PGR continua ignorar violação da Constituição e da Lei do Sistafe no processo das dívidas ilegais
Alheia que as principais ilegalidades em torno dos empréstimos de 2,2 biliões de dólares contraídos pelas empresas Proindicus, EMATUM e MAM que foram a violação da Constituição da República e da Lei do Sistafe a Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou formalmente 20 cidadãos de peculato, corrupção passiva, abuso de confiança, branqueamento de capitais, uso de documentos falsos, abuso de cargo e associação para delinquir.
Renato Matusse, Inês Moiane, Armando Ndambi Guebuza, Gregório Leão, Angela Buque Leão, António Carlos do Rosário, Teófilo Nhangumele, Bruno Langa, Cipriano Mutola, Fabião Mabunda, Sidónio Sitoe, Crimildo Manjate, Mbanda Henning, Khessaujee Pulchand, Simione Mahumane, Zulficar Ahmad, Naíma José, Sérgio Namburete, Márcia Caifaz Namburete e Elias Moiane são os arguidos cujas acusações a PGR remeteu ao Tribunal Judicial da cidade de Maputo na passada sexta-feira (22).
De uma forma geral estes cidadão, apenas três são funcionário do Estado, terão recebido e beneficiado-se de parte do dinheiro contraído em nome do povo moçambicano juntos dos bancos Credit Suisse e VTB e transferido para o grupo Privinvest.
Ciclone IDAI - Que fez o governo moçambicano desde o dia 4 de Março? Nada.
O ciclone Idai foi o ciclone tropical mais forte a atingir Moçambique desde Jokwe em 2008. A décima tempestade nomeada e o sétimo ciclone tropical da temporada de ciclones no Índico Sudoeste de 2018-2019, Idai originou-se de uma depressão tropical que se formou na costa leste de Moçambique em 4 de março. A depressão atingiu o país no final do dia e permaneceu como um ciclone tropical durante toda a sua caminhada por terra. No dia 9 de março, a depressão ressurgiu no Canal de Moçambique e foi atualizada para a Tempestade Tropical Moderada Idai no dia seguinte.
O sistema começou então a intensificar-se rapidamente, atingindo uma intensidade de pico inicial como um intenso ciclone tropical com ventos de 175 km/h em 11 de março. Idai então começou a enfraquecer devido a mudanças estruturais em curso dentro de seu núcleo interno, caindo para a intensidade do ciclone tropical. A intensidade de Idai permaneceu estagnada por aproximadamente um dia antes de começar a se intensificar novamente. Em 14 de março, Idai atingiu a intensidade máxima com ventos máximos sustentados de 195 km/h e uma pressão central mínima de 940 hPa (27,76 inHg). Idai começou então a enfraquecer à medida que se aproximava da costa de Moçambique devido a condições menos favoráveis. Em 15 de março, Idai atingiu terra firme perto da Beira, em Moçambique, como um ciclone tropical intenso.[6]Idai trouxe fortes ventos e causou graves inundações em Madagascar, Malaui e Zimbábue, além de Moçambique, que mataram mais de 700 pessoas e afetaram outras centenas de milhares de pessoas.[7][8]
NOTA: Desde o dia 4 de Março até ao dia 14 que fez o governo moçambicano? Nada.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
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26/03/2019
STV-Linha Aberta 26.03.2019(video)
Ciclone IDAI. Não editado pela STV-SOICO
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Vítimas do IDAI enterradas em valas comuns em Sussungenda onde existem pelo menos 60 desaparecidos, óbitos são 534
Mais de três dezenas de pessoas vítimas das cheias que se seguiram ao Cilone IDAI foram enterradas em valas comuns no posto Administrativo de Dombe, no distrito de Sussungenga após terem sido encontrados em avançado estado de decomposição, elevando para 534 os óbitos no Centro de Moçambique.
Estes cidadão tentaram refugiar-se nas copas de árvores mas devido à fome, baixas temperaturas e demora no seu resgate acabaram perdendo forças e terão caído na água do rio Lucite e Mussapa de acordo com fonte do Gabinete Técnico de Emergência, citada pelo jornal Notícias, que indica que 37 cadáveres foram encontrados em avançado estado de decomposição, pendurados em árvores, alguns soterrados na lama e ainda outros a boiar.
“Muitos compatriotas nossos foram arrastados pelas águas dos rios, passados todos esses dias começa a ser difícil acreditar que ainda haja sobreviventes” confessou o Governador da província de Manica em alusão aos 60 cidadãos dados como desaparecidos e que estariam nas proximidades de rios onde existem também crocodilos.
Os 188 óbitos registados pelo Governo de Manica até domingo (24) deverão elevar para 534 as vítimas mortais do Ciclone tropical de categoria 4 que fustigou o Centro de Moçambique nos passados dias 14 e 15 e foi seguido de cheias de que não há memória naquela região.
@VERDADE – 26.03.2019
STV-Noite Informativa 26.03.2019(video)
Ciclone IDAI e caso Chang. Não editado pela STV-SOICO
Posted at 20:55 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Dívidas ocultas e outras, RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
FMI estuda empréstimo de emergência a Moçambique entre os 60 e os 120 milhões de dólares
O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou hoje que está a estudar um financiamento de emergência a Moçambique entre 60 milhões e 120 milhões de dólares, para que o país enfrente os efeitos do ciclone Idai.
