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JORNAL TXOPELA, 25 de Abril de 2018 • Ano III • Edição 93
Quelimane, 25 de Abril de 2018 • Ano III • Edição 93
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Director Editorial: Zito do Rosario Ossumane
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A neglicência politica!
Desabamento da ponte em Inhangome ceifa vida
“Não queremos
martirizar os munícipes”
Frelimo na AM de Quelimane vota contra o aumento de taxas
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JORNAL TXOPELA, 25 de Abril de 2018 • Ano III • Edição 93
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Café Central
Editorial
Políticos sem escrúpulo
Quando se aproxima o momento de eleições em África, particularmente
em Moçambique, assistimos o surgimento de vários
partidos como de cogumelo se trata-se, mas, quando o processo
se encera, muitos destes, sucumbem. E outros, nunca os vemos a
convocar congressos para purificar a máquina, como sói dizer-se
no seio dos partidos políticos. Ou então, a desenhar estratégias
para enamorar o eleitorado.
Todavia, alguns desses partidos quando perdem, nunca os vi,
a reconhecer a derrota e em seguida felicitar o vencedor do escrutínio.
Será que, as eleições é que são viciadas ou há um ciclo
vicioso, que sempre que um partido no continente é derrotado,
a justificativa sempre limita-se, “houve roubo ou viciação das
preferências do eleitorado”. Pode a vir ser um facto, mas não vire
um hábito faz favor.
Num país, onde a democracia, cada vez mais esta sendo solidificada,
mercê da literacia do povo, existência de organizações
não-governamentais e da sociedade civil, que tem contribuído de
forma significativa na consolidação de um estado democrático.
Portanto, a ética e disciplina politica, ainda é chamada no seio dos
partidos. Embora, muitos dos que enveredam à política serem na
sua maioria para saciar a sua fome junto da prole, não o povo.
Não se explica que um individuo consciente, com mente moralmente
sã, se esqueça do seu patrão. Infelizmente, nessa perola,
é possível notar coisas de género, em que, o eleitorado só é importante,
no momento de caça ao voto, onde todos os políticos
encarnam-se de ovelha, enquanto, é um autêntico lobo, só espera
ter a chance de ganhar, para mostrar a verdadeira característica
de um verdadeiro ignorante, mentiroso, que relega o povo seu
verdadeiro e exímio patrão, ao último plano.
Enquanto o povo chora, porque a vida na perola vai de mal a pior,
por culpa de (des) conhecidos por muitos, e que prometeram-nos
vida melhor, e que nos procuraram um dia, que fomos tão preponderantes.
Hoje, não pode acontecer o mesmo, por culpa da
doçura do poder, fomos esquecidos. A crise que se vive no país,
os escândalos financeiros que até hoje procuram-se os culpados,
a subida dos combustíveis, energia entre outros mais ou menos
relevantes dependendo da classe social, ainda vamos que digerir.
Infelizmente, a dita EMATUM, nunca nos brindou a mesa com
seu prato de atum pois não? Claro, não me lembro ouvir a mana
de Mavago, Cobue, Cazimbe, Berua, Tsangano, corromana, Boroma,
Larde, Muedumbe, Mafambisse, Massinga, Inharrime tanto
como Marracuene e Boane me segredarem que deliciaram do
Atum. Entretanto, só falam a cada dia de subida desacerbada de
produtos de primeira necessidade.
Pesadelo ainda vivem a maioria de compatriotas, desta perola
do indico. Onde podemos perceber que a culpa de um grupo de
políticos, ainda inferniza, e continuará a infernizar esta nação humilde.
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Quelimane- República de Moçambique
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sociais do Jornal Txopela, os melhores
serão publicados aqui
É sem duvida o melhor jornal da
região centro, o aspecto gráfico
e o jornalismo cultivado pela redacção
é recomendável, contudo
há um porém, gostava que abordassem
assuntos de toda região
centro, é-me difícil ler noticias de
Tete por exemplo neste periódico.
Um forte abraço
De Tete, Alexandre Almeida
Sugiro a inserção de uma coluna
no Jornal Txopela dedicada a
cartas dos leitores, queremos
contribuir com as nossas opiniões
e visões sobre a província e o Pais
nesta publicação. Aproveito a endereçar
cumprimentos a equipe
redactorial e a minha família em
Nampula.
