quinta-feira, 29 de março de 2018

Meter mudança


Por  Elisio Macamo

Sempre que algo extremamente feio acontece no nosso país, a tendência de muitos compatriotas é de exigir medidas drásticas contra os perpetradores. Aconteceu um acidente de viação muito grave há dias e logo se ouviram as vozes dos que exigiam uma mão forte do Estado e da sociedade. O que acho curioso, no meio desses clamores todos, é a relação entre o diagnóstico que se faz e a reacção considerada adequada. Assim, alguém diz que o problema é o desmoronamento dos valores na sociedade – que faz com que as pessoas não respeitem a vida humana – e, no mesmo fôlego, diz que a polícia deve ser mais actuante e punir com severidade quem infringe as normas de trânsito. Ora, se o problema é de valores morais a solução não devia necessariamente ser a punição, mas sim o tratamento desses indivíduos – porque são vítimas – ou a recuperação moral da sociedade.

Com a expressão “meter mudança” tento descrever esta forma de racionar sobre os nossos problemas. Ladrões cometem os seus actos com muita violência, mas no fundo o que fazem é reflexo das desigualidades na nossa sociedade e, por isso, tem que se re-introduzir a pena de morte é outra manifestação de meter mudança. É o problema da tensão entre o diagnóstico que fazemos do problema e o tratamento que sugerimos. Essa tensão surge, em minha opinião, de três factores que influenciam as nossas abordagens, nomeadamente (i) a pressa em “analisar” sem contudo ter formado uma ideia clara dos princípios que as soluções devem promover para além do combate à coisa, (ii) a dificuldade em articular o que acontece com o tipo de país que somos e, finalmente, (iii) a necessidade de certezas num país cheio de incertezas.

O crime – conduzir em estado de embriaguez ou sem respeito às normas de trânsito é de certo modo crime – não é algo fácil de caracterizar sem uma ideia clara de sociedade. Para uns o crime é uma violação do contracto social que é a sociedade e, por isso, pune-se para salvaguardar esse contracto; para outros, o crime é consequência de desequilíbrios estruturais e, por isso, para melhor o combater é preciso articular a punição com o ajustamento das estruturas da sociedade; há quem, neste quadro de referência, que acha que esses desequilíbrios são propositados e, por isso, para melhor se controlar o crime seria necessário destruir esta sociedade e criar uma outra; esta abordagem está presente na mente de muitos de nós por causa da socialização política marxista que sofremos nos primeiros anos da independência; para outros ainda, o crime é algo patalógico que se resolve excluindo as pessoas com essa disposição do convívio social; e ainda nem descrevi todas as abordagens possíveis. 

Ou por outra, quem quer “analisar” com coerência para evitar “meter mudança”, precisaria de ter alguma sensibilidade para a ideia que tem da sociedade, o lugar do crime nessa ideia e o princípio (necessário à preservação dessa ideia de sociedade) protegido pelas medidas propostas. Quando eu articulo um diagnóstico do crime que chama atenção para desequilíbrios na nossa sociedade com políticas que procuram reabilitar ao mesmo tempo que abordam esses desequilíbrios promovo o princípio da igualdade de oportunidades, por exemplo, essencial à preservação do contracto social.

O recente acidente que causou a morte de pelo menos 23 pessoas é, em certa medida, o país em miniatura. A coisa começa com uma polícia que aposta uma boa parte dos seus recursos no controlo, mas não está, ao que parece, preparada para reagir atempadamente; continua no motorista que foge ao controlo porque, dum modo geral, na nossa sociedade cada qual se arranja como pode; ganha contornos trágicos quando, por azar, o carro se despista onde pessoas que não deviam estar naquele lugar a fazer o que estavam a fazer estão lá. Reduzir, nestas condições, o acidente à irresponsabilidade do motorista dá consolo, mas é muito pouco como base para melhores intervenções. Pelo tipo de país que somos a nossa posição de princípio devia ser muito simples: acidentes trágicos daquela natureza são normais. Na verdade, o que é estranho para mim como sociólogo é que não sejam mais frequentes ainda. Em qualquer situação há sempre o perigo de algo trágico acontecer. Vivemos vidas emprestadas a todo o momento. O trágico, quando acontece, é apenas o último passo numa cadeia com raízes profundas na condição do país e não só na mentalidade de alguns compatriotas. 

Agora, quando coisas graves acontecem alguns de nós precisam de ouvir – ou partilhar – certezas. Essas certezas funcionam melhor quando têm um cunho moral, pois a moral é o lugar de certezas por excelência. Daí que muitos diagnósticos se façam com adjectivação normativa e sempre no intuito de isolar os maus dos bons para que os primeiros não contaminem os últimos. Quando é assim, e infelizmente é quase sempre assim, diminui também a disponibilidade intelectual para a compreensão do problema que nos preocupa. Queremos acção a todo o custo, mesmo que ela não sirva para muita coisa. E como não vamos ter essa acção porque as coisas são mesmo complexas, alguns de nós levam essa frustração ao extremo do paroxismo moral convertendo-se em verdadeiros apóstolos na nossa esfera pública.

