01 de Março 18h43 - 35 Visitas
Em entrevista exclusiva a “O País”, o líder da Renamo garantiu que o processo de equidade nas Forças Armadas e a integração das forças residuais da Renamo iniciam este mês e será concluído até Junho próximo. O presidente do maior partido da oposição usou da ocasião para criticar o trabalho desenvolvido pelos órgãos da administração eleitoral, num contexto que se prepara a segunda volta das intercalares de Nampula. Vamos por tópicos:
- Equidade nas FADM
“Conversamos sobre a necessidade dos comandos da Renamo que estão nas Forças de Defesa, marginalizados, possam ser indicados para dirigirem batalhões, brigadas, companhias, regimentos, departamentos dentro do exército e da força aérea, da marinha, isto é, em toda estrutura militar para se criar um equilíbrio. O que quer dizer: onde num batalhão o comandante é oriúndo do Governo, o adjunto tem que vir da Renamo, assim sucessivamente. Onde um elemento da Renamo pode dirigir uma brigada, o adjunto dessa mesma brigada deve ser do Governo. É o acordo que conseguimos, sem avançar números. Neste momento, estamos a verificar onde podemos colocar um da Renamo, quem pode sair da Frelimo substituído por um da Renamo e aquele que se pode manter. Estão lá desde 1994, mas que não tiveram oportunidade de serem nomeadas, nem promovidas. Quem entrou como coronel até hoje permanece como coronel. Este acordo visa evitar que no futuro planifiquem operações militares de conspiração contra Dhlakama ou qualquer figura da Renamo. Posso prometer que não será necessário que o Dhlakama continue com a sua guarda pessoal, porque a segurança pública passará a ser do Estado, passará a ser para todos os moçambicanos.”
“Conversamos sobre a necessidade dos comandos da Renamo que estão nas Forças de Defesa, marginalizados, possam ser indicados para dirigirem batalhões, brigadas, companhias, regimentos, departamentos dentro do exército e da força aérea, da marinha, isto é, em toda estrutura militar para se criar um equilíbrio. O que quer dizer: onde num batalhão o comandante é oriúndo do Governo, o adjunto tem que vir da Renamo, assim sucessivamente. Onde um elemento da Renamo pode dirigir uma brigada, o adjunto dessa mesma brigada deve ser do Governo. É o acordo que conseguimos, sem avançar números. Neste momento, estamos a verificar onde podemos colocar um da Renamo, quem pode sair da Frelimo substituído por um da Renamo e aquele que se pode manter. Estão lá desde 1994, mas que não tiveram oportunidade de serem nomeadas, nem promovidas. Quem entrou como coronel até hoje permanece como coronel. Este acordo visa evitar que no futuro planifiquem operações militares de conspiração contra Dhlakama ou qualquer figura da Renamo. Posso prometer que não será necessário que o Dhlakama continue com a sua guarda pessoal, porque a segurança pública passará a ser do Estado, passará a ser para todos os moçambicanos.”
- Futuro da guarda pessoal e elementos da RENAMO nas bases
Estes serão acantonados e aqueles que estiverem em condições serão seleccionados, falo daqueles que não são velhos e não são doentes para puderem entrar na força policial para constituirem a segurança pública. Isto é, serem da Polícia da República de Moçambique. Os outros vão para a Unidade de Intervenção Rápida, Guarda Fronteira e várias especialidades dentro do Ministério do Interior.
- Quando começa a implemetação do acordo?
Este ano. O que vai acontecer agora é que a partir de Março vai começar a selecção e equadramento daqueles elementos da Renamo que estão nas FADM. Isto começa em Março e até finais de Abril conclui para podermos começar a acantonar o que estão nas bases. Eles serão seleccionados em Abril, Maio até Junho e nesse período estarão a entrar na Polícia.
- Intercalares de Nampula e órgãos eleitorais
Quero me referir aos cadernos trocados nas mesas, os nomes. Por exemplo, no dia 24 de Janeiro, houve abstenção de 75 porcento nas eleições. Os eleitores da cidade de Nampula não puderam votar e não porque não iam aos locais de votação, foram às mesas e não viam os nomes. Houve situações de cadernos trocados, mas muita gente a votar a sair de Angoche, até a sair de Gaza, de Tete e de Manica. Isto nos preocupa muito, porque é a fraude mais grossa. Acuso a Frelimo através do STAE que está a fazer isto. Por isso, queremos levantar essa questão antes do dia 14 de Março, porque não podemos ir à segunda volta para assistir milhares de nampulenses a não poder votar e continuarmos a assistir pessoas que veem de Tete, do Niassa e Cabo Delgado de machibombos a votar no candidato da Frelimo. Isso não é democracia.
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