De Nampula, Amilton Ginove
O Centro Ponto de Encontro em
Quelimane continua a ocupar o
seu lugar de referencia no panorama
cultural da cidade, está segunda-feira
acolheu mais um evento.
Você pode acompanhar todos os
eventos ao nível da cidade de Quelimane
através do nosso instagram
www.instagram/jornal_txopela
Benone Mateus
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JORNAL TXOPELA, 25 de Abril de 2018 • Ano III • Edição 93
A bancada da Frelimo na
Assembleia Municipal de
Quelimane votou contra
a proposta do código de
Posturas Municipais e aumento de
taxas ao nível da autarquia de Quelimane.
A posição é justificada por
Rijone Bombino, chefe da bancada
daquela formação politica como
sendo a forma que encontraram
para não martirizar os munícipes
em ano de recessão económica.
A Assembleia Municipal de Quelimane
esteve reunida está segunda
e terça-feira na primeira sessão
ordinária do órgão para deliberar
sobre a proposta do calendário das
sessões da assembleia Municipal
para o ano de 2018, relatório balanço
das actividades do Conselho
Municipal referentes ao ano de
2017, e a aprovação da tabela de
taxas municipais.
No que diz respeito a aprovação
da tabela de taxas municipais o
partido Frelimo na AM refere que
há uma clara intenção do executo
municipal em sufocar cada vez
mais o pacato cidadão, o entendimento
daquela formação politica
é de que não faz sentido um aumento
exponencial de encargos
para os munícipes num período de
escassez de recursos financeiros
no Pais. “Para a aplicação destas
taxas era preciso um trabalho de
consulta prévia a diversas forças
vivas, tendo em conta que o destino
é o munícipe que tem de arcar
com todos os custos ”.
A Frelimo na AM acusa o executivo
em conluio com o partido
maioritário naquele órgão o MDM
de tentar sufocar os munícipes
da autarquia, defendendo que o
aumento das taxas não tem fundamentação
“queremos saber as
razoes dos aumentos, as tabelas
que nos foram apresentadas não
explicam as razoes dos aumentos
dos valores e isso preocupa-nos,
não queremos assumir responsabilidades
perante os munícipes sem
que hajam razoes justificáveis que
levam ao aumento ” — justificou
Frelimo na AM de Quelimane vota contra o aumento de taxas
Rijone Bombino.
Os bens de consumo imediato por
exemplo a tabela de taxas municipais
que foi aprovada pela maioria
do Movimento Democrático
de Moçambique explica que dos 5
meticais desembolsados anteriormente,
os comerciantes passaram
a pagar 10 meticais, “há pessoas
cujo lucro é exactamente esse nas
barracas nos bairros, como é possível
martirizar os pobres desta
forma?” lamenta o nosso entrevistado.
BANCADA DO MDM NA
AM REAGE E…
O que diz não se entende
Na entrevista concedida ao Jornal
Txopela para explicar as razoes
que ditaram para que a bancada
do MDM votasse a favor do
documento que estabelece o aumento
das taxas ao nível da autarquia,
File Salato actual chefe
da bancada daquele partido que
constitui a maioria naquele órgão
deliberativo começou por elogiar
a prestação do governo municipal
para depois acrescentar “tudo que
está sendo feito pelo executivo a
margem da lei é para o bem dos
anseios dos munícipes em que eu
faço parte como munícipe desta
cidade”.
Em jeito de pergunta insistência
os jornalistas buscaram perceber
qual é a avaliação que o MDM
fez ao documento de aumento
de taxas municipais e com que
base o Movimento Democrático
de Moçambique votou a favor, o
nosso interlocutor respondeu nos
seguintes termos “é por causa das
dividas ocultas contraídas pelo
governo deste País, o governo do
partido Frelimo que está a criar
problemas colaterais”.
Questionado se o MDM percebia
e avaliou o impacto que os aumentos
poderão gerar na vida dos
munícipes de baixa renda, o chefe
da bancada do MDM na Assembleia
Municipal, vociferou que “o
combustível subiu, outras taxas
subiram, produtos da primeira
necessidade todos subiram,
porque é que o executivo municipal
não poderá andar na mesma
linhagem”
“Não queremos
martirizar os munícipes”
Politica
PUB.
Venha neste domingo
para receber a palavra da
salvação, profecia e cura
em nome de Jesus.
