sábado, 28 de abril de 2018

Morreu o bebé Alfie Evans que tinha uma doença degenerativa e foi alvo de uma batalha judicial. Pais estão “desconsolados”


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O bebé britânico Alfie Evans, de 23 meses, que tinha uma doença neurológica degenerativa e cujos pais travaram uma batalha judicial para o tratarem em Itália, morreu hoje, informou o pai, Tom Evans.
RAFAL GUZ/EPA

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  • Agência Lusa
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O bebé britânico Alfie Evans, de 23 meses, que tinha uma doença neurológica degenerativa e cujos pais travaram uma batalha judicial para o tratarem em Itália, morreu este sábado, informou o seu pai, Tom Evans.
Numa mensagem colocada na rede social Facebook, Tom Evans escreveu: “O meu gladiador ganhou o seu escudo e as suas asas às 02.30 … absolutamente desconsolado.”
Os pais de Alfie tinham tentado, sem sucesso, que a justiça britânica os autorizasse a levar a criança para Itália.
A criança tinha uma condição neurológica degenerativa incurável e os médicos britânicos diziam que qualquer tratamento adicional era fútil, mas os pais pretendiam levar o bebé para um hospital em Itália, onde ele seria mantido em suporte de vida.
Todos os recursos interpostos separadamente pelos pais — que beneficiam do apoio do papa e do Governo italiano — “serão rejeitados”, declarou o juiz Andrew McFarlane, do Supremo Tribunal de Londres na última quarta-feira.
A batalha legal entre os pais de Alfie e os médicos, que durou meses, teve intervenções do papa Francisco e das autoridades italianas, que apoiaram as pretensões da família de que o filho recebesse tratamento num hospital do Vaticano, concedendo-lhe a cidadania italiana.
Os médicos que trataram Alfie no Hospital Pediátrico Alder Hey, em Liverpool, referiam que o bebé estava num “estado semivegetativo”, em resultado de uma doença degenerativa do cérebro que não conseguiram identificar com precisão, que a sua atividade cerebral é reduzida e que é inútil proceder a mais tratamentos.
Na segunda-feira passada, o Ministério dos Negócios Estrangeiros italiano anunciou ter concedido a Alfie a cidadania italiana para facilitar a sua chegada e transporte.
Ao abrigo da lei britânica, é comum os tribunais intervirem quando pais e médicos discordam quanto ao tratamento de uma criança doente.
Em tais casos, os direitos da criança têm primazia sobre o direito dos pais a decidir o que é melhor para os filhos.
Luis Cunha
1 h
"Os direitos da criança têm primazia sobre o direito dos pais a decidir o que é melhor para os filhos" --  esta conclusão é de quem não percebeu nada, nada, do problema. O que está em causa é quem tem o direito de interpretar os direitos da criança: os pais ou o hospital. E o juiz decidiu a favor do hospital, num precedente preocupante que desvaloriza o papel da família em situações criticas de saúde quando o próprio doente não se pode pronunciar. E o mais grave é que o hospital decidiu conscientemente que era melhor para a criança morrer do que ser levada para outro hospital. E levou a cabo a sentença de morte que estabeleceu com a ajuda do juiz.

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fernando simoes
4 m
É a mais abjecta miséria humana, quando o homem acha que pode decidir sobre quem pode viver e quem deve morrer. A partir de agora a vida de cada um vai estar nas mãos de quem tiver o poder de decidir, mesmo que decida pelos outros, e de acordo com os "seus" critérios, os quais vão obviamente mudando ao sabor das marés. Isto sim é de meter medo.
João Lopes
18 m
"A luta do bebê Alfie Evans e de seus pais Kate e Thomas pela vida e pela liberdade desafiou a medicina, a lei, a burocracia, as ideologias do descarte, a ideologia (disfarçada de democracia) do Estado totalitário e até mesmo a própria morte, que aguardava Alfie, quase inexorável, nos momentos se-guintes à desconexão do seu suporte vital". Foi assim eutanasiada pelo poder britânico uma criança bonita e inocente, contra a vontade dos pais e de muita gente em todo o mundo! Criminosos! Assassinos!

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