O músico português diz em comunicado oficial que ficou surpreendido com
as semelhanças, apontadas esta tarde, entre a 'Canção do Fim' que leva ao
Festival da Canção e um cântico da Igreja Universal do Reino de Deus
Diogo Piçarra já respondeu às acusações de plágio num comunicado
oficial enviado pela sua editora, a Universal Music Portugal, aos meios de
comunicação social.
O músico português diz que tem a "consciência tranquila" e
mostra-se surpreendido com as semelhanças entre 'Canção do Fim', canção com a
qual venceu ontem a segunda semifinal do Festival da Canção, e 'Abre os Meus
Olhos', um cântico da Igreja Universal do Reino de Deus. "Eu próprio sou
quem está mais surpreendido no meio disto tudo: nasci em 1990, não sou crente
nem religioso, e agora descobrir que uma música evangélica de 1979 da Igreja
Universal do Reino de Deus se assemelha a algo que tu criaste, é algo espantoso
e no mínimo irónico".
Acrescenta de seguida que "desconhecia por completo" o tema
da IURD e garante que continuará "a defender a [sua] música por acreditar
que foi criada sem segundas intenções": "nunca participaria
numconcurso nacional com a consciência de que estava a plagiar uma música da
Igreja Universal. Teria agarrado na guitarra e feito outra coisa qualquer".
© Foto cedida pela RTP Diogo Piçarra responde a acusações de plágio. “A
minha consciência está tranquila”
"A simplicidade tem destas coisas e só quem não cria arte é que
nunca estará nesta posição", começa por dizer Piçarra, "faz parte da
vida de um compositor e é algo que todos nós iremos 'sofrer' a vida toda".
Explica depois que a ideia para 'Canção do Fim' surgiu em 2016, durante o
processo de composição para "do=s", o seu mais recente álbum,
"mantive-a guardada por achar algo especial, no entanto, a sua
simplicidade e a sua progressão de acordes não é algo que não tenha sido
inventado, tal como tudo na música".
As semelhanças entre os dois temas foram apontados esta tarde e
rapidamente as acusações de plágio se espalharam pelas redes sociais: "é
engraçado como a vida tem destas coisas, coincidência divina ou não, e perceber
que a Internet é o verdadeiro juiz dos tempos modernos. Aclama mas também
destrói". O músico termina o comunicado a dizer "afinal as pessoas
'quando olham, veem tudo', no entanto, só o lado mau que procuram destruir.
Mas, infelizmente, informo que isso nunca acontecerá".
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