ATÉ SEMPRE, IRMÃ DOROTEIA…
«Deus é ordem.
E ordem é Deus»!…
E ordem é Deus»!…
Esta frase, “canonizada” pela saudosa e reverenda Irmã Doroteia, ficará para sempre na memória de todos quantos a conheceram. Especialmente os paroquianos da Igreja de Stª Ana da Munhuana, a que pertenceu – e serviu – durante os seus 102 anos de vida.
Acredito que até à data da sua morte (na tarde do último sábado, 21) ela era a irmã de caridade mais velha de Moçambique. Pelo menos a nível da Diocese de Maputo, era seguramente.
Acredito que até à data da sua morte (na tarde do último sábado, 21) ela era a irmã de caridade mais velha de Moçambique. Pelo menos a nível da Diocese de Maputo, era seguramente.
Os restos mortais da Irmã Doroteia de Jesus Alves foram a enterrar, esta tarde, no cemitério de Lhanguene. A cerimonia foi precedida de um velório bastante emocionante, na Munhuana, com missa dirigida pelo próprio Arcebispo Dom Francisco Chimoio – lider máximo da Igreja Católica em Moçambique.
A história de vida da irmã Doroteia confunde-se com a história da Paroquia de Stª Ana, fundada há 109 anos, por grupo de familias de origem goesa que viviam justamente ali nas redondezas, no bairro da Munhuana – de entre as quais, a familia Alves.
Portanto, sete anos depois do surgimento da paróquia nasceu a Irmã Doroteia. Foi Baptizada, fez a Comunhão Solene, o Crisma e enveredou pela vida religiosa – como freira – tudo ali… Aquela foi, é, e sempre será, literalmente, a sua casa.
Portanto, sete anos depois do surgimento da paróquia nasceu a Irmã Doroteia. Foi Baptizada, fez a Comunhão Solene, o Crisma e enveredou pela vida religiosa – como freira – tudo ali… Aquela foi, é, e sempre será, literalmente, a sua casa.
Ela foi a “catequista dos catequistas”, ao longo de várias gerações. Sempre atenta a tudo à sua volta, e pronta a repreender comportamentos desviantes. Especialmente as meninas mais jovens, sabe(ia)m bem o que dela iriam “ouvir” se ousassem aparecer na igreja de mini-saia, pinturas exageradas… ou, simplesmente, se passassem por ela sem dizer um “bom dia”…
E diz quem conviveu directamente com ela, que mesmo na rua ou no dumba-nengue, a madre era assim… eh eh eh
E diz quem conviveu directamente com ela, que mesmo na rua ou no dumba-nengue, a madre era assim… eh eh eh
Nos últimos anos – apesar da idade – era frequente vê-la, aos domingos, à entrada da igreja a coordenar o pessoal que vende Terços, livros sagrados, imagens de santos e outras coisas que normalmente se adquirem ali, em dias de missa (ou não tivesse ela aquele sangue indiano… eh eh eh)
No dia 10 de Abril de 2016, data do seu 100º aniversário natalicio, a Paróquia da Munhuana organizou uma celebração eucarística, em sua homenagem. Hoje foi a última sessão solene em que o seu corpo esteve presente na “sua”/nossa igreja…
Até sempre, Irmã Doroteia…
God bless
Até sempre, Irmã Doroteia…
God bless
(PS: A foto, extraída da net, é antiga, claro… Não obstante, não está muito diferente da Irmã Doroteia dos ultimos dias – mais ruga, menos ruga)
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