"Os valores [a empresar] seriam algo entre 60 milhões de dólares [53,1 milhões de euros] e 120 milhões de dólares [106 milhões de euros]”, mas “dada a magnitude do que aconteceu, aqui, a minha expectativa é que seja o valor mais alto, de 120 milhões de dólares", disse, em conferência de imprensa em Maputo, o chefe de missão do FMI para Moçambique, Ricardo Velloso.
O FMI vai prestar a ajuda através do Instrumento de Crédito Rápido, um mecanismo instituído pela organização para atender a situações de emergência nos seus países membros.
"Este instrumento é exatamente [para acorrer] a uma situação de emergência, uma situação muito grave, que cria grandes problemas para o país", assinalou.
Ricardo Velloso adiantou que a missão do FMI de avaliação do impacto do ciclone vai estender a sua presença em Moçambique até sexta-feira, para fazer uma avaliação preliminar dos efeitos da calamidade.
"Embora ainda seja cedo para serem avaliados os efeitos macroeconómicos do ciclone Idai, os custos de reconstrução serão muito significativos, a comunidade internacional terá de continuar a desempenhar um papel vital na prestação de assistência a Moçambique", afirmou, na declaração que leu antes das perguntas dos jornalistas.
A PERDIZ - Boletim Informativo da Renamo nº 247 de 21.03.2019
EDITORIAL
EMPREGADO ABANDONA SEUS PATRÕES
Enquanto as águas libertas pelas comportas da Cabora Bassa devido o registo de chuvas torrenciais nos países vizinhos, aliado ao ciclone Idai, todos estes fenómenos a ceifar vidas humanas, a destruir infraestruturas sociais e económicas nas províncias do centro país, o chefe do executivo moçambicano faz suas viagens como se nada estivesse acontecer. Numa atitude clara de ausência de respeito para com o seu patrão que é o povo moçambicano.
Notícias vinculadas pela imprensa moçambicana e estrangeira dão conta de registo de óbitos, casas submersas, corte de energia, rede telefónica e muito mais, só na cidade da Beira, a segunda maior cidade do país. Contudo, o chefe do governo não conseguiu suspender sua viagem ao vizinho reino de Iswathine, abandonando seus patrões numa altura em que estes mais necessitavam de seu conforto. Estas vítimas do ciclone são nossos concidadãos e merecem um tratamento mais digno, pois são importantes para o desenvolvimento deste país.
Leia aqui Download PERDIZ nº 247_21.03.2019
Idai: Número de mortos contabilizados por Moçambique sobe para 468
O número de vítimas mortais do ciclone Idai e das cheias que se seguiram no centro de Moçambique subiu para 468, anunciaram hoje as autoridades moçambicanas.
A informação foi prestada pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) e representa um acréscimo de 21 mortos em relação aos dados de segunda-feira.
Os centros de acolhimento continuem a receber pessoas afetadas pelo Idai e registam hoje um total de 127.000 entradas.
O número de pessoas afetadas pelo ciclone subiu para 797.000, sendo que este total de pessoas afetadas não significa que estejam em risco de vida.
São pessoas que perderam as casas ou que estão em zonas isoladas e que precisam de assistência, explicaram as autoridades.
O número de meios de socorro também continua a aumentar e ascende agora a 22 helicópteros, 37 barcos, 11 aviões e duas fragatas.
LUSA – 26.03.2019
A informação foi prestada pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) e representa um acréscimo de 21 mortos em relação aos dados de segunda-feira.
Os centros de acolhimento continuem a receber pessoas afetadas pelo Idai e registam hoje um total de 127.000 entradas.
O número de pessoas afetadas pelo ciclone subiu para 797.000, sendo que este total de pessoas afetadas não significa que estejam em risco de vida.
São pessoas que perderam as casas ou que estão em zonas isoladas e que precisam de assistência, explicaram as autoridades.
O número de meios de socorro também continua a aumentar e ascende agora a 22 helicópteros, 37 barcos, 11 aviões e duas fragatas.
LUSA – 26.03.2019
DECLARAÇÃO DO GRUPO CAPACIDADE AFRICANA DE RISCO SOBRE O CICLONE TROPICAL IDAI
O Grupo Capacidade Africana de Risco (Agência Especializada da União Africana e a ARC, Limitada) está profundamente preocupado pelas perdas de vidas, meios de subsistência económica e grande deslocação de milhares de pessoas em Moçambique, Malawi e Zimbabwe, resultantes dos impactos das inundações e do ciclone tropical IDAI.
Os Governos de Moçambique, Malawi e Zimbabwe são membros fundadores da família ARC, tendo assinado o Tratado de Estabelecimento da ARC em 2012.
Posted at 13:11 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Cooperação - ONGs, África - SADC | Permalink | Comments (0)
ONU pede 282 milhões de dólares para ajudar Moçambique
Após a passagem do ciclone Idai por Moçambique, a ONU precisa de 282 milhões de dólares para financiar ajuda ao país nos próximos três meses. Diretor executivo do Programa Alimentar Mundial visita hoje áreas afetadas.