Com General Maior de
Deus Apóstolo Doutor
Godfrey Buleque.
A sua vida nunca será a
mesma!
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JORNAL TXOPELA, 25 de Abril de 2018 • Ano III • Edição 93
Areconstrução dos
factos, reportagem
traz uma cronologia
dos acontecimentos
que culminaram com o desabamento
da ponte sobre o
rio Inhangome e mostra as
consequências económicas e
sociais deste incidente.
A ponte que dá acesso a unidade
residencial de Inhangome foi construída
em 2013, por uma empresa
pertencente ao ex-candidato do
partido Frelimo à presidência do
Conselho Municipal de Quelimane,
Aboobacar Bico já falecido, que
perdeu a corrida a favor do actual
autarca de Quelimane, Manuel de
Araújo nas intercalares de 2011.
Segundo apurou o Jornal Txopela
a infraestrutura custou aos cofres
do Distrito de Quelimane um total
de 7 milhões de meticais; estreita e
feita a base de madeira a ponte não
permite a passagem de viaturas,
possibilitando motorizadas, bicicletas
e transito peão apenas.
Inhangome dista a cerca de 12
quilómetros do centro da cidade
de Quelimane, a população é dependente
a 100% de quase todos os
serviços básicos da urbe. Passados
três anos depois da sua construção
e entrega à população, a infraestrutura
começou a apresentar problemas
na sua estrutura de suporte,
Desabamento da ponte em Inhangome
está a ceifar vidas humanas
aos 15 de setembro de 2016 o
Jornal Txopela publicou uma
reportagem: “Inhangome,
desabamento eminente da
ponte” a reportagem denunciava
o estado de abandono a que a
população estava votada com uma
ponte que a qualquer momento
poderia ruir, previsão acertada (?).
Facto é que é responsabilidade do
Conselho Municipal de Quelimane
a construção e manutenção de infraestruturas
daquele porte ao nível
do raio autárquico, a pergunta
logica que se pode fazer é porque é
que o governo do distrito a 6 anos
atras invadiu competências e responsabilidades
da autarquia em
uma área que não lhe diz respeito?
Publicamos a seguir EXTRACTO
FIEL DA REPORTAGEM PUBLICADA
A 15 DE SETEMBRO
DE 2016 PELO JORNAL TXOPELA.
“A garantia foi recentemente dada
pelo chefe do pelouro de Urbanização
e Construção do CMCQ, Yassin
Calú, quando abordado pela
imprensa a respeito daquela infraestrutura
que já há algum tempo
não oferece garantias de segurança
para os utentes, devido ao estado
de inclinação que apresenta neste
momento, declive condicionado
pelo nível freático do solo.
Facto é que a população de Inhangome
recorre a zona do Chuabo
Dembe, portanto, outro lado
da ponte e ou a zona cimento da
cidade para poder ter acesso a todos
os serviços básicos, como é o
caso de educação, saúde, comércio,
inclusive água para o consumo
quotidiano, daí que o possível desabamento
da ponte em referência
vê-se como sendo um total isolamento
daquela população.
Calú explicou que já foi feito um
levantamento naquela ponte mas
a condição do terreno, do ponto
de vista de consistência é bastante
complexo. A alguns meses atrás,
segundo deu a conhecer “esteve em
Quelimane uma equipa que vinha
fazer um estudo de viabilidade, fizeram
o levantamento e perderam
duas sondas, (um instrumento que
serve para perfurar os solos, com
camera e após ser introduzida, relata
a condição do solo inclusive o
nível de profundidade aonde pode
se encontrar solos consistentes) ”.
O nosso interlocutor disse ser
necessário um estudo bastante
aprofundado. Neste momento pretende-se
fazer um levantamento
em volta de todo rio para perceber-se
qual é o sítio mais fácil para
alterar a colocação da ponte, pois
segundo avançou é melhor alterar
a ponte do que manter aquela que
possui cerca de 18 metros e colocada
num sítio movediço como
aquele, que não pode assentar pilares
de betão muito menos uma
ponte metálica.
“O Edil de Quelimane, Manuel de
Araújo, tem muitos planos com
a zona residencial de Inhangome
devido a falta de infraestruturas
sócias vitais para a vida da população”
e continuou “Inhangome
não tem centro de saúde, não tem
nenhum estabelecimento comercial
e nem qualquer outra instituição
do Conselho Municipal senão
a casa do secretário, então há aqui
um nosso interesse de implantarmos
infraestruturas sócias naquele
ponto da cidade, todavia estas infraestruturas
que devem ser implantadas
dependem da via de
acesso”, - explicou.