Por exemplo, revoltam-se contra a aquisição de viaturas de luxo por parlamentares – uma revolta legítima – mas o verdadeiro problema que consiste na incapacidade do nosso sistema político em estabelecer melhor as suas prioridades mantém-se; exigem a venda em hasta pública dos bens daqueles que nos criaram a crise, mas o sistema político – incluindo o contexto geral de dependência – que tornou possível esse tipo de actuação vai continuar intacto porque esse não decorre dum problema moral, mas sim estrutural. Quanto mais complexos os problemas, mais simplistas as explicações: ganância, corrupção, quebra de valores, etc. 

O pior, e mais curioso, é que por uma razão que ainda não entendi, reagimos aos nossos problemas com propostas de solução que vão contra o tipo de princípios que devíamos promover para termos o tipo de sociedade que gostaríamos de ter para não termos que lidar com os problemas que temos hoje. Uma das maiores tragédias dum país pobre, para deturpar um aforismo dum dos maiores escritores moçambicanos, é de ao invés de produzir gente sensata para lidar com os seus problemas, produzir evangelistas incendiários que encontram na sua superioridade moral justificação para serem rudes e demagógicos na abordagem dos problemas. Há uma espécie de “iurdização” da abordagem crítica onde o mal é incontroverso e a solução única.

Júlio Mutisse
Ontem às 10:58 · Maputo, Mozambique · 

m o potencial de, tal como a violência protagonizada pelos confrontos com a RENAMO, nos tirar a paz. Ericino de Salema é um cidadão que, fruto do seu esforço e da sua profissão, ganhou notoriedade na nossa sociedade e foi mais uma vítima de violência. Tal como Salema ontem, Cistac e José Jaime Macuane antes, haverão muitos cidadãos anónimos vítimas de violência, cujo multiplicar nos tira a paz.
Devemos nos solidarizar com Salema? Sim, com a consciência de que a violência que ele sofreu ontem diminui ainda mais a nossa paz e a substitui por medo. Medo não por ele, ou por outro, mas medo por nós mesmos afinal, amanhã podemos ser nós nas nossas casas, escritórios, etc. Haveria, no nosso contexto, como dizer que violência é com e para outros e a nós não nos atinge? Se, Salema, com sua notoriedade foi vítima, quem é Júlio para não ser?
Não podemos viver com medo. As armas calaram num trégua sem prazo, mas continuamos numa sociedade com violência que nos tira a paz. Há que prestar atenção a esta também e a tudo que a torna possível, a tudo o que a pode mitigar e devolver nos a paz.
Tal como o fiz no privado de um SMS, o meu abraço Salema.

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Comentários

Sol Macie Dá cá uma raiva de tudo! Força Ericino de Salema...és forte!Gerir


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Nila Alfandega
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Nila Alfandega
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Osvaldo Jocitala Vergonhoso...Gerir


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Valgy Agy Vai ser ouvido o Florindo?
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Domus Oikos Boa perguntaGerir


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Domus Oikos Que tal um post com este título?Gerir


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Laercio Eder Camal Mulima Quem vai ter coragem de o notificar?Gerir


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Valgy Agy Tecnicamente é principal suapeitpGerir


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Noca Dzuvana Hahahahahah. ..não é riso d felicidade mas de repugnância do nosso modo de agir. Ver, assistir e consentir com algo anormal mas que hje em dia virou rotina. Vergonha isto.
Um punhado d gente consegue desestabilizar intelectuais pela sua forma d expressão.

Arsénia Monjane Um dia muitos vão pagar
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Gilda Monjane Mas até que esse dia chegue.... Teremos derramado lágrimas suficientes para nos afogarmos nelas 😣😥😥😥
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Júlio Mutisse O desejo de justiça e até vingança (por que não?) não deve desaparecer de qualquer de nós. Como cidadãos devemos querer que as pessoas que cometeram esta brutalidade sejam punidas eficazmente. 
Não quero acusar quem quer que seja, para que não crie ce
rtezas ou expectativas que podem ser altas demais e não se confirmarem. 
Mesmo considerando que em casos similares no passado nada aconteceu ainda, continuo a ter esperança que o Estado não quebre o seu contrato com a sociedade no geral é comigo em particular, perseguindo quem dinamitou a paz seviciando Ericino de Salema e, em grande medida, a sociedade que passa a ter um pouco mais de medo. 
Não quero acusar ninguém e nem alimentar um ódio de estimação por ninguém até pelas razões (algumas) levantadas pelo Elisio Macamonum post recente cuja leitura recomendo tal como recomendo que se diga o debate interessante que corre no mural de Gabriel Muthisseentre este e Gilberto Correia.



Júlio Mutisse
27/3 às 20:21 · 
Todas TVs passaram a reacção da FRELIMO?




