sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Málaga. Corpo de Julen encontrado sem vida dentro do poço. “Outra vez, não!”, “Outra vez, não”, gritaram os pais

Em direto/Málaga. Corpo de Julen encontrado sem vida dentro do poço. “Outra vez, não!”, “Outra vez, não”, gritaram os pais

Os mineiros encontram sem vida o corpo de Julen às 00h25 de Lisboa, depois de 13 dias de resgate. "Outra vez, não!", "Outra vez, não", ouviram-se os pais a gritar. Faltam as últimas explicações.
Os pais de Julen, José e Vicky, durante a vigilia desta quinta-feira
AFP/Getty Images
Atualizações em direto
  • Às 8h (9h em Espanha), Alfonso Rodríguez Gómez de Celis, delegado do Governo da Andaluzia, vai dar uma conferência de imprensa para explicar como correu toda a última fase das operações de resgate até ser encontrado o corpo do bebé de dois anos.
    Daqui a poucas horas voltaremos também ao contacto consigo para lhe continuarmos a dar todos os detalhes desta história. Até já.
  • "Outra vez, não!", "Outra vez, não!", gritaram os pais

    O corpo de Julen já foi retirado pela Guardia Civil de dentro do poço, sendo de seguida levado pela Comissão Judicial (o equivalente à medicina legal em Portugal), para ser autopsiado.
    O carro funerário com os restos mortais da criança já saiu da montanha que o engoliu, em Tolatán, para o local onde será entregue às autoridades, diz a Efe.
    Os pais aguardam pelo corpo do filho na quinta onde têm estado hospedados durante os 13 dias das operações de resgates. Os jornais espanhóis dizem que se ouviram gritos de “Outra vez, não!”, “Outra vez, não!”, em referência à morte do seu outro filho, Oliver, há dois anos.
  • A cronologia de 13 dias de operações de resgate

    13 de janeiro: Julen Jimenez, um bebé de dois anos, cai de um poço com 107 metros de comprimento e 25 centímetros de diâmetro na localidade de Totálan, em Málaga. Os serviços de emergência foram acionados e durante a madrugada foram recolhidos vestígios biológicos encontrados no poço para se confirmar que Julen estava mesmo dentro do poço.
    14 de janeiro: a Guardia Civil aumenta o número de operacionais e encontra um saco de gomas no interior do poço. São colocadas três opções de resgate em cima da mesa: extrair terra do buraco, cavar um segundo poço paralelo ou escavar a céu aberto o buraco em que a criança está.
    15 de janeiro: começam os trabalhos para ser construído um túnel vertical para se chegar ao poço onde Julene estaria. O prazo das operações, nesta altura, era de 24 a 48 horas.
    16 de janeiro: confirma-se que as análises de ADN aos cabelos encontrados no poço pertenciam a Julen. Ángel García Vidal, delegado do Colégio de Engenheiros dos Caminhos de Málaga, anuncia que o poço será entubado para evitar deslizamentos de terra.
    17 de janeiro: Os trabalhos continuam a centrar-se na construção do túnel vertical para, de seguida, os mineiros entrarem e iniciarem a construção da galeria horizontal.
    18 de janeiro: é descoberta uma parte do terreno bastante rochosa que atrasa as escavações do túnel vertical.
    19 a 21 de janeiro: a perfuração alcança os 15 metros de profundidade e o terreno instável continua a dificultar os trabalhos de resgate.
    22 de janeiro: depois de ser construído o túnel vertical, as equipas de resgate começam a colocar tubos metálicos dentro do buraco, de forma a evitar deslizamentos de terra e assegurar a passagem segura dos oito mineiros que vão construir o túnel horizontal que iria fazer a ligação ao poço onde Julen estava. Quando chegaram aos 42 metros, os operacionais notaram um pequeno desvio que tornava o buraco demasiado estreito para os tubos metálicos entrarem. Tiveram de dar um passo atrás, colocar areia fina dentro do buraco e voltar a perfurar um túnel mais largo.
    23 de janeiro: iniciam-se os trabalhos de limpeza do interior do túnel vertical, seguindo-se a colocação (de novo) dos tubos.
    24 de janeiro: os oito mineiros entraram no túnel pelas 17h30 locais. O trabalho, nesta altura, passava por construir manualmente, com recurso a picaretas e micro explosivos, cerca de quatro metros de uma galeria horizontal para chegar ao poço onde Julen estava.
    25 de janeiro: os mineiros aproximam-se cada vez mais do local onde acreditavam que Julen estava. Foram necessárias quatro micro explosões para se conseguir “partir” as zonas mais duras da galeria. O trabalho deveria demorar 24 horas, mas foi mais longo do que o previsto.
    26 de janeiro: os mineiros encontram o corpo de Julen sem vida à 1h25 locais (00h25 em Portugal)
  • Gostava de jogar à bola porque o pai lhe tinha ensinado, brincava com um triciclo verde que ainda está à porta de casa e tinha uma irmão que morreu aos três anos. Assim foi a curta vida de Julen Jimenez.
  • Dois membros da Guardia Civil já baixaram pelo túnel para resgatar o corpo de Julen Jimenez.
  • Parte da equipa de resgate já saiu do campo de ação em Totalán, mostram as imagens recolhidas na estrada de acesso ao local.
RACISMO

Costa ‘caneco’ /premium

Gabriel Mithá Ribeiro
António Costa faz parte da pertença racial que os moçambicanos bem conhecem e que designam de forma depreciativa por ‘caneco’. Entre os oriundos do Índico 'monhé' sou eu por ter ascendentes islâmicos.

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