Retirado do fb de Manuel Matola Sobre a detenção de Chang, em 2018
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No início do longo processo de reversão da HCB de Portugal para Moçambique, privei com o ex-ministro Manuel Chang no seu gabinete para uma entrevista para a Lusa. Depois da entrevista tivemos uma longa conversa, durante a qual me contou o seu percurso de vida, as suas lutas académico-profissionais, etc. Conheci parte da vida do Manuel Chang contada por ele naquele imponente edifício do Ministério das Finanças. Posteriormente falamos com frequência sobre a HCB e outros assuntos. Tenho enorme apreço por ele, até porque também sempre me tratou de maneira cordial.
Hoje, depois de ler as notícias sobre a sua detenção, fui apossado por um sentimento de tristeza e enormes interrogações, quiçá, típicas da época natalícia.
Hoje, depois de ler as notícias sobre a sua detenção, fui apossado por um sentimento de tristeza e enormes interrogações, quiçá, típicas da época natalícia.
Como é que um ser humano chega a esse nível de auto-flagelação e de destruição de uma carreira brilhante? Nota: o cargo de ministro das Finanças é um dos mais prestigiantes em todo mundo.
Afinal, quanto dinheiro precisamos para nos sentirmos realizados e termos uma vida decente como pessoas?
Que fique claro, não pretendo julgar a ninguém. Os próximos dias irão esclarecer o que realmente está a acontecer com o ex-ministro mais do que se disse até agora.
A quase totalidade da actual elite moçambicana é de origem pobre (há quem prefira usar o termo humilde, mas não é a mesma coisa).
Os nossos pais fizeram enormes sacrifícios para estarmos aqui hoje realizados. Daí que me questiono: como é que alguém estuda, faz toda uma carreira brilhante e (pode) acaba(r) na cadeia, destruindo todo o império que construiu enquanto ser humano e bom pai, filho, irmão, amigo, etc?
Também não estou defender a quem quer que seja. Longe de mim. Apenas estou pensativo. Aliás, muito sinceramente, sinto-me triste. Sei que muitas vezes somos impelidos a rotular a quem tenha um comportamento desviante, associando a sua profissão àquela famosa frase: "É político, são todos assim".
Mas é preciso lembrar que por detrás de qualquer político, empresário, ou cidadão comum, há uma dimensão humana nessas pessoas.
E em cada estágio da vida, mesmo que em primeiro lugar nos sintamos forçados a lutar para o bem-estar individual, o que é natural, esses seres humanos deviam mover-se APENAS pela ética, que visa o bem colectivo.
E no que diz respeito ao nosso país, algo está a falhar nesse longo processo de auto-realização individual. Do nível mais alto ao mais baixo da sociedade. Há que pensar e discutirmos sincera e honestamente sobre o que cada um necessita para estar feliz. E, nas várias dimensões, Deus é para aqui convocado. Estamos na época propícia para pensarmos nisso..
Será que Manuel Chang Não Sabia Mesmo que Estava na Mira da FBI?
1. Não gostaria de prever cenários duma possível teoria de conspiração, mas em parte sinto que me cheira uma combinação bem feita entre Manuel Chang e o Estado moçambicano.
2. O exercício feito pelo Estado Moçambicano com objetivo de recuperar sua credibilidade junto das instituições financeiras pode ter feito com que o Manuel Chang sozinho se entregasse a FBI.
3. Duvido que Manuel Chang seja tão burro ao ponto de não perceber durante todo esse tempo que era um alvo da FBI.
4. Meus caros faz tão pouco tempo que João Lourenço visitou Moçambique, essa visita na minha ótica começa a fazer sentido, JLO encontra- se numa luta ferrenha contra a corrupção em Angola, essa luta não veio do nada, houve antes uma concertação entre boa parte dos que seriam afetados.
5. Ninguém irá me dizer que os afetados pela suposta luta levava acabo pelo JLO tenham sido pegos de surpresa.
6. Porém meus caros, eu acho que JLO veio a Moçambique para passar uma lição, aquele encontro entre o Presidente Nyusi e ele faz todo sentido, não quero acreditar que a agenda fosse de estreitamento das relações entre os dois países há fóruns formais para tratar disso.
7. Moçambique precisa sim obrigatoriamente de seguir o mesmo modelo adotado pela Angola, com vista a recuperar sua credibilidade mas para tal alguns deverão ser sacrificados.
8. Eu Bitone Viage não quero acreditar que o Estado moçambicano e o próprio Manuel Chang não sabiam que tudo isso iria acontecer.
9. Amigos uma das missões do SISE é de proteger fortemente todos indivíduos envolvidos na famosa dívida pública, duvido que estes serviços não estejam a apar do que está acontecendo.
Ps: Enfim para por aqui e espero que seja realmente uma suposição.
Atenciosamente
Carta aos membros do próximo Congresso
ResponderEliminarCaros militantes
É necessário reactivar os órgãos da Renamo.
O Concelho da Província, do Distrito, da Localidade, da Cidade e do Bairro actualmente são quase inexistentes. Por outro lado, é necessário libertar o Delegado das tarefas de Deputado, seja provincial seja nacional.
Admite-se que é necessário que o delegado provincial seja deputado para puder gerir com eficácia necessidades económicas da sede.
É provável que esse ponto de vista apresentasse conveniência no passado.
Ora! Existe um proverbio que diz: dois passarinhos não se assam ao mesmo tempo, queima-se o mais gordinho.
Neste caso, as tarefas mais gordinhas são as tarefas de delegado que ficam a queimarem-se.
As tarefas do delegado são muito complexas e delicadas.
Nos próximos tempos que se avizinham as tarefas dos delegados devem ser desempenhadas com máxima dedicação e liderança, sem subestimar questões económicas, sacrificando-se.
Todos encaramos com dor a venda da vitória da Renamo por parte de delegados distritais e cabeças de lista em diversos distritos, destruindo não só o trabalho dos militantes e simpatizantes como também a própria esperança.
Permitam-me mais uma vez dizer que é absolutamente necessário revitalizar o concelho da Província, do Distrito, da Localidade e do Bairro e libertar os delegados, das tarefas de Deputado.
Proponho que os delegados que acumulam cargo de deputado deixassem de ser delegados e fossem indicados novos Delegados, para não ferir sensibilidades.
por favor peço a publicação