O ex-ditador boliviano Luis García Meza morreu hoje aos 88 anos num hospital militar da capital da Bolívia
García Meza morreu esta madrugada depois de sofrer uma paragem cardíaca, consequência da deterioração da sua condição física ao longo dos últimos meses, disse o advogado de Meza, Frank Campero.
O advogado recordou que o ex-ditador e militar foi operado há 20 anos, para receber uma nova válvula no coração, e que devido à sua idade não seria possível voltar a operá-lo.
"Ter estes enfartes de forma prolongada e contínua acabou com a sua vida hoje às 03:00 (08:00 de Lisboa), aproximadamente", indicou.
O ex-ditador foi condenado a reclusão na prisão de alta segurança de Chonchocoro.
García Meza passou os últimos cinco anos internado num hospital militar de La Paz devido a problemas cardíacos.
Há dois anos foi-lhe recusada uma petição para sair em liberdade condicional.
Em janeiro de 2017, o Tribunal de Roma condenou García Meza e outros sete ex-militares da América Latina a prisão perpétua por crimes cometidos contra italo-latinoamericanos na denominada Operação Condor, uma aliança político-militar entre os regimes da América Latina nas décadas de 1970 e 1980 para coordenar a repressão à oposição às ditaduras vigentes.
Nessa altura, a defesa anunciou que iria recorrer da sentença por considerar que o ex-ditador não teve oportunidade de se defender no processo conduzido em Itália.
Em 1981 cedeu a Presidência da República a uma Junta de Generais, que nomeou Celso Torrelio presidente do país.
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