segunda-feira, 2 de julho de 2018

O MATIAS E A ESTRANHA AUSÊNCIA QUE NINGUÉM ESTRANHOU

O MATIAS E A ESTRANHA AUSÊNCIA QUE NINGUÉM ESTRANHOU
Entro atarantado na redacção de um jornal para dar a boa nova.
- Ilustre, o julgamento de Matias Guente é amanhã. – atiro.
O jornalista a quem informo não reage à informação com a mesma emoção.
Sinto-me como um hipopótamo numa loja de porcelanas, que entra a partir tudo por falta de jeito. Devo não ter me dirigido ao jornalista com o devido cuidado, então sou obrigado a rever a minha abordagem.
- Ilustre, vais fazer a cobertura do julgamento de Matias Guente amanhã?
- Não. – responde ele. – Não é minha área.
- E qual é a tua área? – pergunto.
- Desporto.
- E o colega ali?
- Eu! Também não posso cobrir julgamentos.
- Porquê?
- Não é minha área.
- E qual é a tua área?
- Sociedade.
- Talvez aquele outro colega pode.
- Eu não posso, infelizmente. – responde o outro.
- Porquê?
- Sou da área cultural.
- E aquele ali?
- Não pode também. Ele é da área política.
Uma redacção inteira me responde que não vai destacar nenhum repórter para fazer a cobertura do julgamento do meu pobre amigo Matias Guente, pelo que me retirei daquele jornal a matutar com os meus botões se eu estaria bem de cabeça para achar que alguém havia de se preocupar com o assunto para lhe dedicar atenção. O julgamento é amanhã.
Saio de casa logo cedo a caminho do tribunal ciente de que o meu amigo precisa de mim, porque não há-de ser fácil para ele enfrentar aquele julgamento sozinho no banco dos réus por causa da caricatura da administradora e do governador do Banco de Moçambique em grande farra na piscina.
Para além de mim, que não estou propriamente no activo, está um fotógrafo jornalista, a quem lhe foi tirado o direito de acesso à informação pelo oficial de justiça que está de serviço.
- Não é para tirar fotos! – diz o oficial.
- Porquê? – interpelo-o.
- São as regras do tribunal.
Não compreendo muito bem o sentido das regras do tribunal que impedem os jornalistas de fotografar o julgamento.
- Mas este julgamento é público. – argumento.
- Não podem tirar fotos. E ponto final!
- E tomar notas?
- Também não. – responde, com ares de ser um mafioso.
Logo percebo que esta coisa de ser jornalista não é respeitada nada mesmo. Um colega nosso a responder pelo crime de ser jornalista e nós sem podermos fotografar nem tomar notas do julgamento é mesmo reflexo de uma ditadura bufa que se quer impor subtilmente neste país.
Não estranho muito a ausência de muitos colegas de profissão. E porque razão haveriam de ali estar? Não é área deles. É o que dizem os da área política, social, desportiva, económica e cultural.
- É que você Nenane gosta muito dessa coisa de leis e tribunais. – disse uma colega ontem.
- Ele é do jornalismo judiciário. – atirou outra, em jeito de gozo.
- Jornalismo o quê?
- Judiciário!
- Em que páginas fica essa área?
- Nas páginas da cabeça dele.
- Até tem uma associação de jornalistas da área da cabeça dele.
- Só pode ser uma associação de malucos. – sentencia o chefe da redacção. – Vamos trabalhar, colegas. Deixem esse jornalista das leis que gosta de tribunais ir sozinho lá mesmo.
Foi por isso que ontem não precisei de argumentar mais nada para convencer aqueles meus colegas a virem ao julgamento. Podia ter lhes dito que não era para virem fazer cobertura, uma vez que não é área deles, sendo eles da política, da sociedade, do desporto, da economia e da cultura, como dizem, mas sim como colegas de profissão, a fim de prestarem solidariedade a um outro colega que também é da política a ser julgado pelo crime de ser jornalista. Foi por isso que não lhes disse mais nada. Fiquei na minha, com medo de ser enxovalhado naquela redacção a ponto de hoje não poder estar neste tribunal.