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Comentários

Noca Dzuvana Que vergonha! !!!
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Ricardino Matusse Não.Gerir


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Ariel Sonto
😕Gerir


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David Nhassengo Na STV não vi
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Beatriz Fernanda Govene Vergonha mesmoGerir


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Ricardino Matusse Imagino que não tenham passado por já terem acusado e condenado implicitamente a Frelimo. Acham que não devem associar se a criminosos 😝
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Dilermando Quive Não vi até agora nada a respeito na Stv! QGerir


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Pio Cassicasse Será que convocaram a tais órgãos de comunicação?? Ou se requisitou somente a este...
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Homer Wolf Tiraste-me as palavras da boca...
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Alfredo Júnior Lituri Didi Boa pergunta!
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Tass Sitoe Boa!Gerir


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Wa Pessoa Será que todos falaram convocaram?
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Júlio Mutisse Jornalismo sentado. Há mais de uma década que eu, Soshangane Wa KaMachele e PC Mapengo escrevemos sobre isso. É isso mesmo que sugere? Se não convoca não há interesse em ouvir lhe? Meu tio Lutero Simango, minha prima Ivone Soares convocaram a STV ou esta achou relevante ouvi los?
Olha que não sei o que disse meu Camarada Caifadine e nem sei se foi feliz no que disse... mas mesmo que nesse "meter mudança" de condenar a FRELIMO por mais esta se estão ali a mão por que não ouvi los?


Naine Mondlane Só a TVF é que exibiu a suposta reação do FRELIMo!!

Epah!!Gerir


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Egidio Vaz Quase nenhuma passou. A TVM passou. Julgo que era importante e foi bom que a Frelimo distanciar-se disso.
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Sic Spirou Assim os outros que não tiveram "a iniciativa", aproximam se do caso!?
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Ariel Sonto Continue aguardando resposta, Sic.
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Sic Spirou ...entretanto, estou em Berlim! 
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Júlio Mutisse Sugiro a leitura do post de Elisio Macamo com o título "Meter Mudança"! Estamos a fazer isso neste caso.
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Sic Spirou Podes trazer aqui!?Gerir


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Júlio Mutisse Sic Spirou, eis o texto. Faça as devidas adaptações a este caso.
Meter mudança

Sempre que algo extremamente feio acontece no nosso país, a tendência de muitos compatriotas é de exigir medidas drásticas contra os perpetradores. Aconteceu um acidente de viação muito grave há dias e logo se ouviram as vozes dos que exigiam uma mão forte do Estado e da sociedade. O que acho curioso, no meio desses clamores todos, é a relação entre o diagnóstico que se faz e a reacção considerada adequada. Assim, alguém diz que o problema é o desmoronamento dos valores na sociedade – que faz com que as pessoas não respeitem a vida humana – e, no mesmo fôlego, diz que a polícia deve ser mais actuante e punir com severidade quem infringe as normas de trânsito. Ora, se o problema é de valores morais a solução não devia necessariamente ser a punição, mas sim o tratamento desses indivíduos – porque são vítimas – ou a recuperação moral da sociedade.

Com a expressão “meter mudança” tento descrever esta forma de racionar sobre os nossos problemas. Ladrões cometem os seus actos com muita violência, mas no fundo o que fazem é reflexo das desigualidades na nossa sociedade e, por isso, tem que se re-introduzir a pena de morte é outra manifestação de meter mudança. É o problema da tensão entre o diagnóstico que fazemos do problema e o tratamento que sugerimos. Essa tensão surge, em minha opinião, de três factores que influenciam as nossas abordagens, nomeadamente (i) a pressa em “analisar” sem contudo ter formado uma ideia clara dos princípios que as soluções devem promover para além do combate à coisa, (ii) a dificuldade em articular o que acontece com o tipo de país que somos e, finalmente, (iii) a necessidade de certezas num país cheio de incertezas.

O crime – conduzir em estado de embriaguez ou sem respeito às normas de trânsito é de certo modo crime – não é algo fácil de caracterizar sem uma ideia clara de sociedade. Para uns o crime é uma violação do contracto social que é a sociedade e, por isso, pune-se para salvaguardar esse contracto; para outros, o crime é consequência de desequilíbrios estruturais e, por isso, para melhor o combater é preciso articular a punição com o ajustamento das estruturas da sociedade; há quem, neste quadro de referência, que acha que esses desequilíbrios são propositados e, por isso, para melhor se controlar o crime seria necessário destruir esta sociedade e criar uma outra; esta abordagem está presente na mente de muitos de nós por causa da socialização política marxista que sofremos nos primeiros anos da independência; para outros ainda, o crime é algo patalógico que se resolve excluindo as pessoas com essa disposição do convívio social; e ainda nem descrevi todas as abordagens possíveis. 