O vereador disse não ser por má-
fé que a ponte não é feita mas sim
evita -se fazer uma borrada como
ele mesmo designou a actualmente
existente .
O nosso interlocutor, avançou a necessidade
de se colocar uma ponte
que seja mais fiável ou seja de construção
convencional que permita
a passagem de viaturas, facto que
não acontece actualmente.
Entretanto, apesar da vontade de
colocar uma ponte que seja mais
condigna, diga-se, o nosso interlocutor
não avança datas sobre a concretização
desta acção, e pelo que
se pode entender, se a ponte ceder
Grande Reportagem
A neglicência politica!
Zito do Rosário Ossumane
zito.ossumane@jornaltxopela.com
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JORNAL TXOPELA, 25 de Abril de 2018 • Ano III • Edição 93
daqui a algum tempo, a população
de Inhangome poderá ver-se preza
naquela zona, como anteriormente
o mencionamos.
Segundo apuramos ainda do nosso
interlocutor, para colocação de
uma ponte de betão no local em
referência são necessários mais
de setenta milhões de dólares um
valor que a edilidade não possui,
facto que pode fazer com que a
pretensão da edilidade de colocar
uma ponte de betão não passe de
uma simples ideia, tendo em conta
que este valor deve vir de parceiros,
parceiros retraídos pela actual
conjuntura socio-económica e
política.
“Um dia vamos ficar sem
água nem comida no In- hangome”
Entretanto, enquanto a edilidade
diz não saber quando realmente
será possível colocar uma ponte
que se considere definitiva, alguns
cidadãos entrevistados pelo Jornal
Txopela no local, disseram que
há necessidade de as autoridades
municipais olharem esta questão
como sendo urgente.
Vitória Marques, diz ter filhos que
estudam no centro da cidade e que
a continuação dos seus estudos depende
necessariamente da existência
daquela ponte, caso contrário
estes param de frequentar as aulas.
A cidadã aponta que quando há
necessidade de encontrar água potável,
serviços de saúde e outros
que estão do outro lado da ponte, é
necessário passar por ela, por isso
entende que deve existir urgência
na actuação das autoridades, visto
que a actual ponte já apresenta
indícios de estar nos seus últimos
momentos de vida.
Tal como Vitória, Jorge Bobone,
disse ser necessário um olhar mais
atento a este problema que parece
não ser problema neste momento,
mas que num futuro não muito
longínquo o mesmo poderá revelar-se
e nessa altura será de difícil
contorno, acautelou.
“Essa ponte já está a cair um dia
vamos ficar sem agua nem comida
no Inhangome, por isso pedimos o
governo para poder pensar o que
pode fazer para evitar o pior”,-
disse um cidadão que se identificou
apenas por Bazo.
Este foi mais longe ao apontar
que um dia poderão ficar sem comida
nem água se a ponte ceder
por completo, porque tudo está na
além-ponte, uma posição que foi
tomada pelos seus antecedentes”
— Exctrato de uma reportagem
publicada pelo Jornal Txopela aos
15 de Setembro de 2016.
A ponte desabou, e depois?
Estão afectados ao todo mais de
três mil residentes naquela circunscrição
geográfica, a ponte com
uma dimensão de 150 metros construída
a base de madeira desabou
na noite do passado dia 19 de Abril,
dia em que começou o martírio da
população e há registos de perdas
de vidas humanas decorrentes da
queda da infraestrutura.
A travessia de pessoas e bens é garantida
por canoas (pequenas embarcações
de construção precária)
que não oferecem nenhuma segurança
aos utentes, professores
que lecionam o nível primário em
Inhangome e estudantes que frequentam
o ensino secundário na
margem de Quelimane-Cidade
encontram-se de mãos atadas, as
senhoras que praticam agricultura
nos campos de cultivo de arroz
em Inhangome temem perder
as suas culturas na sequencia do
desabamento do único elo de ligação
entre Quelimane, todos são
unanimes, há algo que tem de ser
feito de forma urgente advertem.