Para além de mim e do fotógrafo jornalista, que aqui estamos, ainda que impedidos de fotografar o julgamento assim como de tirar notas, chegam mais dois jornalistas. Jeremias Langa e Fernando Lima. Foram arrolados pelo advogado de defesa João Carlos Trindade como testemunhas. Portanto, não estão aqui para fazer a cobertura do evento, mas sim para testemunhar. Mais tarde, chegariam mais dois jornalistas: José Machicane da Agência Lusa e Erick Charas do jornal @verdade.
É nisso que dá ser maluco. Enquanto todos se esforçam em ser sujeitos normais e que fazem tudo igual, eu do meu lado vou aperfeiçoando cada vez mais e mais a minha maluquez. Os malucos terminam assim mesmo. Sozinhos. Abandonados. Ao Deus dará. Entregues à sua própria sorte, senão mesmo à bicharada. Onde estão os colegas de profissão? Zero. Estão em algum lugar, mas não neste tribunal, onde jamais serão vistos nem achados. Os do jornal Notícias (Júlio Manjate), Domingo (Jorge Rungo), Rádio Moçambique (Antonio Jorge Massuque), Televisão de Moçambique (Cremildo Lipangue), Agência de Informação de Moçambique (Paul Fauvet) onde estão? Zero. Nem um sequer. Os do Savana (Francisco Carmona), do Mediafax (Fernando Mbanze), Zambeze (Egídio Plácido), do Público (Rui de Carvalho), do Magazine Independente (Nelo Cossa), do Dossier & Factos (Serôdio Towo) onde estão afinal? Zero. Os da STV (Olivia Massango), do Pais (Emidio Beula), da TV Sucesso (Felicidade Linda), da Eco TV (Leonardo Costa), da TIM (Alfredo Júnior Lituri Didi), onde estão? Zero. Os correspondentes da Voz da América (Ramos Miguel), da RFI, da DW, da RTP África (Ângela Chin), onde estão afinal? Zero. Borla. Ausência total. Testemunho hoje a história de uma estranha ausência que ninguém estranhou. E não será estranho que ninguém tenha estranhado a estranha ausência que ninguém estranhou?
Podia até se dar o caso de não virem para cobrir o julgamento no caso do mesmo não ser do interesse editorial dos seus órgãos de informação, mas no mínimo podiam ter se lembrado que se trata de um colega que está a ser vítima de uma perseguição judicial terrorista. Eis o estado da classe jornalística.
Por causa de estar a ficar cada vez mais maluco dia após dia, não creio que vá ter hoje um intervalo de lucidez para descansar desta minha loucura de me sentir como se tivesse sido abandonado por todo o mundo justamente no dia em que mais preciso dos meus amigos para ajudarmos o meu amigo Matias Guente a carregar a cruz pesada que lhe foi colocada nas costas pelo sistema opressor. Não se trata de uma cruz para ser carregada por um homem só, ainda mais franzino, como se não bastasse.
De nada adiantam as minhas súplicas. A estranha ausência dos homens da pena é total e o julgamento já decorre. A par da ausência dos colegas da classe jornalística, noto também a estranha ausência das organizações da classe, a começar pelo Sindicato Nacional de Jornalistas (Eduardo Constantino) uma estranha ausência que ninguém estranhou. Notei a ausência do MISA Moçambique ( Lazaro Mabunda), da Associação da Mulher na Comunicação Social, da Rede de Comunicadores Amigos da Criança (Célia Claudina), do Fórum de Rádios Comunitárias de Moçambique (Naldo Dos Santos Chivite), da Rede de Jornalistas Parlamentares de Moçambique (Aurélio Muianga), do Centro de Jornalismo Investigativo (Luís Luis Nhachote), da IREX (Arsenio Manhice) e de todos, uma estranha ausência que ninguém estranhou.
Não vejo ninguém em representação do Conselho Superior da Comunicação Social, uma entidade cujo papel já não sei qual deverá ser, porque chego a entender que será nenhum, tratando-se de uma instituição moribunda que há muito deveria ter sido extinta do que continuar com toda aquela gente improdutiva e sem nada para fazer para além de improvisar relatórios para mandar para o Presidente da República a falar mal da imprensa privada. A estranha ausência que ninguém estranhou estende-se às organizações da sociedade civil no seu todo, da JOINT (Simao Tila) e companhia limitada. Sem excepção.
