A falta de alimentos está a agravar-se em zonas no norte do país, que estão a ser alvo de ataques de grupos armados. A população está a abandonar as terras, alerta relatório.
A falta de alimentos está a agravar-se em zonas remotas do norte de Moçambique, por causa de ataques de grupos armados que têm levado a população a abandonar terras, alerta um relatório divulgado este domingo.
Em vez de haver um “risco mínimo” de insegurança alimentar, passou a haver “uma situação de stress em áreas afetadas por ataques em Cabo Delgado, onde as famílias são forçadas a abandonar suas casas”, refere o relatório da Rede de Sistemas de Alerta Antecipado de Fome (FEWS Net, sigla inglesa), consultado pela Lusa.
Fontes do governo moçambicano, citadas no relatório, indicam que “muitos agregados familiares deslocados regressaram às suas aldeias [nos últimos meses], enquanto o governo, em coordenação com o Programa Alimentar Mundial (PAM) presta assistência humanitária aos retornados”. No entanto, a rede de vigilância nota que, “recentemente, ocorreram mais ataques, com potencial para aumentar o número de deslocados”.
Se houver mais famílias sem acesso a alimentos e sem realizar atividades agrícolas, a segurança alimentar pode deteriorar-se”, acrescenta.
Numa escala de insegurança alimentar de 01 a 05 (de risco mínimo até fome, respetivamente), a rede coloca a zona litoral da província de Cabo Delgado no nível dois, mas se os ataques continuarem “podem surgir sinais de nível 03 (crise)”.
Desde outubro de 2017 que grupos armados atacam aldeias remotas de Cabo Delgado, fazendo um número indeterminado de mortos, na ordem das dezenas, e um número ainda maior de deslocados. Depois de terem surgido associados a cultos muçulmanos radicais, nomeadamente numa mesquita de Mocímboa da Praia, os grupos que têm atacado as aldeias nunca fizeram nenhuma reivindicação nem deram a conhecer as suas intenções, mas investigadores sugerem que a violência está ligada a redes de tráfico de heroína, marfim, rubis e madeira.
A insegurança alimentar regista “riscos mínimos” na maior parte do resto do país, ou seja, situa-se no nível 01, acrescenta o relatório hoje divulgado, com exceção para situações de crise (nível 03) no Sul (províncias de Gaza e Inhambane) e no interior oeste (Tete). O documento justifica a situação com uma colheita fraca.
Devido aos resultados fracassados da colheita de 2018, ou significativamente abaixo da média, a situação de crise está presentes em áreas semiáridas das regiões sul e central”, aponta o documento.
A previsão meteorológica de médio prazo aponta para uma “redução das chuvas” a sul, o que “provavelmente atrasara a disponibilidade de alimentos” fazendo com que, até janeiro, “mais famílias enfrentem uma situação de crise” no acesso a alimentos, conclui.
O relatório da FEWS Net atualiza um outro publicado em junho em que eram apontados sinais de crise (nível 03) no sul de Moçambique. A maioria da população do país pratica agricultura de subsistência, tirando das suas hortas os produtos com que as famílias se alimentam.
A rede FEWS Net foi criada pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), em 1985, para apoio à tomada de decisões na gestão de apoio humanitário. O risco de insegurança alimentar é classificado de acordo com uma escala de cinco níveis: risco mínimo, stress, crise, emergência e fome.
PERMITIR VOTO COMPROVADO É FALSIFICAR AS ELEIÇÕES
ResponderEliminarUMA CARTA ABERTA AO CHEFE DA REPÚBLICA, A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, A CNE, AO STAE, AO CONCELHO CONSTITUCIONAL, E A TODOS OS MOÇAMBICANOS EM GERAL.
FORAM FEITAS VÁRIAS LEIS PARA REGULAR AS ELEIÇÕES, MAS NÃO FOI FEITA UMA LEI PARA NÃO PERMITIR O VOTO COMPROVADO POR FOTO FEITO POR CELULAR NO CABINE DE VOTAÇÃO.
POLO QUE IMPLORA-SE ÀS ENTIDADES SUPRACITADAS, PARTICULARMENTE AO STAE E AOS MEMBROS DE MESAS, A NÃO PERMITIR O ACESSO DO CELULAR AO CABINE DE VOTAÇÃO.
PEÇO A PUBLICAÇÃO DESTA CARTA