Por Gustavo Mavie
O anúncio feito pela ANADARKO na última terça-feira, sobre a sua decisão final de investir USD20 biliões para poder começar com a exploração do gás da bacia do Rovuma é, quanto a mim, mais do que começo dum negócio, PROVA irrefutável de que o povo moçambicano já atravessou o RUBICÃO das escaramuças da RENAMO e das dívidas ocultas que asfixiavam o seu desenvolvimento socioeconómico.
É prova de que estavam errados os seus inimigos externos e a Quinta-Coluna que juravam a pés juntos que nunca o atravessariam e vaticinava um futuro trágico para o País e o seu martirizado povo pela guerra que eles apoiavam disfarçadamente porque a viam como meio para acelerar a mudança do regime da FRELIMO que não nunca foram com ele quando ainda lutava pela independência do País.
Antes de justificar porquê é que digo que é mais um Rubicão que atravessámos depois de termos atravessado tantos outros, é imperioso que explique o quê é afinal um RUBCÃO. Rubicão é o antigo nome com que era conhecido um pequeno rio no norte da Península Itálica, que marcava a divisão entre a província da Gália Cisalpina e o território da cidade de Roma. Ficou assim conhecido na História, pelo fato de que a lei de Roma proibia qualquer general de atravessá-lo, acompanhado de suas tropas, quando retornavam de campanhas militares ao norte de Roma.
Mas quando o lendário general Júlio César atravessou o Rubicão, no ano 49 a.C., em perseguição ao Pompeu, ele violou essa lei e tornou inevitável o conflito com o Senado. Nesta ocasião Julião César teria proferido a frase ¨ alea jacta est ¨, que significa em português: ¨a sorte está lançada ¨ Até hoje, a expressão ¨ Atravessar o Rubicão, significa uma decisão sem volta ou SEM RECUO, valendo-me agora de um dos mais predilectos slogans dos membros da FRELIMO.
Este anúncio desta multinacional dos EUA ocorre volvidos 14 anos após a sua intenção de embarcar pela busca de hidrocarbonetos na Bacia do Rovuma a partir de 2005, que consistiram na prospecção, perfuração e subsequente descoberta das próprias reservas de gás na Área 1 daquela bacia. Com este anúncio da Anadarko, é um facto que está lançada a sorte. Isto porque há revelações de que em Dezembro próximo poderá se fazer um outro anúncio similar já da também gigante petrolífero ENI, a multinacional italiana que também já descobriu na Área 4 daquela mesma bacia grandes jazidas de gás. Digo mais isto porque faço minha a asserção dos que dizem que o que tem estado a acontecer em Moçambique nos últimos tempos, só pode ser prova de que Deus se estacionou em Moçambique para fazer uma visita de bênçãos ao país. Os que têm mais fé dizem que é por isso que também o Papa virá ao país já no próximo mês de Setembro!
Não deve ter sido por acaso que Nyusi terminou o seu discurso na cerimónia em que a Anadarko anunciou a tal decisão final suplicando a Deus que abençoe Moçambique. Esta foi a primeiríssima vez que ele terminou assim o seu discurso. É que este anúncio da Anadarko deveria ter sido feito há já dois anos, mas foi hesitando tomar esta decisão porque Moçambique estava numa situação anómala que agora baptizo pelo tal nome de Rubicão. Este Rubicão moçambicano consistia nas escaramuças e na revelação das escandalosas dívidas ocultas.
Estes dois problemas chegaram a ser vistos por alguns investidores, incluindo, asssumo, da Anadarko, como sendo tão graves que poderiam descarrilar o curso policio de Moçambique ou ''afunda-lo'' economicamente pelo menos. Essa ideia de que o país não sobreviveria a estes dois problemas, principalmente quando alguns países ocidentais suspenderam sem aviso prévio a ajuda financeira que davam ao seu Orçamento, ganhou mais peso. Recordo-me do entusiasmo de alguns diplomatas acreditados em Moçambique e alguns membros da Quinta-Coluna vaticinarem à viva voz a queda a breve trecho do regime da Frelimo. Alguns jornais moçambicanos afeiçoados com os que acalentavam essa queda, como o SAVANA secundavam tal tese como sendo já um facto real. Por exemplo, na sua edição de 21 de Abril de 2017, o Savana dizia que ‘’os spin doctors do governo, tal como os seus quase irmãos gémeos das dívidas escondidas, andam de unhas roídas até ao sabugo imaginando conjunturas cor-de-rosas para o país afundado’’.
Mesmo perante as repetidas garantias de que o País estava FIRME e DETERMINADO a atravessar o RUBICÃO que eram dadas pelo seu heróico presidente Filipe Nyusi, o cepticismo de alguns investidores não vazava das suas cabeças. Mas mesmo assim, Nyusi não desfalecia na sua paixão em buscar da paz e em resolver o marasmo económico que as dívidas ocultas tinham criado ao País e aos próprios moçambicanos.
Nyusi foi proclamando que estes dois problemas eram um temporal de pouca dura, e que ele próprio e todos os seus compatriotas se encarregariam de os pôr termo. Num lapso de apenas de 11 meses, mais concretamente a 26 de Dezembro, Nyusi conseguiu - para total surpresa dos moçambicanos e da comunidade internacional - convencer o agora falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, a anunciar nesta data que iria parar com as escaramuças que o seu malvado exército privado protagonizava em algumas regiões do centro e norte do país.
