Numa (longa) missiva publicada na sua ultima edição online, o ‘CanalMoz’ acusa o ‘Notícias’ de censura. Pelo que se lê na publicação, “a edição de quarta-feira, 26 de Dezembro de 2018, que devia eleger a ‘figura do ano’, não estará na rua, porque a mesma não foi impressa. A impressão devia ter sido feita na gráfica da ‘Sociedade Notícias’, mas os gestores da gráfica receberam alegadas ‘ordens superiores’ para devolverem o cheque do ‘Canal de Moçambique’, que já havia sido entregue ao Departamento Comercial. Numa acção que interpretamos como censura e intolerância política contra o ‘Canal de Moçambique, sem qualquer tipo de explicação, os gestores da gráfica da ‘Sociedade Notícias’, que é sustentada por fundos públicos, rejeitaram o cheque porque receberam ordens para não imprimir o jornal”.
O artigo do ‘CanalMoz’ prossegue:
“Na passada sexta-feira, a Direcção Comercial da ‘Sociedade do Notícias’ telefonou ao nosso Departamento Comercial a informar que já não iria imprimir a edição do ‘Canal de Moçambique’, cuja impressão já havia sido paga, e que deveríamos ir levantar o cheque que estava a ser rejeitado. Todas as nossas tentativas de obter uma explicação convincente sobre as razões da recusa da impressão não obtiveram sucesso, até que um dos dirigentes da daquela empresa nos informou de que haviam recebido alegadas ‘ordens superiores’ para não imprimirem a edição do ‘Canal de Moçambique’”.
A explicação do “Notícias”
Através do seu Administrador Comercial, Rogério Sitoi, a ‘Sociedade Notícias’ reagiu às alegações nos seguintes termos:
“Tanto quanto sabemos, o ‘Canal de Moçambique’ era impresso na gráfica da SOICO. Acontece porém que aquela (gráfica) foi desactivada há coisa de um ano e nessa altura, eles (o ‘Canal’), vieram bater-nos à porta. Todavia nunca foram, e nem são, nossos clientes regulares. Ou seja, eles não estão dentro da nossa ‘carteira de clientes’ – como estão o (próprio) diário ‘O País’, o semanário ‘Dossier e Factos’, ou o ‘Magazine Independente’… O que acontece é que, neste momento, nós próprios estamos com alguns problemas de material-prima – papel, chapas, tinta e solução química – e por essa razão temos estado a priorizar aqueles que efectivamente são os nossos clintes regulares”.
“Tanto quanto sabemos, o ‘Canal de Moçambique’ era impresso na gráfica da SOICO. Acontece porém que aquela (gráfica) foi desactivada há coisa de um ano e nessa altura, eles (o ‘Canal’), vieram bater-nos à porta. Todavia nunca foram, e nem são, nossos clientes regulares. Ou seja, eles não estão dentro da nossa ‘carteira de clientes’ – como estão o (próprio) diário ‘O País’, o semanário ‘Dossier e Factos’, ou o ‘Magazine Independente’… O que acontece é que, neste momento, nós próprios estamos com alguns problemas de material-prima – papel, chapas, tinta e solução química – e por essa razão temos estado a priorizar aqueles que efectivamente são os nossos clintes regulares”.
Quanto à acusação de censura e intolerância política sem qualquer, Rogério Sitoi foi sucinto, claro e conciso:
“Nós no Departamento Comercial não temos qualquer tipo de intervenção em matérias editoriais. Desde que nos paguem e estejamos em condições de imprimir – ou seja, sem os supracitados constrangimentos – fazemo-lo sem qualquer problema. É por isso que, como disse acima, continuamos a imprimir ‘O País’, o ‘Dossiers e Factos’ e o ‘Magazine Independente’. (Carta)
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