Segundo Mark Lowcock, subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Humanitários, o financiamento será usado em água potável, saneamento, educação e na reabilitação dos meios de subsistência das milhares de pessoas deslocadas na sequência do ciclone Idai.
Vários governos já estão a responder com dinheiro, mas, por enquanto, os fundos necessários são muitos maiores que os obtidos, disse Lowcock. O ciclone deixou em Moçambique pelo menos 447 mortos, aos quais se somam cerca de mais 300 vítimas mortais entre o Zimbabué e o Malawi.
O representante das Nações Unidas esclareceu ainda que serão lançados pedidos de ajuda internacional separados para o Zimbabué e Malawi, países que também foram fortemente afetados pelo ciclone.
Posted at 12:51 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Cooperação - ONGs, Saúde | Permalink | Comments (0)
Ciclone Idai: Há futuro para Beira?
O ciclone Idai veio confirmar a posição de vunerabilidade em que se encontra a cidade moçambicana da Beira, a segunda maior do país. Do ponto de vista ambiental várias perguntas continuam sem resposta.
O desaparecimento da cidade moçambicana da Beira é algo já previsto por estudos. E agora com a passagem do ciclone Idai confirma-se a posição de vunerabilidade em que se encontra a segunda maior cidade de Moçambique.
Sob o ponto de vista ambiental várias perguntas vem ao de cima na sequência do ciclone: por exemplo, a transferência do Xiveve, como também é conhecida a cidade, ou parte dela para outro lugar geograficamente mais ajustado a habitação humana seria uma hipótese a ser colocada em cima da mesa?
A região onde se edificou a cidade da Beira provavelmente não terá sido a mais ideal. Surgiu por volta de 1880 nas proximidades de dunas ao longo do estuário do rio Pungué e numa área abaixo do nível do mar. Isso deixa a cidade vulnerável a erosão e as ondas do mar, e com a ação humana, como a pressão habitacional de vária ordem, por exemplo, essa fragilidade aumenta. Mais de um milhão de pessoas habitam a cidade que inicialmente estava preparada para pouco mais de 30 mil.
Erosão tem vindo a engolir a cidade
Por outro lado, a erosão há tempos que anda a engolir a cidade, como afirma em entrevista à DW África, o ambientalista moçambicano Carlos Serra Jr. .
"A cidade da Beira já vinha há muitos anos apresentando sinais, se monitorarmos a linha de costa, basta compararmos imagens de satálite, percebemos que há um encolhimento há vários anos a acontecer, há uma redução da superfície e isso vê-se particularmente na costa. As dunas a recuarem, a perderem-se, as praias a deslocarem-se em direção ao interior do território, sinais de erosão um pouco por todo o lado."
Posted at 12:39 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Municípios - Administração Local - Governo, Opinião | Permalink | Comments (1)
Defesa do paquistanês procurado pelos EUA diz que não se trata da mesma pessoa
Retomou hoje no Tribunal Supremo a audição do cidadão paquistanês, de nome Tanveer Ahmed, procurado pela justiça norte-americana acusado por crimes de tráfico de drogas. O juiz conselheiro, Luís Mondlane, que dirige o processo deu na última audição (5 de Março) cinco dias à defesa para apresentar argumentos contra a extradição solicitada pelos Estados Unidos de América.
Durante a sua manifestação de argumentos, o advogado do arguido Floride Macuácua diz que não estão preenchidos os requisitos exigidos pela lei para que o arguido seja extraditado, por outro lado entende a defesa que não se trata da mesma figura procurada pelos norte americanos e traz como exemplo a imagem publicada pelos EUA da pessoa reclamada comparado com as fotografias que constam dos documentos pessoais do arguido.
Mais adiante disse a defesa que não há matéria que prove que o crime foi cometido no território norte americano, e esse é um requisito essencial a ser preenchido quando o estado requerente reclama um indivíduo. Por outro não há provas de que realmente o arguido cometeu tal crime, visto que a queixa crime não apresenta nenhum elemento de prova sob a acusação que pesa sobre o seu constituinte.
A concluir Macuácua acrescenta que não existem elementos de identificação precisos sobre a pessoa reclamada para além de que a descrição dos factos não se encontra preenchido e em direito penal não pode haver presunção. Por estas razões a defesa reiterou que não existem elementos preenchidos para que o arguido seja extraditado para EUA e solicita ao Tribunal Supremo que considere os aspectos apresentados e considere improcedente o pedido formulado pelos americanos.
Por sua vez o Ministério Público representado pela procuradora-geral adjunta, defendeu que não estão provados factos que concluam que poderá ser aplicada a pena de morte ou prisão perpétua contra o extraditando. Amabelia Chuquela disse que o Ministério Público recebeu garantias da justiça América que os crimes de que é acusado o arguido não cabe a pena capita, além de que não há matérias para considerar improcedente o pedido dos Estados Unidos. Chuquela entende ainda que os argumentos apresentados pela defesa são falaciosos, acrescentando que a oposição apresentada pela defesa do extraditando é contraditório.
O PAÍS – 26.03.2019
Durante a sua manifestação de argumentos, o advogado do arguido Floride Macuácua diz que não estão preenchidos os requisitos exigidos pela lei para que o arguido seja extraditado, por outro lado entende a defesa que não se trata da mesma figura procurada pelos norte americanos e traz como exemplo a imagem publicada pelos EUA da pessoa reclamada comparado com as fotografias que constam dos documentos pessoais do arguido.