É vergonhoso quando abandonamos um colega no banco dos réus para responder sozinho por um crime que não cometeu em momento algum. Não estou no tribunal por ser jornalista que gosta de leis, até porque não estou propriamente no activo. Estou aqui porque preciso de confortar o meu amigo Matias Guente face à violência estrutural que lhe está a ser infringida pelo sistema opressor. Logo logo o feitiço irá virar-se contra o feiticeiro, porque não é Guente que está a ser julgado, ainda que esteja ele sentado no banco dos réus. É o sistema opressor que está a ser julgado, por isso há orientações vindas do além para que os jornalistas não registem o momento, assim como não tirem fotos e nem sequer tomem notas. Todo o governo com tendência para a ditadura, a primeira coisa que faz para limitar os direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos, é limitar o acesso à informação, o que equivale, em linha directa, a cortar o acesso ao conhecimento. Querem que o Guente se cale, por isso lhe assustam com intimações e acções judiciais, a fim de que uma vez calado possam eles continuar a fingir que estão a governar quando na verdade estão a comer o dinheiro do povo de fato de banho nas grandes farras das piscinas.
Não obstante o facto de ter sido abandonado por todos, sozinho no banquinho de um cadafalso a responder pelo crime de ter publicado uma caricatura de uma administradora e um governador do Banco de Moçambique numa grande farra numa piscina qualquer e com bebidas alcoólicas à mistura, Guente responde em sua própria defesa para salvar a própria pele com uma eloquência de alguém que acabará por nos defender a todos nós, a fim de que não possamos ser cadastrados de ânimo leve na criminalística como perigosos criminosos, por sermos cidadãos livres e conscientes da nossa condição de pessoas que nasceram livres e iguais em dignidade e em direitos.
Matias Guente defende toda a classe jornalística, apesar desta classe não merecer a defesa dele pela forma como a mesma o abandonou no momento em que mais precisava dela. Guente defende a liberdade de imprensa e de expressão, a liberdade de pensamento, a liberdade artística e de criação, o direito à informação e, em linha directa, a Constituição da República e o Estado de Direito e Democrático. Qualquer tribunal que se dê ao trabalho de querer condenar um jornalista por isso, nada mais estará a fazer senão confirmar que vivemos efectivamente numa ditadura fascista camuflada em Estado de Direito e Democrático. Abandonado pela classe jornalística, alguns com o argumento de que não são da área dos julgamentos mas sim da política, economia, sociedade, desporto e cultura – o que por si só denota uma falta de cultura generalizada no seio dos nossos jornalistas –, sou mesmo levado a questionar: por algum acaso existe uma classe jornalística neste país? Muitos elogiam-me pelo facto de estar a relatar o que aconteceu naquele tribunal, ao que muito agradeço pelo reconhecimento do meu papel. Mas sinceramente, meus senhores. Eu nem sequer estou no activo. Apenas fui lá por uma questão de solidariedade, enquanto os que estão no activo e com o poder do papel e da caneta nas mãos, pura e simplesmente abstiveram-se de se fazer ao tribunal, como se estivessem a mandar uma mensagem inequívoca segundo a qual agora o gajo que se lixe porque aquele puto é um rebelde do raio. Se de facto essa tal classe jornalística existisse, nunca teria nos abandonado como nos abandonou na passada sexta-feira, deixando-nos sozinhos no tribunal. Uma verdadeira falta de comparência. Esta é sim a triste história de uma estranha ausência que ninguém estranhou. E a Luta Continua!
16 comentários
Comentários
NicriSs Manejo Jr. A luta continua e forças aos jornalistas
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Danilo Tiago Puto, escreves bem. A LUTA CONTINUA...
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Estacio Valoi A luta continua!
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João Carlos Trindade Muita lucidez nessa cabeça, meu amigo 'manifestante profissional'... A lucidez que faltou a muitos que não souberam 'ver' a importância de apoiar uma Associação de Jornalismo Judiciário. Estamos juntos, com a mesma determinação de sempre.