Ou por outra, quem quer “analisar” com coerência para evitar “meter mudança”, precisaria de ter alguma sensibilidade para a ideia que tem da sociedade, o lugar do crime nessa ideia e o princípio (necessário à preservação dessa ideia de sociedade) protegido pelas medidas propostas. Quando eu articulo um diagnóstico do crime que chama atenção para desequilíbrios na nossa sociedade com políticas que procuram reabilitar ao mesmo tempo que abordam esses desequilíbrios promovo o princípio da igualdade de oportunidades, por exemplo, essencial à preservação do contracto social.

O recente acidente que causou a morte de pelo menos 23 pessoas é, em certa medida, o país em miniatura. A coisa começa com uma polícia que aposta uma boa parte dos seus recursos no controlo, mas não está, ao que parece, preparada para reagir atempadamente; continua no motorista que foge ao controlo porque, dum modo geral, na nossa sociedade cada qual se arranja como pode; ganha contornos trágicos quando, por azar, o carro se despista onde pessoas que não deviam estar naquele lugar a fazer o que estavam a fazer estão lá. Reduzir, nestas condições, o acidente à irresponsabilidade do motorista dá consolo, mas é muito pouco como base para melhores intervenções. Pelo tipo de país que somos a nossa posição de princípio devia ser muito simples: acidentes trágicos daquela natureza são normais. Na verdade, o que é estranho para mim como sociólogo é que não sejam mais frequentes ainda. Em qualquer situação há sempre o perigo de algo trágico acontecer. Vivemos vidas emprestadas a todo o momento. O trágico, quando acontece, é apenas o último passo numa cadeia com raízes profundas na condição do país e não só na mentalidade de alguns compatriotas. 

Agora, quando coisas graves acontecem alguns de nós precisam de ouvir – ou partilhar – certezas. Essas certezas funcionam melhor quando têm um cunho moral, pois a moral é o lugar de certezas por excelência. Daí que muitos diagnósticos se façam com adjectivação normativa e sempre no intuito de isolar os maus dos bons para que os primeiros não contaminem os últimos. Quando é assim, e infelizmente é quase sempre assim, diminui também a disponibilidade intelectual para a compreensão do problema que nos preocupa. Queremos acção a todo o custo, mesmo que ela não sirva para muita coisa. E como não vamos ter essa acção porque as coisas são mesmo complexas, alguns de nós levam essa frustração ao extremo do paroxismo moral convertendo-se em verdadeiros apóstolos na nossa esfera pública.

Por exemplo, revoltam-se contra a aquisição de viaturas de luxo por parlamentares – uma revolta legítima – mas o verdadeiro problema que consiste na incapacidade do nosso sistema político em estabelecer melhor as suas prioridades mantém-se; exigem a venda em hasta pública dos bens daqueles que nos criaram a crise, mas o sistema político – incluindo o contexto geral de dependência – que tornou possível esse tipo de actuação vai continuar intacto porque esse não decorre dum problema moral, mas sim estrutural. Quanto mais complexos os problemas, mais simplistas as explicações: ganância, corrupção, quebra de valores, etc. 

O pior, e mais curioso, é que por uma razão que ainda não entendi, reagimos aos nossos problemas com propostas de solução que vão contra o tipo de princípios que devíamos promover para termos o tipo de sociedade que gostaríamos de ter para não termos que lidar com os problemas que temos hoje. Uma das maiores tragédias dum país pobre, para deturpar um aforismo dum dos maiores escritores moçambicanos, é de ao invés de produzir gente sensata para lidar com os seus problemas, produzir evangelistas incendiários que encontram na sua superioridade moral justificação para serem rudes e demagógicos na abordagem dos problemas. Há uma espécie de “iurdização” da abordagem crítica onde o mal é incontroverso e a solução única.
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Sic Spirou Fantástica abordagem.
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Lenon Arnaldo Sic Spirou tufa aos evangelistas incendiários. Já agora, fica-te bem o ...
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Homer Wolf Eu só não percebi a "in(ter)serção" com o caso em epígrafe... eh eh ehGerir


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Sic Spirou Só Lenon percebe . Cabeça dele deve ser investigada. Doenças emocionais como Diz aquele jovem do petróleo mas com interesses na psicologia do negro. Não é fácil !!
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Júlio Mutisse Fácil Homer. Com as devidas adaptações vais entender que se trata da forma como abordamos as questões, no geral, aqui em Moz. Já temos, a todo tempo, soluções ou explicações...
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Homer Wolf E onde é que assim não é?...
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Sic Spirou Eu até acho que noutras realidades são mais rápidos em abordar e procurar soluções nestes casos
Penso que a nossa polícia aqui devia meter mudanças na solução dos casos,...Mas parece que a mudança deles está encravada ! Resta mesmo é termos outros setores a tentarem analisar com o que tem em mãos. 
A abordagem do Prof é bonita mas não se enquadra pra nós, ainda !
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Lenon Arnaldo Sic Spirou está visto que tu não leste o post do EM, ou, pior ainda, leste e não entendeste o que ele diz; Aliás, justamente o acabas de dizer no seu último comentário ele faz alusão: " muitos que fazem comentários apaixonados sem o mínimo de elementos do que combata/diz"!Gerir