Mais adiante disse a defesa que não há matéria que prove que o crime foi cometido no território norte americano, e esse é um requisito essencial a ser preenchido quando o estado requerente reclama um indivíduo. Por outro não há provas de que realmente o arguido cometeu tal crime, visto que a queixa crime não apresenta nenhum elemento de prova sob a acusação que pesa sobre o seu constituinte.
A concluir Macuácua acrescenta que não existem elementos de identificação precisos sobre a pessoa reclamada para além de que a descrição dos factos não se encontra preenchido e em direito penal não pode haver presunção. Por estas razões a defesa reiterou que não existem elementos preenchidos para que o arguido seja extraditado para EUA e solicita ao Tribunal Supremo que considere os aspectos apresentados e considere improcedente o pedido formulado pelos americanos.
Por sua vez o Ministério Público representado pela procuradora-geral adjunta, defendeu que não estão provados factos que concluam que poderá ser aplicada a pena de morte ou prisão perpétua contra o extraditando. Amabelia Chuquela disse que o Ministério Público recebeu garantias da justiça América que os crimes de que é acusado o arguido não cabe a pena capita, além de que não há matérias para considerar improcedente o pedido dos Estados Unidos. Chuquela entende ainda que os argumentos apresentados pela defesa são falaciosos, acrescentando que a oposição apresentada pela defesa do extraditando é contraditório.
O PAÍS – 26.03.2019
Idai: Autarquia da Beira autoriza reconstrução sem licença prévia
O governo municipal da cidade moçambicana da Beira, cidade devastada pelo ciclone Idai, anunciou hoje que decidiu autorizar a realização de obras de reconstrução de casas e infraestruturas destruídas pelo temporal sem licença prévia das autoridades municipais.
Em comunicado, refere-se que a autorização foi dada pelo autarca da Beira, Daviz Simango.
"O ciclone Idai destruiu muitas infraestruturas e porque as famílias, o setor económico e público precisam de realizar obras de reposição, o Conselho Municipal da Beira comunica que essas obras podem ser feitas sem prévio pedido de licença até o dia 31 de maio de 2019", lê-se no comunicado.
Em entrevista à agência Lusa na segunda-feira, Daviz Simango disse que "a cidade ficou totalmente escangalhada. Uma cidade fantasma, sem comunicações, sem que se soubesse o que estava a acontecer".
O vento terá varrido tudo com velocidades na ordem dos 170 quilómetros por hora e terá chovido tanto como num mês inteiro, segundo estimativas publicadas por organizações de socorro na Internet.
As descrições do autarca ilustram a violência, ao dizer que a barreira de proteção costeira da Beira foi arrancada do chão.
"São grandes peças de betão, ali colocadas nas décadas de 50 e 60, que nunca tinham saído do sítio", até ter chegado o Idai.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui fez pelo menos 762 mortos, segundo os balanços oficiais mais recentes.
Em Moçambique, o número de mortos confirmados é de 447, no Zimbabué foram contabilizadas 259 vítimas mortais e no Maláui as autoridades registaram 56 mortos.
A cidade da Beira, no centro litoral de Moçambique, foi uma das mais afetadas pelo ciclone, na noite de 14 de março.
LUSA – 26.03.2019
Em comunicado, refere-se que a autorização foi dada pelo autarca da Beira, Daviz Simango.
"O ciclone Idai destruiu muitas infraestruturas e porque as famílias, o setor económico e público precisam de realizar obras de reposição, o Conselho Municipal da Beira comunica que essas obras podem ser feitas sem prévio pedido de licença até o dia 31 de maio de 2019", lê-se no comunicado.
Em entrevista à agência Lusa na segunda-feira, Daviz Simango disse que "a cidade ficou totalmente escangalhada. Uma cidade fantasma, sem comunicações, sem que se soubesse o que estava a acontecer".
O vento terá varrido tudo com velocidades na ordem dos 170 quilómetros por hora e terá chovido tanto como num mês inteiro, segundo estimativas publicadas por organizações de socorro na Internet.
As descrições do autarca ilustram a violência, ao dizer que a barreira de proteção costeira da Beira foi arrancada do chão.
"São grandes peças de betão, ali colocadas nas décadas de 50 e 60, que nunca tinham saído do sítio", até ter chegado o Idai.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui fez pelo menos 762 mortos, segundo os balanços oficiais mais recentes.
Em Moçambique, o número de mortos confirmados é de 447, no Zimbabué foram contabilizadas 259 vítimas mortais e no Maláui as autoridades registaram 56 mortos.
A cidade da Beira, no centro litoral de Moçambique, foi uma das mais afetadas pelo ciclone, na noite de 14 de março.
LUSA – 26.03.2019
Idai: Trump envia tropas para ajudarem Moçambique
As forças armadas norte-americanas receberam instruções diretas do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para prestarem ajuda a Moçambique nos esforços de reparação da destruição causada pela passagem do ciclone Idai no dia 14 de março. A informação do Comando norteamericano para África (AFRICOM), divulgada hoje em comunicado, surge três dias depois do pedido formal de ajuda à comunidade internacional por parte do Governo moçambicano.