Uma criança morreu domingo último
Com a inexistência da ponte, a
primeira vitima já é contabilizada,
um menor de idade perdeu a vida
domingo último em Inhangome,
segundo fontes ouvidas pelo Jornal
Txopela, o petiz morreu no
leito familiar dada a impossibilidade
de evacuar aos centros de
saúde de Quelimane que distam a
cerca de 12 quilómetros daquela
unidade residencial. A criança cujo
nome não nos foi revelado padecia
de uma enfermidade mas os familiares
não tiveram escolha, a correnteza
da água não os permitiu
passar para outra margem para
cuidados médicos.
Autarca de Quelimane
acusa o governo de desvio
de dinheiro
Manuel de Araújo que encontra-se
na presidência do Conselho Municipal
de Quelimane a 7 longos
anos quando questionado pela
imprensa sobre o assunto, acusa o
governo do distrito de Quelimane
de ter procedido o desvio de aplicação
dos cerca de 7 milhões de
meticais em 2013 que eram destinados
a construção da ponte ora
desabada. O Edil de Quelimane
responsabiliza o governo do distrito
de Quelimane pela perda de
vidas humanas dado que segundo
justifica a quando da construção
da ponte não houve consulta ao
Conselho Municipal de Quelimane
conforme a lei exige. A falta de autorização
e fiscalização por parte
da edilidade é apontada como o
grande erro para que a qualidade
da obra seja defeituosa.
Manuel de Araújo explicou que a
construção da ponte serviu como
estratégia do partido Frelimo em
devolver ao falecido empresário
Aboobacar Bico, ex-candidato
para a presidência do Município
de Quelimane pelo partido em
alusão uma quantia que este teria
gasto para a sua própria campanha
eleitoral. Vai mais longe, refere
que o valor (7 milhões de meticais)
não corresponde o valor investido
na construção da ponteca.
“Isto é o resultado da mistura de
política partidária e administração
pública, esta ponte foi construída
para pagar a campanha eleitoral
da Frelimo e foi gasto um valor
que não corresponde aquilo que
deveria ser investido aqui. Esta
ponte não durou quatro anos e a
população deve pagar por este clientelismo
político partidário da
Frelimo” disse acrescentando que
“é por isso que nós dizemos que
queremos uma separação do estado
e dos partidos políticos, porque
quando os partidos começam
as imiscuir-se na administração
pública o resultado é este”.
Carlos Carneiro, Adminis- trador distrital desdrama- tiza o discurso do edil
Carlos Carneiro actual administrador
do distrito de Quelimane
veio a publico reagir os pronunciamentos
do Presidente do Conselho
Municipal de Quelimane, Manuel
de Araújo, é seu entendimento que
as duas partes devem de forma
imediata sentar e encontrar uma
solução a breve trecho, refere que
todas as acusações que pesam sobre
o seu governo são infundadas
e de má-fé e que visam distrair a
opinião pública sobre o real problema.
Informou a imprensa de que
a administração do distrito interveio
em 2013 na ponte que faz
ligação entre Quelimane-Cidade e
Inhangome porque o município de
Quelimane declarou incapacidade
na altura de erguer uma infraestrutura
naquela zona para aliviar o
sofrimento da população.
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JORNAL TXOPELA, 25 de Abril de 2018 • Ano III • Edição 93
À mercê de promessas
eleitorais - na sua maioria
incumpridas -, Inhassunge
está entregue
a sua própria sorte. É o distrito
mais próximo da capital provincial
da Zambézia –, Quelimane, digase,
aparenta não ter reagido à passagem
de tempo e o facto de estar
próximo a capital politica em nada
lhe beneficia.
Estradas esburacadas e de terra
batida, falta de iluminação eléctrica
e a inexistência de um sistema
de distribuição de água potável dão
ao distrito um aspecto de abandono,
e não só. O progressivo nível de
desemprego e pobreza assombra a
perspectiva de um destino melhor Ficha Técnica
para os mais jovens. De “distrito”,
só tem o nome. Ele prossegue
com a imagem de uma localidade
escolhida para o abandono. Há
quase 20 anos que a vida mantémse
parada para os cidadãos, o desenvolvimento
económico e social
permanece eternamente adiado.
