África igual a si!
A Nigéria esteve em vantagem duas vezes: quando o jogo estava zero a zero e quando chegaram ao empate 1-1. Ao invés de contra-atacar para manter o resultado e quiçá marcar mais, a Nigéria ficou convencida que já tinha ganho o jogo a faltarem uns bons minutos para o fim da partida.
A Nigéria esteve em vantagem duas vezes: quando o jogo estava zero a zero e quando chegaram ao empate 1-1. Ao invés de contra-atacar para manter o resultado e quiçá marcar mais, a Nigéria ficou convencida que já tinha ganho o jogo a faltarem uns bons minutos para o fim da partida.
A Nigéria poderia ter contra-atacado mais, poderia ter controlado mais a bola e de facto ganhar o jogo.
Está situação nos leva à nossa própria realidade, quando temos a chance de vencer, nos auto-boicotamos por causa da vaidade que não conseguimos conter, que nos convence que somos os tais. Mal começamos a trabalhar já querem o ir ao banco pedir dinheiro para comprar um Mercedes. Mal há sinal de que o país vai facturar com o gás e lá nos endividamos e o dinheiro some. Resultado: perdemos. Perdemos a oportunidade de crescer sustentavelmente e perdemos o jogo.
Houve vários erros:
1. A estratégia do treinador foi fraca e, tudo indica, que não aproveitou o intervalo para re-estrategizar a actuação da Nigéria. É que aquela Argentina não é a mesma que vimos jogar antes. Aquela Argentina tinha aquilo de chamamos de "nhongwa" e queria ganhar. E diga-se: esteve muito bem e mereceu ganhar.
2. O treinador só fez substituição nos últimos cinco minuto do jogo, quase no tempo compensatório. Tarde demais. Aos 70 e poucos minutos devia fazer algumas substituições para injectar nova energia. A Argentina fez isso é o resultado foi um bonito segundo golo.
3. A justeza da arbitragem pode ser questionada nalgum casos. Houve duas faltas que não cobradas: uma foi aquele chute no pé do jogador da Nigéria, que até daria um amarelo, e o segundo foi aquela cabeçada falhada que foi dar na "mão". Ali seria um pênalti (se a Nigéria marcaria, não vem ao caso), mas seria justo cobrar. Para quem viu o jogo do Irão sabe do que falo. Não vou falar do pé na cara porque há tecnicalidades futebolísticas que não domino.
1. A estratégia do treinador foi fraca e, tudo indica, que não aproveitou o intervalo para re-estrategizar a actuação da Nigéria. É que aquela Argentina não é a mesma que vimos jogar antes. Aquela Argentina tinha aquilo de chamamos de "nhongwa" e queria ganhar. E diga-se: esteve muito bem e mereceu ganhar.
2. O treinador só fez substituição nos últimos cinco minuto do jogo, quase no tempo compensatório. Tarde demais. Aos 70 e poucos minutos devia fazer algumas substituições para injectar nova energia. A Argentina fez isso é o resultado foi um bonito segundo golo.
3. A justeza da arbitragem pode ser questionada nalgum casos. Houve duas faltas que não cobradas: uma foi aquele chute no pé do jogador da Nigéria, que até daria um amarelo, e o segundo foi aquela cabeçada falhada que foi dar na "mão". Ali seria um pênalti (se a Nigéria marcaria, não vem ao caso), mas seria justo cobrar. Para quem viu o jogo do Irão sabe do que falo. Não vou falar do pé na cara porque há tecnicalidades futebolísticas que não domino.
Moral da estoria: morremos na praia com tudo para dar certo. Os interesses e/ou hipotética intervenção da FIFA para não permitir que uma equipa como a Argentina fosse para casa cedo e a possibilidade de o seleccionar ter vendido o jogo com um táctica muito fragil; não são relevantes porque a Nigéria ficou vaidosa cedo e esqueceu que o ataque, nestes casos, é a melhor defesa, e ficou ali a brincar e a cansar-se.
Portanto, não adianta acusar mão externa, que tem as suas responsabilidades, mas o maior obstáculo ao nosso avanço somos nós mesmos que não mudamos de táctica quando nos vemos encurralados, que oferecemos de bandeja o ouro ao bandido convencidos de que já somos ricos, quando só estamos endinheirados e dinheiro é com o sal: evapora-se.
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