O texto explica que o AFRICOM presta apoio à reparação de desastres “sempre que as suas capacidades únicas possam ser utilizadas na resposta do Governo norteamericano”.
O comunicado anuncia ainda que a Força Conjunta Combinada norteamericana no Corno de África irá liderar os esforços militares dos Estados Unidos e que uma avaliação inicial das necessidades foi já lançada no local dos acontecimentos.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui fez, pelo menos, 762 mortos, segundo os balanços oficiais mais recentes. Em Moçambique, o número de mortos confirmados subiu hoje para 447; no Zimbabué foram contabilizadas 259 vítimas mortais e no Maláui as autoridades registaram 56 mortos. O ministro moçambicano da Terra e do Ambiente, Celso Correia, sublinhou hoje que estes números ainda são provisórios, já que à medida que o nível da água vai descendo vão aparecendo mais corpos.
O número de pessoas afetadas em Moçambique subiu para 794.000. A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que está a preparar-se para enfrentar prováveis surtos de cólera e outras doenças infecciosas, bem como de sarampo, em extensas zonas do sudeste de África afetadas pelo ciclone Idai, em particular em Moçambique.
LUSA – 25.03.2019
O texto explica que o AFRICOM presta apoio à reparação de desastres “sempre que as suas capacidades únicas possam ser utilizadas na resposta do Governo norteamericano”.
O comunicado anuncia ainda que a Força Conjunta Combinada norteamericana no Corno de África irá liderar os esforços militares dos Estados Unidos e que uma avaliação inicial das necessidades foi já lançada no local dos acontecimentos.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui fez, pelo menos, 762 mortos, segundo os balanços oficiais mais recentes. Em Moçambique, o número de mortos confirmados subiu hoje para 447; no Zimbabué foram contabilizadas 259 vítimas mortais e no Maláui as autoridades registaram 56 mortos. O ministro moçambicano da Terra e do Ambiente, Celso Correia, sublinhou hoje que estes números ainda são provisórios, já que à medida que o nível da água vai descendo vão aparecendo mais corpos.
O número de pessoas afetadas em Moçambique subiu para 794.000. A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que está a preparar-se para enfrentar prováveis surtos de cólera e outras doenças infecciosas, bem como de sarampo, em extensas zonas do sudeste de África afetadas pelo ciclone Idai, em particular em Moçambique.
LUSA – 25.03.2019
Olhe que não, olhe que não, Sra. Dona Graça Machel
A Beira foi arrasada, pela ganância dos homens, isso é o que levou a Beira a ser arrasada.
A ganância dos homens é que está a levar à morte e ao sofrimento de tanta gente.
A chuva e o vento não matam ninguém, o que mata são as torrentes de lama e as cheias.
Culpar as alteracoes climáticas é o mesmo que culpar os crocodilos que agora estão a comer os corpos dos animais.
Os crocodilos estão a fazer um excelente trabalho ao comerem os corpos dos animais, estão a minimizar o risco de doenças e epidemias.
Bem haja crocodilos.
Na costa Moçambicana há milhões de anos que há ciclones e de certeza que já houve ciclones bem mais fortes que o Idai, as consequências não terão sido tão devastadoras.
A Desflorestação é uma das causas que levou a aumentar as consequências trágicas do Idai.
Provocada pelo corte de madeira para exportar para a China, produção de carvão para vender nas cidades e tecnica agricola de queima e derruba ''Slash and Burn''.
Um país que em breve se irá tornar o quarto maior produtor mundial de gás natural ver as familias a cozinhar com carvão nas varandas, a mim doi e deveria doer aos governantes deste país.
As famílias não conseguem comprar uma botija de gás devido ao preço.
A construção desenfreada na cidade da Beira, sem qualidade, a ocupação dos leitos de cheia das ribeiras com casas, a qualidade de construção da estrada nacional 6.
Tudo isso levou a criar as condições para se formar uma tempestade perfeita, chamada Idai.
Se a estrada nacional 6 caiu, deveu-se à má qualidade de construção do seu tapete, a corrupção, que levou a que tenha sido utilizada menos pedra, menos asfalto, a ganância de alguns que está a levar ao sofrimento de todos, só um exemplo.
Sra. Dona Graça Machel, Sr. Presidente Nyusi e homens grandes de Moçambique.
Em Lisboa houve um terramoto que destruiu a cidade, um homem que ficou para a historia, amado por muitos, odiado por outros tantos, chamava-se Marquês de Pombal.
Reconstruiu a cidade de Lisboa e a tornou bonita como a conhecemos hoje.
Eis aqui a oportunidade da Beira para reconstruir a sua cidade, arrasar a cidade de matope e macuti, rasgar novas avenidas, fazer uma nova cidade, esta sim a prova de ciclones e de cheias.
(Recebido por email)
A ganância dos homens é que está a levar à morte e ao sofrimento de tanta gente.
A chuva e o vento não matam ninguém, o que mata são as torrentes de lama e as cheias.
Culpar as alteracoes climáticas é o mesmo que culpar os crocodilos que agora estão a comer os corpos dos animais.
Os crocodilos estão a fazer um excelente trabalho ao comerem os corpos dos animais, estão a minimizar o risco de doenças e epidemias.