Sobre estes problemas o Jornal
Txopela conversou em exclusivo
com o administrador recém-nomeado,
João Raiva. Acompanhe
o extracto da longa entrevista nas
linhas que se seguem:
Há quatro meses na administração
do distrito de Inhassunge,
quais são as maiores
NUIT: 400791465
Registo: 01/GABINFO-DEC/2016
ADMINISTRAÇÃO
Zito do Rosário Ossumane
DIRECÇÃO E REDACÇÃO
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Quelimane- República de Moçambique
CONTACTOS
Geral: (+258) 24218903
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EDITOR EXECUTIVO
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REDACÇÃO
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Agostinho Miguel
Benone Mateus
Luis de Figueiredo
COLUNISTAS
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Miguel Luis
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SECRETARIADO
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SERVIÇOS DE ASSINATURAS
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DEPARTAMENTO GRÁFICO
Projecto Gráfico: Rmbj Consulting
EDITORA E PROPRIETÁRIA
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Rmbj Consulting — Empresa Unipessoal
ESTATUTO EDITORIAL DISPONÍVEL EM:
http://jornaltxopela.com/estatutoeditorial/
Pobreza extrema assombra Inhassunge
prioridades do governo distrital?
A reabilitação da estrada Recamba-Abreu,
um troço que constitui
a espinha dorsal deste distrito é a
primeira prioridade, a população
pode reabilitar as vias secundárias
mas quando a principal encontrase
esburacada julgo que não tem
grande impacto na transitabilidade.
Embora esteja a ocorrer a exploração
de areias pesadas
por parte de uma empresa
chinesa nesta circunscrição, a
população maioritariamente
jovens referem que o nível
de desemprego tende aumentar…
Com o aparecimento da doença do
amarelecimento letal do coqueiro,
todas as plantas desapareceram e
está era a maior fonte de subsistência
da população de Inhassunge.
Neste momento o Governo e parceiros
estamos a tentar introduzir
novas culturas para poder resolver
o problema de alimentação e também
do emprego nas comunidades
com a produção de outras culturas
como: o arroz, milho, mandioca e
feijão.
Há um apelo presidencial da
necessidade da população
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Entrevista
O outro lado da Zambézia!
Zito do Rosário Ossumane
zito.ossumane@jornaltxopela.com
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JORNAL TXOPELA, 25 de Abril de 2018 • Ano III • Edição 93
produzir mais alimentos.
Onde Inhassunge se situa no
mapa provincial no tocante a
produção de comida?
Inhassunge está a trabalhar, estamos
a introduzir novas culturas
tolerantes a seca como a mandioca,
batata-doce, feijão, gergelim é portanto
a forma que encontramos de
melhorar a vida das comunidades.
Inhassunge é conhecido como distrito
pesqueiro e temos vindo a fomentar
a piscicultura e também fomentamos
a criação de frangos que
é o produção bandeira deste distrito,
se for a Quelimane verá que o
maior fornecedor de galinhas cafreal
é o distrito de Inhassunge.
Administrador, qual o papel
do governo distrital neste
processo de produção de galinhas
nas comunidades para
a comercialização em Quelimane
e em outros mercados?
É a sensibilização das comunidades
para adesão, cá há uma tradição,
quando nasce uma criança é oferecida
uma galinha para criar ao longo
de alguns anos tem muitas galinhas
essa criança, estas praticas
nós encorajamos. O governo apoia
neste ciclo de produção, as vacinas
contra as doenças que afectam esta
espécie animal são gratuitas.
A questão da travessia que
falávamos a momentos é a
principal dor de cabeça para
a população residente nesta
circunscrição geográfica, administrador
há contactos com
o governo provincial e central
ou parceiros para uma saída
deste problema que prevalece
a anos?
Tentamos estabelecer alguns contactos
com a estrutura de nível
provincial e estão preocupados
com a nossa situação, está situação
já foi lamentada pelo próprio governador
Abdul Razak e a Directora
Provincial de Transportes e Comunicações
porque realmente é uma
necessidade urgente. Tende-se criar
mecanismos para que o transporte
de viaturas não pare, nós
temos trabalhado apenas com um
batelão, se tivéssemos condições de
termos mais um batelão de reserva
seria uma mais-valia, infelizmente
o País não esta bem no tocante aos
recursos financeiros. A intenção
existe, no dia em que houverem
recursos poderemos adquirir mais
um batelão ou quem sabe construir
uma ponte, assim como Maputo -
Catembe (risos)
Com o actual batelão temos vindo
a trabalhar, embora as avarias, temos
sabido gerir e colocar o mais
breve possível a funcionar, a última
avaria levou uma semana e
nos sentimos, ontem houve uma
pequena situação mas prontamente
resolvida.
