Chang
Ouvi que Muchanga foi ver Chang na prisão. Que gesto bom! Mesmo sendo dentro do seu trabalho, ficou notável a sua homiedade. Eu próprio senti seu aconchego quando em 2011 perdi meu primo, baleado. Ele é homem bom e de bom coração. Parabéns.
Ouvi que Muchanga foi ver Chang na prisão. Que gesto bom! Mesmo sendo dentro do seu trabalho, ficou notável a sua homiedade. Eu próprio senti seu aconchego quando em 2011 perdi meu primo, baleado. Ele é homem bom e de bom coração. Parabéns.
O próprio Chang também é bom, dizem. O problema de ser bom tecnicamente dá nisso. Sabe tudo e faz ovo parecer-se com manga. Muitos jornalistas importaram viaturas e ele próprio os isentou de impostos. Muitos jornalistas, do sector privado principalmente. Eu os conheço por nome. E são tantos. Alguns virão aqui me insultar. Mas ele não contemplava quando o assunto fosse oferecer conforto a jornalistas aflitos e tantos outros que nem tanto. Bashir também da até agora envelopes a jornalistas. A vida é assim.
Vi e revi a história. E cheguei a conclusão que os perigosos são os que estão aqui. Chang já perdeu. Está nas celas há muitos dias. Doente. Impotente. Eu próprio lancei vituperios contra ele. Ele é indefeso. E é cobardia lançar bocas a pessoas que não podem responder. Mea culpa. Perdi-me na ética da crítica.
Mas este assunto não é tão simples. É sistémico. O termo sistémico não significa sistema ou regime, como muitos podem antecipar. Significa muito mais que isso. Significa hábitos já domesticados e sancionados como normais. Quando um cobrador de impostos te ergue uma senhora casa e todos acham normal, ou quando um juiz do Supremo é proprietário de inúmeras, casas de Praia e é normal ou quando alguém sobe ao poder e o conselho é APROVEITA. A propósito, aproveitar? O quê? Mas isso, todos nós fazemos e achamos normal, incluindo os membros do CIP e todas organizações de Combate à corrupção.
A propósito porque é que trabalhar para organizações não governamentais moçambicanas é tão lucrativo que ser docente com nomeação definitiva nos EUA? Michelle Obama, uma PhD ganhava anualmente 56 mil dólares quando trabalhava na Universidade de Havard. Isso, um incompetente qualquer em Moçambique faz como oficial de programas. Portanto, por sistémico, quero dizer isso. Incompetentes fazendo arruaça aos outros mas principalmente aos órgãos do estado para facturar mais. E ninguém acha isso arrepiante.
Se quisermos justiça vamos fazê-la todos nós, partindo de um princípio de que ninguém está limpo. É mais fácil assim. Até porque é bom pensar assim, pois nos focamos no objectivo comum.
Esses americanos que veneramos fizeram isso. Quem viajou ao quarteirão francês em Nova Orleães, EUA, sabe do que digo. Até hoje é um sítio de gangsterismo e corrupção. Mas é um quarteirão guarnecido por uma Brigada Montada (cavalos).
O que está acontender com Moçambique é história. Haja coragem. Optimismo, por favor.
SAFUSA ANADYA PHULA, quem não pergunta acaba comendo cinza
A construção de um centro de saúde de tipo 1 na Província de Gaza custará aos cofres do Estado aproximadamente 58 milhões de meticais. Os apressados acharam isso um escândalo de proporções bíblicas. Os “guardiões da integridade” também já fizeram soar o alarme de custos "absurdos".
Na verdade, eles pensam que um centro de saúde de tipo 1 é semelhante às suas dependências ou armazém para guardar material de construção que se erguem de qualquer jeito antes da obra principal. SAFUSA ANADYA PHULA, diz a sabedoria Nyanja, ou seja, quem não pergunta acaba comendo cinza, pensando que é farinha de mapira.
Na verdade, de acordo com o diploma ministerial número 127/2002 de 31 de julho, no seu artigo 3, os centros de saúde classificam-se em urbanos e rurais. No número 2 do mesmo artigo, os centros de saúde rurais subdividem-se em dois tipos. Tipo 1 e 2, conforme os graus de complexidade técnica da infraestrutura física e da sua organização, equipamento bem como dotação de pessoal e população a servir na zona de influência directa. Assim, os centros de saúde do tipo 2 são menores que os do tipo 1. Os do tipo 1 são assim maiores e mais complexos. Os centros de saúde do Tipo 1 destinam-se a servir maior número de população que os do tipo 2. Os do tipo 1 servem populações entre 16 000 a 35 000 e tem muitas tarefas, incluindo controlo da qualidade da água, serviços materno-infantis, acções educativas, consultas, vacinações prevenção, controlo e vigilância de doenças, etc. Consultem o referido diploma ministerial para mais informações.
Em uma única palavra, centros de saúde de tipo 1 são grandes mesmo, conforme a planta do hospital em anexo.
Caso para dizer, KUSADZIWA NDIKUFA KOMWE, ou seja, não saber equivale a morte certa (ditado Chewa/Ngoni/Nyanja).
Safusa anadya phula.
Safusa anadya phula.
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