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Sic Spirou No caso se pedi ao mutisse pra trazer aqui, era pra eu ler pra mim e não pra ti. Não tenho de fazer a mesma leitura do mesmo que tu fazes. Isto não é Coréia do Norte mano. Abraços.
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Lenon Arnaldo Sic Spirou fuga para frente e o método usado (quando escasseia argumentos sólidos) .... óbvio, menos, na Coreia do Norte, pois estes são bastantes pragmáticos.Gerir


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Sic Spirou Lenon quando conseguires destrinçar o texto chama me. Eu já fiz. Ehhehehe cinja te ao texto e não a minha pessoa. Assim podemos avançar.Gerir


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Lenon Arnaldo Sic Spirou leia e entenda o texto primeiro

Chido Paco STV que o diga...Gerir


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Laercio Eder Camal Mulima Só na TVMGerir


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Soshangane Wa Ka Machele A Frelimo foi reagir em todas as TVs?
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Júlio Mutisse Precisava? Neste caso não era um interveniente a ter em conta para ouvir?
Estás a "Meter Mudança"?
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Soshangane Wa Ka Machele E tu estás a meter o quê!?
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Chil Emerson David Swa tinlhanhe juro.
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Júlio Mutisse Estás a contradizer todas as suas teses desde que te conheço e debato contigo. Olha que sou solidário e tenho muita estima pelo ES e nem é porque a reacção do Partido, seja ela qual for, vá alterar a convicção da maioria. Mas valia ou não ouvir a FRELIMO no meio de todos que foram ouvidos?
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Homer Wolf Ou será que o Júlio é que, afinal, não terá entendido bem as teses do Xoxangana?... eh eh eh

Roberto Saviano A ideia é ficar bem na fotografia. ..faz parte da política mesmo quem acompanha política noutros países é de praz estas reações de representes ou de partidos políticos ou dos vários setores da sociedade. Contudo. provavelmente quizeram passar num canal... Os outros podem ouvir dizer...
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Júlio Mutisse Não percebi este comentário.

Malhanganipane Malhanganipane Stv hum humGerir


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Theo Wa Thais Matsule Deviam ter ido ao Hospital Privado tal como os outros...
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Homer Wolf NtsémGerir


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Lenon Arnaldo Para serem vistos, solidarizar-se com a família ou dizer presente e não fui eu que mandei raptar?

Homer Wolf Acaso a Frelimo convocou alguma Conferência de Imprensa?
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Sura Rebelo de Oliveira Para quê?
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Alfredo Júnior Lituri Didi Boa pergunta!Gerir


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Homer Wolf Para haver razões plausíveis, para o bom do Júlioter formulado esta "inocente" pergunta...
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Theo Wa Thais Matsule Ainda não se sabe quem matou Amarane. 
Há muitos pendentes aqui...Gerir


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Sura Rebelo de Oliveira Assobiar pro lado...
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Theo Wa Thais Matsule Para mim, o mais grave ainda, são esses usados e que dão a cara. Swa danissa hakunene...
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Ariel Sonto Se fosse conferência não seria aí na rua.
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Júlio Mutisse Jornalismo sentado. Custa me ver jornalistas seniores como Homer Wolf e Alfredo Júnior Lituri Dididefenderem a ideia de jornalismo de conferência de imprensa e não o que procura todos os ângulos de abordagem de um assunto. Só há interesse no que vem de conferência de imprensa. Não admira a mesmice que anda ai... tsc
Nem vou me deter para o julgamento de intenções de alguns aqui mesmo neste comentário que respondo. Minha questão está clara nesta resposta o resto deixo aos nhamussoros desta Pátria
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Homer Wolf Ó Júlio, a tua perguta é: « Todas TVs passaram a reacção da FRELIMO?»... 
Ora, essa questão só se coloca(ria) – do jeito como está – caso a Frelimo tivesse convocado a media (ou tivesse emitido um Press Release) para dar conta da sua reacção (oficial)

Caso contrário os media são livres de ouvir quem lhes interessa...
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Júlio Mutisse Não Homer. Não só nessa dimensão. Por que só te interessa esse prisma? 
Se fores a ver alguns comentários aqui vais ver que "toda a gente já sabe" quem fez o que neste caso. Mesmo que não tenham estado no HP jornalisticamente não seria de interesse ouvi los? Essa é a questão neste postGerir


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Cleide Isabel Só podia ser tvm a fazer a entrevista mesmo... porque são defensores da FRELIMO.
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Júlio Mutisse Será Cleide? Será que a resposta é só essa ou mesmo essa? Pode ter sido bom até que a TVM tenha lhes dado voz e assim soubemos o que eles pensam. No cenário e no sentido das intervenções de muitos no calor da indignação pelo sucedido era bom que eles tivessem voz simGerir


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Júlio Mutisse Antonio A. S. Kawaria vem aqui.