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Leonardo Costa Nenane Gostei do teu questionamento tem razão de o fazeres. Recordas quando falei da manifestação que os miúdos estudantes universitários de cabo delgado e Nampula estavam a fazer?( Neste país reúna a divisão de águas - não existe causas) logo- um por todos deus por um.
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Armando Nenane Pode até ser, mas não se resume só nisso. Mas prefiro que marquemos um café, já te disse. Por causa dos serviços secretos!
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Leonardo Costa kkkkkkkk oqui acontece com os serviços secretos?
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Mário João Francisco Francisco tens a reposta. Pode até ser cego mas as radios falam de rapto e tortura de cerebros Leonardo Costa
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Armando Nenane Leonardo Costa, Deus te perdoa por não saberes o que dizes!
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Juma Aiuba "Um colega nosso a responder pelo crime de ser jornalista (...)".
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Sitoi Lutxeque Um crime que merece ser combatido, mas hehehe no Maputo só combate(u) na sexta-feira o meu amigo virtual Armando Nenane e o seu amigo Matias Guente, infelizmente. A luta continua!
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Celso Manguana Manguana Armando Nenane fogo dramático mano. Mas a mim não surpreende! Eu pessoalmente sei o quanto isso é bem verdade. Mas não devia ser!!
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Amonge Rafael Macuacua Sim Senhor, parece que este texto ainda falta, acabei de ler ainda a querer ouvir mais. . . parabens Mano.
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Cecília Massangaie Os jornalistas têm medo de perder o pão é uma pena
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Armando Nenane Há vezes que sinto falta dos meus amigos Júlio MutisseGabriel Muthisse, Jaime Langa e Amosse Macamo, são eles que costumam me abordar para me ensinarem sobre os limites do exercício da liberdade de imprensa e de expressão, que às vezes até, quando vêem que não conseguem me convencer com os seus argumentos costumam copiar os meus postes para os seus murais alegadamente com o intuito de promoverem o alargamento do debate, onde chegam a convocar gajos bons como Elisio Macamo, a quem muito confiam como uma espécie de última unidade militar que fixará a sentença definitiva sobre até onde deve ir a liberdade de imprensa e de expressão. Por incrível que pareça, esses meus amigos decidiram me abandonar hoje, tal como os jornalistas na sua generalidade abandonaram o Matias Guente no banco dos réus. Talvez também não gostam deste tipo de jornalismo que se chama jornalismo judiciário. Equivale a uma nova modalidade nos desportos radicais. Mas apareçam, não há restrições. Nenhum oficial de justiça virá aqui vos impedir de se pronunciaram. Salvo devido respeito pelo direito ao silêncio que vos assiste, dado que há sempre o risco de qualquer coisa que disserem poder ser usada contra vocês. Como nos filmes!
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Zé Joel Eish..
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Martins Cumbane Oi rapaz ta tudo bem contigo? manda o seu contacto.
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Armando Nenane 84 66 04 301
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Zé Tomaz É mesmo vergonhoso tudo o que se está a passar.
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Júlio Mutisse Armando Nenane tenho algo escrito no Jornal Zambeze numa edição de Setembro de 2003 ou 2004 sobre este assunto. Teve a honra de ser incluso nas centrais. Era apenas um estudante finalista de Direito sem experiência nenhuma mas, hoje, se escrevesse não alteraria muito. 
Portanto, as minhas convicções sobre este tema não são meras abordagens militantes etc... São fruto de algum estudo sobre esses fenómenos com pelo menos 13 anos. 
Ademais, se alguém hoje me levar a tribunal por roubo, por exemplo, não tenho que temer. Mesmo que me leve por alguma ofensa não devo temer. Sou pessoa honesta...
Deixem o Sistema funcionar normalmente. O professor Castel Branco está aí... Livre. Foi julgado neste sistema.

