28 de Março 15h42 - 13 Visitas
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, defende que se houvesse separação de poderes no Estado moçambicano, raptos como do jornalista Ericino de Salema não iriam acontecer, pois haveria várias forças a combater o mesmo mal. Dhlakama acrescenta que se as instituições funcionassem, a onda de criminalidade estaria a reduzir, porque os criminosos seriam perseguidas pela Polícia.
“Temos o Serviço de Informação do Estado, Sise, temos SERNIC, temos Polícia, temos vários grupos com armas pertencentes ao Estado, a vigiar e a perseguir políticos, mas ninguém persegue aqueles (raptores)”, disse.
O líder da Renamo fala de esquadrão de morte. Diz ainda que os supostos sequestradores pertencem ao partido no poder e insta ao Chefe de Estado, Filipe Nyusi, a fazer algo para que haja responsabilizações.
“Isto é esquadrão da morte. Todos estes que estão a sequestrar e matar pessoas, são elementos ligados ao partido Frelimo, ou ligados à maquina do governo da Frelimo”.
Por outro lado, disse estar preocupado e agastado com a situação, pois para além de impedir que as pessoas se expressem livremente, mancha a democracia e a imagem do país.Jornalista sequestrado e violentado em plena luz do dia em Maputo; Foi o 12º crime de aparente motivação política em Moçambique |
Tema de Fundo - Tema de Fundo |
Escrito por Adérito Caldeira em 28 Março 2018 |
O jornalista, jurista e comentador Ericino de Salema foi sequestrado no início da tarde desta terça-feira (27) defronte do Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ) por desconhecidos que o amarraram e violentaram antes de o abandonarem nos arredores do distrito de Marracuene, na cidade de Maputo. Foi o 12º atentado com motivações aparentemente políticas em Moçambique, que tiveram início em Março de 2015 com o assassinato, até hoje não esclarecido, do constitucionalista Gilles Cistac.
Salema tinha acabado almoçar num restaurante que funciona nas instalações do SNJ, na avenida 24 de Julho esquina com à avenida Orlando Magumbwe, próximo aos Ministérios da Educação e do Turismo, quando foi abordado, cerca das 13h30, por dois indivíduos que o encurralaram no momento em que abriu a bagageira da viatura que o iria transportar, e era conduzida por um motorista, e anunciaram o sequestro.
Testemunhas contaram ao @Verdade que o jovem jornalista foi obrigado por dois cidadãos não identificados a entrar numa viatura ligeira de marca Toyota com vidros fumados e sem chapa de matrícula, que tinha chegado às imediações do local várias horas mais cedo, e deixou o local em direcção a avenida Orlando Magumbwe.
Cerca de uma hora após o motorista denunciar o crime as autoridades policiais e ser ouvido na esquadra situada na Julius Nyerere a esposa do jornalista, que entretanto acorrera ao local, foi informada telefonicamente que Ericino de Salema havia sido abandonado num sector da estrada Circular de Maputo, próximo do distrito de Marracuene.
Salema recebia ameaças por comentários políticos e aconselhamentos jurídicos à Renamo
O @Verdade apurou que o jornalista e jurista estava na berma de uma via secundária de terra batida, amarrado e a ser violentado por dois cidadãos não identificados quando um grupo de crianças os surpreendeu e denunciaram o que viram a populares que prontamente acorreram ao local originando a saída dos criminosos.
Com algumas escoriações na região do abdómen e incapaz de caminhar pelas próprias pernas, testemunhas relataram que Salema pediu primeiro água e depois ajuda para contactarem a sua esposa.
Enquanto a polícia, amigos e colegas dirigiam-se ao local indicado os populares conseguiram ajuda de um automobilista que transportou Ericino de Salema na caixa aberta da sua carrinha para uma unidade sanitária privada.
O @Verdade apurou que o jornalista vinha recebendo ameaças à sua integridade física há vários dias, aparentemente relacionadas com os comentários semanais que efectua num programa televisivo de um canal privado e também aos aconselhamentos jurídicos que tem dado ao partido Renamo no processo de revisão pontual da Constituição da República de Moçambique.