Quais são as melhores áreas
para investir em Inhassunge?
Em Inhassunge temos um problema
grave, todas estas terras eram
da companhia da Madal, está empresa
ainda detém monopólio sobre
estas terras, a verdadeira área
em que o empresariado deveria
investir em Inhassunge é na área
da agricultura, infelizmente toda a
terra foi concessionada e há documentos
que atestam isso, poderia
pelo menos haver uma colaboração
da empresa para a cedência
de algum espaço a agricultores
para a produção. Há outras áreas
em que o empresariado pode investir
como é a área da piscicultura,
produção e processamento do sal,
pode-se instalar uma fábrica de
processamento de caranguejo, há
várias empresas nacionais e internacionais
que vem comprar está
espécie aqui em Inhassunge.
Como a população participa
neste processo de governação
e definição de prioridades?
A população esta a colaborar, temos
visto grupos de cidadãos que
tem-se organizado para a limpeza
de vias de acesso de forma voluntaria,
participação em comícios e
nas campanhas de sensibilização
das campanhas de vacinação promovidas
pelo governo e parceiros.
Em Inhassunge, uma empresa
de capitais chineses encontra-se
a explorar na localidade
de Dea areais pesadas,
conquanto há denúncias de
desrespeito ao acordo com o
Governo e de os funcionários
daquela firma maltratarem os
trabalhadores moçambicanos
empregues naquela indústria,
confirma esta informação?
Há que admitir que há um problema
de comunicação entre os intervenientes
neste processo, a população
não tem informação do que
está sendo feito ou se pretende fazer,
se um dia a população for bem
informada e saber a importância e
entender que isto vai trazer benefícios
para eles, julgo que a população
vai voluntariamente acarinhar
o projecto mas enquanto a
população não estiver esclarecida
sobre os verdadeiros objectivos do
projecto de exploração de areais
pesadas sempre haverá problemas
e no meio disto há oportunistas,
pessoas que desinformam a
população para que tome certas
posições.
Nenhuma população é injusta e
não pode tomar posição injusta
contra o seu governo, e se isto acontece
é porque alguma coisa de
errada está a influenciar, o povo
moçambicano é pacifico e não
está contra nenhum estrangeiro,
o que deve acontecer é que temos
de aprofundar o conhecimento do
que é que estes projectos pretendem
e fazer chegar as comunidades,
portanto não há motivo de grande
alarido de que pretende-se arrancar
terras de comunidades, não vai
acontecer porque este governo é do
povo e não há nada que possa fazer
em desfavor deste mesmo povo.
Criminalidade…
Aparecem alguns casos esporádicos,
especialmente protagonizados
por indivíduos que enveredam pelo
caminho da justiça pelas próprias
mãos e movidos por praticas supersticiosas.
Retirando está parte
o povo de Inhassunge é pacifico!
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JORNAL TXOPELA, 25 de Abril de 2018 • Ano III • Edição 93
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JORNAL TXOPELA, 25 de Abril de 2018 • Ano III • Edição 93
Cultura & Espectáculos
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O Conselho Municipal da
Cidade Quelimane e a
Associação Moçambicana
de Língua Portuguesa
assinaram na última segunda-feira
(23), um memorando de entendimento
com vista a juntar esforços
no âmbito de um projecto para a
promoção da Língua Portuguesa
em Moçambique.
Esta parceria consiste na utilização
racional de recursos materiais,
humanos e financeiros para a realização
com êxito de acções para
a promoção, divulgação e desenvolvimento
da Língua Portuguesa
em Moçambique. Igualmente, o
memorando resulta do reconhecimento
da longa história da cidade
de Quelimane na realização e promoção
de actividades culturais
e sociais para e junto dos seus
munícipes.
São assinantes deste memorando,
Manuel de Araújo, Presidente
do Conselho Municipal e Victor
Miguel, membro da Comissão Directiva
da Associação Moçambicana
da Língua Portuguesa.
“Espera-se que este protocolo de
cooperação, seja um instrumento
que contribua para a promoção
da língua portuguesa sendo para
isso tomada como a língua da unidade
nacional e através da língua
portuguesa promover as línguas
nacionais de origem bantu pois
são utilizadas no ensino Bilingue
em Moçambique” explica Victor
Miguel.