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ABSOLVIDO VS CONDENADO
Matias Guente já foi julgado, cabendo agora ao tribunal a tarefa de decidir o destino que irá lhe atribuir, numa história em que a acusação particular coadjuvada pela acusação do Ministério Público pede uma pena de um ano de prisão e uma indemnização de dois milhões de meticais pelos danos morais alegadamente causados pela publicação da caricatura no suplemento humorístico "O Canalha" do semanário "Canal de Moçambique". Enquanto aguardamos serenamente pela sentença, temos agora o nosso novo passa tempo, uma nova brincadeira que, ao ritmo do jornalismo judiciário, vai nos entreter como quando ainda éramos mais novinhos. Para participar neste passa tempo, o ilustre leitor não precisa se alongar nos seus comentários. Basta escrever uma ou outra palavra, conforme o seu entendimento. Das duas, uma: ABSOLVIDO ou CONDENADO. Se quiser ser mais sofisticado, também pode fazer como nos filmes: GUILTY ou NOT GUILTY. Em breve anunciaremos a data da leitura da sentença. E uma, duas e...três: começaram as apostas. Os cinco primeiros participantes têm direito a um prémio especial.
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Vaz de Sousa Absolvido
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Rei Mabandzo Absolvido
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Bertil de Ener Absolvido...
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Inacio Pereira Absolvido
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Cal Barroso Not guilty!
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Salvado Novela Absorvido com sucesso...
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Viegas Benjamim NOT GUILTY.
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Flavio Atanasio Chongola Quero ver a caricatura e a acusação ou Nenane. - Onde vivo só temos acesso à sinal de antena concurso à Zapp e DSTV.
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Fred Sortinho Mucavel Francamente...😁😁😁
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Abdul Tarige Absolvido
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John Eff Goddy NotGuilty
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Rei David Absolvido Com Sucesso! Vitoria Na Guerra!
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Gilder Anibal Not guilty
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Toxx Will Mudannis ABSORVIDOOOOO.
CONDENAR PRA OQUÊ E PARA QUÈM?
QNTS CRIMINOSOS DA FRELIMO MATARAM INOCENTES E JURISTAS FORA CONDENADO?

OS DEVEDORES DAS DIVIDAS PUBLICAS FORAM CONDENADO?
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Edwin Hounnou Absolvido, claramente!
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Rei David Viva Victoria Na Guerra!
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Muhombe Muchin Absolvido.
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Sergio Buque Absolvido.
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Jorge Fernandes Neste País os justos são condenados e os Gebuzas andam livres e felizes.
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Jose Eduardo Absolvido
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Fernando Veloso Eu sou “Canalha”.... Je suis “Canalha”...
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Fernando Veloso Os juizes não são funcionários de quem acusa ...
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Mudungaze Dinguiraye NÃO NOS VÃO CALAR FACILMENTE. Se NÃO sabem viver na cidade voltem para os vossos regulados, mas antes devolvam o DINHEIRO DO POVO....
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Fernando Matico Eu sou "Canalha". Eu serei sempre canalha até ao fim dos meus dias.
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Adelino Branquinho Claro que tem que ser absolvido. Quem não gosta de ser caricaturizado, o problema é dele; e não do cartoon. Ora bolas, eu no teatro faço caricaturas de personagens ridículas, porque o merecem. A justiça verdadeira, não deve pactuar com julgamentos estúpidos, ridículos e muito menos caricatos.
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Arnaldo Soares Mendes absolvido, natutalmente
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Joaquina Joaquim Absorvidicissimo. Kkkk
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Artur R Jaquene Naturalmente impossível por algemas em toda narrativa de um povo desprovido de Seus direitos fundamentais como a Leberdade de expressão conjugados com muitos outiros direitos, como a proteção financeira do erário público que garante a dignidade humana.
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Silvia Soares Absolvido.
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Star Neves Com esta crise lamento imenso mas vão Condena lo.
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SirAilton Bento NOT GUILTY!
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Jorge Jone Absolvido
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Naine Mondlane Absolvido!
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Isack Pilonthy Alela Absolvidooooo!
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Momade Braimo Absolvido
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Spirous Pelembe Not Guilty
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Duclesio Chico Absolvido
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Felix Vicente ABSOLVIDO wm letras bem grandes.
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Felix Vicente Dizia emh

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