Embora a Polícia da República de Moçambique tenha vindo a público afirmar que está no encalço dos dois criminosos é paradoxal que Ericino de Salema tenha sido alvo de um sequestro similar ao de outro comentador do mesmo programa de comentário político, o académico José Jaime Macuane que a 23 de Maio de 2016 foi inclusivamente abandonado próximo do mesmo local na estrada Circular contudo baleado com cinco tiros, até hoje a polícia não esclareceu o crime.
Aguardando notícias sobre o estado de saúde de Salema o professor Macuane disse sentir “repulsa, indignação profunda, vergonha por mais este acto porque parece estar a sinalizar que ou nos submetemos às injustiças ou vamos ser violentados neste país”.
“A minha questão é: estamos num país independente? Estamos num país que lutou para ser livre? Estamos condenados a ser escravos num país que se diz independente há 43 anos, é isto que nós queremos para o nosso país? Temos que nos calar, não podemos dizer aquilo que nós sentimos? Não podemo-nos indignar quando as pessoas próximas as nós, quando os nossos compatriotas sofrem injustiças? Não podemo-nos indignar quando aqueles que nos governam, aqueles que nós elegemos fazem uma coisa que não é aquilo que era suposto fazerem enquanto nossos servidores, é essa a mensagem que querem lançar com este acto bárbaro, vergonhoso, ignominioso, desumano, baixo, repulsivo, é isso mesmo?”, afirmou José Jaime Macuane.
“Nós temos que lutar para que no nosso país não aconteçam este tipo de coisas, para que ninguém seja vítima desta violência, nem que tenhamos que morrer!”
Este foi o 12º crime que aparenta ter motivação política em Moçambique, afinal Salema não foi assaltado, e até hoje as autoridades policiais não esclareceram nenhum deles. O primeiro destes crimes com aparente ter motivação política, e que foram também documentados no mais recente Relatório da Human Rights Watch, foi o assassinato do advogado constitucionalista Gilles Cistac foi morto a tiro no exterior de um café no centro de Maputo a 3 de Março de 2015.
Seguiu-se um atentado, a 16 de Janeiro de 2016, contra o secretário-geral do partido Renamo, Manuel Bissopo, que foi atingido a tiro no centro da cidade da Beira.
A 4 de Fevereiro de 2016, o alto oficial do partido Renamo Filipe Jonasse Machatine foi encontrado morto com oito tiros em Gondola, província de Manica, dois dias após ter sido raptado por homens não identificados.
A 7 de Março de 2016, um alto oficial do partido Renamo na província de Inhambane, Aly Jane, foi encontrado morto após ter desaparecido quatro dias antes. O seu corpo, encontrado perto do Rio Nhanombe, entre os distritos de Maxixe e Homoíne, exibia sinais de violência.
José Manuel, membro do partido Renamo e do Conselho Nacional de Defesa e Segurança, foi morto a tiro a 9 de Abril de 2016, ao pé do Aeroporto Internacional da Beira após ter chegado de Maputo.
Em 22 de Junho de 2016, o corpo de um alto oficial da Frelimo na província de Manica, José Fernando Nguiraze, foi encontrado dentro de casa por vizinhos com ferimentos de bala.
O administrador de Tica, no distrito de Nhamatanda, na província de Sofala, Jorge Abílio, foi assassinado a 2 de Setembro de 2016 por homens armados que a polícia identificou como combatentes da Renamo.
A 22 de Setembro de 2016, o alto oficial do partido Renamo no distrito de Moatize e membro da assembleia provincial local de Tete, Armindo Nkutche, morreu após ter sofrido seis tiros na rua, poucas horas depois de ter falado na sessão de encerramento da assembleia.
Seguiu-se a 8 de Outubro de 2016 o assassinato de Jeremias Pondeca, membro do partido Renamo e de uma equipa que preparava uma reunião entre o presidente Nyusi e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, foi morto a tiro durante a sua corrida matinal na praia da Costa do Sol.
O mais recente crime com aparente motivação política aconteceu no último dia Paz, a 4 de Outubro de 2017, e a vítima foi o presidente do município de Nampula e membro do partido Movimento Democrático de Moçambique, Mahamudo Amurane, que foi morto à tiro perto de sua casa por homens até hoje não identificados.
