quinta-feira, 26 de julho de 2018

Advogado não sabia que Nini Satar estava na Tailândia


Advogado não sabia que Nini Satar estava na Tailândia
Da fama das grutas à detenção de um dos moçambicanos mais procurados. O Reino da Tailândia era, provavelmente, o esconderijo de Momad Assif Abdul Satar, mais conhecido por Nini Satar, fora do conhecimento do advogado que esteve à frente da sua soltura e do expediente que permitiu a sua saída para “tratamentos médicos” no estrangeiro.
O advogado Damião Cumbane ficou surpreendido quando a informação passou nas televisões, na noite desta quarta-feira, dando conta da captura do seu constituinte na Tailândia. “O que está no processo é que pediu autorização para à Índia, para tratamento médico, mas depois houve situações que ditaram que alguma assistência de que carecia a Índia não oferecia, então, teve de pedir autorização no sentido de se deslocar à Inglaterra. É a última informação que tenho”.
Visto que tinha perdido contacto com Satar, Cumbane não sabia que se encontrava na Tailândia: “foi uma surpresa para mim”, afirmou. e, perante este cenário, não sabe dizer quais são os passos subsequentes: “tudo o que se segue é uma matéria de exclusiva competência e responsabilidade da Procuradoria-Geral da República”.
O jurista não tem informação detalhada sobre os crimes de que Satar é acusado. “Que eu saiba, houve tantos processos de réus envolvidos em casos de raptos ou cárcere privado nos quais não me constou que Nini Satar tivesse sido pronunciado. agora, meras referências do senso comum, acho que aquilo parte de simples confusões criadas; interrogatórios mal feitos podem conduzir a isso”.
Por sua vez, o criminalista Elísio de Sousa considera que Nini Satar poderá cumprir integralmente a pena pela qual foi condenado, caso se prove que quebrou os pressupostos da liberdade condicional. “É preciso que fique claro que todo o tempo em que o cidadão esteve ausente do país não vai contar para efeitos da pena. Significa que não serão necessariamente os 12 anos que sobram, mas serão os anos em que cumpriu fora, menos os dias em que esteve em liberdade quando havia sido emitido um mandado de captura”, disse o criminalista.
Como esclarece o comunicado emitido ontem pela Procuradoria-Geral da República, decorrem diligências para o repatriamento do visado. A partir do momento em que o mesmo estiver em Moçambique, poderá ser conhecida a acusação do Ministério Público.

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