30.09.2018 às 11h57
Na conta de Facebook, o major que coordenava a investigação do caso Tancos na PJM mostra arrependimento pela operação de encobrimento montada em torno da recuperação das armas. Quarta-feira será ouvido pelo Ministério Público
Num comunicado divulgado na sua conta pessoal do Facebook, o major Vasco Brazão, ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar (PJM) e investigador principal do assalto aos paióis de Tancos, confessa estar arrependido da operação de encobrimento que foi montada por aquela polícia e pela GNR de Loulé em torno da recuperação das armas furtadas.
“Não sou criminoso nem tão pouco os meus Camaradas de Armas o são. Somos militares. Cumprimos ordens. Estamos prontos para morrer na defesa e na salvaguarda dos interesses Nacionais. Somos formados assim. A salvaguarda dos interesses Nacionais é sempre superior aos interesses individuais. Tenho um misto de sentimentos. Estou arrependido mas de consciência tranquila", escreve o major, que se encontra em missão na República Centro Africana, de onde regressará esta semana para ser ouvido na próxima quarta-feira.
"Em breve vou apresentar-me à Justiça. Infelizmente, por estar na República Centro Africana, ainda não o pude fazer. Nada mais quero que, rapidamente, esclarecer a verdade dos factos", afirma, acrescentando que procurará transmitir ao Ministério Público a "duplicidade de sentimentos", entre o arrependimento e a consciência tranquila, que vive neste momento.
O major, que coordenava a investigação ao caso Tancos na PJM, será o nono arguido do inquérito, juntando-se aos outros sete militares da PJM e da GNR e ao civil que a PJ considera ser o presumível autor do furto.
O diretor da PJM, coronel Luís Vieira, ficou em prisão preventiva, assim como o suspeito do assalto. Os restantes militares que já foram ouvidos saíram em liberdade, com termo de identidade e residência, suspensão de funções e a proibição de manterem contactos entre si.
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