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Escrito por Emildo Sambo em 31 Maio 2018 |
A Ministra da Saúde, Nazira Abdula, insiste que os quadros da instituição que dirige, os profissionais de saúde e os dirigentes de outras áreas que lidam com a saúde no país devem promover “acções concretas para desencorajar e acabar com a corrupção, o mau atendimento e o roubo de medicamentos” nas unidades sanitárias, bem como quer “evidências da melhoria da qualidade dos serviços” prestados à população.
Ela considerou que o povo não admite, de um agente de saúde, um comportamento contrário ao estabelecido com vista a assegurar o bom atendimento e a sua satisfação.
“Queremos acções concretas para desencorajar e acabar a corrupção no nosso seio (...) e evidências da melhoria da qualidade dos serviços de saúde à nossa população em função dos investimentos que têm sido feitos pelo governo no alargamento e apetrechamento da rede hospitalar. A satisfação do utente continuará a ser o nosso farol de orientação”, disse a governante.
Falando na abertura do quadragésimo terceiro Conselho Coordenador Nacional de Saúde, que decorre desde quarta-feira (30) até sexta-feira (01), em Maputo, sob o lema “Fortalecendo os Cuidados de Saúde Primários para Mais e Melhores Serviços”, Nazira Abdula reconheceu que, apesar das melhorias significativas registadas no sector que dirige, “os ganhos ainda não alcançaram as metas desejadas e não são uniformes em todo o país”.
No evento, serão definidas as prioridades para o próximo ano, tendo em conta as acções inscritas no Plano Estratégico do Sector (2014-2019), tais como o aumento do acesso e utilização dos serviços de saúde, melhoria da qualidade e o fortalecimento do Sistema Nacional de Saúde (SNS).
No que diz respeito à situação epidemiológica, esta ainda é dominada por um elevado peso de doenças transmissíveis e, paralelamente, as enfermidades não transmissíveis, nomeadamente “a diabetes, o cancro, a hipertensão arterial, as doenças cardiovasculares e o trauma, principalmente por acidente de viação, também estão a tornar-se uma grande preocupação”, afirmou a Nazira Abdula.
O trauma, por exemplo, “já representa um problema de saúde pública que requer a nossa pronta e adequada resposta para minimizar o efeito no cidadão”, acrescentou sublinhando a necessidade de se promover saúde e o envolvimento comunitário no sentido de garantir que as comunidades estejam mais e melhor informadas sobre estilos e hábitos de vida saudáveis, o seu papel na promoção da saúde colectiva, a sua contribuição para reduzir a mortalidade materna infantil e aumentar a prevenção da desnutrição crónica.
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