Diante deste crime fica o encorajamento de uma vítima que não se cala: “Nós temos que lutar para que no nosso país não aconteçam este tipo de coisas, para que ninguém seja vítima desta violência, nem que tenhamos que morrer! Porque a vida desta forma como se tornou neste país acho que não é digna o suficiente para que a gente tentar preservar esta vida miserável como ela é”, declarou o professor José Jaime Macuane.
Só para constar...
O Filipe Nyusi sempre foi um macondinho violento e inepto desde os tempos de estudante.
Ele frequentou o ensino medio geral nos anos 80 na escola pré-universitária Samora Machel na Beira. Por ser "tchoti" e "dorminhoco", ele era motivo de muita zombaria dos seus colegas e, devido a isso, andava com uma faca bem afiada no bolso. Muitas vezes o Nyusi, quando era provocado, avançava resolutamente com a faca em riste contra os colegas "abusados", que na sequência fugiam em debandada.
Depois de concluir a pré-universitária na Beira, ele ingressou na UEM, onde chumbou de forma retumbante, esmagora, convicente, asfixiante e continua, tendo na sequência perdido o direito de frequentar aquela universidade.
Mas graças a aliança changana-maconde, ele foi enviado a ex- Checoslováquia, onde frequentou uma universidade socialista em que as passagens eram automáticas.
O resto da história todos já sabemos:
Ele é o homem que está na origem da decapitação dos CFM Norte e o homem que reacendeu o conflito armado depois de 20 anos de paz, conflito este que ainda não terminou e que vai continuar em 2019 depois de um curtíssimo período de paz de video game. Filipe Nyusi tem sob o seu controle uma perigosa quadrilha de esquadrões de morte e foi ele que pessoalmente ordenou s execução do Cistac, do Paulo Machava, Paulo DangerMan, Jeremias Pondeca e outros. O Nyusi até superou o Samora em maquiavelismo. Portanto, estamos perante um tirano e despota maconde.
Os macondes da frelimo abusam o estado e o povo porque já tem garantia de vitória eleitoral através do sistema informático ja viciado do STAE, adquirido pela familia Sidat, grandes sócios e amigos do Nyusi. Portanto, o software é manipulado para dar vantagem a frelimo. Aliás, ja ha "canganhiças" informáticas a partir do processo de recenseamento ora em curso.
Só nao compreendo porque a oposição permitiu isso. Devia exigir se a presença de peritos informáticos da oposição dentro do STAE.
Unay Cambuma.
NADA SERÁ ESQUECIDO, NADA FICARÁ IMPUNE
Mas daqui a mais uma ou duas semanas todos vão se esquecer disso mas Unay Cambuma não. Eu tenho tudo bem registado para futura tomadas de medidas radicais de justiça: 1- Gilles Cistac 2 - Valas comuns (esquadrões de morte) 3- Paulo Machava 4- Jeremias Pondeca 5- Carlos Jeque 6- João Massango 7- Jose Macuane 8-Armando Nenane 9- Ericino de Salema 10- Mahamudo Amurane 11- Caso Aly Coutinho 12- Paulo Dangerman 13-Manuel Bissopo 14-Manuel Lole 15-Coronel José Manuel 16- O português Sebastião 17- Os 20 somalis em Inhaminga -etc, etc.
Casos:
- Mercedes - Relatório Kroll - Viaturas de luxo - empresas da familia Nyusi - As concessões minerais dos frelimistas da aliança changane-maconde em todo território nacional - Violetas de Mocimboa da Praia - caso startime -Escandalosa aquisição do software do stae pelos sidat amigos do Nyusi por quase 800 milhões de dólares (!!!) - Abusos da electricidade de Moçambique (aumento espectacular da energia) - saque/tráfico da madeira e cornos/marfim - pilhagem de ouro e rubis -Saque da Sasol - Saque na HCB - Abuso e despotismo da Beatriz Buchili e Amélia Nakare só porque são concubinas do Nyusi. - Abusos do hipopótamo Florindo Nyusi -etc, etc. Nada foi esquecido, nada ficará impune.
Rápidas melhoras irmão Ericino, eles pagarão pelos seus crimes.
Unay Cambuma
|
Sem comentários:
Enviar um comentário
MTQ