21 de Abril 2019 17h11 - 145 Visitas
As autoridades sudanesas detiveram vários membros seniores do partido no poder do ex-presidente Omar al-Bashir, numa tentativa de poderá elevar a confiança dos militares sob pressão dos manifestantes para passar o poder aos civis. Um outro passo a ser dado tem a ver com a promessa da Junta Militar (TMC) demitir oito agentes dos Serviços de Inteligência e Segurança Nacional.
Os grupos da oposição haviam exigido que as agências de segurança sejam restruturadas.
Os procuradores públicos iniciaram uma investigação contra Bashir sobre acusações de lavagem de dinheiro e posse de largas somas de fundos internacionais sem bases legais, disse uma fonte judicial no sábado.
A fonte disse que os agentes da inteligência militar que vasculharam a residência de Bashir, encontram maletas cheias de mais de 351 mil dólares e seis milhões de euros, bem como cinco milhões de escudos sudaneses.
“O procurador-geral ordenou o antigo presidente detido que fosse levado ao julgamento”, uma fonte judicial disse a Reuters.
“O julgamento contra Bashir vai ter lugar na prisão Kobar em Cartum”, disse a fonte, acrescentando que Bashir ainda não foi questionado. Dois dos seus irmãos foram detidos sob alegacões de corrupção, avançou uma fonte.
Ainda não se têm comentários dos parentes dos indiciados.
Doutro lado, uma fonte do Partido do Congresso Nacional afirmou que as autoridades detiveram o actual líder do partido, Ahmed Haroun, antigo vice-presidente, Ali Osman Taha, antigo conselheiro de Bashir, Awad al-Jaz, o secretário-geral do movimento islâmico, AL-Zubair Ahmed Hassan e o antigo presidente do Parlamento, Ahmed Ibrahim al-Taher.
A fonte acrescentou que o presidente do parlamento, Ibrahim Omae, e o conselheiro presidencial, Nafie Ali estão também detidos.
Bashir, que é também procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre alegado genocídio em Darfur, no Sudão, foi tirado a 11 de Abril pelos militares, após meses de protestos contra o seu governo.
A sua família disse semana passada que o antigo presidente foi transferido do palácio presidencial para cadeia de máxima segurança, Kobar em Cartum.
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