Salvado Novela Nós sabemos quem fez e faz aqui em Moz, os autores do 1° tiro até...
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Mindo D'avila Desde o primeiro tiro ate os dias de hoje!

Aderito Guilaze Está tudo doente 🤢
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Kuyengany Produções As Autores São os Donos da AK47 na Nossa Bandeira
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Mandindindi de Raça Aquela arma deve se remover dali e mudar aquela cor de sangue, caso não estamos tramados. 😥
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Kuyengany Produções Abaixo à Frelimo.


Celso Alfredo Zacarias Que relevância tem isso face a gravidade do acto que ocorreu com Salema? Os representantes dos partidos que eu saiba estiveram lá no hospital, via-se na reportagem da STV. Aliás a STV estava preocupada em acompanhar o estado do seu comentador e de como tudo ocorreu e saber a opinião dos que foram ao hospital. Isso sim era importante a STV fazer e fez.
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Júlio Mutisse Nenhuma...
Até amanhã

Jorge Saiete Nos distraindo do essencial
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Júlio Mutisse Passados muitos anos, fico preocupado com a evolução das coisas...

Bayano Valy agora se está no quem é quem? enquanto isso temos um cidadão e amigo confinado no leito hospitalar. tsc tsc
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Jorge Saiete Isso mesmo, por isso que acho que Júlio Mutisse só nos quer desviar do foco
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Júlio Mutisse Bayano Valy e sou extremamente solidário a ele. A situação em que ele está deu me uma deixa para reflectir no jornalismo que se faz aqui. Apenas isso é naquilo que antes deste fenômeno Elísio abordou num post de onten: a forma como abordamos os acontecimentos. 
“A sociedade que aceita
qualquer jornalismo
não merece jornalismo melhor."
Alberto DinesGerir


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Bayano Valy pois. o que interessa se a frelimo foi à tvm co conceder uma entrevista e não foi aos outros canais? o que interessa se a frelimo vê a tvm como sua televisão? o que interessa se a frelimo não esteve no hospital privado porque ainda estava a coordenar como responderia? isso não tem interesse. o que interessa é que o Salema melhore.
daqui a pouco ainda tiram selfies com ele ainda na cama hospitalar
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Bayano Valy Júlio Mutisse há muitas coisas que podem ser ditas sobre este assunto. mas eu vou apenas focar-me no nosso companheiro. o resto é o moçambique de sempre
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Júlio Mutisse Entendo Bayano e todos queremos o mesmo em relação ao nosso companheiro. Que ele melhore.
Note que, como disse mais acima, nem me interessa muito o que terá dito o Partido sobre este assunto... Estou no prisma de como vejo, como leigo na matéria até, a abordagem jornalística neste caso. Apenas issoGerir


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Antonio A. S. Kawaria Mano Júlio Mutisse, explique-me sobre onde o porta-voz da Frelimo reagiu. No que vi com Lutero Simango e Ivone Soares foi no hospital privado onde Ericino de Salema está a ser tratado.

Costa Massingue Aqui em Moz é proibido pensar diferente, esse é o Segundo comentador da stv a ser espancado, para não acontecer isso temos que ser puxa Saco.Gerir


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Júlio Mutisse Meus caros amigos. Neste post não discuto a tragédia, o acto inqualificável ocorrido com uma pessoa que estimo muito que é o Salema. Em canal próprio e em privado manifestei minha solidariedade. Não pretendo ilibar quem quer que seja e nem condenar há quem deve fazer melhor do que fez em casos anteriores, encontrar, julgar e condenar quem fez aquilo. Meu debate não é esse é nem o de minimizar a situação que é grave e perigosa. Meu debate é aquele em que eu e Homer Wolf já estamos a entrar depois da sua sugestão de um jornalismo sentado que Soshangane Wa Ka Machelejá condenou um dia e parece admitir agora.
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Júlio Mutisse Antonio A. S. Kawaria aqui
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Homer Wolf O problema è k estás a "forçar a barra" Júlio ... 
Isto não tem nada a ver com jornalismo sentado. 
Houve um infortunio. Se a Frel estivesse intetessada em fazer-se ouvir por todos media convocava uma conferencia de imprensa... Os mèdia é k não "obrigados" a ouvi-los se não quiserem... Da mesma maneira que não foram ouvir a Renamo, o MDM, o PIMO, o PT ou o PE..Gerir


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Lenon Arnaldo Homer Wolf convocaram a imprensa? Note que, o responsável pela comunicação do partido a primeira oportunidade que teve, reagiu .... não importa para que TV, pois, e o menos importante. Aliás, até nisso foi certeiro pois foi a TV com maior cobertura no país.Gerir


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Antonio A. S. Kawaria Estou a procurar eventual vídeo da TVM

Sergio Conceição Todos nós sabemos de onde saem as verdadeiras reações, aquelas que ñ são acompanhadas de hipocrisia!!!
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Júlio Mutisse Então esse foi o critério. Ok Sergio ConceiçãoGerir


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Sergio Conceição Hehehehehehehehe...Gerir


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Dario Mnisi Nenhum canal passou infelizmenteGerir


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Cleide Isabel Que eles fossem ao hospital como os outrosGerir


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Anselmo Titos Cachuada O texto de E. Macamo é complexo para pessoas como eu: pouco instruídos ou sem nenhuma - instrução. Não exigiria ao Prof. que escrevesse para o povão perceber a mensagem, mas apenas que nos empenhassemos nessa instrução, para que, ao menos, Moçambique possa discutir soluções do seu arsenal de muitas infelicidades.

