MINERAÇÃO: Como o ouro escapa das mãos do Estado (conclusão)
Texto de Bento Venâncio
bento.venancio@snoticicas.co.mz
-Autoridades admitem que não controlam devidamente a fronteira de Machipanda
Abdul Karim Ahmad usa passaporte n.º 099191504, do Reino Unido, e destaca-se, segundo as nossas fontes, como peça-chave na agitação que se vive no distrito de Manica. Homem poderoso da Omnia Mining, é descrito como elemento vital na entrada descontrolada de estrangeiros ao país, buscando ouro que circula na rota de contrabando internacional.
Nilton César Ngoca, um dos administradores da Monomotapa Gold, Limitada garantiu ao domingo queAbdul Karim Ahmad foi antes seu sócio no projecto de prospecção e pesquisa de ouro, tendo a relação esfriado quando propôs, numa reunião de negócios na África do Sul, que a quantidade exportada do metal precioso extraído nas minas de Manica não fosse declarada na sua totalidade ao Governo moçambicano.
Segundo documentos em nosso poder, Karim Ahmad participou, inicialmente, em negócios com a Monomotapa Gold, representando uma organização denominada Valek Mining System.
Ngoca sublinhou que o seu grupo preferiu não alinhar no esquema, daí que Karim se aliou a Chrispen Chibaia, empresário moçambicano, promovendo a entrada desenfreada de cidadãos libaneses que retiram a produção nacional de ouro sem licenças de exportação e em circuito de comercialização ilegal no Dubai, Emirados Árabes Unidos.
Eles não declaram ao Estado todo o ouro que produzem,acusou, acrescentando que Chrispen Chibaia está a ser manipulado pelos sócios libaneses.
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