Bem haja crocodilos.
Na costa Moçambicana há milhões de anos que há ciclones e de certeza que já houve ciclones bem mais fortes que o Idai, as consequências não terão sido tão devastadoras.
A Desflorestação é uma das causas que levou a aumentar as consequências trágicas do Idai.
Provocada pelo corte de madeira para exportar para a China, produção de carvão para vender nas cidades e tecnica agricola de queima e derruba ''Slash and Burn''.
Um país que em breve se irá tornar o quarto maior produtor mundial de gás natural ver as familias a cozinhar com carvão nas varandas, a mim doi e deveria doer aos governantes deste país.
As famílias não conseguem comprar uma botija de gás devido ao preço.
A construção desenfreada na cidade da Beira, sem qualidade, a ocupação dos leitos de cheia das ribeiras com casas, a qualidade de construção da estrada nacional 6.
Tudo isso levou a criar as condições para se formar uma tempestade perfeita, chamada Idai.
Se a estrada nacional 6 caiu, deveu-se à má qualidade de construção do seu tapete, a corrupção, que levou a que tenha sido utilizada menos pedra, menos asfalto, a ganância de alguns que está a levar ao sofrimento de todos, só um exemplo.
Sra. Dona Graça Machel, Sr. Presidente Nyusi e homens grandes de Moçambique.
Em Lisboa houve um terramoto que destruiu a cidade, um homem que ficou para a historia, amado por muitos, odiado por outros tantos, chamava-se Marquês de Pombal.
Reconstruiu a cidade de Lisboa e a tornou bonita como a conhecemos hoje.
Eis aqui a oportunidade da Beira para reconstruir a sua cidade, arrasar a cidade de matope e macuti, rasgar novas avenidas, fazer uma nova cidade, esta sim a prova de ciclones e de cheias.
(Recebido por email)
Sentença sobre o pedido de extradição dos EUA marcada para 8 de Abril
Acontece neste momento tudo o que Manuel Chang e seus advogados não queriam. Não só o pedido de extradição dos Estados Unidos é o primeiro a ser analisado, como já está a ser discutido.
Os advogados defendem que Manuel não pode ser extraditado por que é apenas acusado de conspiração e na África do Sul, a conspiração não é ofensa suficiente para que alguém seja extraditado.
O procurador JJ. Du Toit abriu o Acordo de Extradição entre a África do Sul e os Estados Unidos para clarificar que a conspiração faz parte dos crimes que a justiça sul-africana considera extraditáveis. "O senhor deve ser extraditado", diz o procurador que justifica para o efeito o facto de os crimes terem sido cometidos nos Estados Unidos da América.
Depois de um intervalo de uma hora, a audição retomou. O advogado acaba de tomar a palavra. Afirma que o ex-ministro não cometeu os crimes de lavagem de dinheiro, fraude eletrônica e imobiliária, mas apenas conspirou para o seu cometimento. "Se o crime de conspiração não é punido com pena pesada na África do Sul então não podemos extraditar alguém por um crime do qual não participou activamente ", diz Willie Vermeleun.
"Se o crime foi cometido no estrangeiro, significa que o arguido não pode ser julgado pela lei sul-africana. E se não pode ser penalizado pela nossa lei, significa que não pode ser extraditado", acrescentou, pedindo ao Tribunal que mande soltar o ex-ministro Chang.
Consumado: Tribunal recusa pedido de Manuel Chang e debate sobre extradição
10h34:Mais uma derrota para Manuel Chang e sua defesa. Após explanar os argumentos que contribuíram para a sua posição, o juiz William Schutte anunciou a sua decisão sobre o pedido feito pelos advogados: "este pedido é recusado", disse.
O juiz considera que se o pedido fosse aceite, não se estariam a respeitar os direitos reservados ao pedido dos americanos, já que segundo o pedido dos advogados, apesar do pedido dos EUA ter sido o primeiro a dar entrada, devia ser analisado em simultâneo com o pedido moçambicano.
Os advogados defendem que Manuel não pode ser extraditado por que é apenas acusado de conspiração e na África do Sul, a conspiração não é ofensa suficiente para que alguém seja extraditado.
O procurador JJ. Du Toit abriu o Acordo de Extradição entre a África do Sul e os Estados Unidos para clarificar que a conspiração faz parte dos crimes que a justiça sul-africana considera extraditáveis. "O senhor deve ser extraditado", diz o procurador que justifica para o efeito o facto de os crimes terem sido cometidos nos Estados Unidos da América.
Depois de um intervalo de uma hora, a audição retomou. O advogado acaba de tomar a palavra. Afirma que o ex-ministro não cometeu os crimes de lavagem de dinheiro, fraude eletrônica e imobiliária, mas apenas conspirou para o seu cometimento. "Se o crime de conspiração não é punido com pena pesada na África do Sul então não podemos extraditar alguém por um crime do qual não participou activamente ", diz Willie Vermeleun.
"Se o crime foi cometido no estrangeiro, significa que o arguido não pode ser julgado pela lei sul-africana. E se não pode ser penalizado pela nossa lei, significa que não pode ser extraditado", acrescentou, pedindo ao Tribunal que mande soltar o ex-ministro Chang.
