida, presencialmente, pelo notário, á Presidente da AR.
Ora, a pergunta obvia é: a carta de renúncia já estava feita antes dele ser detido em Dezembro do ano passado ou levaram o notário até ele em Joanesburgo? É que as leis da física são muito claras.
Ora, a pergunta obvia é: a carta de renúncia já estava feita antes dele ser detido em Dezembro do ano passado ou levaram o notário até ele em Joanesburgo? É que as leis da física são muito claras.
A captura do nosso Estado está cada vez mais evidente.
Manuel Chang, ao renunciar ao mandato de Deputado da AR, dá um "punch" no estômago das nossas autoridades ou é puro "enredo hollywoodiano"?
O "punch": depois da polémica sobre a sua imunidade relaxada ou afrouxada, cujo processo mal instruído e que levou ao cancelamento do seu regresso à Maputo, ele preferiu facilitar tudo: atirar a toalha ao chão. É que com relaxamento ou afrouxamento da imunidade ele teria de ir aos EUA. Portanto, Chang veio expor, com a sua renúncia, a leviandade e falta de seriedade das autoridades judiciais e do nosso parlamento, concretamente da Comissão Permanente, que até inventaram figuras legais, ao invés de seguir os processos conforme à lei.
O "enredo hollywoodiano": ele pode ter sido convencido a renunciar, porque o regime não quer abrir precedentes nesta coisa de retirar imunidadesa criminosos de colarinho branco infiltrados nas nossas instituições, mas também como uma última cartada para evitar a extradição de Chang para os EUA. É que sem imunidade ele pode ser criminalmente responsabilizado e é um facto bastante pata as autoridades sul-africanas acreditarem que a justiça será feita. Mas nós que conhecemos a nossa justiça, sabemos que não é bem assim.
Se for a última opção, devo tirar o chapéu às pessoas que pensam milimétrica e estrategicamente a forma de livrar o Chang da justiça. Sim, da justiça. É muita pena que mesma energia e perícia não se vê na busca de soluções de longo prazo e sustentáveis para o desenvolvimento do país. Pelo contrário, vemos muita incopetência e oferta dos nossos recursos e cada vez mais afogamos no subdesenvolvimento.
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