Hermenegildo Ernesto Mapsanganhe paraGrupo de Debate Olho do Cidadão
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Ao presidente Filipe Jacinto Nyusi
Excelência, é com muita aflição que lhe escrevemos esta mensagem em nome detodos nós moradores no “perímetro” do futuro aterro sanitário de matlemele, localizado em Maputo, no município da matola. Excelência louvamos o projeto pós é um bem público Com vista a melhorar o saneamento das nossas cidades (maputo, matola, etc) contudo, hipotecarmos a força e gratuitamente as nossas casas, o nosso futuro, desabrigar forçosamente as nossas famílias, e consequentemente regredir a vida de cerca de novecentas e cinquenta (950) famílias, é uma atitude desumana e injusta por parte do Conselho Municipal da cidade da matola, é um luto pra nós os jovens k ali habitamos pós todos buscamos dentre os créditos bancários e outros recursos para erguer nossas casas para vivermos com as nossas famílias; tudo inicia por volta de 2004 quando o nosso saudoso presidente do município da Matola carlos Tembe dirigiu-se às estruturas locais e aos nativos do bairro do matlemele afim de pedir a cedência de um espaço de 600x600 metros para a construção do aterro sanitário em substituição da lixeira de hulene, tal espaço foi concedido ao presidente onde ficou se por indemnizar as famílias pelas suas machambas e algumas casas no local. Passado mais de uma década sem nada acontecer no local, porque a cidade cresce, éis que em 2018 o presidente do munícipio da Matola veio sem o consentimento da estrutura e muito menos da população residente, exigir a retirada compulsiva e sem qualquer compensação, da população no perímetro do aterro sanitário actualmente com dimensões absurdas de 1000*1000 metros que tanto a população como a estrutura, o regulado do bairro desconhece. Nós os moradores deste bairro, actualmente afectados pelo projeto, questionamos a nossa retirada pois os adicionais 400metros, atigem significativamente a área residencial. Face a esta nova situação, em uma reunião com o Sr. Calisto Cossa, criou s uma comissão dos moradores com vista a dirigir as negociações com o município e nós moradores actualmente afectados pelo projeto. Como ponto de partida o município teria solicitado aos moradores, a sua colaboração no sentido de permitir que uma equipe de técnicos do Município e MITADER faça as medidas exactas dos 1000x1000 metros de modo que na base dos limites, proceder o levantamento do número exacto das famílias afectadas pelo projeto para que se possa conhecer a realidade de cada família; tipo de casa e a fase de construção da mesma ( acabada ou inacabada), o tamanho do terreno etc, feito isto, éis que o Sr. Calisto cossa veio a imprensa afirmar chamando a população de matlemele residente no “perímetro” do futuro aterro sanitário de matlemele de invasores…, excelência ele diz que nós somos invasores…, será?? Excelência nós temos a dizer que ser vizinho do cemitério não significa estar morto. A única coisa que o Sr. Calisto Cossa tem a nos dar, são terrenos baldios e sem nenhuma condição social de vida no interior do bairro de Ngolhosa, tudo bem, ainda que agente vá lá viver, como faremos sem nenhuma compensação pelas nossas residências para que agente possa reerguer as nossas casas, as nossas vidas, excelência a nós isso é mais um ciclone, é uma calamidade, é um luto, não temos mais forças pós a todos pedimos intervenção; já escrevemos à procuradoria, à Assembleia da República, ao primeiro -ministro, até a presidência escrevemos excelência, já fomos presos e espancados pela polícia mandatada, todas as vezes que revindicamos, e já fomos atirados com gás lacrimogêneo sempre que pacificamente marchamos ao gabinete do primeiro-ministro, em busca de ajuda. Hoje temos algumas das nossas casas outrora embargadas pelo Município e hoje demolidas alegadamente porque são ruinas. Excelência servi-mo-nos desta oportunidade para pedir socorro e apelarmos a sua urgente intervenção Pois já estamos desabrigados!!
Moradores de matlemele
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