Consumado: Tribunal recusa pedido de Manuel Chang e debate sobre extradição
10h34:Mais uma derrota para Manuel Chang e sua defesa. Após explanar os argumentos que contribuíram para a sua posição, o juiz William Schutte anunciou a sua decisão sobre o pedido feito pelos advogados: "este pedido é recusado", disse.
O juiz considera que se o pedido fosse aceite, não se estariam a respeitar os direitos reservados ao pedido dos americanos, já que segundo o pedido dos advogados, apesar do pedido dos EUA ter sido o primeiro a dar entrada, devia ser analisado em simultâneo com o pedido moçambicano.
Reportagem: As vacas de Rodrigo Sebastião, os comboios, a fome, o pai e o ciclone Idai
As vacas de Rodrigo Sebastião coexistem com os comboios e o português, que na semana passada ameaçou cortar a linha, está mais tranquilo, porque as águas estão a descer em Moçambique.
O empresário português, numa reunião na semana passada no consulado de Portugal em Maputo, tinha exposto a situação: com a subida das águas dos rios na sequência do ciclone Idai, o único sítio seguro para a manada era a linha de comboio. E os comboios não podiam voltar a circular.
O ciclone Idai, que no dia 14 atingiu o centro de Moçambique provocando centenas de mortes e muitos milhares de desalojados, ficou para a história como aquele que provocou uma subida do leito dos rios nunca vista.
Mais de uma semana depois, com chuvas esporádicas desde terça-feira da semana passada e sem chuva nos últimos dois dias, as águas estão a descer, como a Lusa constatou numa viagem aos arredores da cidade da Beira.
Dentro da cidade e nos bairros periféricos é também já visível alguma normalidade, apesar da destruição, voltando o pequeno comércio a ter todo o tipo de produtos. Há sacos de feijão à venda à beira da estrada, há bolachas, há frutas variadas, há hortaliças frescas, reflexo da ligação da Beira ao resto do país, retomada no passado domingo com a abertura da estrada nacional 6.
Nalguns locais que há três dias estavam intransitáveis é hoje fácil circular, tendo o nível das águas descido mais de um metro, como também constatou a Lusa. As ligações ferroviárias também foram retomadas e nalguns locais as escolas já abriram.
É por isso que o empresário português, em declarações à Lusa, disse que “a situação está mais tranquila” que “as águas baixaram” e que “neste momento as vacas e o comboio podem coexistir na linha férrea, porque quando o comboio quer passar está a ter mais atenção à velocidade, reduzindo, e as vacas saem da linha férrea”. E acrescentou: “neste momento está tudo mais normalizado”.
Apesar da tendência de normalidade o empresário diz que as vacas têm de continuar junto da linha férrea, porque “não têm outro sítio onde ficar”, embora seja uma questão de “mais três ou quatro dias”.
O empresário português, numa reunião na semana passada no consulado de Portugal em Maputo, tinha exposto a situação: com a subida das águas dos rios na sequência do ciclone Idai, o único sítio seguro para a manada era a linha de comboio. E os comboios não podiam voltar a circular.
O ciclone Idai, que no dia 14 atingiu o centro de Moçambique provocando centenas de mortes e muitos milhares de desalojados, ficou para a história como aquele que provocou uma subida do leito dos rios nunca vista.
Mais de uma semana depois, com chuvas esporádicas desde terça-feira da semana passada e sem chuva nos últimos dois dias, as águas estão a descer, como a Lusa constatou numa viagem aos arredores da cidade da Beira.
Dentro da cidade e nos bairros periféricos é também já visível alguma normalidade, apesar da destruição, voltando o pequeno comércio a ter todo o tipo de produtos. Há sacos de feijão à venda à beira da estrada, há bolachas, há frutas variadas, há hortaliças frescas, reflexo da ligação da Beira ao resto do país, retomada no passado domingo com a abertura da estrada nacional 6.
Nalguns locais que há três dias estavam intransitáveis é hoje fácil circular, tendo o nível das águas descido mais de um metro, como também constatou a Lusa. As ligações ferroviárias também foram retomadas e nalguns locais as escolas já abriram.
É por isso que o empresário português, em declarações à Lusa, disse que “a situação está mais tranquila” que “as águas baixaram” e que “neste momento as vacas e o comboio podem coexistir na linha férrea, porque quando o comboio quer passar está a ter mais atenção à velocidade, reduzindo, e as vacas saem da linha férrea”. E acrescentou: “neste momento está tudo mais normalizado”.
Apesar da tendência de normalidade o empresário diz que as vacas têm de continuar junto da linha férrea, porque “não têm outro sítio onde ficar”, embora seja uma questão de “mais três ou quatro dias”.
Ciclone Idai: Os 40 magníficos que guardaram 26 mil crocodilos
O português Manuel Guimarães tem no centro de Moçambique uma quinta com 26 mil crocodilos, com muros que o ciclone Idai derrubou. Só 40 “homens magníficos” impediram a saída dos animais e uma “desgraça terrível”.
Passada mais de uma semana após o ciclone, que provocou centenas de mortes e milhares de desalojados, devido ao vento e às cheias, pouca gente sabe que foram esses 40 homens, que na noite do ciclone iam substituindo o muro à medida que caia, que impediram que andassem agora 26 mil crocodilos à solta na zona da Beira. Mas Manuel Guimarães sabe, e a sua gratidão não tem palavras.