A assinatura do protocolo de cooperação
foi testemunhado pelos
membros da Assembleia Municipal
e convidados.
PROMOÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA
CMCQ e AMOLP assinam protocolo de cooperação
O Presidente da República,
Filipe Jacinto Nyusi, endereçou
uma mensagem
de felicitação ao Presidente
eleito dos Conselhos de Estado
e de Ministros da República
de Cuba, Miguel Díaz-Canel.
Na sua mensagem, o Chefe do Estado
diz que a ascensão do Presidente
Miguel Díaz-Canel ao mais
alto cargo do Estado cubano, espelha
o reconhecimento da dedicação
que tem demonstrado à nobre
causa cubana, e representa a
confiança que o povo de Cuba deposita
nele para a contínua materialização
das suas justas aspirações
de desenvolvimento económico e
progresso social.
“Permita-me, Caro Irmão, aproveitar
esta oportunidade para manifestar
a minha inteira disponibilidade
e do meu Governo para
continuar a trabalhar em prol do
aprofundamento e consolidação
dos nossos laços históricos e especiais
de irmandade, amizade,
solidariedade e cooperação, identificando,
em conjunto, caminhos
para explorar melhor a nossa frutuosa
cooperação, em benefício
mútuo dos nossos povos e países”,
diz ainda a mensagem do Presidente
Nyusi.
Presidente da República felicita Presidente eleito
de Cuba
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
……….
GOVERNO DA PROVÍNCIA DA ZAMBÉZIA
DIRECÇÃO PROVINCIAL DE SAÚDE
UNIDADE GESTORA EXECUTORA DAS AQUISIÇÕES
Convite para Manifestação de Interesse
N.º 01/UGEA/DPSZ/2018
No âmbito da expansão da rede sanitária, a Direcção Provincial de Saúde da Zambézia pretende contratar
um (1) consultor para a Fiscalização independente das Obras de Construção do Centro de
Saúde Urbano em Manhaua na Cidade de Quelimane. Assim, convida as empresas e pessoas singulares
habilitadas e interessadas para apresentarem propostas fechadas, de acordo com o quadro abaixo:
1. Os concorrentes interessados poderão consultar os termos de referência e obter mais informações
no endereço indicado no número 3 deste anúncio;
2. As manifestações de interesse deverão ser entregues até as 08:00 horas do dia 10 de Maio de 2018,
em três (3) exemplares em envelope fechado, contendo os seguintes documentos: (i) Carta de man ifestação
de Interesse; (ii) CV detalhado; (iii) cópias de documentos de identificação e de documentos comprovativos
das qualificações académicas;
3. As propostas deverão ser entregues no seguinte endereço; Direcção Provincial de Saúde da
Zambézia, Av. 1 de Julho Tel. 24900678, Cel. 84 740 6417, 2°Andar, C.P 50 – Cidade de
Quelimane.
4. O concurso será regido pelo Regulamento de Contratação de Empreitadas de Obras Publicas, Fornecimento
de Bens e Prestação de Serviços ao Estado aprovado pelo Decreto 5/2016 de 8 de Março.
Quelimane, aos 23 de Abril de 2018
O Director Provincial
Ilegível
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Foto da Semana
TRAVESSIA CHUABO DEMBE-INHANGOME: Isenção
de custo de transporte para alunos e professores
Um comunicado colocado a circular
pelo Gabinete de Comuniçao
e Imagem da Autarquia de Quelimane,
informa que apos a queda
da ponte que liga os bairros Inhangome
e Chuabo Dembe, arredores
da Cidade de Quelimane, o
município de Quelimane atraves
do seu respectivo presidente, Manuel
de Araújo, esteve no local e
em contacto com os proprietarios
das canoas que fazem travessia de
um lado da margem para o outro
propôs a isenção de custo de transporte
marítimo para os estudantes
e professores que atravessam diariamente
.
A proposta foi apresentada num
encontro realizado no último domingo
(22) com a população do
bairro Inhangome e tripulantes
de canoas que exercem a atividade
desde que a ponte caiu, a 18 do mês
em curso.
Refere o comunicado que os tripulantes
de pequenas embarcações
concordaram. Os alunos assim
como os professores não serão cobrados
qualquer taxa para atravessar
de uma margem para outra
até ao termino das avaliaçoes que
decorrem nos proximos dias.
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