Na ânsia de vivermos tranquilamente, sem que ninguém nos toque ou nos incomode, passamos anos e anos a desarrumar ou a não fazermos nada para o engrandecimento e fortalecimento das nossas instituições. No caso do nosso Sistema de Justiça, foi sendo habituado a viver de Recados, da e na Batota. Perante os últimos acontecimentos aqui na vizinha RSA, onde a seriedade e independência da Justiça, com todos os defeitos que possam ter, são de outro nivel, parece-me que toda a nossa máquina da Justiça está a chumbar no primeiro Exame de Admissão a que alguma vez foi sujeito. O espectáculo está tendo lugar naquele Tribunalzinho de Kempton Park. Digo tribunalzinho porque aquele tribunal é do nível dos nossos tribunais dos Distritos Municipais, malta Kamubukwane, Laulane, Kalhamanculo, Kampfumo etc. O tribunal de Kempton Park não é sequer do nivel provincial mas pelo que tudo indica, está a dar-nos um bayle à moda antiga. Aquele tribunal distrital pôs em sentido a nossa PGR, que praticamente levou um KO obrigando-a atirar a toalha ao chão, na forma como inicialmente, ela queria que o nosso concidadão regressase ao solo pátrio.
Depois, como acontece na Luta Livre ou na Corrida de Estafetas entrou o Tribunal Supremo que, por sua vez, passou o testemunho à Assembleia da República, tudo num forcing final, para fazer regressar o nosso concidadão à casa. Está-se naquela fase em que, uma equipa está a perder e o jogo caminha para o fim e o desespero começa a tomar conta de todos, passando a jodar mais com o coração do que com a cabeça numa clara indicação de que não estamos a aguentar com o som da música que está a ecoar à partir do Tribunalzinho de Kempton Park. O nervosismo e os erros vão aumentar à medida que decorre a contagem decrescente...
Se me perguntarem o que acho disto tudo, direi que, a não ser que haja um volte face de 360 graus, eu vejo o nosso concidadão mais próximo de Nova York do que de Maputo.
De uma coisa é certa: estamos a pagar o preço de, ao longo dos tempos, termos dado primazia às pessoas em vez de tê-la dado às instituições. Com instituições fortes, respeitáveis e respeitadas, não teriamos entrado no buraco onde nos metemos.
Depois, como acontece na Luta Livre ou na Corrida de Estafetas entrou o Tribunal Supremo que, por sua vez, passou o testemunho à Assembleia da República, tudo num forcing final, para fazer regressar o nosso concidadão à casa. Está-se naquela fase em que, uma equipa está a perder e o jogo caminha para o fim e o desespero começa a tomar conta de todos, passando a jodar mais com o coração do que com a cabeça numa clara indicação de que não estamos a aguentar com o som da música que está a ecoar à partir do Tribunalzinho de Kempton Park. O nervosismo e os erros vão aumentar à medida que decorre a contagem decrescente...
Se me perguntarem o que acho disto tudo, direi que, a não ser que haja um volte face de 360 graus, eu vejo o nosso concidadão mais próximo de Nova York do que de Maputo.
De uma coisa é certa: estamos a pagar o preço de, ao longo dos tempos, termos dado primazia às pessoas em vez de tê-la dado às instituições. Com instituições fortes, respeitáveis e respeitadas, não teriamos entrado no buraco onde nos metemos.
Damião Cumbana
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