E de facto ele decretou uma trégua de uma semana a que se seguiram várias outras, antes de decretar uma já infinita que perdura até agora 14 meses após ele morreu vítima de diabetes a 03 de Maio de 2018. Quando Dhlakama morreu, Nyusi já o tinham transformado quase de inimigo para amigo, e já se telefonavam mutuamente para um simples heló amigo e baterem papo como se sói dizer na gíria popular. Nyusi conta que Dhlakama já sentia saudades dele quando o não ligasse lá em Gorongosa, já que o próprio Dhlakama nem sempre conseguia recarregar o seu celular e ligar ao seu irmão Nyusi, como ele já tratava o Estadista moçambicano nos últimos tempos da sua vida. Pouco antes de morrer, Nyusi tentou salva-lo enviando um heliocopetro para o levar a um hospital de um dos paises vizinhos mas infelizmente ele morreu antes de ser eviacuado. Mesmo assim, Nyusi se encarregou de lhe fazer um funeral quase de Estado, o que surpeendeu os seus inimigos e amigos de dentro e fora. Nunca se viu antes um ''inimigo'' enterrar com honras aquele que antes o moveu uma guerra. Isto era mais uma prova de que ele tem de facto uma grande capacidade de perdoar mesmo os que o fazem mal sem justa causa, como ele tem dito em surdina. Os que o conhecem bem dizem que é dotado duma grande bondade e terá sido por isso que disse no dia em que foi emposaado que guardaria todos os seus compatriotas no seu coração.
Sobre o outro lado deste Rubicão, que neste caso são as dívidas ocultas, já estão quase a se tornar num ‘’não problema’’ porque estão se revelando que foram um calote engendrado pelos agentes dos dois bancos que as concederam não a Moçambique mas aos caloteiros, e que, por isso, a qualquer momento serão impugnadas pelas instâncias jurídicas competentes. Sobre estas dívidas, Nyusi disse logo que foram descobertas no mesmo ano de 2015 em que foi empossado, que havia ‘’indícios criminais’’ e agora alguns dos seus prováveis mentores já identificados aguardam julgamento nas prisões ou em liberdade.
Para esta nova travessia do Rubicão, certamente que contou muito a visão e determinação de Nyusi e, acima de tudo, a sua paixão pela paz e por não ter desfalecido face às injustas acusações de que é alvo de que terá sido um dos que beneficiou de parte dos valores dessas dividas ocultas. Essa sua paixão pela paz provou-se quando arriscou a sua própria vida, indo até ao reduto de Dhlakama nas cerradas matas de Gorongosa in person o persuadir a parar de vez com a guerra de pouca intensidade que levava a cabo.
Nyusi foi a Gorongosa porque tinha então, 2016, a mesma convicção do conceituado jurista Gilberto Correia e antigo Bastonário dos Advogados moçambicanos de que ‘’A RENAMO e o seu Presidente Dhlakama são parte do problema que afecta Moçambique, e tarda o momento em que se mostrem claramente como parte da solução… há que fazer tudo para que esta calamidade (humana) termine o mais rápido possível’’, in Savana de 16-12-2016). Nyusi deu também provas de que era um dos que queria saber como é que tinha sido abocanhado parte dos créditos que deram lugar às chamadas dívidas ocultas quando aceitou que a Kroll viesse fazer uma auditora forense. Isto é prova de que ele próprio não temia nada porque sabia que não se beneficiou desse dinheiro.
É por isso que sempre disse que devia se deixar a justiça fazer o seu trabalho sem interferências de qualquer espécie. Esta sua posição coincide com a de alguns dos mais reputados juristas moçambicanos, como a prova esta asserção feita em 2016 pelo antigo Bastonário da Ordem dos Advogados moçambicanos, Gilberto Correia, durante uma entrevista que deu ao SAVANA e que foi publicado na sua Edição de 16-12.2016, quando a dado passo disse ser errado que se esteja a fazer um debate especulativo em torno das dívidas ocultas: é um debate desnecessariamente especulativo. Julgo que o bom senso e o mínimo de cultura jurídica impõem que esse debate não seja feito de forma leviana, sem os indispensáveis elementos indiciários e especialmente estando em causa a figura do Chefe de Estado (Nyusi). Se a auditoria (da Kroll então) em curso visa(va) descobrir o que foi feito com o dinheiro, como foi aplicado, para onde fluiu, quem dele se beneficiou, entre outros aspectos relevantes, então aguardemos serenamente pelo seu resultado, sem desnecessários assassínios de carácter ou ilegítimos aproveitamentos políticos’’.
É de lamentar que apesar desta chamada de atenção do conceituado jurista Gilberto Correia, Haia ainda hoje quem faz esse debate especulativo leviano e especulativo como o fez o filosofo e reitor da Universidade Técnica de Moçambique (UDM), Severino Nguenha, através duma entrevista que deu ao Canal e que se publicou na sua última edição com o bizarro titulo manipulado ‘’Com Nyusi estamos em perigo’’. Mas qual perigo? É isto que Gilberto Correia repudia como assassínio de carácter. gustavomavie@gmail.com
O Administrador do Distrito de Nacala velha, Armindo Gove, apresentou na última Terça-feira, a comunidade de Ger- Ger, o novo empreiteiro que vai reabilitar e ampliar a ponte sobre o rio Nihequehe.
Na ocasião, Armindo Gove, pediu a Comunidade para colaborar com empreiteiro da Dionísio Construções.
De referir que a reabilitação custará Oito milhões de meticais,dos cofres do Estado e esta é uma, dentre varias a serem refeitas no distrito de Nacala a Velha.
Esta é uma das importantes pontes que comunica povos dos distritos de Memba, Nacarôa e Nacala-à-Velha e que desde sempre, ajuda a escoar produtos alimentares e recursos florestais, para as Cidades.
Fonte, Facebook do #Governo do Distrito de Nacala-à-Velha
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