Co-fundador da aplicação de troca de mensagens decidiu afastar-se. Serviço é detido pela empresa liderada por Mark Zuckerberg.
Jan Koum, um dos co-fundadores do WhatsApp, anunciou nesta segunda-feira que irá abandonar a direcção da empresa, devido a desacordos com o Facebook — que desde 2014 detém a aplicação de mensagens — em relação à privacidade de dados. A notícia foi avançada pelo Washington Post e confirmada horas depois pelo próprio no Facebook.
Actualmente, o serviço de mensagens tem mais de mil milhões de utilizadores activos em tudo o mundo. A aplicação foi vendida ao Facebook por 19 mil milhões de dólares. Sem explicar quais as razões do seu afastamento, Koum escreveu que “está na altura de avançar”. No entanto, a imprensa norte-americana escreve que em causa estará a intenção de Mark Zuckerberg de enfraquecer a encriptação das mensagens trocadas no WhatsApp. Koum tinha pedido, pelo contrário, mais protecção para os dados dos utilizadores, algo a que o Facebook não acedeu.
“Já passou quase uma década desde que eu e o Brian lançámos o WhatsApp e tem sido uma jornada incrível com pessoas excelentes. Mas está na altura de avançar”, lê-se na sua declaração.
“Estou a sair numa altura em que as pessoas estão a usar o WhatsApp de formas que nunca imaginei. A equipa está mais forte do que nunca e vai continuar a produzir coisas incríveis. Vou tirar um tempo para fazer coisas de que gosto fora da área da tecnologia, tais como coleccionar Porsches raros, trabalhar nos meus carros e jogar frisbee. Continuarei a torcer pelo WhatsApp, mas do lado de fora", conclui o co-fundador.
Em resposta à sua publicação, Mark Zuckerberg agradeceu a Koum por todo o seu trabalho “para ajudar a conectar o mundo” e por tudo o que lhe ensinou “incluindo a encriptação e a habilidade de tirar o poder dos sistemas centralizados e colocá-lo de volta nas mãos das pessoas. Esses valores sempre estarão no coração do WhatsApp”, garantiu o fundador do Facebook
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