Ps: este texto contem muitos textos dentro de sí e encerra uma profunda reflexão não compreendida por muitos.Gerir


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Júlio Mutisse Podes também voltar aos nossos debates antigos sobre o jornalismo de conferências de imprensa. O que há 12 ou dez anos chamamos de jornalismo sentado. É isso que está em causa aqui.

Antonio A. S. Kawaria Onde é que o Caifadine deu a reaccão? Pergunto por não tenho o vídeo. Quem tiver que me forneca?Gerir


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Boa Monjane Não entendi Nada. Que te chegue a vez!Gerir


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Domus Oikos Que importância tem a reacção? Ja mudou alguma coisa? A mesma reacção, a mesma música: "condenamos o crime... blá blá blá", "estamos a trabalhar no sentido de... blá blá blá". Só vergonha.Gerir


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Noca Dzuvana Isto porque , há muitos que tentam tapar os olhos com os 2 dedos. Esse posicionamento da frelimo é de sentimento de culpa pois já temos historial , não só do jornalista raptado ontem. Sei lá o que lhe injectaram por falar a verdade. Neste país quem tem coragem d falar o que sente é uma ameaça para um grupo de desequilíbrados. Vamos viver em paz pk o país é nosso.
Machel, sempre condenou o comportamento de MUITOS DIRIGENTES que ainda continuam na frente. Esse não é o Legado da FRELIMO e nem dos fundadores mas sim de um punhado d gananciosos, inconsequentes e sem escrúpulos.


Domus Oikos
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Júlio Mutisse Domus Oikos é uma vergonha vivermos numa sociedade que tem explicações para tudo mas nada muda. É uma vergonha vivermos numa sociedade que conhece as consequências e se preocupa com estas mas não ataca as causas porque, talvez, pouco se interessa por elas e se fica demais nas consequências. 
Mas este post com repeti várias vezes não é sobre isso. É sobre o tipo de jornalismo que fazemos. Se esta reacção não é importante as outras podem não ser também. No contexto e atendendo ao que diz... Continuo a pensar que jornalisticamente fosse importante ouvi los sim (é neste plano que estou ainda). 
A polícia, como digo no o comentário anterior deve se esforçar mais e trabalhar e todos queremos um Salema mais forte, determinado e inteligente depois disto. Isso, em privado, já lhe manifestei.
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Anacleto Machava Será que ele chamou as outras televisões e outros órgãos de comunicação social? Porque é que não foi ao hospital onde estavam todos e preferiu uma carreira a solo??? não nos atrapalhem pá!

Visnu Zitha Exatamente... As outras TV's encontraram todos os outros no mesmo espaço... Aliás, nem procuraram... Foi do tipo, vou ali saber de perto o que sucedeu e, como os sem nada a temer estavam lá, aproveitaram para colher suas opiniões.

Sura Rebelo de Oliveira A culpa morre solteira como sempre...

Paulino Malendza Desta fez nem foi preciso meter mudancas meu caro Mutisse ja estavam engatados.

Domus Oikos A Frelimo em toda esta história deve estar mais preocupada do que qualquer outra instituição. A Frelimo como partido pode não controlar todas as mentes malucas seus militantes fanáticos ou kamikazianos, mas a médio ou longo prazo trará consequências nefastas pra organização. Uma vez que são situações similares onde um cidadão gozando dos seus mais elementares direitos pretendem-no fazer calar a boca. Quem fala contra dhlakama e sua organização não morre, não é raptado nem torturado, mas é promovido, se fala mal da Frelimo, do seu presidente ou mesmo seu filho ou de má governação sobretudo os acadêmicos são passíveis de estes terrores. As mentes são racionais e elas chegam à conclusões. A Frelimo sobretudo pras próximas gerações diante destes crimes vai mostrar que é incapaz de salvaguardar os mais elementares direitos dos seus cidadãos e automaticamente enquanto houver alternativa governativa, os cidadãos vao optar por um outro governo capaz de liderar um Estado. Em 42 anos tudo e nada tem rrspostas. Eleições estão muito próximas e isso estará nas memórias de gente simples que está a combater uma pobreza provocada por uns e como todos crimes sem respostas. O facto de não dar resposta adequada aos cidadãos é espécie de crime ou conivência com os criminosos. Frelimo sai a perder nestas bagunças.