Agora que a chuva parou e a quinta já não está cercada pelas águas Manuel Guimarães voltou na segunda-feira ao local, Nhaugau, distrito da Beira,emocionado por ver como uma noite de vento lhe destruiu 10 anos de trabalho. Lá está Anísio Chinguvo e os outros “magníficos”, cortando árvores, limpando a terra, repondo o que é possível repor.
Anísio, natural de Maputo, a trabalhar para Manuel Guimarães há uma dezena de anos, lembra-se bem do dia 14 de março, de quando “o patrão ligou a informar” que tinham que se preparar para um vento muito forte. Anísio, como conta agora, pensou que era brincadeira, que ventos fortes já ele tinha visto em 2000, em 1977. E Manuel Guimarães do outro lado: “Anísio, não brinca, hás de ver o que nunca viste”.
Os 40 trabalhadores colocaram nesse dia chapas isotérmicas junto da cerca dos crocodilos feita de tijolos e cimento, especialmente junto da cerca dos maiores crocodilos, e aguardaram o Idai. Nenhum arredou pé, nenhum foi para junto das famílias.
E na noite de quinta-feira, 14 de março, pelas 22:00, quando o Idai chegou encontrou os 40 ali, sentados ou deitados por causa da força do vento. “Não foi fácil, falar disto dói muito. Cada um pensava, eu vou perder a minha família, os meus filhos, para defender um crocodilo. Doeu, porque duas noites perdidas não e fácil”.
Foram duas noites sem dormir, mas especialmente difícil a noite do ciclone, como Anísio conta à Lusa, ao lado do muro dos grandes crocodilos, que o vento conseguiu derrubar e que agora está substituído por chapas.
Passada mais de uma semana após o ciclone, que provocou centenas de mortes e milhares de desalojados, devido ao vento e às cheias, pouca gente sabe que foram esses 40 homens, que na noite do ciclone iam substituindo o muro à medida que caia, que impediram que andassem agora 26 mil crocodilos à solta na zona da Beira. Mas Manuel Guimarães sabe, e a sua gratidão não tem palavras.
Agora que a chuva parou e a quinta já não está cercada pelas águas Manuel Guimarães voltou na segunda-feira ao local, Nhaugau, distrito da Beira,emocionado por ver como uma noite de vento lhe destruiu 10 anos de trabalho. Lá está Anísio Chinguvo e os outros “magníficos”, cortando árvores, limpando a terra, repondo o que é possível repor.
Anísio, natural de Maputo, a trabalhar para Manuel Guimarães há uma dezena de anos, lembra-se bem do dia 14 de março, de quando “o patrão ligou a informar” que tinham que se preparar para um vento muito forte. Anísio, como conta agora, pensou que era brincadeira, que ventos fortes já ele tinha visto em 2000, em 1977. E Manuel Guimarães do outro lado: “Anísio, não brinca, hás de ver o que nunca viste”.
Os 40 trabalhadores colocaram nesse dia chapas isotérmicas junto da cerca dos crocodilos feita de tijolos e cimento, especialmente junto da cerca dos maiores crocodilos, e aguardaram o Idai. Nenhum arredou pé, nenhum foi para junto das famílias.
E na noite de quinta-feira, 14 de março, pelas 22:00, quando o Idai chegou encontrou os 40 ali, sentados ou deitados por causa da força do vento. “Não foi fácil, falar disto dói muito. Cada um pensava, eu vou perder a minha família, os meus filhos, para defender um crocodilo. Doeu, porque duas noites perdidas não e fácil”.
Foram duas noites sem dormir, mas especialmente difícil a noite do ciclone, como Anísio conta à Lusa, ao lado do muro dos grandes crocodilos, que o vento conseguiu derrubar e que agora está substituído por chapas.
25/03/2019
SISE dificulta chegada de ajuda à Beira
A organização UNIDOS PELA BEIRA, com sede em Maputo, colectou comida e roupa para apoiar as vítimas do ciclone IDAI.
O barco atracou no Porto da Beira está noite, por volta das 19 horas. A organização deseja fazer chegar os produtos aos afectados mas o SISE não deixa, quer que os produtos sejam entregues ao INGC e até a mulher de Celso Correia se infiltrou e está a tudo fazer para que os produtos sejam encaminhados para os armazéns do INGC.
Os organizadores pedem ajuda urgente e dizem que se os produtos forem parar aos armazéns do INGC, então já não chegarão aos afectados da Beira que estão sendo discriminados pelo governo na distribuição de donativos dos donativos.
O barco atracou no Porto da Beira está noite, por volta das 19 horas. A organização deseja fazer chegar os produtos aos afectados mas o SISE não deixa, quer que os produtos sejam entregues ao INGC e até a mulher de Celso Correia se infiltrou e está a tudo fazer para que os produtos sejam encaminhados para os armazéns do INGC.
Os organizadores pedem ajuda urgente e dizem que se os produtos forem parar aos armazéns do INGC, então já não chegarão aos afectados da Beira que estão sendo discriminados pelo governo na distribuição de donativos dos donativos.
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