Forbes Nhaca Meu caro Domus Oikos o objetivo das pessoas que mandaram cometer esse acto macabro o objetivo era esse de sujar a Frelimo e conseguiram, porque gente ja com a mente a espera de algo para apontar o dedo sem primeiro refletir é o que temos demais e os guias são aqueles que as mentes são controladas por dólares americanos para deturpar as mentes pequenas de nós os coitadinhos.
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Júlio Mutisse Como disse meu caro amigo Domus Oikos, as omissões quando estes casos ocorrem podem conduzir a esse tipo de percepções, fundadas ou não. Mas não era isso que queria discutir neste post. É a forma como certa mídia trata ou tratou deste caso ouvindo uns e não outros. 
Num contexto de suspeição onde o sentido das intervenções ia para ali, quer estivessem no HP quer não, julgo que era importante ouvir lhes... Só isso. Quero, tal como tu, que se saiba o que se passou de facto.
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Domus Oikos Pode ser dentro ou fora da Frelimo pessoas que queiram sujar o partido isso admito. Mas o facto de este na última entrevista ter falado dos desmandos do filho do chefe as mentes simples chegam à conclusões. Por exemplo ontem o vídeo mais visto foi o de Ercinio falando do comportamento ilegal do filho de chefe de estado. Pode-se negar mas nada trava os juízos sobre isso. A mente corre das premissas às conclusões. Há necessidade de lutar pra pelo menos identificar alguns autores. A situação piora quando não se identificam autores pra responsabiliza-los desde Siba Siba até hoje.
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Lenon Arnaldo Forbes Nhaca lembro-me quando iniciaram os ataques em Mocimboa da Praia, rapidamente este grupo dos que sabem tudo, ter dito que os mesmos era criação da Frelimo para distrair o povo do essencial "as dívidas ocultas vs responsabilização" - até porque, na ocasião, o líder mor veio sustentar essa tese: são guerras internas na Frelimo/querem sabotar Nyusi.

Hoje, ficamos a sabemos de que há pessoas a serem treinadas na Tanzânia, Congo, Burúndi e Ruanda para uma tal Jihad; E agora o discurso é outro: o estado/FDS são fracos .... ou porque, só intimidam manifestantes.

Nos raptos a história repete-se; Um dia vai ficar a saber a verdade!
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Sic Spirou Bela desculpa essa de querer sujar outrem matando pensadores contrários. 
Apliquem essa teoria estapafúrdia no caso dos assassinos políticos e principalmente na tentativa de matar o Dlhakama. Eram uns contra a frelimo ?! 
As vezes melhor é não pensarmos se for assim! Desligar o subconsciente pelo menos!!

Antonio A. S. Kawaria Onde é que o Caifadine deu a reaccão? Pergunto por não tenho o vídeo. Quem tiver que me forneca? Os outros que mencionas reagem no hospital onde o Salema está sendo tratado. A TVM esteve lá? Pediu reacção de diversas individualidades. Estou entendendo a tua pergunta Júlio Mutisse mas ajude-me já que eu não vejo TVM. De facto, no jornal da noite da STV e Miramar de que tenho acesso não vi o porta-voz da Frelimo.Gerir


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Júlio Mutisse Chamei te a dois pontos onde discuto está questão de ter estado ou não no HP para perceberes a minha questão a volta desta questão. Please veja
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Antonio A. S. Kawaria Pensei que existisse vídeo para eu ver. Tentei ver os últimos clips da TVM mas ainda não vi. Obrigado

Humberto Tembe As reacções das outras televisões foram colhidas no Hospital Privado de Maputo e só quem esteve lá podia ser entrevistado. O porta voz da Frelimo foi a TVM ou ligou aquele órgão para dar a entrevista.Gerir


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Júlio Mutisse Jornalismo sentado.


Raul Junior Tinha prometido em falar de boas coisas! Por que razao nao perguntam aos jornalistas de outros canais por que nao foram ouvir a reacao da Frelimo? Por que jornalistas da tvm nao foram ouvir outras vozes? Deixemos Salema recuperar-se! E, temos um habito, vao dizer que 'e nossa cultura, de perturbar doentes e medicos no hospital. Interrompemos os cuidados que os medicos dao aos pacientes com visitas e entrevistas que nada servem! Que apoio psicologico estao a prestar a uma pessoa que se alega estar (in)consciente? Ha uma necessidade de se prestar assistencia psicologica as pessoas que mal ouvem um caso correm ao hospital so para poderem ser vistas e entrevistadas pela TV e ou Radios!!!
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Domus Oikos Eu faço parte desta classe que está sendo atingida. Meus colegas da Universidade e analistas como eu. pensamos em viver num estado não de terror, mas de direitos e liberdades. O medo não pode ser o instrumento em base ao qual obter obediência.
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Josè Cardoso Júnior Novela Verdade

Ido Alfred Santa Teresinha tens razão.

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